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Arquivo : abril 2013

Os tributos novos àquela banda antiga, os… Strokes
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Lúcio Ribeiro

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* É difícil aceitar que a nossa bandinha nova querida, os Strokes, não é mais a nossa bandinha nova querida há muuuuuuito tempo. Haha. Lá se vão tipo 12 anos que Julian Casablancas decretou “The Modern Age”, que aconteceu o “show deste século” no Astoria em Londres, que a Ilustrada deu a “ousada” capa com o título “Quase Famosos” e descobrimos que o baterista era carioca. Lá se vão ainda outros tantos anos que eles fizeram um antológico show num galpão do Cais do Porto, no Rio, ou que tocaram perto do aeroporto de Porto Alegre, numa arena ainda em construção, numa dobradinha indie “inimaginável” com o Arcade Fire, ambas as bandas indo numa festinha depois no bar Ocidente.

Os Strokes, hoje, ainda estão entendendo o que é lançar e para onde eles vão com esse “Comedown Machine, já o quinto álbum, que quase não sai, mas foi solto na internet e nas lojas no mês passado. Com o disco novo lançado, nada de “trabalhá-lo”, tipo anúncio de shows (necas!), presença em programas de TV (nada!), sessions em rádios (cadê, Zane?) etc. O site deles, remodelado para atender o “novo momento”, está monótono: anúncio de camisetas que estão à venda mas você clica e não as acha, e de relevante depois de lançar um álbum novo tem como única “news” um “Feliz Aniversário” para o Albert. Sacode, Strokes!

Mas, tirando isso, a música atual não esquece os Strokes. Ultimamente, tipo nos últimos três anos, apareceu muita gente boa prestando tributo aos Strokes, seja algo armado para comemorar os 10 anos do lançamento do primeiro álbum, seja de forma espontânea, em várias searas, como num “pop conceitual” feminino das bonecas do Haim na semana passada ou nas palavras hip hop de Azealia Banks neste ano ou nas duas covers que o grande Arctic Monkeys produziu da turma do Julian. Num apanhado rápido, e por mais que os Strokes queiram que a gente esqueça deles mas a música pop não pretende deixá-los em paz, reunimos algumas das boas homenagens cover ao grupo de Nova York.

* Haim – “I’ll Try Anything Once”


* Azealia Banks – “Barely Legal”


* Real State – “Barely Legal”

* Foster the People – “Machu Pichu”


* Arctic Monkeys – “Reptilia”


* Metric – “The End Has No End”


* Owen Pallet – “Hard to Explain”


* Arctic Monkeys – “Take It or Leave It”

Encerro com uma pergunta: Só eu gostei do “Comedown Machine”?

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Zooey Deschanel diz que poderia ter sido sua garota
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Lúcio Ribeiro

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A gata Zooey Deschanel está de volta com seu projeto She & Him, o bom duo que ela toca com o M. Ward. No mês que vem, a dupla indie-fofa joga no mercado seu novo disco, “Volume 3”.

No ar com o seriado “The New Girl”, Zooey tirou um tempinho para sua carreira musical novamente. O álbum chega às lojas dia 7 de maio nos Estados Unidos e uma semana depois na Europa e América do Sul. No mês seguinte, o duo sai em turnê que começa por Nashville, passando por outras cidades importantes dos Estados Unidos e Canadá. Na estrada, vão dividir o palco com o Camera Obscura.

Há mais ou menos três semanas, o She & Him soltou a primeira amostra sonora do “Volume 3”, o single “Never Wanted Your Love”. Agora, a dupla liberou outra faixa do disco, a boa baladinha “I Could’ve Been Your Girl”, que a Popload destaca abaixo.

* “Volume 3”, o tracklist.
01 “I’ve Got Your Number, Son”
02 “Never Wanted Your Love”
03 “Baby”
04 “I Could’ve Been Your Girl”
05 “Turn to White”
06 “Somebody Sweet to Talk To”
07 “Something’s Haunting You”
08 “Together”
09 “Hold Me, Thrill Me, Kiss Me”
10 “Snow Queen”
11 “Sunday Girl”
12 “London”
13 “Shadow of Love”
14 “Reprise (I Could’ve Been Your Girl)”


Coachella treta. Os conflitos de horários do festival do deserto da Califórnia, incluindo um Grizzly Bear x Hot Chip x Spiritualized
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Lúcio Ribeiro

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Você consegue medir a expectativa em torno de um festival a partir do momento em que é divulgada a grade de programação das atrações, com os horários detalhes. O grau de descontentamento e lamentação na linha “não sei se vejo X ou Y”, “vou ver o A, mas vou perder B e C” dá uma noção boa se o line up e a organização do mesmo são bons. O gigante Coachella, festival que vai acontecer nos próximos dois finais de semana em Índio, deserto da Califórnia, sofre com isso. O fato do festival repetir as atrações em dois finais de semana alivia um pouco esse tipo de tensão, mesmo que a intenção inicial de se fazer o evento durante seis dias tenha sido para atender especialmente a alta procura por ingressos, que sempre esgotam rapidamente. Na edição deste ano, claro, vão rolar diversos conflitos de agenda, já que são dezenas de bandas espalhadas em seis palcos/tendas pelo gigante Empire Polo Field.

Na sexta, o Passion Pit, o Of Monsters and Men e a nova joia do rock inglês, Palma Violets, fazem seus shows na faixa das 18h. A atração Popload Gig Beach House vai enfrentar o Yeah Yeah Yeahs da Karen O. de disco novo horas mais tarde. O grande Nick Cave com seu projeto Grinderman rivaliza com o grande Damon Albarn e seu Blur por volta das 22h. E o How to Destroy Angels, do Trent Reznor, bate de frente com o headliner Stone Roses, em seu primeiro show em solo norte-americano neste retorno aos palcos. Tem Foals x Jurassic 5, também.

No sábado, treta indie de partir o coração com Grizzly Bear vs. Hot Chip vs. Spiritualized logo no final da tarde. O Franz Ferdinand vai testar seu vigor contra o cultuado The xx e o bom Two Door Cinema Club, enquanto o veterano Moby faz DJ set em uma das tendas eletrônicas. O Phoenix, nova banda grande do pedaço, vai medir forças com a interplanetária islandesa Sigur Rós e o veterano New Order.

No domingo, as coisas serão mais tranquilas, parece. Dá para curtir sossegado o Jamie xx às 15h15, na tenda Yuma. Mas o James Blake, com disco novo na praça, vai ter problemas porque o ótimo Tame Impala toca praticamente no mesmo horário. A galera também vai ter que fazer a difícil escolha entre o Vampire Weekend, que deve mostrar músicas novas do seu novo disco a ser lançado, e o ótimo Father John Misty. E o Coachella não poderia terminar sem um embate nostálgico: Nick Cave, desta vez com seu The Bad Seeds, vai pegar um pedaço do Wu-Tang Clan no palco alternativo.

É mole? O primeiro final de semana do Coachella – este agora – terá transmissão ao vivo pela internet. A Popload ainda vai falar muito sobre o festival nos próximos dias.


Indie psicodélico e pesado tocado por mulheres australianas. Conheça as BEACHES
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Lúcio Ribeiro

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A Popload continua falando sobre a Austrália, onde vão fazer a premiere do disco do Daft Punk na festa do algodão em uma cidade pequena. É da terra do Tame Impala e do The Vines que vem uma “nova” banda bem boa, composta só por meninas na faixa dos 30. As Beaches, pelo que fiquei sabendo, é um quinteto de moças que, em sua maioria, eram de outras bandas, todas com nomes bem excêntricos. A guitarrista Antonia Sellbach era de um grupo chamado Love of Diagrams. A outra guitarrista, Alison Bolger, era do Panel of Judges. A baixista Gill Tucker era do… Spider Vomit (!!!). O grupo ainda é formado por mais uma guitarrista, Ali McCann e a baterista Karla Way. Todas cantam, bom frisar.

O quinteto que conta com três guitarristas trabalha na linha de um indie psicodélico e pesado. Misturam dream pop, shoegaze, lo-fi, psicodelia, violino e saxofone. É uma espécie de My Bloody Valentine menos sisudo, diria. Lançaram um disco em 2008, sem título, que acabou nominado na categoria revelação do Mercury Prize australiano. Depois, fizeram turnês esporádicas, incluindo uma excursão pelos Estados Unidos e show no South by Southwest em 2010. Deram um tempo, agora voltaram e preparam um segundo disco, que vem sendo esperado pela mídia “especializada”.

“She Beats”, esse segundo álbum, será lançado dia 3 de maio. Elas já soltaram dois recortes sonoros da obra, que a Popload destaca abaixo. “Distance” conta com a participação de Michael Rother, guitarrista da lendária banda alemã Neu!, expoente do movimento krautrock. A outra faixa é “Send Them Away”. As duas deixam uma boa impressão da girl band australiana. Bom ficar de olho nelas.


Quer ouvir o disco novo do Daft Punk antes de todo mundo? Vá para a Austrália
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Lúcio Ribeiro

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Já não sei se aguento mais esperar por esse “Random Access Memories”, que vem a ser o quarto disco de estúdio do seminal duo francês Daft Punk, com previsão de lançamento para 21 de maio. Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo estão brincando com nossos sentimentos e especialmente com nossa ansiedade.

Até agora, míseros 30 segundos de uma música inédita, um bafafá sobre participações especiais de gente como Julian Casablancas, gente importante como o Giorgio Moroder dando a entender que o disco vai revolucionar. Ou seja, coisa pouca. Daí que o duo francês fará uma “global album launch party” quatro dias antes do lançamento do disco, que será tocado na íntegra. Em Londres? Berlin? Nova York? Cine Joia? Não. Em Wee Waa, Austrália. Uma cidade que, ironicamente, quase cabe dentro do Cine Joia, pois tem 2 mil habitantes. E é considerada a “capital do algodão” no país.

É lá, em uma festa de costumes tradicionais locais que o Daft Punk dará o primeiro gostinho do disco novo (se ele não cair na internet antes, claro). Todos os anos acontece a Wee Waa Show. Neste ano, rola a edição 79 do evento. O site oficial do festival, que acontece entre os dias 17 e 19 de maio, destaca que na sexta-feira, 17, a audição do disco novo do famoso Daft Punk será “uma das atrações” da noite, que inclui também campeonatos de cães que saltam, mostra de animais de estimação e competição de fogos de artifício. Tudo a ver.

A festança na terra do Tame Impala será limitada para quatro mil sortudos fãs de Daft Punk e de cachorros. Os ingressos serão colocados à venda na próxima sexta-feira. Ainda não está confirmada a presença da dupla francesa no local, seja para presença VIP, para entrevista ou para um live set.

Curti de verdade o release do festival incluindo o Daft Punk, animais de estimação, fazendeiros e os telefones de contato pessoais da organização. Haha.

Tags : daft punk


A nova música do… Fleetwood Mac!
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Lúcio Ribeiro

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Não sei se é coisa da minha cabeça, mas tenho reparado que existe uma vibe nostálgica na música nos dias de hoje. Muita gente da velha guarda tem mostrado serviço. Veja bem o The Cure com seu show de 40 músicas, ou o mito Leonard Cohen, beirando os 80, fazendo show de 3 horas, isso depois de ter lançado disco de inéditas ano passado. Ou até mesmo os veteranos sessentões Rolling Stones e Paul McCartney anunciando pouco a pouco suas turnês mundiais.

Outro gigante da velha guarda também está com o gás em dia. O Fleetwood Mac recém iniciou uma turnê extensa pelos Estados Unidos, que vai passar também pela Europa no meio do ano. A Stevie Nicks, antes disso, esteve envolvida no projeto Sound City e dividiu o palco com o Dave Grohl em algumas cidades. Mas o Fleetwood Mac, que ano passado ganhou uma bela homenagem de bandas novas tocando faixas clássicas de seu repertório, deve lançar “em poucos dias” um novo EP, o primeiro em 10 anos. Pelo menos foi essa a dica dada pelo grande Lindsey Buckingham durante um show na Filadélfia sábado passado.

Buckingham, pelo jeito, não estava zoando. Tanto que logo após dar a notícia, a banda emendou uma canção inédita. “Sad Angel” traz um pouco do Fleetwood Mac clássico, com Lindsey e Nicks dividindo os vocais, é cheia de riffs e bateria acelerada. Classy!

* Na noite de ontem, o famoso grupo tocou no Madison Square Garden, em Nova York. “Sad Angel”, a nova, estava no setlist outra vez. Aliás, o Fleetwood Mac tem tocado as seguintes canções…


O novo disco do… White Stripes!
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Lúcio Ribeiro

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* Tudo bem que é um ao vivo de 2003, em comemoração aos 10 anos do lançamento do famoso disco “Elephant”, mas é um novo do já mitológico White Stripes, afinal de contas. Uma das três principais bandas a surgirem desde o boom 2000 do novo rock, o White Stripes, que acabou em 2011, bota mais um disco para sua linda coleção, o duplo “Nine Miles from the White City”, gravado no Aragon Ballroom em Chicago. Agora estou confuso, mas quase certeza que eu estava neste show. Whatever.

“Nine Miles from the White City”, pelo que eu entendi, a princípio sai em vinil apenas, um branco e um vermelho. Foi anunciado no “clubinho de assinantes” Vault, um departamento de lançamentos especiais dentro do site da Third Man Records, a gravadora cool do Jack White. O pretexto do lançamento do disco, agora, segundo anúncio, é que ele é de um show da era do “Elephant”, o álbum campeão milionário do White Stripes, lançado há dez anos.

“Nine Miles”, além das clááássicas do White Stripes, traz um monte de cover dos preferidos de Jack White, tipo Robert Johnson, Captain Beefheart e Bob Dylan. O Vault deu uma degustação de “I Want to Be the Boy to Warm Your Mother’s Heart” para nós, que segue abaixo. E, depois, a lista das músicas total que formam “Nine Miles from the White City”.

** As músicas do novo ao vivo do White Stripes

– When I Hear My Name
– Dead Leaves and the Dirty Ground
– Love Sick (Bob Dylan cover)
– Hotel Yorba
– Aluminum
– Cool Drink of Water Blues (Tommy Johnson cover)
– The Hardest Button to Button
– I Want to Be the Boy to Warm Your Mother’s Heart
– Stones in My Passway (Robert Johnson cover)
– Stop Breakin’ Down (Robert Johnson cover)
– Do
– In the Cold, Cold Night
– Seven Nation Army
– The Same Boy You’ve Always Known
– Black Jack Davey
– We Are Going to Be Friends
– Offend in Every Way
– Little Cream Soda
– Cannon/Party of Special Things to Do (Captain Beefheart cover)
– Candy Cane Children
– The Air Near My Fingers
– Screwdriver (tease)
– Ball and Biscuit
– Screwdriver (reprise)
– Let’s Build a Home
– Goin’ Back to Memphis (Henry & June cover)


The Cure e a área Vip. Lolla Brasil x Lolla Chile. E umas perguntas sobre como você vê os shows e festivais no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* The Cure no Anhembi
Eu até entendo a existência da área VIP como modelo de negócios, fonte de renda importante para o produtor que briga com 1 milhão de fatores, tipo impostos, a “questão” da meia entrada etc. para fazer um show acontecer num país arenoso como o Brasil. Mas ela realmente precisa ser do tamanho do que tem sido na maioria dos eventos e tomar toda a frente do palco, jogando o fã “comum” da banda, muitas vezes o “verdadeiro fã”, láááá para trás, longe do artista? Não pode ser de lado, ou montada sob uma plataforma, ainda em um lugar “privilegiado” para quem se dispõe a pagar mais e ter acessos mais tranquilos a banheiros, bebidas e a entrada/saída do lugar?

Pois bem, vi o show do Cure de uma dessas áreas vip, sábado passado. Era enorme. Logo que cheguei, fiquei lá atrás, perto da “divisa”, da “fronteira”. Galera na parte “normal” fazia maior festa, cantava, batia palmas, esperando a entrada da banda ao palco. Ali, o show já tinha começado.

A contrapartida disso, a “maligna” área VIP, também virou notícia. Muita gente ontem e hoje nas redes sociais reclamavam do falatório, das conversas paralelas do povo “VIP” enquanto o Cure tocava lá em cima do palco. Nada contra ninguém conversar em um ambiente assim, mas pera lá. Mudei de lugar umas três vezes por causa do blablablá incessante de gente a minha frente, ao lado… O assunto “conversas vip” ganharam destaque hoje até na “Veja” na internet.

Daí hoje de manhã, procurando vídeos para um post neste blog, achei um de “A Forest”, a música que eu procurava. O primeiro que eu encontrei, esse abaixo, era de alguém na pista “normal” (adoro essas aspas). Olha a distância de onde o “fã comum” do Cure enxergava o palco. E ouça os berros que vinham ao redor de quem filmava a música. A energia “banda-seu público” tinha um obstáculo, um “vazio” grande no meio. Esse vazio, essa vala, era a área VIP.

PS: uma outra coisa engraçada que eu sempre noto nessas ocasiões e que no Anhembi sábado estava particularmente irritante, porque passei a prestar muita atenção nisso: eu sei que não é novidade, mas onde eu estava tinha muita gente desinteressada, ou pouco interessada, no show em si. Tinha dois caras na minha frente que quase todo começo de música soltavam um “U-hu. Adoro esta”, começando a dançar e tal. No SEGUNDO SEGUINTE, já estavam no papo solto nem olhando direito para o palco, nem aí mais com a música que diziam adorar. Se eu quisesse abdicar do show, ficaria filmando toda essa movimentação. Ia dar um interessante material de estudo.

Veja o vídeo de “A Forest”, captada da “pista comum”. Precisa ser assim?


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* Lollapalooza Brasil x Lollapalooza Chile
Ainda no tema acima, mas voltando ao assunto Lollapalooza, acompanhamos o movimento dos brasileiros que foram a Santiago no fim de semana, para a versão chilena do festival. Desde sexta-feira os comentários eram todos elogiosos. Primeiramente em relação à cidade, claro, que como qualquer grande cidade em época de festivais fica mais alegre e tem mais atrações para os milhares de turistas que estão lá de bobeira enquanto a festa mesmo não começa.

No início, parecia só deslumbramento de viagem, aquele oba-oba de quem está na curtição e nada ou pouco vai ser capaz de te aborrecer. Mas, quando o festival começou e depois, já na madrugada de segunda, quando o último show havia acabado, a discussão foi ficando mais séria. Vários fãs colocaram em suas páginas de Twitter e Facebook comparações entre a versão brasileira e chilena do Lolla. Em todas elas, a do Chile, mesmo que através das experiências de poucos brasileiros por lá, “saiu ganhando” no “trato ao público”.
(Sempre levando em conta que lá o público total divulgado foi de 138 mil pessoas. E, aqui, 164 mil. No montante, a diferença de “manobra” nem foi tanto assim.)

No ano passado, chegamos a falar sobre o perrengue que foi para aqueles que gostariam de ver os shows até o final e do quanto era difícil ser um “festival goer” no Brasil. Também fizemos um post, em novembro, sobre a zica dos shows no Brasil (e olha que o Planeta Terra nem havia entrado nessa onda “vai rolar/não vai rolar” e o Sonar ia muito bem, obrigado) e também colhemos a opinião do público no próprio Lolla 2012.

Sentimos menos esses problemas na edicão 2013 do Lolla Brasil, mas algumas questões continuaram mal resolvidas, como as filas na entrada e para os banheiros, os táxis escolhendo corridas no final e o metrô lotado, dando apenas 15 minutos a mais de seu horário normal para quem saia correndo do Jockey para pegá-lo, depois do show final.

Segundo o site Scream & Yell, do brother Marcelo Costa, que fez o favor de compilar esses relatos todos, o Lolla-Chile levou a melhor por estes motivos abaixo:

– filas controladas para banheiros, comida e principalmente entrada. Galera chegava e saía muito rápido, fosse a hora que fosse. Pegar bebida e comida não apresentava grandes problemas.
– Vários pontos de retirada de ingressos pela cidade. No Brasil, quem comprou ingressos online (e deixou para retirar na última hora) levou 2h para conseguir entrar no Jockey.
– Metrôs e ônibus rodaram por 1h a mais depois do término do festival.

Tirando a logística mais “caprichada” na hora de cuidar do público, lá em Santiago o clima de festival estava propício para:
– Eddie Vedder, do Pearl Jam, aparecer para dar uma forcinha no show do Queens of the Stone Age. Não que eles precisassem, porque quis mesmo.
– Perry Farrell estar mais “presente” lá do que cá. Aparecia nos palcos, fez participações especiais, transitava geral. Talvez porque depois da polêmica do ano passado (quando ele foi mal interpretado em uma entrevista dizendo que “o país não tinha cultura” — querendo dizer cultura de música nas escolas), e após ter sido metralhado pelos fãs brasileiros, tenha decidido ficar mais “na dele”.
– A apresentação surpresa da banda Chevy Metal, do baterista do Foo Fighters, no palco do… Kidspalooza! Com participação dele, sim, Perry Farrell.
– Para deixar a gente com ainda mais inveja, Josh Homme imitou o Eddie Vedder e apareceu no palco do amigo, acompanhado de Perry Farrell. *HUMPFT* (vale lembrar que as duas bandas tocaram no mesmo dia, ao contrário do que aconteceu no Brasil)
– Sem contar que, já falamos aqui tambem, Homme e Vedder deram ingressos para a galera em frente ao hotel.

O Lollapalooza virou o grande festival brasileiro anual (o doido Rock in Rio não conta) e o Jockey é um lugar bem posicionado e bacana para eventos, embora os cavalos reclamem do cheiro de hipsters no lugar. Melhorando essas questões que nos fizeram “perder” para os chilenos, vai ficar lindo.


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* Enquete Popload: Qual o seu relacionamento com festivais no Brasil?

Fiz essa convocação ontem à noite, para uma pesquisa rápida e indolor através de um questionário básico, e foi uma avalanche de cooperação. Então, para quem ainda não respondeu, perca esse tempinho falando como você vê os festivais e os shows no Brasil, o que faz você NÃO ir a um evento de música, quantos shows você vê mensalmente, essas coisas.

O questionário está aqui: https://www.surveymonkey.com/s/festivaisnobrasil

Não deixa de ser uma instrumentação útil para você. E, da parte que nos toca, o Popload Gig agradece. ♥

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Babyshambles ensaia retorno com nova música. Em um restaurante!!! Sim, Pete Doherty ainda está vivo
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Lúcio Ribeiro

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Pete Doherty está ensaiando um retorno. Sim, ele continua na ativa e, siiim, pode reativar para valer em breve seu Babyshambles, projeto que tinha cara que vingaria pós-Libertines, mas que ficou pelo caminho mais pela, digamos, falta de “vontade” e “disciplina” de Doherty.

Sem lançar um disco cheio desde 2007, quando botou na praça “Shotter’s Nation”, o Babyshambles se reuniu em Paris, no último sábado, em um restaurante/pub chamado La Fontaine. Pelo que entendi, Doherty tem se apresentado lá com certa frequência e, dizem, cobra apenas 10 euros pela entrada, sempre com alcunhas do tipo “Pete Doherty With Some Old Friends”. A apresentação deste final de semana teve duas novidades. A primeira delas foi a presença do novo baterista do grupo, Adam Falkner. Além dele, estão na banda o guitarrista Mick Whitnall e o baixista Drew McConnell.

Mas a principal boa nova da noite foi a apresentação de uma canção inédita do grupo. “Dr. No (Sharks In The Water)”, espécie de indie-blues (!), teve sua premiere diante de pouca gente. A expectativa é que o grupo lance ainda este ano seu terceiro disco de carreira. Vale reparar que tinha alguém filmando a apresentação desengonçada com câmera profissional. Sinal que vem algo por aí.

* Doherty anda sumido nos últimos tempos. A notícia mais recente que se tinha dele, de umas três semanas atrás, é que ele estava com uma silhueta “diferente”, vestindo roupas estranhas. Bizarro.


Música do ano? A nova do Queens of the Stone Age, agora em versão estúdio
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Lúcio Ribeiro

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Dono do melhor show do Lollapalooza Brasil, o incrível Queens of the Stone Age joga no mercado dia 3 de junho seu novo disco. “…Like Clockwork” é o sucessor de “Era Vulgaris” – lançado há seis anos – e promete chacoalhar o mercado, já que a “guest list” do álbum é qualquer coisa sensacional. Tem três figurinhas carimbadas da carreira do grupo – Dave Grohl, Mark Lanegan e Nick Oliveri – tem o Alex Turner, o Trent Reznor e o Elton John. Só para começar.

O primeiro recorte sonoro desse aguardado disco novo é “My God Is The Sun”, som que teve sua estreia mundial no show em São Paulo e recepção calorosa dos fãs e da crítica. Agora, Mr. Josh Homme liberou a versão estúdio do single que começa a tocar nas rádios mundo afora no dia de hoje.

* “…Like Clockwork”, o tracklist
‘Keep Your Eyes Peeled’
‘I Sat By The Ocean’
‘The Vampyre of Time and Memory’
‘If I Had A Tail’
‘My God Is The Sun’
‘Kalopsia’
‘Fairweather Friends’
‘Smooth Sailing’
‘I Appear Missing’
‘…Like Clockwork’