Blog POPLOAD

Arquivo : abril 2013

A ceninha vai muito bem, obrigado. Estrelando Me & the Plant, Holger, Karol Conká vs. Boss in Drama e o incrível ALDO
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

O exército de Branc… quer dizer, os valentes do som independente nacional andam trabalhando a todo vapor. E os resultados começam a aparecer na forma de vídeos, colaborações, remixes, álbuns… Nesta semana, a Popload estabeleceu contato com:

* O vídeo novo do Me & the Plant.
A bem boa banda indie carioca algo experimental, algo Velvet Underground chefiada pela dupla Vitor Patalano e a planta, que ainda conta com participações em disco e ao vivo de gente como o músico Kassin, fez um delicioso vídeo para a música “Cordillera Girl”, com imagens tiradas de uma trip que Vitor e o amigo gringo Juan Pablo Gariglio fizeram a Ushuaia, a cidade argentina que fica no fim do mundo. Literalmente. “Cordillera Girl”, aqui uma vibe belle&sebastiana, está no primeiro álbum do Me & The Plant, “The Romantic Jorneys of Pollen”, lançado em 2011.

Cordillera ::: Girl from Me & The Plant on Vimeo.

* O vídeo novo do Holger.
O grupo paulistano indie-tropicalista Holger, a maior banda de Axé fora da Bahia, lançou vídeo para a música “Se Você Soubesse”, que mostra todos da banda cantando tudo, tocando tudo e sensualizando. A canção é do álbum “Ilhabela”. Funciona muito mais ao vivo, mas é até bacana também na versão do disco. Falando em “Ilhabela”, o Holger, uma das boas atrações nacionais do Lollapalooza, continua com shows de lançamento para este segundo disco, que saiu no ano passado mas ganha apresentação “definitiva” dia 11 de abril agora no Sesc Pompeia, cheio de convidados.


* O encontro musical de Karol Conká vs. Boss in Drama

Ah, Curitiba… União da disco curitibana com o funk curitibano, um tapa na cara da sociedade brasileira. “Toda Doida” é o interessante encontro de Péricles in Drama dando remelexo ao funk duro de Karol Conká e resgatando uma brasilidade recorrente no som nacional que vai do som à figura da mulher “doida”. Tão tropical que se o Holger fizesse uma cover dessa música, com guitarras e botando a Laura do Bonde do Rolê ser a “Doida”, faria total sentido. Delicinha xuxu beleza.
E atenção: Karol Conká lança seu primeiro disco oficial na semana que vem. “Batuk Freak” vai dar o que falar, pelo papo que já provoca no bastidor musical brasileiro.

* O primeiro disco da banda ALDO
Excelente surpresa da cena paulistana é o disco do ALDO, banda-projeto dos irmãos Murilo e André Faria. O nome Aldo é homenagem ao tio dos Faria, Aldo, segundo eles “um doidão dos anos 80, que os fez homens antes da hora”. Murilo é o DJ Mura, conhecido da noite paulistana, que domina sintatizadores e teclados do Aldo, enquanto o irmão André toma conta do baixo e da guitarra. Os dois cantam, André é o principal. Daniel Setti empresta a bateria. Tudo funciona de modo impressionante: vocais, batidas, variedade sonora faixa a faixa. De difícil classificação, porque o ritmo no Aldo não é estático, mas “indie-eletrônico” quase disco, quase Cut Copy, quase Blue Orange, não é forçar a barra. Corre ouvir inteiro. Uma melhor que a outra.

>>


Mais maluco que nunca. Vem aí o novo disco do Dirty Beaches
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* China Boy canadense. Ou o contrário.

O bizarro taiwanês canadense que faz música na p***a do Brooklyn, NYC e foi gravar o novo disco em Berlim vai lançar um álbum “difícil”, desta vez. Como se o cool “Badlands”, de 2011, fosse “fácil”.
Para ajudar o planeta, o disco novo do Dirty Beaches vai ser duplo. E sai no dia 21 de maio nos EUA, sob o nome de “Drifters/Love is the Devil”.

Dirty Beaches é Alex Hungtai, músico desajeitado, que quando está inspirado (para o mal) parece um Jon Spencer de dois metros de altura e olhos puxados. Mas na real ele faz música para ser vista, quase mais que ouvida. Continua na linha “cinematic sound”, canções para preencher imagens, gênero que a Lana Del Rey compartilhava, mas abandonou faz um tempinho já.

Para sentir a vibe desse novo direcionamento, ou aprofundamento na direção, que o Dirty Beaches está preparando para seu novo disco, tem essa “Landscapes in the Mist” e o primeiro single, “Love Is the Devil”.

>>


Tyler the Creator e a pegadinha com o Letterman
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

A Popload estava muito bonita. A encrenca está de volta e atende pelo nome de Tyler the Creator. O rapper encrenqueiro, que mês passado apareceu no programa de Jimmy Fallon romântico (?), tocando piano, mais R&B, depois ficou rap zoado de novo com sua turma, ontem foi ao Letterman para divulgar seu recém lançado disco “Wolf”.

No palco, Tyler mandou a faixa “Rusty”, acompanhado de Earl Sweatshirt e Domo Genesis, do Odd Future. O trio se revezou nos versos em cima da base dark da música. No final, eles saíram do palco marrentos, sem dar explicações, deixando o Letterman confuso e sozinho. Em seguida, voltaram, mostrando que era pegadinha. O Tyler só foi pegar o celular para tirar uma foto com o Dave e botar no ~Insta~. Haha.


Música nova do National. Ontem num hotel em Berlim
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* A Popload está bonita hoje. Depois da classy PJ Harvey, outro representante do indie lindo aparece por aqui. No caso, a cultuada banda americana The National volta com arrasadora música nova, mostrada num show ontem na Alemanha. “Heavenfaced”, tirada do álbum a seguir, “Trouble Will Find Me”, veio à luz em apresentação surpresa ontem à noite na frente do hotel Michelgerger, em Berlim. Canção, para variar, não recomendada aos mais sensíveis.

Agora, para completar o dia da belezura, só falta o Tindersticks aparecer com algo.

“Trouble Will Find Me” sai nos EUA dia 21 de maio e tem participações de gente do Dirty Projectors, do Arcade Fire e do Sufjan Stevens, entre outros. Não vai ser fácil.
Uma semana antes, em Ithaca, estado de Nova York, o National começa turnê mundial com datas divulgadas até o final do ano, que incluem passagens por festivais tipo Bonnaroo, Lollapalooza Chicago e Roskilde.

A capa do disco novo é treta:

>>


O show todo. A linda PJ Harvey ao vivo na Austrália, qualidade master
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* A apresentação é de 2012, mas caiu agora na rede em gravação profissional, daqui para a eternidade. Excelente show da diva britânica PJ Harvey no Sydney Festival, na Austrália, como parte da “Let England Shake Tour”. PJ Harvey, John Parish, Mick Harvey e Jean-Marc Butty. É bonito por qualquer ângulo que se olhe. O setlist segue abaixo.

PJ Harvey – Sydney, Australia 2012 Setlist

‘Let England Shake’ | 0:00
‘The Words That Maketh Murder’ | 3:50
‘All and Everyone’ | 07:45
‘The Guns Called Me Back Again’ | 13:55
‘Written on the Forehead’ | 17:15
‘In the Dark Places’ | 21:05
‘The Devil’ | 24:50
‘Dear Darkness’ | 28:10
‘The Glorious Land’ | 31:40
‘The Last Living Rose’ | 35:35
‘England’ | 39:05
‘Pocket Knife’ | 43:00
‘Bitter Branches’ | 47:35
‘On Battleship Hill’ | 50:20
‘Down by the Water’ | 54:50
‘C’mon Billy’ | 57:45
‘Hanging in the Wire’ | 1:00:45
‘The Colour of the Earth’ | 1:03:45
‘The Piano’ | 1:09:15
‘Angelene’ | 1:12:30
‘Silence’ | 1:16:05

Tags : pj harvey


Cure no Rio: 40 músicas, 3h20 de show e metade da casa cheia (ou metade vazia)
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Foi-se. A banda inglesa The Cure deu o início ontem, no HSBC Arena, no Rio, à turnê sul-americana, que amanhã passa por São Paulo. O título deste post já diz sobre o tamanho do show. Perto de 9 mil pessoas foram ver o veterano Robert Smith desfilar seus clássicos e seus não menos por mais de três horas tocando, num lugar que cabem tipo 16 mil pessoas. Fazia 17 anos que o Cure não tocava no Brasil. “Vejo vocês daqui a outros 17 anos”, disse Robert Smith, 53 anos, ao povo do Rio. As fotos acima são de Fernando Maia.

* O setlist completo do show no Rio

– Open
– High
– The End of the World
– Lovesong
– Push
– In Between Days
– Just Like Heaven
– From the Edge of the Deep Green Sea
– Pictures of You
– Lullaby
– Fascination Street
– Sleep When I’m Dead
– Play for Today
– A Forest
– Bananafishbones
– Shake Dog Shake
– Charlotte Sometimes
– The Walk
– Mint Car
– Friday I’m in Love
– Doing the Unstuck
– Trust
– Want
– The Hungry Ghost
– Wrong Number
– One Hundred Years
– End

Bis:
– Plainsong
– Prayers for Rain
– Disintegration

Bis 2:
– Dressing Up
– The Lovecats
– The Caterpillar
– Close to Me
– Hot Hot Hot!!!
– Let’s Go to Bed
– Why Can’t I Be You?
– Boys Don’t Cry
– 10:15 Saturday Night
– Killing an Arab

>>


Papo da vez: disco novo do Daft Punk tem Panda Bear e… Julian Casablancas!
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Mexican Lóki.

Posso estar enganado, mas já tem um bom tempo que um disco não é tão aguardado quanto esse novo do Daft Punk. Justin Timberlake who? David Bowie quem? “Random Access Memories” chega ao mercado só no final de maio (a gente espera por ele antes), mas o barulho em torno do novo esforço sonoro da espetacular dupla Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter está absurdo.

Tirando o fato de que ouvimos menos de um minuto do material do disco, que sabemos apenas a duração de cada faixa, que o lendário Giorgio Moroder é um dos colaboradores da produção do disco ao lado de outro ser lendário, Nile Rodgers, e que existe um papo de turnê deles com o Justice e o Chemical Brothers, acho que vocês todos ESTAMOS muito ansiosos por pouca coisa.

Ontem, o duo liberou uma entrevista-aula do gênio Giorgio Moroder, falando basicamente que o Daft Punk revolucionou a música uma certa época e que hoje a música precisa de uma outra revolução, no caso, com o Daft Punk outra vez. Ele falou do perfeccionismo do duo francês e só aumentou a expectativa em torno do disco.

Agora, um novo papo dá gás ao hype descabido em cima do “RAM”. Um site francês famoso e de credibilidade voltado para cultura pop e comportamento, o Konbini, soltou na noite de hoje a possível lista (faixa a faixa) dos convidados do álbum. Além da dupla de produtores-colaboradores já citada, aparecem nomes interessantes do pop como o rapper Pharrell Williams, o guitarrista Paul Jackson Jr. (já trabalhou com Michael Jackson, The Temptations e Whitney Houston), Todd Edwards, Noah Benjamin Lennox (aka Panda Bear, um dos fundadores do Animal Collective) e Julian Casablancas, aquele, daquela banda, The Strokes.

Casablancas aparece listado como special guest na faixa 5, que dura pouco mais de 5 minutos. Giorgio Moroder, ao que tudo indica, vai viajar com seu sintetizador na faixa 3, que tem quase 10 minutos de duração. A lista de convidados do disco, ainda não confirmada, vem abaixo, faixa a faixa.

1- Nile Rodgers (Guitar), Paul Jackson Jr (Guitar) – 4:34
2- Instrumental – 5:21
3- Giorgio Moroder (Synth) – 9:04
4- Gonzales (Piano) – 3:48
5- Julian Casablancas (Vocals) – 5:37
6- Nile Rodgers (Guitar), Pharrel Williams (Vocals) – 5:53
7- Paul Williams (Vocals and Lyrics) – 8:18
8- Nile Rodgers (Guitar), Pharrel Williams (Vocals) – 6:07
9- Paul Williams (Lyrics) – 4:50
10- Instrumental – 5:41
11- Todd Edwards (Vocals) – 4:39
12- Noah Benjamin Lennox (Panda Bear – Vocals) – 4:11
13- Dj Falcon – 6:21


É eletrônico, é rap, é indie, é tudo isso junto. Vem aí o disco novo do James Blake
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Dono de um certo indie delicado mezzo dubstep suave, o esperto produtor e DJ inglês James Blake joga na praça, semana que vem, seu aguardado disco novo. “Overgrown” chega às lojas na segunda, 8, cercado de expectativa, mesmo que algumas de suas faixas já sejam mais ou menos conhecidas desde o final do ano passado, quando ele andou as testando ao vivo nos seus shows.

Para aumentar o burburinho em cima do lançamento, o próprio Blake se encarregou de soltar duas canções do projeto, de graça. “Take A Fall For Me” tem a participação especial do rapper RZA, do Wu-Tang Clan e tem um clima… gospel. A outra faixa é bônus. “Every Day I Ran” foi arquitetada em cima de “Royal Flush”, som do Big Boi em parceria com o Raekwon e Andre 3000.

A Popload destaca as duas novas faixas, abaixo.

“TAKE A FALL FOR ME” (com RZA)

***

“EVERY DAY I RAN”


A explosiva volta do Deerhunter. Incluindo disco novo, dentes de vampiro, dedos cortados e curadoria de festival
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Nome importante do indie da década passada, espécie de noise rock misturado com punk e outras nuances, o ótimo e barulhento Deerhunter está de volta. Liderado pelo insano Bradford Cox, o grupo de Atlanta prepara para o dia 7 de maio o lançamento de “Monomania”, seu sexto disco de estúdio.

A volta da banda aconteceu nesta semana, no programa de Jimmy Fallon. Bradford Cox, sempre ele, apareceu com uma blusa de oncinha, dentes de vampiro, simulou (??) dedos cortados e apresentou seu novo alter ego: Connie Lungpin.

No palco, mandaram o primeiro single, que empresta seu nome ao álbum. “Monomania”, a música, é rápida, pesada e viciante.

O Deerhunter é uma das bandas responsáveis pela curadoria do tradicional festival indie All Tomorrow’s Parties, que acontece entre os dias 21 e 23 de junho na Inglaterra. A primeira banda convidada pelo Bradford Cox é a ótima Breeders, importante instituição do rock “alternativo” americano dos anos 90 e derivada dos Pixies, que vai cair na estrada para comemorar os 20 anos do disco “Last Splash”.

* “Monomania”, o single, em versão de estúdio.


Cat Power e a cidade de Nova York
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Com visita marcada para o Brasil mês que vem, a fofa Cat Power segue trabalhando as faixas de seu bom disco “Sun”, lançado ano passado. O álbum, talvez o mais “pessoal” da cantora, que até cortou o próprio cabelo para sua foto de capa, figurou em algumas listas dos melhores de 2012.

Voltando para sua vibe louquinha, Chan Marshall lança agora o recorte visual de “Manhattan”, e mostra diversos pontos de Nova York a partir de sua dança, digamos, peculiar. E linda, claro.

* Cat Power fará três shows no Brasil em maio. Dia 18, ela toca Rio de Janeiro (Circo Voador). No dia seguinte, a cantora se apresenta em Recife (Espaço Catamarã). Dia 21, Chan encerra sua passagem pelo Brasil em São Paulo, com um show no Cine Joia.