Blog POPLOAD

Arquivo : abril 2013

Ainda o Lollapalooza: a galera
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Lúcio Ribeiro

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* Achei injusto os cavalos reclamarem do cheiro de hipsters no Jockey, durante o Lollapalooza Brasil 2013. Não tinha só hipsters no megaevento que mobilizou as atenções musicais neste final de semana de Páscoa. Tinha pessoas normais também. Tinha até unicórnios…
A gente separou um monte de imagens de galera feito pelo bamba Fabrício Vianna, o repórter-fotográfico exclusivo da Popload, um dos poucos a ser escalado para fotografar o show restritivo do Pearl Jam.

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O vídeo incrível do estranho Flaming Lips (ou o contrário) também já está na área. Veja “Ashes In The Air”
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Lúcio Ribeiro

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Não basta o disco novo, “The Terror”, tocando o terror (com o perdão da infâmia). Não basta também o show transcendental-esquisito-polêmico no Lollapalooza, que fez 90% do público presente não entender o que estava acontecendo, enquanto os outros 10% achava que estava entendendo alguma coisa.

Poucos dias depois da histórica (em todos os sentidos) apresentação no Jockey Club de São Paulo, a banda do grande Wayne Coyne solta um vídeo que chega a dar medo. “Ashes In The Air”, faixa que consta no disco de colaborações “The Flaming Lips and Heady Fwends”, lançado ano passado, ganhou um recorte visual que mostra o Justin Vernon (who the fuck is Bon Iver?) encarnado em um bebê bizarro, carregado por um astronauta surreal – cuja cabeça é um olho psicodélico – que o leva para um moedor de carne. Enquanto isso, no meio do caminho, coisas simples como pessoas cobertas de sangue.

O gênio Wayne Coyne anda com a inspiração bem alta, digamos.


O disco incrível do estranho duo sueco The Knife (ou o contrário) já está na área. Ouça “Shaking the Habitual”
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Lúcio Ribeiro

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Sai semana que vem, dia 9, o aguardado novo disco do duo sueco The Knife, nome mais bombado das rádios britânicas nos dias de hoje, que vem esgotando ingressos de forma incrível para seus shows, tudo por causa desse “Shaking the Habitual”, que vai fazer a estranha e genial dupla Karin Andersson e Olof Dreijer cair na estrada após seis anos.

O disco, que tem quase 100 minutos de duração, foi disponibilizado para audição na manhã de hoje pela bíblia indie Pitchfork. Existe certa comoção pelo The Knife nos dias atuais na Inglaterra, especialmente.
A Popload destacou esse papo há algumas semanas, falando que depois de seis anos sem se apresentar ao vivo, o duo marcou dois shows para a tradicional Roundhouse, em Camden. E existia uma pré-venda, para fãs cadastrados em algum site do Knife. Essa info de pré-venda para cadastrados vazou horas antes e muita gente correu para se cadastrar, na noite do início dessa pré-vendagem especial.

A venda normal se iniciaria na manhã seguinte. O show a princípio seria só no dia 8 de maio. Por causa do tumulto da procura, tipo U2 no Brasil, tiveram que abrir uma segunda data, dia 9. O site da banda caiu. Quando funcionou, os ingressos se esgotaram em segundos. Quando abriu a venda normal no dia seguinte, a mesma coisa. O preço normal de venda era 27,50 libras. Quem conseguiu comprar e agora “não quer ir” ao show, passou a revender por um preço dez ou até quinze vezes maior em sites de revendas, no Facebook, no Twitter.

A turnê do Knife começa no final do mês, dia 26, em Bremen (Alemanha). Antes dos festivais, eles fazem shows na Dinamarca, Noruega, France, Inglaterra, Itália e Suíça. Todos esgotados. Entre os festivais de verão, o duo sueco é atração de alguns bem importantes, como o Primavera Sound de Barcelona, o norueguês Oya e o holandês Lowlands.

Para conferir o “Shaking the Habitual”, basta clicar na figura abaixo.


Edição Exxxtra: O Melhor do TwitterPalooza!
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Lúcio Ribeiro

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Passados o cansaço, a dor nos joelhos e o cheiro de churros da jaqueta, vamos ao que interessa! Teve de tudo nesse Lolla. Inclusive o de sempre: a indignação dos indie-xiitaszz, as tretas dos sabem-tudo, o bonde dos sou-sempre-do-contra, os fãs donos-de-banda e os críticos de sofá. O que seria do nosso Twitter sem eles? \o/

*Todas as fotos são do fotógrafo Poploader Fabrício Vianna.

@renatissima Já anunciaram o Globo Reporter sobre os caras altos e bonitos que tinha no Lolla? Onde vivem, o que comem? Pq eu não vejo em lugar nenhum.

@anacoli O mais impressionante do Lolla até agora: centenas de meninas de All Star branco. Vão perder um par de tênis, mas ganhar experiência.

@ferrrr Festival de música é um bom momento do ano para você avaliar o quanto amadureceu. Ou envelheceu.

@seufelipe Festival é coisa de jovens

@seufelipe Nada contra jovens inclusive tenho vários amigos que sao

@superoito Odores mais marcantes do primeiro dia de #lollapalooza: bosta de cavalo e churros.

@danielsavio Nossa q legal um tonto com cabeça de mickey tocando laptop

@hectorlima Tinha começado reprise do show do Alabama Shakes no Multishow. Tava tão animado que acordei no Porn Week já

@AndreBarcinski Lembrei quem essa mina do Alabama Shakes parece: o Skowa.

@LorenaCalabria@Estadao: Cavalos reclamam de cheiro de hipsters no Jóquei.” Kkk melhor piada do #lollapallozaBR

@mrguavaman Todo castigo pra hipster é pouco RT @carol_rodrix amei os hipster do lolla tendo que encarar uma whitney houston no talo no ônibus da volta.

@hectorlima Dúvidas da minha vó durante o Franz: pagam tudo pra banda, até hospedagem? Eles tocam Beatles? Pode fumar maconha na platéia?

@arnaldobranco Franz Ferdinand, o Iron Maiden indie

@joaoanzolin Envelhecer normalmente apura o senso crítico, mas xoxar geral todo e qquer festival diretamente do seu sofá parece mais é recalque…

@tchulimtchulim Estou indo pro #Lolla (isso mesmo, indo pra sala pra ver os shows pela tv no conforto do meu lar)

@danielsavio Não gosto das letras de zé droguinha, mas creio que o planet hemp mandou o gabarito pra essas banda indie pau mole

@yuridecastro Planet Hemp, Hot Chip e Major Lazer fazendo a melhor trinca de shows off-headliners do Loolapalooza até agora.

@arnaldobranco O Planet Hemp fala mais de Planet Hemp do que de maconha

@gravz Planet Hemp, a ATEA da maconha.

@cirohamen “Criolo é a melhor coisa que arranhou o mainstream desde Los Hermanos”. Parei de ler a resenha neste momento

@neozeitgeist “Que o nosso país possa se transformar em nação”, são os votos enigmáticos de Criolo ao fim do show de ontem

@feliep_ Imagina o desespero que é estar num festival no meio da multidão tentando se afastar do palco sabendo que em 15min ali vai cantar o criolo

@goombagoomba Alguém aqui no tuíter deu uma vez a melhor pala sobre o Criolo: “Só tem esse nome pra que você se sinta constrangido em dizer que detesta”.

@chicobarney Criolo faz trilha sonora pra coito interrompido, o que explica o Multishow exibir seu show no lugar do Pearl Jam.

@screamyell Vocalista do Kaiser Chiefs veio ao Brasil lançar o livro “Como ser vocalista de uma banda e perder 40 quilos em 5 anos”

@en_cohen How can I say the internet is a cold, dead place when someone else is thinking about the Kaiser Chiefs in 2013?

@yadayadayada Duas músicas do Hives e ninguém mais lembrará de Puscifer, Foals, Lirinha e o escambau. #LollaDoSofá #Barça

@danielsavio Confundo franz ferdinand com kasabian com kaiser chiefs com arctic monkeys com the strokes com samuel l jackson com morgan freeman

@flaviadurante O Wayne Coyne tá a cara daquele tiozinho que fica curtindo um som em cima de um murinho na Paulista c/ a Augusta! instagram.com/p/XZqqH4Rwud

@superoito Flaming Lips, com aquele jeito moleque dele, fez o show que os fãs do Killers pagariam pra não ver. Curti. #lollapalooza

@murilobasso A vida é curta demais pra ver um show inteiro do Flaming Lips #LollaDoSofá #Barça

@dgdgd E a megabolafora do Wayne Coyne sobre o avião aterrisando? “Já pensou que COOL seria se ele caísse sobre a cidade?”. Já caíram 2. Not cool.

@carinatoledo Galera chocada com a bizarrice do Flaming Lips, mas é preciso aceitar a nova fase, assim cm aceitamos q Radiohead ñ ia mais tocar The Bends

@giovsr Juro pra vocês que eu pensei no @AndreBarcinski enquanto tava vendo o Flaming Lips. Tinha certeza que ele ia curtir.

@PedroSoh eu tava lá, do lado de vários Flaming Lips freaks. eles estavam sofrendo. do sofá, é mais fácil aturar

@flaviadurante QOTSA: caso raríssimo de os omi gosta e as mina pira! <3@neozeitgeist Parece que o pessoal gostou bastante do show da banda do cara de Homeland ontem no Lollapalooza ne #qotsa

@flaviadurante Eu não acredito na amizade entre mulheres e Josh Homme!

@hectorlima O Nerd Power é uma farsa. As mulheres querem é um jock, um liferuler, um macho alfa de guitarra: Josh Homme. Tudo segue igual.

@marcelohessel Num festival ideal ninguém seria obrigado a tocar depois do QOTSA. O cara do Black Keys estava visivelmente abatido

@superoito O que faltou no show do Black Keys: Jack White. #lollapalooza

@leodiaspereira E, mano, como o tal Patrick Carney tem uma técnica indigente. A música fica toda esburacada. Nem Meg White fazia isso.

@ricapancita fechando com chave preta hãhãhãhãhãhãhãhã

@Paris_6 Eddie Vedder, vocalista Pearl Jam, registrou sua vinda ao Paris 6!!! Obrigado #Lollapalooza!!! http://fb.me/2imzGOBKo

@julianakataoka Apenas AH VA que o Eddie Vedder foi jantar no Paris 6. Mui amigo quem levou

@UOLMusica Fã pede “doações” na fila para assistir a show do Pearl Jam http://uol.com/bkcZSt #UOL

@BartBarbosa Cara passa 30 min no telefone, fazendo assinatura da Net só p/ ver o show do Pearl Jam, liga a TV e tá lá o Criolo #pegadinhadoEddieVedder

@1brunoporto Multishow: “O Pearl Jam não liberou a transmissão, por isso vamos deixar vocês com o show do Criolo”. Bitch, you’re doing it WRONG

@AugustoMariotti O Pearl Jam vetou a transmissão pela TV pra não fazerem dvd do show e vender na Sé, será?

@victoroliveira Pearl jam podia proibir a segunda feira tambem

@PearlJamOnline It’s ok to be disappointed if @PearlJam don’t agree to broadcast the show, it’s NOT ok to insult them. Sincerely, Pearl Jam OnLine

@marcelorubens Game of Thrones reestreia hj! De Pearl Jam para a tela da TV, voado. Corra Lola corra!

@achrispin Queria ver o Pearl Jam, mas o sofá pass não me dá esse show no pacote. hahaha

@AndreBarcisnki Se confirmar que vetou a transmissão, Pearl Jam volta a ser a banda poseur que foi ao Grammy pra dizer que não queria estar lá.

@cmerigo Quer ver o show da sua banda favorita? Vá ao fucking show. Não fique em casa reclamando que não vai passar na TV. Essa juventude tá perdida.

@kaskade Pearl Jam is playing Even Flow on the other stage I can hear them.

@lorylooove Vinte anos pra decorar a letra de Even Flow e vcs ainda me mata de vergonha com esse embromation, pqp #lollabr

@NandaPopota Um grande prazer da minha vida é falar pra fã de Pearl Jam que não curto muito porque “não é da minha época”. Nego fica abaladíssimo.

@Eddiemasses Pearl Jam não permite que Pearl Jam toque em seus shows.

@spiceee O diretor do Exorcista louco no twitter e vcs preocupados com fulano Pearl Jam

@diegomaia O Pearl Jam não solta um disco bom desde 1998, aprox, e vocês aí

@LollapaloozaBr ‘São Paulo, parabéns por autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.’ – Eddie Vedder, em português, para a galera do #lollabr #lolla

@alisson10 Ou seja: São Paulo libera mais que o Pearl Jam.

@vandeursen Brandon no dog, lindsay entediada na pista, kapranos pagando de dj. só faltou josh homme na fila do pão de açúcar preles terem um fds de sp.

@elson Final do ano rola listar Melhores Shows do Ano Vistos do Sofá? Pergunto a sério.

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As HAIM apresentam os Strokes versão “babes”
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Lúcio Ribeiro

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Vindo da Califórnia, o trio de bonecas HAIM, composto por meninas (todas irmãs) e um baterista “menino”, é o grupo preferido do Julian Casablancas nos dias de hoje. Os ingleses também piram nas meninas, que até agora lançaram quatro músicas, já fazem certo barulho, e vão soltar o disco de estreia só no segundo semestre.

Este, Danielle e Alana, todas na faixa dos 20 e poucos anos, dizem fazer “pop para tocar no rádio”, mas às vezes até evocam a Florence & The Machine. Elas resolveram retribuir a adoração do Julian e mandaram uma cover de “I’ll Try Anything Once”, a versão demo de “You Only Live Once”, faixa clássica dos Strokes, lançada (esta versão) como lado-b em 2006. A gravação foi para uma session da bacanuda Sirius XMU e ficou ótima.

O trio lança o EP “Falling” amanhã no mercado norte-americano.


Lollapalooza Brasil domingo – O dia em que o Planet Hem-pá fez os isqueiros acenderem, o Kaiser Chiefs mostrou que ainda existe, o Hives chapou, o Hot Chip e o Foals foram lindos e ainda teve Pearl Jam, que…
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Lúcio Ribeiro

* Que festivalzão foi esse Lollapalooza Brasil 2013!!!
Com tudo o que um festival bom (e ruim) e grande pode oferecer: perrengues de várias ordens, grandes shows, cheiro de cocô de cavalo, grandes shows de quem a gente não esperava que ainda faria grandes shows, filas absurdas para tudo, grandes shows rolando nas tardes bonitas, grandes shows à noitinha, frio e calor tudo junto, graves problemas de som em alguns momentos, som ótimo em alguns outros momentos, bandas decepcionando, pessoas decepcionadas com quem achou que tinha bandas decepcionando, galera gostando e sendo trollada por quem não gostou e defendida por quem também gostou, Didi e Dedé no Multishow, o celular que não deixava ninguém extravasar a emoção twittando ou instagramando (o que muitas vezes não é uma coisa ruim…), os já famosos “comentaristas de sofá”. Pena que não tem um Lollapalooza por semana para nos tornarmos seres humanos melhores.

O Lollapalooza Brasil se consolida como o grande festival brasileiro. Porque o Rock in Rio é meio doido, né?
Tudo bem, o Lollapalooza já vem “empacotado” dos EUA na dobradinha Geo brasileira e C3 americana, muitas outras bandas “do momento” poderiam estar escaladas, ou outras bandas de “outrora”, grupos nacionais mais relevantes para um festival hoje poderiam estar na programação, mas é quase impossível alguém não achar boa diversão numa escalação com 70 bandas, a maior parte dela que o Perry Farrell manda para gente. Só de não ter o Rappa e sim o Planet Hemp já mostra que esta edição foi melhor que o ano passado.

O grande assunto do showbiz brasileiro nos últimos tempos é a “falência”, a “crise”. Os megashows do ano passado para cá afundando na falta de público (ou do público esperado), os cancelamentos e os prejuízos absurdos assustaram a cena depois da “afirmação” do tempo gordo que apontava o Brasil como rota definitiva de grandes concertos internacionais. Todo mundo queria ganhar muita grana no mercado outrora carente mas então bombado economicamente. Enormes festivais inflacionando tudo, agentes espertos leiloando grandes nomes, marcas bancando atrações exclusivas. Daí a bolha estourou. O Sónar São Paulo, que foi “sucesso” no ano passado, cancelou a edição 2013 com grande parte bandas anunciadas e estrutura divulgadas. A luz vermelha, há muito amarela, acendeu com força. Deu medo. Está dando medo.

O SWU “deu um tempo” dizendo que volta e até agora nem notícias. O Planeta Terra, depois do tombaço de 2012, chacoalhou suas entranhas e decide NESTA SEMANA se volta em 2013 ou não: depende de conchavos e uma segurança “antiprejuízo” que estão difíceis de alinhavar. Bandas e artistas “de destaque” estariam na agulha e produtores aguardam o sinal de “Sim, vai rolar”. Alguns insiders dizem que logo, logo se confirma sua continuação e vem forte em 2013. Bem menor, mas forte. Mas muita gente “de dentro” diz que o PT 2013 não sai de jeito nenhum, não tem como.
Quando no ano passado a Popload afirmou aqui que o festival indie mais importante desde o fim do Tim Festival tinha acabado, foi porque internamente havia-se decidido pelo fim dele. E este blog tem orgulho de dizer que uma fonte importante de dentro do Planeta Terra disse que a notícia da Popload naquela ocasião poderia estar salvando o festival, porque imediatamente mexeu nos brios dos responsáveis e fez perceberem a dimensão da marca que o evento conquistou nos últimos anos. E “bafo do fim do PT” provocado por este blog poderia reverter decisões. Essas decisões que a gente espera para esta semana. Ou…

Mas voltando ao Lollapalooza, e envolto nos últimos meses no papo de “os ingressos estão encalhando”, o festival que mobilizou a Páscoa brasileira ao vivo, na TV, na internet juntou quase 170 mil pessoas no Jockey Club em São Paulo, passando longe da crise. Segundo sua organização, o dia “mais fraco”, o primeiro, vendeu 52 mil entradas. O último esgotou os 60 mil, deu sold-out no dia de sua realização. O Pearl Jam claramente arrastou mais público que o Foo Fighters no ano passado, na ordem de multidões absurdas.

Festival bom é assim: faz o Pearl Jam ainda ser bom, o maravilhoso Flaming Lips soar modorrento, o pequeno DIS MOI arrasar tocando para pouquinhos no palco de crianças, o Black Keys fazer um excelente show que ninguém ouviu, ressuscita uma excelente apresentação do Kaiser Chiefs que a gente nem lembrava que ainda existia, consegue agradar com bom concerto do Killers, provoca o melhor show nacional que eu vi em muitos anos (o Planet Hemp, desde um do Racionais nos anos 90 e desde que o Los Pirata acabou e desde um do Holger numa livraria de rua deserta em São Paulo. Com a intrigante e incômoda questão de achar o Planet Hemp datado e moderno ao mesmo tempo). Festival bom, hoje, tem os maravilhosos Foals e Hot Chip na mesma programação. Traz muita gente de fora para São Paulo. Espalha suas atrações em shows lindos em lugar mais intimista como Hot Chip/Of Monsters and Men/Alabama Shakes no Cine Joia. Bota o Foals para tocar house no Beco, os Franzs para entupir o Secreto, o Diplo sacudir o Clash, o Marky no Lions, e o Hot Chip discotecar (com Diplo e alguns dos Franz) no grand finale, de novo no Secreto, ontem.

Da sujeira, areia, terra, lama, até a confusão na compra e/ou retirada de ingressos comprados, o Lolla Brasil 2013 rebolou durante os dias do festival para ir aliviando os problemas. A gente elogiou a pista de areia lateral que era um caminho bom para se locomover entre os palcos fora da lama e da multidão. Daí, nos outros dias, para reforçar o número de banheiros químicos que eram um outro problema crônico, encheram a pista de areia lateral de banheiros, embolando os que passavam com as filas para o xixi. Poim!

Para o dia de ontem, o de encerramento, ficar completo, faltou o Eddie Vedder liberar a transmissão do show do Pearl Jam. Justo você, Vedder?

Abaixo fotos incríveis nossas e vídeos selecionados. O assunto Lollapalooza ainda vai render durante a semana.

E a edição 2014 do festival está assegurada e já tem as datas: 18, 19 e 20 de abril, a Páscoa do ano que vem.

************** FOTOS

O maestro da esquadrilha da fumaça! Planet Hemp incrível sob o comando de Marcelo D2, no Lollapalooza

Pelle Almqvist e a melhor banda de festivais do planeta, o Hives. Palhaçada e rock’n’roll dos bons

Foals e seu concerto lindo no cair da tarde no Jockey Club. Yannis, we love you

Às vezes era difícil de conseguir. Mas, quando se conseguia, o festival fazia mais sentido

Hot Chip e seu concerto lindo ao anoitecer no Jockey Club. Alexis, we love you

Eddie Vedder em momento rock’n’roll. Showzão do Pearl Jam, mas custava liberar a transmissão para a galera?

************** VÍDEOS


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* Cobertura Popload: Alisson Guimarães (base), Ana Carolina Monteiro, Fabríco Vianna (fotos), Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro

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Quando Madonna, U2, Brad Pitt, Marilyn Manson, Oasis e Blur quiseram ver o Radiohead
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Lúcio Ribeiro

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O jovem Thom Yorke parando Nova York com sua banda, aquela, em 1997

O ano é 1997 e a época é a do lançamento do histórico “OK Computer”, disco referência que apresentou de vez o Radiohead para o mundo, pautando desde jornais pequenos ao New York Times ou Guardian na discussão sobre se aquele era um álbum que estava mudando a história da música ou, no mínimo, salvando o rock’n’roll.

Pouco depois de duas semanas do lançamento, no início de junho daquele ano (dia 9), o Radiohead faria uma apresentação famosa e concorrida no tradicional Irving Plaza, espaço artístico famoso da cidade de Nova York, construído no final do século XIX, para pouco mais de mil pessoas, capacidade da casa. Mas a lista de gente que queria/foi ver a banda de Thom Yorke naquela noite é absurda.

A Madonna estava na lista, a Courtney Love também. O Brad Pitt pediu um par de entradas VIP, o Eddie Vedder também. O renomado produtor Rick Rubin assistiu o show ao lado dos Beastie Boys. Em pé de guerra, integrantes do Blur e do Oasis dividiram o mesmo espaço para ver uma banda terceira. O U2 e seu manager Paul McGuinness queriam ver o que estava acontecendo, se aquela banda vinha para desafiá-los: levaram 18 convidados. A lista ainda tem o bamba Michael Stipe, do REM, e o distinto Marilyn Manson, que gentilmente levou 14 amigos para ver se o “OK Computer” era mesmo tendência.


Marilyn Manson, Courtney Love e Michael Stipe curtem o concorrido show do Radiohead

A incrível “guest list” vazou e vem completa, abaixo.

* Naquela noite, o Radiohead tocou…
Lucky
My Iron Lung
Airbag
(Nice Dream)
Exit Music (for a Film)
Karma Police
Talk Show Host
Fake Plastic Trees
Paranoid Android
Bones
Climbing Up the Walls
No Surprises
The Bends
Creep
Just
Planet Telex
Street Spirit (Fade Out)

The Tourist

Black Star

 


E tem o Vaccines, confirmado: São Paulo, dia 18 de maio
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Lúcio Ribeiro

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* A gente dá o furo (!), mas depois explica ( 🙂 ).

A linda banda Vaccines está mesmo confirmada para vir a São Paulo tocar para nós, em maio. O show marca a segunda edição do Club NME (que no mês passado trouxe o Paul Banks) e acontece no dia 18/5 no Grand Metrópole, no centro da cidade, ali perto do Alberta, do Paribar e da casa do JP.

Os ingressos já estão disponíveis para compra, através do www.ingressorapido.com.br e custam R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia-entrada). Desta vez não vai ter o esquema do “crowdfunding”.

O Vaccines, banda do Justin, mas o Young, traz ao país o show do segundo álbum, o “Come of Age”, disco lançado no final do ano passado e que foi parar direto em primeiro lugar nas paradas inglesas, mas está longe de ter o impacto do primeiro, como eu disse aqui uma vez.

Imperdível. Pena que, talvez, eu vá perder. Isso é uma outra história.

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Três notícias boas: Cat Power vem. Morrissey deve retornar aos palcos em breve. Morrissey pode voltar ao Brasil
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Lúcio Ribeiro

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Simples assim. Na linha “bom demais para ser verdade” do 1º de abril, notícias relacionadas a dois nomes que amamos estão chacoalhando o mercado de shows latinos nas últimas horas. Primeiro, Cat Power, a musa indie, tem passagem confirmada pelo Brasil, como a Popload destacou na semana passada. Muita gente que foi ao festival Lollapalooza neste final de semana ficou eufórica quando viu, em diversos intervalos dos shows, a foto da moça nos telões, confirmada como atração da GEO Eventos, empresa que produz a versão brasileira do festival do Perry Farrell. Cat Power vem ao Brasil na segunda quinzena de maio. As datas devem ser anunciadas nos próximos dias.

Já o semi-Deus Morrissey, parece, tem boas notícias para nossos corações aflitos diante do que se ouviu dele nas últimas semanas. Recomendado pelos seus médicos a abandonar os palcos, o maior britânico vivo, naquela bombástica entrevista para uma rádio mexicana, havia dito entre diversas coisas importantes que a intenção dele era voltar ao México em junho não só para remarcar o show cancelado do mês passado, mas também para visitar outras cidades pouco exploradas do país.

Agora, o importante site True-To-You, espécie de canal quase-oficial do cantor, relata que Morrissey deve voltar aos palcos nessa época desejada por ele. E sim, no México, onde faria cerca de sete shows. A segunda parte da ótima notícia do retorno do artista britânico aos palcos é que, após o México, Morrissey pode descer para a América do Sul e passar por Brasil, Argentina, Chile e Peru, pouco mais de um ano após sua visita mais recente, que aconteceu no início do ano passado.

Bom a gente ficar de olho nisso, já que o papo é muito bom, mas também meio esquisito, especialmente diante daquela entrevista recente no México, do desânimo e vulnerabilidade aparentes do cantor, sem falar que a galera americana anda nervosa com o cancelamento da turnê de 22 shows dele no país. Vamos aguardar.