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Arquivo : maio 2013

Sasquatch, um festival daora, da paz, do amor, no maior visual
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Wenatchee, a capital mundial da maçã AND “the buckle of the power belt of the Great Northwest”. OK?

Eu, que vou a festivais desde que o Nirvana me levou ao Reading Festival 1991, já vi muita coisa nesta vida. De eventos em vilarejos na França até o SWU em Itu. E posso dizer que este Sasquatch 2013, “perto” de Seattle e de Portland, me surpreendeu.

Primeiro que estou hospedado em Wenatchee, cidadezinha brejeira e semideserta que vive deserta mas tem 20 cinemas, ao lado de outra (Leavenworth), que é uma reprodução exata e em miniatura da alemã Munique, onde uma escapada para um schnitzel leva 10 minutos e a uma visão de montanha com neve no topo, mesmo não estando frio.

Wenatchee fica a meia hora, 40 minutos de carro até o Gorge Amphitheatre, no meio de um desfiladeiro, onde acontece o Sasquatch e outros vários shows de arena. Boa parte da estrada corta campos, rio onde você vê grupos praticando rafting, montanhas de árvores, de pedra. Parece às vezes que está nevando, porque “chove” uma fibra tipo algodão na estrada, trazido pelo vento das árvores gigantes locais. Para ir é uma belezura de cenário. Para voltar, uma escuridão dessas típicas em que parece que um disco-voador vai pousar ao seu lado a qualquer momento.

O Sasquatch é uma delícia, porque é um grande festival que tem pouca gente. Quero dizer: 30 mil pessoas “só”. O visual, seu forte, é um desbunde. O palco principal fica no pé de um morro, com rios e vales ao fundo. Tem uma pista grande na frente que tem um leve aclive, parecendo cinema, parecendo o Cine Joia. Dá para ver bem o palco de qualquer lugar, desde que um americano de dois metros não fique a sua frente. Mas o bacana é o morrão, onde fica a maior parte da galera sentada ou deitada na grama, vendo os shows com incrível som não importa quão no topo você esteja. Pensa o que foi o Sigur Rós e o XX nesse cenário.

O clima é de paz, amor e doidurinhas. Maconha, no Estado de Washington, é droga legal, então tanto faz se você está na frente de um segurança fumando uma erva ou bebendo vinho que para ele é a mesma coisa, desde que você não esteja com uma mochila carregada para vender, nem um, nem outro.

Sente a vibe: a maioria do festival, dizem que 80%, acampa na região, famosa pelos acampamentos para curtir natureza, fazer trilhas e esportes em geral. Quando o festival acaba, por volta da meia-noite, 1h, rolam várias after-parties nos campings. Esses seres humanos, logo ao meio-dia do dia seguinte (ou do mesmo dia), volta ao festival para mais batelada de shows.

Outros 80% do festival têm a cara pintada com estrelas, luas, flores e outras figuras simpáticas ao bichogrilismo moderno.

No Sasquatch, que tem mais outros três palcos e uma tenda dance, quase não tem tumulto para pegar bebidas e comidas. E as filas de banheiro são encaráveis, pelo que eu vi.

Tem barraquinha de margaritas e vinhos, pensa.

Diferentemente de todo festival americano, você pode circular com bebida alcoólica por todos os lugares. Não precisa beber num cercadinho. Nem em copo de papel ou plástico eles botam a bebida. Você pode ir à beira dos palcos com a lata big de Bud Light ou Becks, que beleza. Ninguém atira nos artistas, quase ninguém joga as latas no chão.

Aí, tirando tuuuuudo isso, tem o line-up, a escalação média mais gostosa dos festivais americanos em 2013 e sem nenhum nome gigante de headliner.

Aqui teve o incrível XX, o mágico Sigur Rós, o hoje enorme Macklemore & Ryan Lewis abarrotando o palco principal com seu show “local” e com incrível sample safado de Killers (a da frase “I got soul but I’m not a soldier…”) sacudindo o canyon; Devendra Banhart com Fabrizio Strokes na bateria, Rodrigo Amarante na guitarra fazendo seu sambinha indie menos ciganismo, mais hipsterismo; Arctic Monkeys e o poder de sempre; o sempre absurdo Built to Spill; os novos todos; o material novo ao vivo do Vampire Weekend; o Postal Service, que é hoje; Elvis Costello; o melhor show da vida do Bloc Party; o Tame Impala todo atrasado (quase não chegam da Espanha), todo improvisado na correria e de chorar de bom; Grimes e Caveman; Andrew Bird, Father John Misty e Dirty Projectors; o Black Rebel Motorcycle Club ruim, desanimado; Death Grips e Totally Enormous Distinct Dinosaurs em DJ set-live lindo. Acho que estou esquecendo vários nomes agora… Enfim.

Fiz um vídeo de rolê rápido do Sasquatch, numa andada qualquer. Em duas partes. Dá para ter um pouco da ideia de como é o festival. Eu, se fosse você, guardava uns “bucks” e cogitava em vir no ano que vem.

Amanhã falo mais dos shows.

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Tags : sasquatch


Atenção: Popload Gig anuncia nova edição com THE BREEDERS tocando o “Last Splash”
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Lúcio Ribeiro

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* A Uuuuuuuuuum. A Uuuuuuuuuuuum.

O festival Popload Gig, um dos tentáculos “live” deste blog, já tem sua edição 21 confirmada. Dia 24 de julho, o Cine Joia receberá o Popload Gig com a incrível banda americana THE BREEDERS.

Importante instituição do rock “alternativo” americano dos anos 90 e derivada dos mitológicos Pixies, o grupo juntou neste ano sua formação original para comemorar com um lançamento de um box especial e com concorrida turnê os 20 anos do seminal disco “Last Splash”, um dos álbuns pontuais da música na década de 90.

O Breeders é o grupo formado no início dos 90 pela guitarrista Kim Deal (baixista dos Pixies) com outra musa sonora do indie ianque da época, a guitarrista Tanya Donelly, que tocava no ótimo Throwing Muses. Toda essa gente e bandas frequentavam como amigos a cena de Nirvana, Sonic Youth, Dinosaur Jr e os próprios Pixies. Donnely largou as Breeders já no primeiro disco. “Last Splash”, o segundo delas, foi lançado em setembro de 1993 e fez a banda estourar no mundo todo, principalmente por causa da pegajosa música “Cannonball”.

Com um riff de baixo inconfundível na introdução, a música aparece na lista de “Melhores Músicas dos Anos 90” da bíblia indie Pitchfork e é descrita como um dos maiores “hinos do indie” pela revista NME. Impulsionada pelo vídeo dirigido por Spike Jonze e Kim Gordon (Sonic Youth), “Cannonball” é considerada faixa clássica da “era MTV”, e ajudou o álbum a ganhar um disco de platina.

“Last Splash” saiu neste mês em sua versão deluxe, remasterizado. E rebatizado como “LSXX”, para indicar os 20 anos. Um DVD saiu junto e separado do álbum comemorativo. O disco é tocado na íntegra nessa turnê especial, agora “abraçada” pelo Popload Gig.

Os ingressos para o Popload Gig com The Breeders custam entre R$ 100 e R$ 200. A venda deve ter início na próxima quarta-feira, 29 de maio, no site do Cine Joia e na bilheteria da casa, de segunda a sexta, das 14h às 18h.

Com vinte edições no currículo, o Popload Gig já trouxe ao país em mais ou menos quatro anos shows históricos do calibre de LCD Soundsystem (em seus últimos dias), Primal Scream tocando o “Screamadelica”, The Rapture, The Kills, Grizzly Bear e recentemente o cultuado cantor e músico Daniel Johnston, em rara apresentação marcada por muita comoção do artista e do público. Além do Breeders, você já deve saber, o Popload Gig tem em sua agenda outra edição confirmada para agosto. Dia 28 daquele mês, o Beach House se apresentará também no Cine Joia. E vem mais por aí…


O rock “climão” do Sigur Rós na TV americana
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Lúcio Ribeiro

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Uma das atrações bombadas aqui do Sasquatch Festival, convidado especial “só” do episódio de encerramento da mais recente temporada de “Os Simpsons” e banda que faz som mais diferente no mundo hoje, mesmo não sendo teoricamente deste mundo, o Sigur Rós está huge, posso dizer.

No final de semana, eles apareceram no famoso programa do Jay Leno, na NBC. Por lá, mandaram a ótima “Kveikur”, faixa que dá título ao disco novo, sétimo deles, a ser lançado no próximo dia 17 de junho.

O som potente do Sigur Rós tem rodado o mundo e a América Latina é destino certo dos islandeses. O grupo deve passar por aqui no final do ano, provavelmente em novembro ou dezembro.

E vão tocar essa “Kveikur”, claro.


Você curte o Cayucas? (vídeo do ano? música do ano?)
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Washington. O Estado.

* Se eu morasse em Santa Monica, Califórnia, e tivesse uma banda, ia fazer umas músicas alegres e vídeos alto-astral simples como esse. Talvez não com esse nome de banda, haha. Mas antes o Cayucas se chamava Oregon Bike Trails. Então Cayucas está beleza.

Banda nova da animada cena indie de Los Angeles, lançaram o primeiro disco, “Bigfoot”, não tem um mês. Desnecessário dizer, fizeram um pequeno auê no South by Southwest deste ano. Ouvi os caras pela primeira vez no fim de semana, dirigindo na estrada cool pelo desfiladeiro que leva ao Sasquatch. Foi bonito.

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This is Indie! Jesus and Mary Chain recebe o My Bloody Valentine no palco
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Lúcio Ribeiro

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* Quase isso…

Momento ímpar na história do Indie: no Primavera Sound espanhol, um dos grandes momentos do festival foi o encontro do Jesus and Mary Chain com Bilinda Butcher, vocalista do My Bloody Valentine, no palco, neste final de semana que passou.

Duas das bandas ícones do Indie, quando o Indie se arriscava ainda a se chamar Indie, de um tempo em que a música alternativa estava ocupando os clubinhos e as guitarras distorcidas em ritmo descompassados davam o “tom”, JAMC e a voz do MBV deram um clima nostálgico e histórico para o festival de Barcelona, ao mandarem a clássica faixa “Just Like Honey” de surpresa.

Os dois grupos foram das principais atrações do festival de música que mais cresce na Europa. Classy ao extremo.


Blur confirmado. No Uruguai
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Lúcio Ribeiro

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It really, really, really could happen
Yes, it really, really, really could happen

* Só para manter nossa ronda em torno das notícias de Blur na América do Sul, neste final de semana soubemos da confirmação da veterana banda de britpop no Uruguai, com apresentação marcada para o dia 4 de novembro no festival Primavera Zero, em Montevideo. Desde o último dia 19, os chilenos já compram ingresso para ver a turma do Damon Albarn em Santiago, em show cravado no dia 7/11. Falta anunciar, então, os concertos de Brasil e Argentina.

Trazidos para a região pela Time For Fun, o Blur deve ser colocado pela produtora brasileira para encabeçar a escalação do novo Planeta Terra Festival, evento que provavelmente acontecerá no dia 9 de novembro no Campo de Marte e da qual a T4F virou sócia.

O primavera uruguaio possivelmente terá outras atrações do PT tocando antes por lá. Yeah Yeah Yeahs ou Lana Del Rey, será?

Na sexta-feira agora, o Blur se apresentou no festival espanhol Primavera Sound, em Barcelona, o primeiro show da turnê europeia neste ano. Esta foi a penúltima música do show.

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Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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>> SHOWS & FESTIVAIS

* A Virada do VACCINES em São Paulo
* Dá um abraço, Chan… Como foi o show da CAT POWER em São Paulo
* PRIMAVERA SOUND: o esquenta do BREEDERS em Barcelona
* PRIMAVERA SOUND diretamente do sofá
* SAVAGES em Berlim, como se hoje fosse 1985
* THE XX promove rave indie e soturna em seu próprio festival
* QUEENS OF THE STONE AGE ao vivo em Los Angeles
* JAMES BLAKE ao vivo em Washington
* THE SMITHS Reunion, ao vivaço em 1988
* Chile já vende ingressos pro BLUR, em novembro

>> POPLOAD EM SEATTLE

* Popload chegando em Seattle
* O maior festival de folk do mundo e o mais bonito festival indie do mundo
* Popload na casa onde viveu e morreu KURT COBAIN
* Começou: o SASQUATCH, com 127 bandas e um visual absurdo

>> TEM QUE VER ISSO AQUI

* ARCTIC MONKEYS voltou música nova!
* Um minuto de silêncio… para ouvir THE KILLERS tocando STROKES
* As sagas do CARL e do SIGUR RÓS no Simpsons
* Its STONES & DAVE GROHL, bitch!
* O PALMA VIOLETS quer ser seu melhor amigo
* O novo disco do QOSA na forma de curta-metragem doido
* PRIMAL SCREAM como se fosse 1991
* THE NATIONAL ajudando o David Letterman
* Diga ~oi~ pro JAMES BLAKE
* Uma dúvida; quando você fala sobre música, você diz essas coisas?
* GET LOTUS: DAFT PUNK vai aparecer na Formula 1
* OH NO… outra música nova do DAFT PUNK
* Suruba indie: DAFT PUNK, DOORS e REM
* Sua nova banda predileta: PARQUET COURTS
* A melhor música do ano (passado) da semana: FOALS, com “My Number”
* RACIONAIS MCs e Chapolin Colorado, juntinhos
* GIORGIO MORODER na terra dos hipsters
* O cara tem 73 anos e tocou pela primeira vez em NY
* O Melhor do Twitter: “Virada Gutural” edition


O Melhor do Twitter: “Virada Gutural” edition
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Lúcio Ribeiro

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Tirando a Virada, tivemos uma semana tranquila demais (no twitter). Sem grandes memes, sem grandes confusões, sem polêmicas/mamilos… Que bom que pelo menos surgiu uma novela nova para levantar assunto. Além do Féliquis, os nossos comentaristas lamentam o “jif” (RIP gif), falam dessa vida ~daora~ que existe além da internet e dão pitacos musicais e futebolísticos. E políticos também, why not?

*Imagens: OK, vamos parar com os gatos e dar chance aos puppies (*via BuzzFeed)

@alkapranos What? Are they out the closet now? @shecastnoshadow What do u think about noel gallagher n damon albarn relationship?”

@alechandracomix O papa ja começou aliviando a barra de ateus , twiteiros, montagens no facebook daqui a pouco libera aborto drogas http://t.co/FqCIxBcNRX

@chinisalada Deus é diretor de um filme chamado sua vida’ deus é brasileiro e o filme é nacional: tem uma estética bonita mas o roteiro é fraquíssimo.

@coimbraricardo galera é simples: se te deixa bolado, é filosofia. se te dá conselho e solução, é autoajuda

iedamarcondes No SPTV, a Ananda Apple disse que os bandeirantes derrubaram a mata atlântica pra construir móveis, casas e VIADUTOS. Bom dia.

@chinisalada “você quer o sorvete no pote ou na casquinha?” não seja ridículo, é claro que eu quero meu sorvete no recipiente que também é comestível.

@spiceee Se eles são tão rápidos e furiosos por que depois de SEIS FILMES eles ainda não chegaram lá?

@oraporra
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║░▒║ NAO
║░▒║ SOU
║░▒║ CIUMENTA
║░▒║ APENAS
║░▒║ CUIDO
║░▒║ DO QUE
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@jose_simao “Amor à Vida”. Uma novela com crase!

@RealMorte “Amor à vida”? Já comecei a não gostar pelo NOME.

@alvaroleme Su Vieira fala FELIQUIS. Feliquis é o novo Maquis

@joaomarcio GENTE SE PEGAR O TALENTO DE TODO MUNDO CHORANDO NESSA NOVELA NAO DÁ UM FILME DA XUXA

@subversiva Teve mais preso e morto nesse primeiro capítulo do que na Virada Cultural

@MGoldschmidt Gente, fui até a cozinha mexer a sopa e a Paola de herdeira virou mendiga grávida! Que novela rápida!

@andeteixeira Quem nunca viajou com os pais ricos pra outro país, se apaixonou por um hippie, engravidou e virou mendiga? Sempre acontece comigo.

@davidbutter Me impressiona o Xico Sá não ter aparecido naquele Bar do Parto. Taí, erro de caracterização

@BinahIre Pra vocês que tão comemorando a morte da Gabriela Duarte lembrem-se que ela pode ser o espírito bondoso que vai até o FIM da novela

@chicobarney É o efeito mussum: o principal nunca é o + amado. algo que persegue adnet, lennon, chaves, camelo, rivaldo e power ranger vermelho

@fabriciosays
(•_•)
<) )╯ quer dar um jeito / \ (•_•) \( (> nesse cabelo
/ \

(•_•) parece um ninho de ratos
<) )╯ / \

@PedroCohen GENTE, ELA TÁ PARECENDO UM PUG! // G1 – Angelina Jolie é fotografada pela primeira vez após anunciar cirurgia http://t.co/Xj9IeIVHxp

@elgroucho “Cinco dicas para enlouquecer seu bolchevique na cama” http://t.co/aYTh7LTjge

@alechandracomix Lose yourself to dance é a melhor musica de quadrilha (festa junina

@patriciadelsole Brendan benson > raconteurs > jack white > white stripes PODEM ME JULGAR

@lorylooove Cat Power vanuseou Sea of Love todinha. Cabe reembolso?!

@nananeri daora a vida RT @Estadao Homem se veste de Psy, entra em festas, bebe de graça e engana astros do cinema http://t.co/lAg9hjQXKI

@chicobarney Mulher Melancia “promete fazer uma linha cada vez mais rebuscada em seus shows” http://t.co/2VwfwN9q77 vem aí o pós-pancadão

@gravz Chegou email do peixe urbano oferecendo SHOW DE SAMBA. Por 1.300 vem 10 batuqueiros + 1 cantor e dançarinas (n. não informado)

@sarubo A Gazeta deu um programa pro Carpinejar. Por bem menos lacraram o transmissor da Excelsior.

@arnaldobranco “Cartórios serão obrigados a registrar casamento gay” Acho que não é preciso obrigar um cartório a ganhar dinheiro

@surra Caras caçando tornados no cu do texas debaixo de tempestade de granizo com streaming ok. aqui entro no banheiro e 3G morre

@choracuica Um dos maiores medos que eu tenho na vida é que alguma treta minha se torne o assunto de toda a internet

@ferrreira Lembrei de Michael Jackson, que nasceu homem, negro, pobre e cristão e morreu mulher, branca, rica e muçulmana

@niaboktruk 20 May
“Ser pai/mãe de cachorro exige tanto quanto ser pai/mãe de criança.” Ser pai/mãe de cachorro é ser cachorro ok?

@brunocruz Virada Gutural (com shows de metal etc)

@neozeitgeist “Um dos motivos para a antecipação é que às 16h, acontece a final entre Santos e Corinthians, e Mano Brown é santista fanático”. Parabéns

@boboefeio O jornalista que teve o celular roubado na virada e tá feliz porque odiar roubo é coisa da clásse média ♥

@boboefeio Mais um da série “coisas que eu não acreditaria se me contassem mas em são paulo já existe”

@marvio Paulistano é um barato. Passa anos metendo o pau no Réveillon da Paulista. Chega na Virada Cultural bate uma esperança e vai.

@Cardoso “Virada Cultural tem 5 baleados e 2 mortos” qual foi o tema esse ano? Rio de Janeiro?

@gule Por isso o nome RT @Estadao Tumultos, correria e arrastões no centro de SP durante a Virada Cultural

@folha_com Suplicy é assaltado durante Virada e sobe no palco para pedir celular de volta. http://t.co/desGhU05aC

@DeniseRossi Suplicy furtado faz parte de uma instalação na virada cultural.

@andrebrandt Eu não tenho dúvidas de que o melhor stand-up dessa virada cultural será o do Suplicy pedindo o celular de volta.

@ALuizCosta Suplicy devia ter ameaçado continuar a cantar “Blow in the wind” até que o ladrão devolvesse o celular 😉 http://t.co/5hWCkgTl7Y

@nyleferrari Meu celular foi roubado com o twitter logado nele, se alguem diferente postar algo suspeito nao fui eu se o ladrao fizer piada boa fui eu

@MirandaSa_ Sampa: Artista é detido durante a Virada após projetar laser no rosto de Lobão => http://t.co/KHiByks7ED – Sabe qual o partido dele?

@jsebba É a cara de São Paulo isso: num evento com trocentos arrastões e brigas, a PM tem a manha de prender o cara que jogou laser na cara do Lobão

@danielaabade Coisa mais linda e democrática a Virada Cultural: todo mundo sendo assaltado sem distinção de posição política ou social. Orgulho.

@zambininha “O público hoje está muito mesclado” mas q forma elegante de dizer q tinha pobres no baguio http://t.co/Jb6AvXcinJ

@marcelorubens Alckmin: ‘É preciso escolher melhor os locais dos eventos da Virada Cultural’. Tem razão. Com a nossa polícia, melhor fazer na Suíça

@renatissima Meu maior erro numa Virada foi a vez q eu tomei banho antes de ir

@leoeoleo Vamos conversar sobre a pronúncia da palavra gif: http://t.co/igR54ex5JD

@B_Hay
“It’s pronounced jif.” – inventor of GIF
“No, it’s not.” – inventor of the letter G

@athosampaio Gif conta q na verdade chama Jif http://t.co/dkXrzh9B1L; leia o comentário da atriz Gulia Jam – link

@ricapancita Já sobrevivi a discussão do mailing list Björk Brasil (sdds) sobre a pronuncia ser “biórqui”, “biórq” “biôrqui” ou “biôrq”

@marcosrv O Yahoo! hoje é aquele mercadinho do bairro que você só vai pra comprar vassoura, sabão em pedra e pão de cachorro quente

@agner Uma técnica de motivação chamada “Conosco ninguém podosco”

@mairasaul Em SP todas as reportagens, independente do teor, terminam com o impacto que o evento causará ao trânsito. É o reductio ad transitum

@brezolla
Sua mãe está digitando…

Sua mãe está digitando…

Sua mãe está digitando…

Sua mãe está digitando…

Sua mãe está digitando…:

Oi

@_fransuel SÓ MULHER GOSTA DO “FUTEBOL” DO PATO

@mauriciostycer Isso é bossa nova, isso é #VanzoNews “Solteiro, Roger Flores é clicado pedalando de sunguinha no Rio”

@viniciusduarte A Dilma já chutou mais bola esse ano que o Valdívia, né?

@abstraio Quero ver no dia que alguém gritar CHUPA e ouvir, de volta, um CHUPO. Será o fim da guerra e o início do amor entre os torcedores.

@dbcassol DENTADURA é jogada no campo. Que lindo es el fútbol. http://t.co/5r1XwCSiVZ

@rafael_sps Sempre ouvi “a bola tá mordendo” nas arquibancadas. Agora começo a ver sentido na coisa. A vida, ela é muito mais tri que a ficção

@andrebrandt SUA INVEJA FAZ A MINHA FAMA ENTAO PFVR TENHA MAIS INVEJA POIS A FAMA ESTÁ BEM POUQUINHA.

@bomsenhor Onde que eu entro com a papelada para morar num mundo diferente do de vocês


Começa hoje, com 127 bandas, o emergente Sasquatch, um festival “monstruoso” e de visual absurdo
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle, indo para Quincy, WA

* Mais sobre o Sasquatch, festival que começa logo mais no espetacular Gorge Amphitheatre, um desfiladeiro entrecortado pelo rio Columbia, e só termina na segunda-feira à noite, por causa do feriadão americano.

Escrevi um textão hoje que foi publicado na Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e recoloco ele aqui, na íntegra, aproveitando a não-limitação de espaço que temos aqui na internet.

A parada desse festival é a seguinte:

* Alternativa para os alternativos, começa nesta sexta-feira às 4 da tarde (8 da noite no Brasil), em Quincy, no Estado de Washington, no extremo noroeste dos EUA, o Sasquatch Festival, um dos eventos musicais que mais cresce em território americano, hoje em dia o país dos festivais. Até 2000, quase não tinha nenhum. Só experimentos que ficaram pelo caminho e sem regularidade, tipo Lollapalooza, Woodstock e outros, não botando nesta conta a Warped Tour. Festival gigante, sempre foi, coisa de inglês.

Com um visual mais bonito que o do Coachella, uma escalação mais bem selecionada (do ponto de vista independente) que o Lollapalooza de Chicago, o Sasquatch Festival acontece até segunda-feira próxima, com quatro dias, quatro palcos e 127 atrações invadindo o feriado do Memorial Day, dedicado aos combatentes de guerra americanos.

Conhecido como o festival ianque mais “paz e amor” e de “boas vibrações” (isso desde bem antes de a maconha ser legalizada para uso recreativo no Estado), o Sasquatch acontece numa região que dista perto de três horas de carro de Seattle e um pouco mais que isso de Portland (Oregon), duas das cidades indies mais vivas dos EUA.

As bandas tocam na cercania paradisíaca onde fica o Gorge Amphitheatre, área para eventos que tem como cenário o belo vale do rio Columbia, com seus desfiladeiros e gramados. The Who e David Bowie já se apresentaram no lugar. O Lollapalooza, quando era itinerante nos anos 90, passou por lá. E o Pearl Jam já lançou um disco ao vivo gravado no Gorge Amphitheatre.
O Sasquatch começou em 2002 com um dia de duração e um elenco de atrações que não ia muito além de Jack Johnson e Ben Harper e um par de outros nomes pequenos.

Sasquatch, o nome, vem da lenda local, é uma criatura selvagem que habita as florestas frias e soturnas de árvores altas desta parte dos EUA e até o Canadá. É tipo um macaco gigante, que vira e mexe é “visto”, caçado, sai nos jornais depoimentos. Pessoas juram que já encontraram um Sasquatch, mas nunca conseguiram capturá-lo. No Brasil, é conhecido como Pé-Grande. Dizem que ele tem parentesco com o “Abominável Homem das Neves” do Tibet. Expedições já saíram à caça do homem-macaco. Mas sempre voltaram de mãos vazias.

O Sasquatch Festival tem cinco palcos, todos com referências à “fera”: Sasquatch, Bigfoot, El Chupacabra, Yeti e Cthulhu.

Em fevereiro deste ano, uma semana depois de anunciar sua centenária lista de bandas, o festival esgotou seus cerca de 35 mil ingressos (tamanho indie perto dos 80 mil/dia do Coachella) em pouco mais de meia hora.
As atrações 2013, carregada de rock mas que também vai do eletrônico fino ao hip hop desbocado, estão encabeçadas por bandas que são consideradas “médias” em lista de outros grandes festivais americanos, tipo as locais Postal Service e Macklemore & Ryan Lewis (dupla cada vez mais gigante na cena hip hop mundial), o indie-afro nova-iorquino do Vampire Weekend, experimentalismo islandês do Sigur Rós e o folk britânico do Mumford & Sons.

Mas é no recheio que o Sasquatch brilha. O Sasquatch é um dos poucos festivais em que as pessoas olham os headliners e decidem se vão ou não. Eles vão pelas bandas de meio de lista para baixo. É característica do festival.

O delicado grupo The XX, os veteranos Built to Spill e Elvis Costello, mais Tame Impala, Azealia Banks, Arctic Monkeys com músicas novas, Andrew Bird, The Lumineers, Edward Sharpe, Divine Fits, Devendra Banhart e Father John Misty estão entre as muitas atrações deste ano.

E a gente vai contar um pouco aqui na Popload como está sendo e como foi o Sasquatch 2013.

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Sua nova banda predileta: PARQUET COURTS
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle. E, se eu passar mal aqui, vou dar um pulo no Seattle Grace.

* O pique é de banda de Atlanta, de Austin, de Minneapolis, de Portland, daqui de Seattle, só que não. É do… Brooklyn, Nova York.

Juro. Estou há séculos (desde fevereiro) para falar aqui desta banda que tem tudo o que eu gosto numa banda. Não sei nem explicar direito, mas quando começo a ouvir qualquer música deles, enxergo tudo muito claro. Rock com cara de “college radio”, desses que nos anos 80 você usava para descrever REM, Husker Du. Li uma vez que eles são “art-punk”. Acho que é assim. Ou não.

Guitarrinha suja que segue um ritmo só, gostoso, até gritar e perder o controle na distorção. Vocal que parece sair de um cara “brother” e que você sabe que em segundos vai entrar em desespero. Baixo e bateria firmes, com personalidade, mas que deixam os atributos que eu falei mais acima ainda mais acentuados. Pensa num Pavement com os caras bem adolescentes tocando hardcore. Mais ou menos isso.

Nada de novo, tudo de novo. Só que o importante no Parquet Courts é a energia, que acho ser a coisa que mais prezo na música.

Na verdade eu sei como tentar descrevê-los um pouco, em cima de referência. E guardada a devida distância impulsiva. O Parquet Courts é um misto de Strokes e Nirvana com o vocal ora parecendo o Jonathan Richman (Modern Lovers), ora o Alex Turner. São dois caras que cantam na banda.

Mas então. Desde o começo do ano, escutando umas rádios indies americanas enquanto trabalho, de repente pintava uma música que “batia”. Aí eu ia conferir o que é e… Parquet Courts. Ou então estou ouvindo a Sirius XMU, uma música linda atrás da outra, e fico atraído pela que está chacoalhando meu celular ao ser tocada. Vou ver e é… Parquet Courts.

Daí fui e comprei o álbum deles, “Light Up Gold”, que teve um lançamento megaindie no ano passado mas, quando a banda começou a pegar corpo ao vivo, relançaram duas vezes. Em janeiro, modestamente, e em fevereiro, já com mais barulho.

Não paro de escutar, DIARIAMENTE. Este e o disco do Aldo, daí de São Paulo.

Resumindo bem a parada: “Light Up Gold” é uma coleção de 15 músicas uma grudada na outra, grudada mesmo, em que tudo faz sentido. Ou não tem sentido nenhum e isso é o que é legal. Eu não sentia no rock novo a energia que tem as primeiras músicas “Master of My Craft” e “Borrowed Time”, quando tocadas na sequência no disco ou ao vivo, desde o primeiro EP dos Strokes. Desde “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, do Arctic Monkeys. Não vou nem falar da obra-prima que é o single mais conhecido deles: “Stoned & Starving”, o melhor nome de música deste século. A música é um espetáculo.

O show deles é incrível. Os caras tocaram ontem no Primavera Sound, em Barcelona. Galera pirou pelo que eu vi no Twitter. No começo da semana, de rolê sonoro pela Inglaterra, se apresentaram na loja da Rough Trade East. Responsa.

Mas o melhor de tudo está num show que deram aqui em Seattle, em março, numa loja de bicicletas (!!) e que foi transmitido ao vivo pela KEXP, uma das melhores rádios indies do mundo. De chorar. É o show inteiro. Ou seja, pouco mais de meia hora.

Bom, é isso. Baixe o disco, veja o show, compre a camiseta. Se você se identifica um pouco com o texto acima, não tem como não amar o Parquet Courts. Compilei um monte desses vídeos que mencionei, aqui embaixo, para você conferir essa molecada nada hipster do Brooklyn, haha.

No final vou deixar “Stoned and Starving”, dez minutos, ao vivo em Brighton, Inglaterra, março. E “Master of My Craft” ao vivo numa ponte em Austin, também em março, dentro do South by Southwest.

Considere tudo um presente de aniversário. E não repara a bagunça. Os meninos do Parquet Courts são barulhentos.

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