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Arcade Fire fala de morte em apresentação cheia de vida na TV
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Lúcio Ribeiro

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Atração musical mais esperada em solo brasileiro em 2014 até o momento, o Arcade Fire marcou presença no programa do Jimmy Fallon na noite de ontem, dando sequência nesta super semana do “The Tonight Show”, que teve/terá como atrações U2, Lady Gaga, Michelle Obama e Justin Timberlake. Entre outros.

Ontem, a trupe canadense mandou a linda “Afterlife”, talvez melhor faixa do disco “Reflektor”, aquela que reflete (!) a vida após a morte, não necessariamente a de quem morreu, mas a de quem ficou. Ou, como a própria letra diz, “A gente grita e berra, até arrumarmos um jeito de lidar com a história”.

O Arcade Fire vem ao Brasil em abril para dois shows, com formato a escolher: show “solo e fechado” no Rio de Janeiro, dia 04/04, no Citibank Hall ou “show de festival em arena” no Lollapalooza em São Paulo, dois dias depois, no Autódromo de Interlagos. De toda forma, imperdível.


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Pearl Jam homenageia Neil Young mais uma vez. Agora com o “Arcade Fire”
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Lúcio Ribeiro

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Terminou enfim o rolê do festival Big Day Out por algumas cidades daqui da Oceania. Desde o início de janeiro, o evento passou – se não me engano – por seis cidades, tendo sua última edição neste domingo passado em Perth, Austrália.

Capitaneado pelas bandas Pearl Jam e Arcade Fire, com figuras tipo Snoop Doggy, Liam Gallagher e Diplo na programação, o Big Day Out teve seu gran finale.

No fim do show do Pearl Jam, Eddie Vedder mandou a clássica “Rockin’ in the Free World”, do gênio Neil Young. A banda norte-americana faz esse número há tempos em suas apresentações. Mas a versão australiana teve um mojo a mais: Win Butler, líder da trupe Arcade Fire, subiu ao palco e dividiu os vocais com o Eddie.

Nada mal.

*** A Popload está em Sydney a convite do Tourism Australia.

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Arcade Fire enquanto maior banda do mundo na Austrália
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Lúcio Ribeiro

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Incrível como a Triple J, maior rádio da Austrália e arredores, consegue ainda carregar o conceito “rádio” mesmo em tempos que a internet oferece mil plataformas para a gente ouvir música do nosso jeito, com o nosso gosto, com faixas selecionadas e segmentadas por nós mesmos, enfim.

A Triple J, como falamos em post anterior, é capaz de reunir tipo 1,5 milhão de pessoas em torno de uma pesquisa “besta” de melhores do ano. É ela que agita os principais eventos musicais na região, seja um show para 600 pessoas do Grouplove ou para 60 mil dos Rolling Stones.

Além de toda sua programação tendência, que tem até horários segmentados por gênero – toca tipo uma hora seguida de metal em “horário nobre” – que vai do indie ao rock clássico, passando por umas eletronices doidas, a Triple J costuma receber artistas em seu estúdio para sessions ótimas.

Quem esteve lá nesta semana foi nada menos que o Arcade Fire, pensa. Uma das maiores e mais caras bandas do mundo hoje, com shows marcadas para Rio e São Paulo em abril, os canadenses estão aqui na Austrália junto com a Popload já faz um tempinho. Eles encabeçam o gigante festival itinerante Big Day Out, que acontece em cidades daqui e da Nova Zelândia, com mesmo line up, durante umas três semanas. “Big Day Off”, como diz o Liam Gallagher. Ainda faltam duas edições: Adelaide, amanhã, e Perth no próximo sábado.

Na Triple J, além do Win Butler dar uma geral no momento atual da banda, eles tocaram três faixas ao vivo no estúdio: “Normal Person” e “Joan Of Arc” do disco novo (“Reflektor”) e a classuda “My Body Is A Cage”. Incrível como as canções soam ainda melhores em um sistema “studio live”. Abaixo tem dois vídeos e o programa completo com eles, em áudio.

* A Popload está em Sydney a convite do Tourism Australia.

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Indie brasileiro invade o Primavera Sound, na Espanha. O Caê também
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Lúcio Ribeiro

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Quatro bandas brasileiras vão em combo para a Espanha, no final de maio, participar de um dos festivais indies mais bacanas do verão europeu e que a cada ano tem se tornado destino imprescindível para quem ama, curte e respira música, seja ela nova ou de vanguarda. Boogarins, Black Drawing Chalks, Móveis Coloniais de Acaju e Single Parents vão representar o Brasil no Primavera Sound 2014, em Barcelona, para o Neymar ver de perto. O agito foi possível a partir de uma jogada esperta com o festival goiano Bananada, em tour produzida pela A Construtora, empresa indie de bookings e gravações que agitam a cena local.

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O especial e diferenciado festival acontece entre os dias 29 e 31 de maio. Em seu line up estão bandas tipo Arcade Fire, Pixies, The National, o Slowdive voltando (!!!), Disclosure, Nine Inch Nails, Haim, Metronomy, Queens of the Stone Age, o Caetano Veloso e o Rodrigo Amarante.

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Os ingressos podem ser adquiridos no site oficial do PS. Um pacote para os três dias, por exemplo, custa 175 euros.

Vamos para Barcelona?

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Popload na Austrália. Pegando um sol. Um balão. E um Big Day Out
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Melbourne, terra de Federer x Nadal.

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Está vendo este balãozinho acima, com Melbourne ao fundo? Tem umas pessoas ali na cestinha, consegue enxergar? Então. Eu estou ali, bem à esquerda… O de camiseta do LCD Soundsystem, para facilitar sua visualização

* Voltou a bater um sol forte em Melbourne, depois de um calor insano seguido por uns dias nublados. E me causa um certo desconforto TODO MUNDO alertar para passar protetor solar até para ficar na sombra, por causa de “uns problemas com a camada de ozônio” que o país enfrenta em algum grau faz anos já, soube aqui e agora. Você dá bom dia para o porteiro do hotel e ele emenda: “Já passou seu protetor solar”?
Tem uma premiadíssima campanha de propaganda com o slogan “There’s nothing healthy about a tan”, que rola há alguns anos nos principais meios de comunicação e causa uma discussão danada por aqui, principalmente na internet, entre os amigos e os inimigos dos raios UV. Tem os malefícios de ficar exposto ao sol, mas também tem o fato de os australianos serem um povo com algumas deficiências vitamínicas que o sol ajudaria a suprir.
Parece aquelas capas da “Veja” com pesquisa científica que em um ano diz que ovo prejudica a saúde e no ano seguinte afirma que ovo é a salvação da humanidade.
Já viu um australiano típico? Loiro, olho claro e uma pele mais morena que a de um baiano, por exemplo.
É uma questão nacional aqui. Tipo a dos tubarões.

* Orgulho da região, a garota neozelandesa Lorde, atração do Lollapalooza Brasil em abril com Disclosure e umas outras bandas aí, tem uma música escondida no meio de seus já hits mundiais que eu nunca tinha percebido que existia, até ouvi-la bastante por aqui e achar a canção uma graça. Chama “400 Lux” e está no badalado disco “Pure Heroine”. Só que, coitada da música, é a faixa que está espremida entre as arrasadoras “Tennis Court” e “Royals”. Fala sobre voltar de carro para casa de manhã, quando o sol começa a bombar (o sol, o sol). “400 Lux” é um conto sobre o nada. Sobre matar o tempo. E se sentir bem com isso. E parece que é também sobre o namorado fotógrafo da Lorde. “Lux” é uma unidade de iluminação relativo à fotografia, câmeras, essas coisas. Olha que fofura:

* Ainda sobre o show do Arcade Fire de anteontem para mim, ontem para você. Quem abriu os trabalhos foi o grande produtor e DJ americano Diplo, que está na cidade com seu Major Lazer e fez uma presença nas picapes da linda arena de shows do Jardim Botânico, parque lindão no meio de Melbourne onde o Arcade Fire tocou. O set do Diplo foi uma delícia funk-indie-hip hop-dubstep moderno, levado na manha para não assustar os arcadefireanos que chegavam ao parque no fim de tarde, começo de noite. Para ficar apenas com o fim, Diplo fechou sua apresentação com quatro músicas em especial. As duas últimas foram faixas do Major Lazer, versão sussa, para fazer uma promo de sua banda, coisa e tal. Tudo certo. As outras duas imediatamente anteriores foram mágicas, dado o ambiente envolvendo tudo (atrações musicais cool, lugar lindão, galera bonita, cidade incrível). Uma foi o absurdo remix que o próprio Diplo fez para “Will Calls”, do Grizzly Bear, que entrou para o, bem, álbum de remixes recém-lançado pela banda do Brooklyn. A outra foi uma versão para essa maravilhosa “Don’t Wait”, da cantora estáile “sueca” Mapei, destaque recente da Popload. Acho que encontrei a versão tocada (desconstruída) pelo Diplo.

* Mais ainda sobre o show do Arcade Fire em Melbourne, o da quarta para mim, quinta para você, me mandaram um vídeo mais legal para a versão que eles tocaram ao vivo de “Devil Inside”, do INXS, histórica banda local. A que o Win Butler cantou com a máscara. Ainda por cima, o vídeo tem emendada a ótima “Here Comes the Night Time”, do disco novo, que parece um axé moderno no começo. Haha.

* Num post atrás, botei aqui a programação do clube Prince Bandroom, de Melbourne, dizendo que eu tinha achado minha casa de shows preferida da cidade. Depois já descobri mais outras três casas, haha. Tem uma cool chamada The Hi-Fi Academy, onde tocou Toro Y Moy + Portugal The Man na terça (não sabia!!), Ghost na quarta e Grouplove + CSS na quinta. E Savages semana que vem.

* Daqui a pouco, a partir do meio-dia para mim e na madrugada para você, acontece aqui em Melbourne o enorme Big Day Out, festival tradicionalíssimo australiano. Onde essa galera toda citada acima vai tocar, mais Pearl Jam, Snoop Dogg, Beady Eye, Deftones, Primus, Mudhoney. Hives e 1975. Vista Chino e Lumineers. E os locais Tame Impala e Naked and Famous (Nova Zelândia). Apenas. Depois conto aqui como foi.

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* Nunca foi novidade, mas a Austrália sempre teve bandas incríveis, de AC/DC a Kylie Minogue. Como essa indie The Holidays, de Sydney. O novo single deles, “All Time High”, uma trilha sonora de minha viagem de balão, é delicinha.

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* A Popload está no agito em terras australianas a convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

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Margot Robbie chocando a Austrália, os tubarões e o carnaval do Arcade Fire
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Melbourne. A terra dos rooftops e onde tem “cena do café”: a dos cafés tradicionais, a dos cafés indies, a dos cafés comerciais…

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Duas coisas estão sendo muito faladas nestes últimos dias na Austrália, tirando a “Copa do Mundo” do tênis, que é o Australian Open em suas fases decisivas.
Primeiro, que o governo liberou a matança de tubarão. Apareceu um tuba perto da praia, pode atirar. Metade do país aprova, metade é contra. Parece que cerca de 10 pessoas morreram de ataque de tubarão razoavelmente perto da areia nos últimos 30 meses.

Segundo, o nu frontal da estonteante loira Margot Robbie, atriz australiana boneca que encara o Leonardo DiCaprio no filme “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese. A garota é considerada a nova Nicole Kidman para os australianos. O filme, passando por aqui, pelo que eu pude ver estreia nesta sexta no Brasil. A menina mentiu para os pais e para os avôs, sobre a cena de nudez. A Austrália está meio em choque, pelo tom de TV e jornais. A cena polêmica está facinha em gif na internet.

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* Comemorando a passagem da Popload por Melbourne, a banda huge canadense Arcade Fire, uma das principais atrações do corrente festival Big Day Out, fez um show “solo” aqui na cidade nesta quarta-feira, de manhã aí no Brasil, noite aqui. E com abertura do… Diplo. Foi o primeiro show grande só deles que eles fizeram desde 2011, se entendi bem. Não é propriamente o kick off da turnê mundial que vai visitar Rio de Janeiro e São Paulo em abril. A turnê para eles começa oficialmente nos Estados Unidos, em março. Mesmo que o show aqui em Melbourne tenha sido no charmoso e gigante anfiteatro Sidney Myer Music Bowl, espaço ao ar livre que é parcialmente coberto no Jardim Botânico da cidade, mas tem um espaço gramado lindão que pode fazer a capacidade subir dos 2 mil assentos cobertos para mais ou menos 10 mil pessoas “geral”, provavelmente o público do show. Até o Paul McCartney, o Neil Young e o ABBA já tocaram aqui. Pensa.

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“Hello, esta é uma canção antiguinha. A escrevi quando tinha uns 21 anos”, fala o Win Butler. Daí começa “Rebellion (Lies)” em batida de música de casamento. Em seguida entram uns mascarados no palco, interrompem a música e o Win faz um escândalo ensaiadinho. Aí começam a tocar “Normal Person”, do disco novo “Reflektor”, e o show de fato começa.

O show é todo lindo, mas não tem nada de significantemente diferente das turnês anteriores. Mais da metade do álbum novo é tocada ao vivo, com roupagens um pouco mais pesadas. No cenário, não sei se o definitivo para a turnê, tem quatro telas luminosas amassadas que se movem o tempo todo refletindo o jogo de luzes. Reflektor, saca?

Na mescla do set, incluíram hits dos outros álbuns, tipo “No Cars Go”, “The Suburbs” e “Wake Up”. Em um dos grandes momentos da noite, mandaram uma cover de “Devil Inside”, do grupo local de sucesso internacional INXS, com o Win mascarado, como denuncia a foto que abre este post, feita pela Roberta Oliveira. A galera chapou. Fizeram só um bis responsa, fechando o show com “Ready to Start”, “Reflektor” e “Power Out”. E choveu papel picado.

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“É um prazer estar aqui, principalmente porque lá em Montreal a temperatura é a mesma, só que negativa”, resumiu o Win Butler.

O Arcade Fire toca no Big Day Out Melbourne na próxima sexta, início do dia no Brasil, quase o fim aqui. A Popload vai acompanhar de perto. Esse fuso ainda vai me deixar maluco. Além do Arcade Fire, o BDO tem como algumas de suas atrações o Pearl Jam, Major Lazer, Snoop Dogg, Tame Impala, The Hives, CSS e Beady Eye.

* O setlist.

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* A Popload está na Austrália a convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

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Popload nos EUA. Os Beatles nos EUA. E o que você vê, ouve e sente em “Her”
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Lúcio Ribeiro

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* Popload quando em Los Angeles. A caminho da Austrália.

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* Que dia é hoje, haha! Melhor: que horas são?
A Popload já se encontra em Melbourne, cidade australiana que é uma espécie de São Paulo que deu certo. Ou mais certo. Ou menos errado.

O rolezinho ozzie do blog está sendo à convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

A viagem na verdade começou, ou teve um pit-stop de um dia, sexta-feira em Los Angeles, a terra dos sonhos, do “Californication”, das irmãs Haim. E nos EUA teve o seguinte:

The Beatles US Box Set

Há uma forte Beatlemania no ares americanos. Por causa das comemorações de 50 anos da invasão dos Beatles nos EUA. A maior banda de rock de todos os tempos, na época a maior da Inglaterra, chegou em um vôo da Pan Am no aeroporto em Nova York no dia 7 de fevereiro de 1964, algumas semanas depois do assassinato do presidente americano John F. Kennedy, com os EUA em profundo luto e assustado. Cerca de 4 mil pessoas “apenas” estavam no aeroporto esperando a banda. E 200 jornalistas. Dois dias depois eles tocariam ao vivo na TV americana, no “Ed Sullivan Show”, para uma audiência de 73 milhões de pessoas. E a história do rock sofreu forte abalo a partir disso.

As bancas de jornais e revistas têm Beatles por todos os lados. Tirando duas “Rolling Stone” e “Billboard”, até a “Life” publicou um especial “Paul”. O iTunes lança nesta terça o download de 13 discos dos Beatles que só saíram nos EUA, que vai do “Meet The Beatles!”, de 1964, ao “Hey Jude”, 1970. Esses álbums saem fisicamente numa caixa em vinil, também. Talvez eu a pegue, na volta da Austrália, em nova paradinha californiana, se tiver em vinil.

The Beatles US Albums Cover Artwork

Esta nova beatlemania terá ponto alto, ao que tudo indica, na festa de premiação do quaquá Grammy, que acontece exatamente no dia 9/2, com uma prometida homenagem aos 4 de Liverpool desbravando a América. Estão programadas coisas do tipo reunião dos vivos Paul McCartney e Ringo Starr e a volta do Eurythmics para exatamente tocar Beatles.

* HER – Arcade Fire bombando alto nas telas. Consegui ver num cinema de LA o filme “Her”, ficção-científica romântica ou algo do tipo do imaginativo Spike Jonze em que um escritor de cartas de amor, ele próprio um desgraçado no amor, se apaixona pela voz de um sistema operacional de um telefone celular. O ótimo Joaquim Phoenix é o cara, Scarlett Johansson empresta a voz à “secretária eletrônica do futuro”, numa Los Angeles não muito distante. A banda canadense fez a trilha sonora, que ainda tem momentos de Karen O., Breeders etc.
“Her” é um desses tocantes tratados de solidão assustadora que trouxeram grandes filmes aos cinemas nos últimos tempos, tipo “Gravidade” e “Azul É a Cor Mais Quente”, para ficar em dois casos.
É com “Azul” que, dentro deste tema, “Her” (ou “Ela”, como vai chamar no Brasil quando estrear em 14 de fevereiro) combina mais. Porque conta aquela velha historinha de amor que sempre existiu, do encontro do zero, do “getting to know you” deliciosamente crescendo e da separação sempre dolorosa.

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Mas Spike Jonze reconstrói a batida love story num futuro nada batido. As pessoas, ontem, hoje ou em 2094, vão estar sempre à procura do amor em qualquer forma dada, seja homem-mulher, dois homens, duas mulheres, homem-celular, homem-computador. O modo de contar essa história é que pode fazer a diferença, como Jonze fez nesse caso específico.
Um filme com Joaquim Phoenix fazendo cara de tadinho, Scarlett Johanson aparecendo de algum jeito, mesmo quando não está aparecendo de fato, e atrizes coadjuvantes como Rooney Mara, Amy Adams e Olivia Wilde turbinando a trama dificilmente daria um filme ruim. Com uma trilha dessas então, vira imperdível.
“Her” tem uma cena de sexo tão perturbadoramente “explícita” quanto o “Azul” francês. Porque a conexão também é perfeita. No caso do filme do Spike Jonze, a conexão referida é tipo 4G. Apenas. E ainda assim…

Ouça “Off You”, das Breeders, que está na trilha de “Her” e pode machucar os mais sensíveis, quando tocada no filme.

* Deve ter alguma explicação que eu não sei, mas uma música da bandinha indie algo hippie e californiana Grouplove está num spinning doido em três rádios rock de Los Angeles, pelo que eu notei ouvindo essas emissoras no carro que eu aluguei na cidade. Tipo tocando sem parar. Com aquela “Ways to Go”, primeiro single do segundo disco deles, de setembro do ano passado, que ganhou uma certa fama indie no meio do ano passado quando vieram com o vídeo de um ditadorzinho oriental como tema, tipo o da Coreia do Norte.
Mas agora em 2014 “Ways to Go” está “pegando” forte, mais do que quando foi lançada no ano passado. Deve estar em alguma propaganda de TV, sei lá. A música é assim:

Ainda hoje, ou amanhã cedo, voltamos com mais posts da viagem, fora os da “programação normal”.

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Arcade Fire anuncia show no Rio de Janeiro. Já preparou sua fantasia?
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Lúcio Ribeiro

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Uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil deste ano, o grupo canadense Arcade Fire anunciou um “show solo” para o Rio de Janeiro.

A trupe de Win Butler toca na Cidade Maravilhosa dia 4 de abril, antes do festival em São Paulo. O show será no Citibank Hall. A pré-venda tem início no próximo dia 20, segunda-feira. A venda geral começa em 29 de janeiro, como informa o comunicado liberado pela banda.

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O show no Rio de Janeiro já era esperado inclusive pela banda, que quer muito tocar na cidade. Além do show em si, agora fica a expectativa se a galera vai aderir à “sugestão” dos canadenses de ir ao show fantasiados ou vestindo trajes formais. Desde setembro, quando o grupo começou a divulgar o discão “Reflektor”, era mostrado um aviso para quem quisesse comprar ingressos para os concorridos shows. “Atenção: na noite do show, por favor, use traje formal ou fantasia”. O aviso vinha logo no processo da compra de ingressos para as apresentações do grupo não só em pequenas casas, mas também para a turnê deste ano, quando a banda vai se apresentar em diversos estádios, arenas grandes e festivais ao redor do mundo, tipo o Big Day Out Australiano a partir de amanhã.

A tal ideia do Arcade Fire rendeu polêmica e tem dividido os fãs. “Reflektor” nasceu a partir das experiências do casal Win e Régine em carnavais tradicionais do Haiti e acabou virando a grande inspiração para o álbum. O carnaval brasileiro também foi lembrado, tanto que a banda andou brincando com o filme “Orfeu” e cenas rodadas no Rio de Janeiro em seus vídeos de divulgação.

Desde os shows que começaram em setembro, o AF se apresentou especialmente sob o nome “The Reflektors”, vestindo trajes formais, fantasias e máscaras. Amigos da banda também entraram na brincadeira, da Florence Welch ao Chris Martin.

O Citibank Hall carioca comporta pouco mais de 8 mil pessoas e não deixa de ser uma apresentação “intimista”, voltada “para os fãs”, o que indica que a noite poderá ser bem especial.

Os detalhes sobre preços de ingressos serão divulgados nas próximas horas.

Tags : arcade fire


Popload na Austrália: festivais Big Day Out e Laneway estão no programa
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos começar logo este 2014!

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* Em um “rolezinho” legalizado e “down under”, a Popload passa a fazer já neste final de semana posts diários direto da Austrália, terra dos cangurus, do Tame Impala, do Jagwar Ma e da Courtney Barnett.
A Popload Tour Australia 2014 passará pelas cidades de Melbourne e Sydney, tudo a convite do Tourism Australia, agência do governo responsável por promover o país para o mundo.

Em Melbourne, entre outras coisas, assistirei à etapa local do gigante Big Day Out, o maior festival australiano (e além), que nesta edição de janeiro escalará Pearl Jam e Arcade Fire como atrações principais, mas terá também as presenças de nomes como Snoop Dogg, Beady Eye, Major Lazer, Tame Impala, Naked and Famous, Mudhoney, Deftones, Primus, Toro Y Moi, 1975 e… CSS, entre outros.

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Em Sydney, no comecinho de fevereiro, é a vez de estar no incrível Laneway Festival, evento musical indie que tem sede em seis cidades australianas, Singapura e Detroit (EUA). A parte que cabe a Sydney receberá a visita de bandas que comporão o line-up de festival mais bacana que eu vi em tempos recentes: Jagwar Ma, Haim, Parquet Courts, King Krule, Lorde, Chvrches, Four Tet, Drenge, Daughter, Jamie XX, Kurt Vile, Warpaint, Savages, Mount Kimbie, entre outros.

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As melhores músicas do ano da Popload – internacional
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Lúcio Ribeiro

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Fiz uma regra interna, para os poploaders, que não se podia votar em mais de uma música de uma mesma banda ou cantor ou dupla, porque senão eu iria encher a lista de canções do Disclosure e do Parquet Courts e do Arctic Monkeys. Não pegaria bem o Disclosure ter umas quatro músicas no Top 10…
A única exceção seria o Daft Punk, porque aí já seria demais não botar “Get Lucky” e “Lose Yourself to Dance”, ambas, perto do topo.
Também transformamos a lista das 10 músicas em 20, por fortes razões de consciência e dramas gerais. O ano foi muito bom. O certo seria eu fazer um Top 40 das melhores canções de 2013. Sem ordem de preferência. Daí o ano estaria mais bem representado.
Mas, já que tem que ser, é assim:

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Dá para escrever um livro sobre “Get Lucky”.
Primeiro de tudo: quem iria imaginar que, lá no ano passado, quando foi anunciado que 2013 traria a “volta do Daft Punk”, oito anos depois de seu último trabalho de estúdio, os “robôs” franceses fariam uma música com vocal de um rapper (Pharrell Williams) e desencavaria um toque de guitarra mágico da época da disco music (Nile Rodgers, do Chic)? Soaria maluco, como realmente é maluco.
Depois teve todo o mistério mercadológico. A música pôde ser ouvida num preview de 15 segundos numa propaganda sem aviso dentro do programa humorístico “Saturday Night Live”. O mundo ficou chocado.
Aquele domingo de março ficou marcado como o dia em que se discutiu no universo se o trechinho cortado da canção trazia nas letras algo como “Mexican Monkey”, “Mexican Low Key”, “Mexican Loki” ou o quê.
No mês seguinte, também sem avisar, o duo apareceria nos telões do Coachella, em intervalo de shows, também com “Get Lucky”, também em trecho apenas, mas em vídeo. Era a prova de que os robôs estavam acompanhados de Williams e Rodgers. Outra “ação” que foi um tapa na cara da sociedade musical. Soou, no Coachella, como uma das grandes atrações do festival californiano. Todo mundo parava entre os shows para ficar olhando o telão do palco principal para ver se o Daft Punk apareceria.

Quando se esperava um arrojo musical vindo de uma nova fase do Daft Punk, os caras vieram com uma cançãozinha simples e barata sobre “dancing and fucking”. Sobre se dar bem na noite. Sem pirotecnias sonoras, vocoder comandando a música. Algo bem retrô, mas apontando o futuro. Nada da “rave pop”, como disse o “Guardian” inglês, sobre o tipo de música que assolava as paradas no começo do ano, com DJs famosos fazendo canções para vender ou gritarias e refrões explosivos como Lady Gaga, Jessie J etc.

Lembro que, na expectativa de “Get Lucky” vazar inteira, alguém pegou os 15 minutos disponíveis e, em um “loop trabalhado”, construiu com o que tinha uma “Get Lucky” de três minutos. Toquei essa versão muitas vezes na pista. Ficou demais.

O que mais sobre “Get Lucky”, hein? Que até agora vendeu 8.5 milhões de cópias em download para todas as mais variadas tribos? Que tocou na mais indie das rádios indies americanas e na Metropolitana em São Paulo? Que está no Top 10 da Pitchfork de músicas do ano e ganhou cover de rock que explodiu na internet já no dia seguinte ao seu lançamento, dia 19 de abril? Que foi tocada em streaming 138 milhões e 500 mil vezes no Spotify? E que no fim é uma musiquinha cool malemolente feita pelo Daft Punk, cantada por Pharrell Williams e seguindo a vibe guitarreira de Nile Rodgers?

Como não botar uma música ensolarada dessas em primeiro lugar?

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1. Daft Punk – Get Lucky
2. Arctic Monkeys – Do I Wanna Know?
3. Parquet Courts – Stoned and Starving
4. Disclosure – White Noise
5. Daft Punk – Lose Yourself to Dance
6. Robin Thicke – Blurred Lines
7. King Krule – Easy Easy
8. Lorde – Royals
9. Majical Cloudz – Bugs Don’t Buzz
10. Arcade Fire – Reflektor
11. Drake – Hold On, We’re Going Home
12. David Bowie – Where Are We Now?
13. Sky Ferreira – You’re Not the One
14. Queens of the Stone Age – If I Had a Tail
15. Franz Ferdinand – Evil Eye
16. Vampire Weekend – Diane Young
17. Jagwar Ma – The Throw
18. Haim – The Wire
19. Kanye West – Black Skinhead
20. James Blake – Retrograde

*** FELIZ 2014, GALERA – A Popload não para nunca, você sabe. Pode ser que daqui para o final do ano vamos colocando um postezinho aqui, só para dar um movimento.
Algumas novidades sobre o blog (blog?) vão aparecer logo no começo do ano, stay tuned.
Assim que janeiro chegar, pelo menos dois Popload Gig vão ser anunciados, para dar uma ideia de que o ano começou.
Algumas movimentadas viagens atrás dos bons shows estão programadas logo para janeiro.
Vamos ver como tudo se arranja.
No meio de tudo isso, obrigado pela companhia em 2013. E estamos juntos em 2014! Feliz Ano Novo!

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