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Os melhores discos do ano da Popload – Nacional
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Lúcio Ribeiro

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Não sei se isso é bom (para a cena) ou ruim (para mim), mas nunca ouvi tanta música independente nacional quanto em 2013. Em diversas formas. Banda lançando um álbum inteiro, um EP, só uma música, uma música+vídeo, um crowdfunding para isso e para aquilo. Cara de banda se lançando solo. Gente de banda se juntando a outra gente de banda para formar uma terceira banda. DJ formando grupo. Grupo derivando um DJ. Banda que já tinha acabado (ou que pensávamos ter acabado) voltando. Teve de tudo.

Bandas de Curitiba às pencas, um sem-número delas em SP, estúdios de ponta em Santa Catarina, cena pop forte no Pará, bandas com vocação gringa em Goiânia, agitos electro-indie fortes em Brasília, grupo lançando vinil conceitual no Rio de Janeiro etc etc.

No meio desse melê indie brazuca eu reagi assim a um disco branco com um desenho de um cara na capa que largaram na minha mesa e que ficou rolando por ali até dias depois eu botar para ouvir: “Excelente surpresa da cena paulistana é o disco do ALDO, banda-projeto dos irmãos Murilo e André Faria. O nome Aldo é homenagem ao tio dos Faria, Aldo, segundo eles ‘um doidão dos anos 80, que os fez homens antes da hora’… Tudo funciona de modo impressionante: vocais, batidas, variedade sonora faixa a faixa. De difícil classificação, porque o ritmo no Aldo não é estático, mas “indie-eletrônico” quase disco, quase Cut Copy, quase Blue Orange, não é forçar a barra”.

O nome da banda era o nome de um cara. A foto da capa do CD era um sujeito tipo cabelo black power, caricaturado. A primeira música era quase dois minutos seguidos de um som repetitivo, batidas sequênciais, tudo crescendo até entrar um “James Murphy” cantando “Aldo is a real person. Aldo is a real person. Aldo is a real person. Aldo is a real person. Aldo. Aldo. Aldo”.

Aldo, o cara que inspirou a banda de dois irmãos, o nome dela, a capa do álbum e é tema recorrente das letras, era o tio deles que era malucão, ensinou “tudo” da música e da vida para os sobrinhos, e que depois virou evangélico. E ainda assim autorizou a “homenagem”, porque disco, banda, letras viraram uma questão familiar.
É a melhor história-disco ou disco-história do ano. Claro, na minha opinião.

Esse textinho ali em cima, da minha “surpresa” ao ouvi-los, foi o que eu enterrei num post aqui na Popload que dividia a atenção com outras bandas. Era abril e no tal post eu falava também de Holger, da Karol Conká, do Me & The Plant. Mas logo o Aldo, a banda, THE BAND, ganhava posts solos um atrás do outro aqui na Popload. Depois session. Depois convite para o Popload Festival.

Ih, mano, outra vida outro pique, veio de Goiânia o impressionante Boogarins. Rapaziada adolescente contrariando a vocação da cidade indie-metal, trazendo um bucólico e psicodélico primeiro álbum. Dois adolescentes que montaram uma boa banda ao redor deles para transitar entre o velho clube da Esquina mineiro e o Tame Impala. Os Mutantes e o Jagwar Ma. Ligando Pirenópolis, GO, a Sydney, AUS, num zeitgeist maluco. Ou malucão, melhor dizendo.

Puxam a grande representatividade da cena de bandas curitibanas, aqui chamado de NOVOS CURITIBANOS, o quarteto Audac e seu disco de estreia “especial”. Você sabe, ou devia saber, que a capital paranaense tem duas cenas independentes em uma só, uma espécie de Lado A e Lado B do indie curitibano. E o Audac transita bem nas duas.

A Curitiba que já deu ao mundo (mesmo!) o Bonde do Rolê e seus derivados (a Marina Gasolina Madrid) hoje dá Karol Conká e Subburbia. Tem A Banda Mais Bonita da Cidade, mas tem o Wack! Já trouxe o bombado produtor americano Diplo para dar o molho funk-inferno. E em 2013 puxou o produtor Gordon Raphael para perto para botar as mãos no Audac e tirar esse bonito primeiro disco da banda. Gordon Raphael foi “apenas” o cara que gravou o primeiro EP e o primeiro disco dos Strokes, o “Is This It”, que pautou nossas vidas depois dele. Raphael, por culpa do Audac, caiu em Florianópolis (estúdio Ouié Tohosound) para estabelecer essas conexões Audac-Strokes, Curitiba-Floripa. Não é pouca coisa.

Bem, vamos à lista. Tem um monte de EPs bons que saíram em 2013 no indie nacional e mereceriam um Top 10 separado. Mas não me organizei para fazê-lo. Tomara que esses EPs gerem bons álbuns em 2014. Porque 2013 o que temos, na cabeça da Popload, é assim, bem definido:

discos

1. Aldo – Is Love

2. Boogarins – As Plantas Que Curam

3. Audac – Audac

4. Apanhador Só – Antes Que Tu Conte Outra

5. Mixhell – Spaces

6. Emicida – O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui

7. Marina Gasolina – Commando

8. Karol Conká – Batuk Freak

9. Nevilton – Sacode!

10. Stela Campos – Dumbo

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Domingo Cool SP. Sala deepbeep no Centro Cultural, Boogarins no Neu
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Lúcio Ribeiro

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* Se você mora em São Paulo e não quer saber o que aconteceu com Fluminense ou Vasco nesta última rodada do Brasileirão, este domingo reserva um bom programa no fim de tarde, começo de noite. Acontece no Centro Cultural São Paulo (CCSP), a módicos R$ 20, mais um evento chamado Sala deepbeep, em sua terceira edição.
A Sala deepbeep#3, ou saladb, é a festinha eletrônica chic organizada pelo site deepbeep, endereço visual dos bons sons eletrônicos e indies e experimentais. O evento de hoje acontece a partir das 18h e já às 19h tem o live do hipnótico trio The Drone Lovers (foto abaixo), que vai da disco music viajante ao disco punk com a naturalidade de quem sabe o que está fazendo. Às 20h, também na sala de shows da dp no CCSP, se apresenta a algo veterana dupla mineira de electro-house-pop Digitaria, de bagagem e selo internacional. A “área de circulação” da Sala deepbeep, ou a ante-sala deepbeep no caso, será animada por um dos DJs mais importantes da história eletrônica brasileira, o também produtor Renato Lopes, que fez seu nome lá atrás nos “bons tempos” dos clubes Madame Satã e Hell’s. Renato Lopes abre a casa, toca no intervalo dos shows e fecha tudo depois,

Os ingressos para a Sala deepbeep#3 podem ser adquiridos no site ou na bilheteria do CCSP.

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* BOOGARINS NO NEU – Outra festinha no melhor horário de festinhas no domingo acontece mais tarde no aniversariante Neu, casa-balada de 5 anos de idade na Água Branca. A parada lá é das 16 às 22h. O incrível grupo psicodélico goiano Boogarins, em rolê de shows por SP, se apresenta ao vivo, num horário tipo 19-ish. Neste sábado o Boogarins se apresentou no Paço das Artes à tarde e fez um show “caseiro” à noite, na Casa do Mancha. Este último, foto abaixo, eu consegui assistir e foi espetacular. Se puder, não perca o de hoje.

Screen Shot 2013-12-08 at 9.38.23 AM

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Boogarins faz session para a Popload. Banda goiana toca amanhã em SP
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Lúcio Ribeiro

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* Veja antes que fique difícil. A banda psicodélica goiana Boogarins se apresenta amanhã à tarde no centro de São Paulo, dentro da programação da Semana Internacional de Música (SIM). O show, o segundo do grupo em São Paulo, mais ainda um dos primeiros da carreira que sofreu um certo agito gringo neste ano, acontece na Praça das Artes, quase na São João pertinho das Grandes Galerias. A balada sonora da tarde é intensa. À partir das 15 horas, enfileiram-se as performances de, além de Boogarins, nomes como Selvagens à Procura de Lei, Strobo, Los Negretes, Karina Buhr e Bosco Delrey.

O Boogarins deve passar uma temporadinha nos EUA e Europa assim que o ano virar. Shows no festival South by Southwest (Austin, Texas) e muito além estão confirmados. Uma agenda satélite deve rolar naturalmente. A banda lançou neste ano, agora em outubro exatamente, seu primeiro trabalho, o álbum “As Plantas Que Curam”, bastante elogiado.

Deste disco de estreia, em especial para a Popload, a banda gravou em Goiânia uma ótima performance ao vivo para “Infinu”. A mini-session foi produzida por Braz Torres, vocalista e guitarrista do Hellbenders, outra banda boa local.

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SIMpósio bota 50 bandas para tocar e um monte de gente para conversar em SP
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Lúcio Ribeiro

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* Está pensando que São Paulo “só” vai ter Boiler Room e Nina Kraviz agitando a semana? Vai ter Boiler Room, Nina Kraviz e mais quase 50 shows, além de conversações musicais importantes. Tudo de quarta a domingo. Você tem hoje e amanhã para descansar.

Screen Shot 2013-12-02 at 5.28.44 PM

De quarta-4 a domingo-8 acontece em São Paulo a Semana Internacional de Música (SIM), espalhando dezenas de artistas brasileiros e alguns gringos por palcos do centro da cidade, em lugares que vão do Baixo Augusta à Liberdade. Do Da Leoni à Red Bull Station, passando pela Praça das Artes, Cine Joia, Galeria Olido, Riviera e Anexo B.

Muito blablablá sonoro em forma de conferências vão dizer muito sobre, tipo, os caminhos da música, a música enquanto mercado e para onde vão os festivais de música, de 4 a 8 de dezembro. A programação total e informação sobre ingressos podem ser encontradas no site do evento. E alguns dos shows que varrem o centrão nos próximos dias estão aqui abaixo:

Quinta
@ Da Leoni
Hellbenders: 0h
Fusile: 1h
Black Drawing Chalks: 2h

Sexta
@ Riviera
Dead Combo (Portugal): 22h

Sábado
@ Praça das Artes
Boogarins: 16h
Selvagens à Procura de Lei: 17h
Strobo: 18h
Los Negretes (México): 19h30
Karina Buhr: 20h30
Bosco Delrey (EUA/FRA): 21h30

Domingo
@ Cine Joia
Felipe Cordeiro: 21h30
DJ Tudo e Sua Gente de Todo Lugar + participação especial El Reino del Mar (Colômbia): 22h30
Holger + participação especial ZieG (Barbados): 23h30
Bonde do Rolê – DJ Set: 00h10

boogarins

A banda goiana Boogarins, “sensação” do indie nacional, toca sábado à tarde na Praça das Artes

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A Goiânia do Boogarins
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Lúcio Ribeiro

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* E do Hellbenders e do Black Drawing Chalks e da Banda Uó e…

* Fui convidado no fim de semana passado para um rolê de três dias por Goiânia, incluindo discotecagens e shows e tudo mais. Tinha um tempo que eu não ia a Goiânia, sempre importante para a cena indie nacional por causa dos festivais, das bandas, dos produtores, dos selos, dos agitos indies variados. E nem um cartaz gigante anunciando um show de uma nova dupla sertaneja que eu nunca vi falar me fez não achar que a Goiânia Rock City está mudada. Porque em algumas horas na cidade fez-me reencontrar com a Goiânia Rock City, a GAYânia Roxy City, a Goiânia Skate City, a Goiânia Fashion City e a Goiânia Arte City. Enfim.

A balada GO começou sexta à noite no Diablo Pub com show dos locais Hellbenders (mais o americano Nashville Pussy) dentro do Diablo Pub, o reduto hard rrrrrrock da cidade. Perto dali, na mesma região, o Metropolis Retrô enchia para uma festa indie. E não longe gays e simpatizantes se jogavam no El Club, em que um dos proprietários é o DJ da Banda Uó (Lucas Manga) e tem festas com nomes legais como Bapho! e Putaria.

GOIANIASKATE

A cena da cidade “escondida no meio do Brasil” é/está toda interligada. No sábado à tarde rolou um evento musical/fashion na importante loja de skate Ambiente, espaço cool de lá que tem uma loja esperta de dois andares, jardim atrás, um bom half-pipe na frente, distribui raspadinhas de graça, faz os melhores hot dogs da cidade e ainda bota DJs e bandas locais para tocar. E lá os roqueiros, indies e clubbers se encontram.

À noite fui ao “antro indie” de Goiânia, o Metropolis Retrô. Armaram uma Popload Party e ainda teve show dos atuais heróis da cidade, os Boogarins, banda que transita incrivelmente entre a psicodelia do Tame Impala e o som retrô mineiro do Clube da Esquina. Foi praticamente uma das primeiras e uma das últimas apresentações do Boogarins na cidade. Porque a banda está bombando extra-GO, extra-Brasil e devem tocar em alguns dos bons festivais dos EUA e Europa em 2014, tipo o Primavera Sounds.

Desse show de sábado passado no Metropolis Retrô, gravei ali das picapes o Boogarins tocando “Lucifernandis”, do álbum de estreia “As Plantas Que Curam”, lançado em outubro agora.

* as fotos do post são do Caio Braz.

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Popload em Goiânia, vendo de perto os “fenômenos” Boogarins e Hellbenders
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Lúcio Ribeiro

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* Neste final de semana, a partir de hoje exatamente, a Popload circula por Goiânia, terra do craque Walter, para visitar duas especialíssimas bandas locais em seu habitat. E tirar proveito disso para o blog, é claro.

Vai ser armada nesta sexta no fim de tarde, hoje exatamente, duas Popload Sessions, num mesmo local, com os ótimos grupos nacionais e já internacionais Boogarins e Hellbenders, a primeira de uma psicodelia pura e a segunda do tradicional indie-metal goiano. Ambas com grandes discos recém-lançados, circulação nacional e internacional, bons públicos em Goiânia, turnê nacional agendada e internacional garantida.

Daí tem também…

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Exatamente hoje, os Hellbenders tocam no Diablo Pub, em noite que ainda vai ter show da banda americana de hard rock farrenta Nashville Pussy. Discotecagem da moçada do Black Drawing Chalks, outra banda forte da cidade, e do orquestrador das paradas todas Fabrício Nobre. O Hellbenders, você leu aqui, está escalado para participar do South by Southwest 2014, em Austin, Texas, o festival de bandas novas (ou novidades dos velhos) mais importante do mundo.

No sábado, mais exatamente amanhã, acontece no Metropolis Retrô a Popload Party, festa com show do Boogarins e discotecagens deste que vos escreve. O Boogarins, o “Tame Impala brasileiro”, deve ser anunciado no Sxsw também, além de ser presença quase confirmada em outros dois festivais gringos. O Psych Fest, também de Austin, que acontece em maio, e o hoje enorme Primavera Sound, em Barcelona, no mesmo mês.

Abaixo, um vídeo singelo do Boogarins tocando “Hoje Aprendi a Verdade”, que está no disco de estreia deles, o incrível “As Plantas Que Curam”, que saiu nos EUA. A performance foi no festival Vaca Amarela, que aconteceu em Goiânia dia 15 agora.

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Quem precisa de Tame Impala? Boogarins fez ontem primeiro show em São Paulo
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Lúcio Ribeiro

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* É obvio que a menção ao Tame Impala é zoeira. Ainda mais na semana em que o grupo australiano chapou SP e Rio…

* Foi o primeiro show em São Paulo, o segundo show fora de Goiânia, o 12º show da vida. A banda goiana psicodélica “tameimpalaish” Boogarins se apresentou ontem no Baixo Augusta, mais exatamente no palco do Beco 203. O quarteto, liderado pelos guitarristas Fernando Almeida e Benke Ferraz, os dois muito cool no palco, cada um na sua vibe, fez um show rápido (não sei se foi rápido porque muito bom ou se foi rápido mesmo) baseado no recém-lançado ~internacionalmente~ disco de estreia “As Plantas Que Curam”. O disco _e o show_ é uma viagem lisérgica cantada em português e tocada de um jeito muito seguro e talentoso para quem fez uma dúzia de concertos na carreira. E nenhum ainda chegou aos 20 anos de idade.

Com disco em CD, vinil, mp3 AND cassete lançado no mercado americano. E já com turnê confirmada para os EUA em março e alguns shows na Europa em abril. Nada mal para a psicodelia goiana.

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O esquenta para o Tame Impala nas mãos psicodélicas do Boogarins
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Lúcio Ribeiro

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O internacional Boogarins, de Goiânia para o mundo, estará bem representado amanhã pelos líderes do grupo, Benke e Fernando, na balada indie psy do Popload Gig esgotadaço com o Tame Impala, no Cine Joia. A dupla fará um Boogarins Psychedelic DJ Set como abertura do show da banda australiana, pensa.

Para esquentar toda essa ação cheia de psicodelia, eles fizeram uma mixtape especial que vai de Lô Borges a Syd Barrett. E comentaram o seguinte: “Essa mixtape não poderia ser mais abrangente. São sons que realmente marcaram e clarearam as nossas mentes. Em dez faixas, um concentrado daquilo que veio a emergir nas nossas canções e em todo o resto, afinal não temos como separar aquilo que vivemos daquilo que cantamos. As primeiras cinco faixas foram escolhidas pelo Fernando e a outra metade por mim, Benke. Destaco o fato de termos escolhido duas faixas do Júpiter Maçã, compositor que o Dinho me apresentou no ensino médio e que nos aproximou bastante como músicos”, falou o Benke.

O Boogarins, a gente destacou por aqui tem pouco tempo, nasceu uma dupla, hoje é uma banda “normal” de quatro, tudo galera em torno de 20 anos e que não fizeram ainda dez shows na vida. Vale frisar, banda de Goiânia. Ou, melhor, banda psicodélica de Goiânia. Depois de algumas gravações caseiras e umas audições gringas, assinaram um contrato de três discos com o selo Other Music Recording, com distribuição prometida pela Fat Possum Records e lançaram seu disco de estreia, “As Plantas Que Curam”, no início deste mês.

TRACKLIST
1 – Dungen – Satt Att Se
2 – Nazz – Open My Eyes
3 – Júpiter Maçã – Base Primitiva
4 – Lô Borges – Nau Sem Rumo
5 – Syd Barrett – Late Night
6 – Of Montreal – Kissing in the Grass
7 – The Soulmen – Baby Do Not Cry
8 – Júpiter Maçã – Um Sorvete Com Vocês
9 – Os Hipnóticos – A Margem
10 – Beto Guedes – Caso Você Queira Saber

* O Popload Gig com o Tame Impala é nesta quarta, 16/10, no Cine Joia. Ingressos esgotados.


Os psicodélicos Boogarins, de Goiânia para o mundo
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Lúcio Ribeiro

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* A história toda é bizarra, rápida e fala por si só. Então não precisa de muito floreios para essa banda nova cujo nome vem de uma flor, a de jasmim, que exala o “amor puro”, diz os anciões. Isso para uma banda de Goiânia, terra tradicional de um indie rock duro e pesado. Daí porque sair de lá uma banda psicodélica dessas é digna de nota. Mas não é só isso. É assim, na real:

O Boogarins nasceu uma dupla, hoje é uma banda “normal” de quatro, tudo galera em torno de 20 anos e que não fizeram ainda dez shows na vida. Vale frisar, banda de Goiânia. Ou, melhor, banda psicodélica de Goiânia.

Daí que fizeram umas musiquinhas em casa, ainda como dupla, e mandaram para uns gringos, para ver o que iria dar. Musiquinhas hippies que atualizam o que seria se os Mutantes dos anos 2010 fossem gravar um álbum no Clube da Esquina, em Minas Gerais. Toma essa, Tame Impala!

E o que deu foi, de cara, um contrato de três discos com o selo Other Music Recording, com distribuição prometida pela Fat Possum Records. A Other Music é uma importante loja de disco de Nova York que virou gravadora. A Fat Possum Records é um selo e distribuidora importante do Mississippi que tem em seu elenco nomes importantes como Youth Lagoon, Caveman, Black Keys, Frankie Rose, Dinosaur Jr, Band of Horses, Wavves, Jay Reatard (r.i.p.) e um tal de Iggy & The Stooges. Percebe a repetição da palavra “importante”?

Pois bem, o Boogarins, moleques pós-teens psicodélicos de Goiânia, vai lançar primeiro álbum, “As Plantas Que Curam”, dia 1º de outubro nos EUA, pela Other Music/Fat Possum. O disco, pode ver aqui, está em pré-venda na Insound, do Brooklyn, talvez a principal loja online de discos indie do planeta.

Vale dizer, o lançamento será de CD, vinil, mp3 AND cassete (!).

Por conta desse agito indie todo, o Boogarins, você deve lembrar, moleques pós-teens psicodélicos de Goiânia (hehe), foram parar com seu single “de trabalho” chamado “Lucifernandis” no MTV Iggy, a porção virtual da MTV gringa que se alimenta de música independente. Coisa que a MTV master deveria ter feito antes e mais atenciosamente para não perder o bonde.

Mas isso é fichinha se eu disser que o Boogarins, moleques pós-teens psicodélicos de Goiânia, e essa v-i-a-g-e-m “Lucifernandis” deles acabam de ganhar um belíssimo vídeo em lançamento mundial via Stereogum, o mais velho e um dos mais conhecidos blogs de música dos EUA, pertencente ao grupo da “Spin”. O Popload americano, para resumir, haha.

No Brasil, o lançamento é Popload. E não perca o “final da história” do vídeo.

Os Boogarins, banda de moleques pós-teens psicodélicos de Goiânia, capitaneada por Fernando Almeida e Benke Ferraz, amiguinhos de escola, têm show marcados para Recife e São Paulo, agora em outubro. E Goiânia também, claro. Logo mais elas serão divulgadas. As datas de shows gringos vão demorar só um pouquinho, mas rolarão.

Vi algum site gringo chamar o Boogarins de Boog Impala, já, haha.

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