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Arquivo : cage the elephant

Popload no Texas. A tempestade de Austin e as camisetas do Lionel Ritchie
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Lúcio Ribeiro

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* Em San Antonio de manhã, em Austin à tarde.

* Depois de conhecer a incrível “cidade dos hospitais”, de Houston, o Houston Medical Center, que tem prédio lindo e sofisticado até para unha encravada do pé esquerdo, com salas de consultório, hospital, clínica especializada, curso de enfermagem, integração com a Universidade do Texas, centro de voluntariado e helicóptero para te resgatar se sua unha zoou (estou exagerando, claro, mas é para dar a dimensão da coisa por lá).
Depois de visitar a “cidade da comida saudável” em San Antonio, a CIA, Culinary Institute of America, um centro lindo, hipster, amigo dos cachorrinhos, com escola, feirinha de comida local, restaurantes cool, padoca absurda, barraca de tacos em que toca XX e Strokes no meio da rua, em região que era abandonada até pouco tempo e hoje é o paraíso para os vegetarianos, os que precisam de alimento gluten free e para os que saboreiam um delicioso muffin de chocolate com sorvete e creme doce a base de bacon.
Depois de tudo isso, chegamos a Austin, a “cidade da música”. Mesmo que abalada musicalmente porque as chuvas cancelaram o último dia do superfestival Austin City Limits, hoje, deixando os indies sem ver Lionel Hitchie. Na madrugada, uma tempestade varreu palcos e demais estruturas do evento. Mas ainda assim…

* Amigo que foi aos outros dias do festival me disse que ontem já tinha esgotado nas barracas de merchandise todas as camisetas do Lionel Ritchie, que tocaria hoje. Pensa. Muita gente tem a camiseta de um show que nem aconteceu. Vai virar artigo raro.

* Ainda em San Antonio, é impressionante como um monte de gente, de condutora de barcos a velhinhas que trabalham como guia de museu, cita o brasileiro Thiago Splitter, que joga basquete no time local, o Spurs, pela NBA. Fala do brasileiro assim que vêem brasileiros. Quase vêm te dar um abraço, tipo de agradecimento. Não sabia que era assim.

* Existe dois jeitos de caminhar pelas ruas do centro de San Antonio, à procura de agito. Pelas ruas em si, no nível de cima, e pelo Riverwalk, via underground, o longo trajeto às margens de um canal que corta a cidade, cheio de bares, restaurantes, clubinhos. Dá para andar de barco e caiaque em alguns trechos deste riozinho que fica no “andar de baixo” do nível das ruas e avenidas de San Antonio. Cool.

* Mudando de cidade, e sobre o Austin City Limits que rolou forte sexta e sábado, a gente tem aqui o show todo do Arctic Monkeys no festival. Uma hora com a turminha do Alex Turner é sempre um prazer. Não é, Lolla 2014?

* Na sexta-feira, aqui na TV americana, a banda do Kentucky de molecada Cage the Elephant se apresentou no David Letterman. Mostraram a música nova “Come a Little Closer”, do disco novo, “Melophobia”, recém-lançado. O Letterman pirou. Acabou a performance ele foi cumprimentar os meninos elogiando um monte. E mandando um “Meu Deus, muito bom. O que vocês querem? Vamos sair e fazer algo. Vamos arrumar umas brigas ou coisa do tipo. Tremendo!” Veja você mesmo.

* A Popload está no Texas a convite do Texas Tourism e da United Airlines.

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E o disco novo do Cage the Elephant?
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Lúcio Ribeiro

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A esperta banda indie-porrada americana Cage the Elephant, do Kentucky, fã do Nirvana, adorada pelo Dave Grohl, bota na praça semana que vem seu terceiro disco de estúdio. “Melophobia”, dizem, é o álbum no qual o grupo encontrou de vez sua “pegada” e chega às lojas também na terça-feira, dia 8 de outubro, como o do Sleigh Bells.

A produção ficou a cargo de Jay Joyce, que trabalhou nos outros dois álbuns da banda. Este “Melophobia” tem 10 faixas, uma delas com a participação da fofura Alison Mosshart.

A cantora do Kills empresta sua bela e potente voz à faixa “It’s Just Forever”. O papo do Matt Shultz, vocalista do grupo, é que “Melophobia” foi inspirado pelo David Bowie em sua fase mais antiga. Será?

Podemos constatar isso (ou não) agora, já que o disco está disponível para audição na íntegra, cortesia da revista americana Rolling Stone.


Lollapalooza Brasil – dia 1. Foo Fucking Fighters, a rapa, a NME, as alegrias, os perrengues
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Lúcio Ribeiro

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* Então. Aconteceu mesmo. O festival do Perry Farrell, sonho da nação indie desde os anos 90, foi realizado no Brasil. E o Foo Fighters, que não tocava no país desde o Rock in Rio 2001, finalmente voltou a se apresentar aqui. Agora, quando o Coachella Brasil for inaugurado, o Glastonbury brasileiro acontecer no interior de SP e o Reading BR tiver sua primeira edição, tudo isso com a cobertura da “New Musical Express” brasileira, que chega em português ainda este ano com miniedições de shows com o selo “NME”, ninguém vai mais precisar ir ver bandas fora do Brasil. Ou, claro, vai se quiser. 🙂

O Lollapalooza estava lindão. O resgate do Jockey Club foi um dos pontos altos do evento. E não é que, guardada as devidíssimas proporções, o skyline do lugar lembrou mesmo o “desenho” do festival-matriz, de Chicago. Por mais que às vezes o cheiro nos lembrava que o rio Pinheiros não é exatamente o Lago Michigan.
Teve os perrengues de festival grande (cerca de 75 mil pessoas circularam pelo Jockey, ontem): fila brava para entrar em alguns momentos, fila brava para comprar bebida em outros, o metrô não colaborou fechando à 0h20, como combinado com o festival, e ainda por cima fechando mais cedo do que o normal com medo de tumulto. Mas como um todo o Lolla Brasil funcionou ok para um evento com 75 mil pessoas circulando. Do que a Popload pode ver, ouvir, sentir, o sistema de som estava bom também. Principalmente não no palco principal, que podia ter um pouquinho mais de reforço estrutural para um show do porte do Foo Fighters, com aquela massa diante do palco. Hoje deve ser bem mais tranquilo.

Mas… Evento grande no Brasil continua sendo uma dificuldade para chegar e sair. Isso quanto ao Lollapalooza, ao Planeta Terra, o SWU ou a zoeira do Glasto brasileiro. É uma coisa que precisava acabar. Às vezes você perde uma boa parte final de um show só para evitar transtornos de ir-e-vir, mesmo gastando-se R$ 300 só para ver um show como o do Foo Fighters. Porque, se você enfrenta os problemas em nome da música, você paga uma conta muito maior que essa de R$ 300, depois. Festivais no Brasil é mais um “desafio de fã” do que um prazer. E não precisava ser assim.
Me comovi com o relato de uma amiga que fugiu da muvuca pós-show do Foo Fighters e estava comemorando que, depois de andar muito, finalmente tinha achado um táxi que estava cobrando muito acima da tabela, mas enfim.
Aí chega um SMS de um amigo dela que estava vendo o show pela TV. “Nossa, o Foo Fighters está encerrando o show com ‘Everlong'”, que é a música predileta dela. E ela feliz porque achou um táxi para sair do show que ela demorou 11 anos para ver de novo.
Tem alguma coisa muito errada aí.

Perry Farrell, o homem, o mito, o indie-hippie roqueiro, o ecológico, o empreendedor, o agitador e o front-leader de um projeto de eletrônico poperô vagabundo. Nosso personagem principal da semana

* PERRY FARRELL – Cada um faz o que quer da vida, haha. Mas, Perry, você é nosso personagem. O indie-hipongo que idealizou o revolucionário Lollapalooza no começo dos 90, só para botar sua banda e a dos amigos para tocarem, quando pouca gente dava bola para a música independente e os EUA era uma terra de ninguém em eventos de e para o gênero, está aqui no Brasil para inaugurar a franchise brasileira de um dos mais importantes festivais de música do planeta, hoje. O festival que cuida de parque gigante na cidade de Chicago, é super ecológico sem ficar propagando que é sustentável e sustentador de nada, que ajuda a cena local espalhando por clubes locais as principais atrações do “grande evento” que é o festival em si, aumentando o turismo na cidade, movimentando absurdamente a economia da região. Mais ou menos o que hoje o Lolla fez com São Paulo nos últimos dias. E Perry Farrell está na cidade para ver isso tudo acontecendo, botar sua banda para tocar, o Jane’s Addiction, hoje, e para fazer uma performance tacanha em cima de poperô eletrônico fuleiro, com pose de rock star na frente das picapes. Perry Farrell quer é mais. Gênio

******************** Shows do primeiro dia do Lolla Brasil, que a gente queria destacar

* CAGE THE ELEPHANT – Considerado por muitos o primeiro show “de verdade” do primeiro dia, o Cage The Elephant assumiu a responsabilidade com competência jovem roqueira de garagem linda. O indie/pós-grunge deles, com gosto de banda que era pra ser a next big thing de Seattle em 1995 (mas não conseguiria), agradou o publico, animado, batendo palmas em todas as musicas. Destaque para o mosh do vocalista, logo na segunda música (“I never felt so violated. I think someone tried to steal my wallet”), e para o Dave Grohl curtindo o show quase inteiro da lateral do palco. Mais perto do fim, o vocalista pediu para que, se pulasse de novo na galera e ficasse inconsciente, para “pass my body around” durante o resto do dia de festival. E pulou novamente, sendo mais violentado ainda, e “andando” sobre a platéia enquanto abanava uma bandeira do Brasil. Fan service de primeira. Nice.

* BAND OF HORSES – A banda americana Band of Horses praticamente abriu o festival ontem, tocando para meia dúzia de pessoas (ok, um pouco mais) logo de manhã, em um set acústico e improvisado, com cinco músicas (http://youtu.be/M5rQ5f-fU4M). Subiram ao palco Butantã, desta vez “para valer”, às 17h, com “For Anabelle”. Era o indie-folk sentimental representado no Lolla, bem no horário de transição entre um hit nacional (Rappa… não é hit?) e outro gringo (TV on the Radio). Não que o público estivesse apático, mas grande parte ali parecia estar passando o tempo enquanto o palco Cidade Jardim era montado para o TVOTR. O show engrenou mesmo quando a banda tocou “NW Apt”, do último disco. “Am I a Good Man” voltou o show para a parte leeenta, triste, mas o pôr-do-sol deixou a galera mais hippie e todo mundo cantou junto. Até o fã que foi vestido com uma cabeça de cavalo (!!) se empolgou. Foi um show bonito e com PAs ainda funcion ando a 100% (antes de parcialmente morrerem no da Joan Jett). O set misturou um pouco dos três discos da banda, com seus acordes arrastados (não é uma crítica — tudo isso caiu bem ali no meio) e com country-rock (com um baterista mais pra rock que pra country). O simpaticão Ben Bridwell não dispersou o público e fez questão de agradecer Joan Jett e os Foo Fighters por estarem ali. O Band of Horses, assim como Cage the Elephant e Joan Jett, entrou na programação do Lollapalooza Brasil como “sugestão” (ele impôs) de Dave Grohl. Não dá para reclamar do foofighter nessa. Quem foi que pediu o Rappa no line-up, haha?

* PEACHES – Loucura eletro-Berlim descontrolada, show de movimentação freak de um electroclash pós-decadente (entende?), garotas “perdidas” do Leste Europeu como dançarinas, climão Rua Augusta em noite de véspera de feriado e fora dos clubes, banho de champanhe na galera da frente e a sedimentação do novo hino para agitar a mulherada: “As Mina Pira”. Um show normal da Peaches.

* TV ON THE RADIO – Indie-soul magistral, com a turma de Tunde Adebimpe preenchendo o palcão principal como se tivesse fazendo um show em clube pequeno. “Wolf Like Me” e “Staring at the Sun” fixaram o show para sempre na lembrança de quem viu a banda em ação aqui no Brasil. Classe total.

* FOO FIGHTERS – Alguns cansam, outros não tão nem aí. Duas horas e meia de shows, solos, presepadas roqueiras superjustificáveis (Dave toca como as bandas antigas de rock circense de que tanto gosta), outras nível “Escola do Rock” (que são legais também), um fiapo de voz, um baterista só não melhor que do que ele já foi, enfrentando o fiapo de voz que resta com uma série retardada de berros e um caminhão gigante de hits inesquecíveis. Monster of Rock, Dave.

******************** Lolla Dia 1 em fotos

O Ben, do Bend of Horses, estava ben alegre no primeiro dia do Lollapalooza Brasileiro

“Vamos combinar. Se eu me jogar em vocês e desmaiar? Vão passando meu corpo de mão em mão neste festival o dia inteiro, ok?”, pediu o menino neogrunge Matt Schultz, do Cage the Elephant

“Vai, deixa eu levantar e ir na Peaches, para ela mostrar uns peitos, roupas esquisitas, gostosonas do Leste e jogar champanhe em mim”

“Maaaaaaaaaaaatt. Se joga em nóis neste Lollapranóis”. As mina pira, não só no show da Peaches

Vem, Dave. Galera esperava o show do Foo Fighters na grade desde de manhãzinha

“Oi, sou amiga da Alexa Chung. Onde pego meu Vip pro show do Arctic Monkeys? Ah, não é hoje? Ah, eles não namoram mais?”

Dave Grohl chegou cedinho para ver os pupilos do Cage the Elephant, banda que ele botou no festival

Fuck the pain away. Peaches e seu electroclash decadente e cheio de absurdinhos. Programão para a semana santa

“Calma, galera da noite de rock do D-Edge. A gente já vai tocar ‘I Love Rock’n’Roll’ “

Tunde espalha indie-soul de primeira pelo Jockey, em show do TV on the Radio

O gente-fina Dave Grohl em dia de Jack Black. Foo Fighters no Lolla foi uma verdadeira Escola do Rock

******************** Lolla Dia 1 em vídeos

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COBERTURA POPLOAD NO LOLLAPALOOZA BRASIL – Ana Carolina Monteiro, Alisson Guimarães, Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro e Fabrício Vianna (fotos)


Cage the Elephant com Dave Grohl na bateria. Agora sim
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Lúcio Ribeiro

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* A esperta banda indie-porrada americana Cage the Elephant, do Kentucky, circulou pelo Youtube do mundo todo no ano passado porque, em um show em Los Angeles, o hero Dave Grohl sentou na bateria da banda para substituir o original, que teve uma crise de apendicite e não iria encarar a apresentação. Dessa presença ilustre saiu o vídeo de “Shake Me Down”.

Agora, mais caprichado e da mesma apresentação, aparece o vídeo de “Aberdeen”, Cage tocando com Grohl na bateria. “Aberdeen” é a incrível música que o Cage the Elephant fez como tributo ao Nirvana, banda preferida dos integrantes. Aberdeen é a cidade perto de Seattle de onde saíram Kurt Cobain e sua guitarra.

Dave Grohl estava beeeeeeeeem à vontade, pois. O vídeo é ótimo.

* O Cage the Elephant acaba de lançar o energético disco ao vivo “Live from The Vic in Chicago”. O disco tem uma cover para “Psycho Killer”, do Talking Heads, tocada nesta apresentação. Eles tocam direto essa música ao vivo.

* Lembrando: Dave Grohl (com o Foo Fighters) e Cage the Elephant são atrações do Lollapalooza Brasil, em abril. Será que rola?

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Hoje: Natal indie em Los Angeles com Grouplove, Florence, Noel Gallagher, Foster The People, Black Keys, Jane’s e muito mais
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Lúcio Ribeiro

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Acontece neste final de semana em Los Angeles – nova cidade musical mais legal do planeta – o Almost Acoustic Christmas, festival anual promovido pela big KROQ (a FM mais famosa do mundo, bordão deles) que sempre conta com um line up bastante atrativo de bandas que fazem sets especiais, com versões full band ou acústicas mesmo, mas com shows mais curtos. O evento começou ontem com uma turma mais “pop rock”, como Sublime With Rome, Social Distortion e Blink 182.

A escalação de hoje é mais indie. Ou, se você preferir, mais “a nossa cara”. Por volta de 17h30 (horário de lá), tem uma ótima sequência de shows com Grouplove, The Naked & Famous, Foster The People, Cage The Elephant, Noel Gallagher’s High Flying Birds, Florence & The Machine, Death Cab For Cutie, Mumford & Sons, The Black Keys e Jane’s Addiction.

O mais legal disso tudo é que dá para assistir/ouvir ao vivo no site da rádio.

* Os horários dos shows (de Los Angeles). O fuso atual é -6h, acho:
17:30 – Grouplove
17:55 – The Naked & Famous
18:20 – Foster The People
18:50 – Cage The Elephant
19:20 – Noel Gallagher’s High Flying Birds
19:50 – Florence & The Machine
20:30 – Death Cab For Cutie
21:10 – Mumford & Sons
21:55 – The Black Keys
22:40 – Jane’s Addiction


Lollapalooza Brasil – Exclusivo: DEZ bandas que tocam em São Paulo em 2012
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Lúcio Ribeiro

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* Está sentado(a)?

* Uma parte do seu 13º já está comprometida. Na segunda quinzena de novembro, mais conhecida como no meio do mês que vem, começam a ser vendidos os ingressos para a primeira edição do festival Lollapalooza no Brasil. O Lolla Brasil, franchise do gigante e tradicional evento de Chicago que desde o ano passado acontece também no Chile, será realizado nos dias 6 e 7 de abril de 2012, no Jockey Club, em São Paulo. O festival, parece, vai ser todo anunciado no começo de novembro agora, numa ação conjunta com a edição chilena. E, pelas atrações que você vai ver abaixo com exclusividade, não vai ter ingresso sobrando em 2012, não.

* Juntando info e leaks aqui e ali, vaporizações argentinas, assopros chilenos e escorregadas marketeiras brasileiras, a Popload apurou que estas dez bandas estarão no primeiro Lolla Brasil:

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FOO FIGHTERS // YEAH YEAH YEAHS // ARCTIC MONKEYS // TV ON THE RADIO // MGMT // JANE’S ADDICTION // FOSTER THE PEOPLE // CAGE THE ELEPHANT // BIG AUDIO DYNAMITE // SKRILLEX

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* FOO FIGHTERS – Essa era batata. Que o FF ia tocar no Brasil na mesma época do Lollapalooza a gente já sabia faz tempo. Mas a banda realmente fechou semana passada com o Lollapalooza e ainda “sugeriu” o novinho Cage the Elephant para vir junto. É o principal show de rock de 2011 no mundo e certamente o headliner do festival. Acho que vão botar o Jane’s Addiction para tocar antes, na dobradinha. Palpite puro. O ultra-simpático Dave Grohl traz ao Brasil o show mais esperado por aqui desde os do Radiohead. Será a segunda vez do Foo Fighters no Brasil. Eles tocaram no Rock in Rio 2001, há dez anos. E a turnê mais esperada no país desde a do Radiohead, quase no mesmo nível. E vem para o Brasil com base nos megahits e no mais recente álbum, o campeão “Wasting Light”, lançado em abril deste ano.

* YEAH YEAH YEAHS – A sumidaça Karen O (da foto acima) volta a trabalhar em 2012. O nova-iorquino YYYs deve lançar disco novo no ano que vem, não antes do Lolla Brasil, claro, mas ainda assim o show daqui deve ser teste para músicas novas da banda. O YYYs estava escalado para tocar no Lollapalooza Chile, no começo deste ano, com um show a mais na Argentina, mas cancelou tudo. Em 2012, vamos ver se ela vem mesmo para pagar sua dívida.

* ARCTIC MONKEYS – Dá para imaginar agora por que eles embaçaram, disseram “não”, disseram “talvez”, disseram “sim” e no fim não fecharam com o SWU para este ano, não? Lá vem o Alex Turner vibe bad boy motoqueira com suas espetaculares músicas, talvez headlining um dos dias. Os Monkeys já tocaram em São Paulo, em 2007, no Tim Festival, num show veloz e furioso no péssimo Anhembi. Naquela época eles eram apenas uma bandinha-fenômeno. Agora o status é bem outro.

* TV ON THE RADIO – Outro que já veio para um saudoso Tim Festival no passado, como o Yeah Yeah Yeahs e o Arctic Monkeys, o grupo artsy nova-iorquino TV on the Radio vem com a turnê do “Nine Types of Light”, disco lançado há uns sete meses. Showzaço.

* MGMT – Outro que volta. Outro ex-Tim Festival. Já sei como o show de abril de 2012 deles vai acabar. Com “Kids” e todo mundo se abraçando. C’mon, MGMT. Mas pelo que eu vi não faz muito tempo a afetação hippie está controlada e o show em si, que era bem ruim, melhorou. Vamos ver. Parece que o disco de 2012, que vai se chamar “MGMT” está pronto. A base do show no Lolla deve ser ele.

* JANE’S ADDICTION – Óbvio que mister Perry Farrell, o pai do Lollapalooza, não ia fazer essa desfeita com o público brasileiro justo no primeiro Lolla Brasil. Showzaço do dono, sempre bom para festival grande.

* FOSTER THE PEOPLE – A banda nova mais falada de 2011. Da aquecida cena indie-pop de Los Angeles. Primeiro fez um mega sucesso com o hit “Pumped Up Kicks”, para depois os EUA descobrirem que a música é sobre um “shooter”. Polêmica. O show que eles fizeram no Lollapalooza matriz deste ano, transmitido pela internet, foi delícia.

* CAGE THE ELEPHANT – Show quebradeira deste grupo de molecada do Kentucky que ainda acha que o grunge não acabou. Mas o que eles fazem é um neo-grunge divertido, adolescente. Um outro tipo que “smells like teen spirit”, se você me entende. Curto eles. É o show mais energético do festival todo. Certeza.

* BIG AUDIO DYNAMITE – Veterana banda de punk-reggae-bagunça do mais que veterano Mick Jones, ex-Clash. Neste ano tocaram “só” no Coachella, Glastonbury, Lollapalooza, Fuji Festival. Bestival e V. Ano que vem, aqui.

* SKRILLEX – OH, NO! A Nova New Rave vem aí.

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Tendência na nova música: O “THE” no meio é o novo “THE” no começo
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Nova York.

* Lembra quando, no comecinho dos anos 00, o (The) Strokes veio para salvar o rock (hehe) e trouxe com ele um comboio desgovernado de bandas com THE no nome? OK, a gente já tinha The Rolling Stones e The Smiths e The Charlatans e The Cramps e The Engenheiros do Hawaii etc. Mas foi numa época entre 2000 e 2003, principalmente, que a multiplicação (à la The Gremlins) dos The xxxxxxs passou dos limites. Ficou tudo tão igual que lá por 2004 nem as próprias bandas usavam o “The” mais. Foi a “orkutização” do THE, digamos. =)

Tentei fazer uma lista das THE indie-bandas da época e, por cima, lembrei uns 30 nomes. The Strokes, The White Stripes, The Hives, The Vines, The Killers, The Kills, The Kooks, The Libertines, The Subways, The Black Keys, The Raveonettes, The Cribs, The Zutons, The Von Bondies, The Rakes, … (* inserir outros 150 nomes aqui).

Lá por 2005 os “The” foram diminuindo, morrendo, sendo ignorados até que chegamos em 2011 e aparentemente todos os nomes de banda do “Band Name Generator” com THE se esgotaram. E a galera resolveu inovar e colocar o “THE” no meio. Mas não basta o “THE” precedido de “& / And”, só adicionando um componente, como em “Noah and the Whale” ou “Nick Cave & The Bad Seeds”, por exemplo. Esses não valem e exemplos assim já temos um monte. É o “The” definindo algo/alguém (como “Cage The Elephant”, que em uma tradução literal e feia pode ser “Enjaule o Elefante”) ou precedendo um “título”, como em “Tyler The Creator”.

* Consegui pensar nos exemplos abaixo. Vocês lembram de mais algum?