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Arquivo : espaço das américas

Noel Gallagher: o show, as fotos, a cornetada no som de SP e o brasileiro grávido dele
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Lúcio Ribeiro

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* Mr. Noel Gallagher tocou “Supersonic” acústico, música do Oasis que ele tinha “pulado” no Coachella. You can have it all but how much do you want it? Tocou também uma outra inédita na turnê, somente para os brasileiros. Disse não, “Fucking No”, quando a galera pediu para ele cantar “Masterplan”. “Querem ouvir a ‘Masterplan’. Pega o disco ‘Stop the Clocks’, ela está lá. Podem ouvir”. Riu e perguntou se era menino ou menina a um garoto que erguia a placa, em inglês, “Noel, eu estou grávido de você” na frente dele, na plateia.
Bom show, boa vibe no Espaço das Américas, ontem em São Paulo.

Noel também gostou da noite. Disse em seu blog que o show foi “fucking mega”. “Que espetáculo, grande atmosfera.”

Aaaaaacho que ele deu uma cornetada no som do Espaço das Américas. Se ninguém nos ouve, pelo menos tinham que ouvir o Noel. O som começou ok, ficou horrível em boa parte e depois voltar a ficar bom no fim. O Noel disse no blog: “Atmosfera até demais, na verdade”, ele continuou descrevendo o que achou de ontem em SP. “Não estou certo se alguém realmente estava ouvindo o show… Com certeza estavam sentido o show, pelo menos. Eu mal ouvia o que eu mesmo cantava.”

Ainda em seu blog, Noel comentou algumas das faixas e cartazes que estavam estendidos para ele, no público. Sobre o da gravidez (“??????? And it was held up by a boy!!”), ele disse que lembrou de uma vez, no café da manhã, quando a mulher veio com um cartaz dizendo a mesma coisa.

Confira fotos do show do Noel Gallagher e do público ontem no Espaço das Américas, em São Paulo. Todas as imagens são de Fabricio Vianna, fotógrafo oficial da Popload.

* Logo mais é a vez do Rio de Janeiro ver a passagem solo do ex-líder do Oasis no Brasil. Depois fim.

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Popload entrevista: Noel Gallagher
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Lúcio Ribeiro

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* É hoje! O músico inglês Noel Gallagher, ex-cabeça da superbanda Oasis e agora cabeça natural de sua própria aventura solitária, a banda Noel Gallagher’s High Flying Birds, toca nesta noite em São Paulo, chegando direto da turnê americana, que passou duas vezes num lindo fim de tarde pelo Coachella Festival, recentemente. Show em fim de tarde depois do solzão do deserto, ainda mais com a cor dourada do céu californiano, é bom até se for o do Rappa (!). Imagina então um que tem as deliciosas canções de “pop perfeito” do Gallagher.

* O irmão do Liam já tem programada uma outra vinda ao Brasil, tirando essa miniturnê de dois shows que chega a São Paulo hoje e passa pelo Rio amanhã. Ele mesmo começa contando que história é essa, nesta conversa que saiu publicada na “Ilustrada”, da Folha de S.Paulo, mas aparece aqui better, longer, uncut. Diz então, Noel:

* “É sempre fantástico voltar à América do Sul. Os shows são sempre intensos e dão uma nova vida às turnês de qualquer artista. É a conversa de sempre, mas acaba sendo a pura verdade”, disse Gallagher em entrevista por telefone pouco antes de se apresentar em Milwaukee, EUA, ainda em abril.
“Eu adoro o Brasil e tocar aí. Inclusive já sei com certeza que vou voltar ao país em 2014. Mas de férias, com a família, não para tocar. Quero passar longos dias por aí. Praia de Copacabana, comida incrível, mulheres bonitas. E, acima de tudo, não posso perder uma Copa do Mundo no Brasil.”

* Antes que a curta entrevista descambasse para o futebol (Messi, Neymar, Manchester City e “quem é mesmo esse técnico da seleção brasileira?”), assunto em que Noel sempre está metido quando não está falando sobre música, o irmão e eterno desafeto de Liam Gallagher contou sobre a vida pós-Oasis.
O belo álbum “Noel Gallagher’s High Flying Birds” foi lançado em outubro de 2011, pouco mais de dois anos do fim definitivo de sua famosa e agora ex-banda. O disco de Noel foi muito bem recebido pela imprensa inglesa, impiedosa com os últimos CDs do Oasis, e logo chegou ao topo das paradas britânicas, fechando o ano como o segundo disco de rock que mais vendeu no Reino Unido no período, atrás só do último do Coldplay.

* “É sempre bom ver boas resenhas sobre seu disco, ser amado por jornalistas e tal. Mas isso tem um peso muito pequeno para mim diante de saber mesmo o que as pessoas, os fãs, acham do meu trabalho. E, vendo a recepção dali do palco, quando eu toco as músicas novas, me parece que eles gostaram. E isso sim me importa”, falou Noel, dando a cutucada de sempre.

* “Eu sou o maior crítico de mim mesmo e sei que fiz um disco o mais perto da perfeição que eu posso atingir como músico. São grandes canções pop, dessas de cantar junto, cantar em pub, como eu gosto de fazer. Mas não sei se o álbum caberia como um ‘próximo disco do Oasis’, se a banda continuasse. É o meu disco, entende?”

* Li numa entrevista que Noel considera a Beady Eye, a banda do irmão Liam, a melhor banda de rock do mundo. Perguntei se era irônico ou se achava mesmo isso. “Acho isso sim. Não sei por que as pessoas não acredito quando digo isso”, reafirmou Noel, mas, claro, sem convencer.

* Em seu show, Noel canta muitas músicas do Oasis. No Coachella, das 12 músicas da apresentação, metade delas era de sua ex-banda. Se Noel Gallagher sente falta do Oasis hoje em dia?
“Humm… Às vezes. Um pouco. Não muito. Quase nada. Talvez. Não sei ao certo. Ando muito ocupado para pensar no Oasis.”

Noel tocando há poucas semanas no Coachella Festival, na Califórnia. O ex-Oasis toca em São Paulo hoje às 22h, no Espaço das Américas, na Barra Funda

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I know it’s over. O show do Morrissey em São Paulo, ontem
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Lúcio Ribeiro

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Foi tudo dentro do previsível. O que quer dizer que, sim, foi um bom show. Tirando um visível cansaço do astro britânico Morrissey, mito da música pop pelos serviços prestados com sua ex-banda e por seu forte trabalho solo, mas mais ainda por seu maneirismo passional, ocorreu o que a gente sempre espera dele. Charme, sarcasmo, rabugice, músicas lindas, músicas das mais bonitas feitas, músicas médias, ceninhas contra sua Inglaterra, que ele insiste em dizer que ainda lhe deve uma vida. Contra os “ditadores do mundo” (o jornalzão britânico “Observer”, em sua edição de ontem, tratou com um textão político se Morrissey ainda deve ser chamado de “tesouro nacional” pela sua língua afiada).

Alguns “Morrisseys” na platéia do Morrissey, em SP

São Paulo pagou por estar atrás de uma turnê desgastante (para um senhor de 53 anos e no gás da ativa sem disco novo, sem gravadora por trás), só na fama. A voz indefectível de Morrissey estava quase pedindo arrego debaixo da maratona sul-americana em geral, brasileira em particular. Principalmente ainda no calor que estava o confuso Espaço das Américas, lugar que aplica a criminosa Pista VIP, que enquanto o palco ainda não tinha algumas das caixas estouradas apresentava um som bom, que não chegava com qualidade lá atrás, na pista para “gente normal”. Mas, ainda assim, Morrissey estava bem feliz, para um dia qualquer como o domingo. Entende?

Minha parte predileta do show: em “Everyday Is Like Sunday”, público cantando junto, na hora de falar a frase “Como eu queria muito não estar aqui” ele pára de contar, deixa o povo bradar a estrofe sozinho e, sarcástico, olha para a platéia e manda um “Really?”.

Morrissey em SP: o biquinho e o protesto contra a tirania mundial. Bigmouth strikes again

Abaixo, Morrissey cantando a fantástica “Still Ill”, dos Smiths, e algumas fotos.

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