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Arquivo : gotye

Segura a Kimbra agora
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Lúcio Ribeiro

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* Kimbra é neozelandesa, tem 21 anos e está talhada a virar a presença feminina mais forte na música pop nos próximos dois meses, pode esperar. Aliás, se uma garota que está de carona em um vídeo com mais de 100 milhões de views no Youtube já não ter uma presença forte…

Kimbra (o nome dela é mesmo Kimbra) é a convidada pelo fenômeno belga-australiano Gotye no vídeo “Somebody That I Used to Know”. Faz a parte feminina da DR indie que os dois têm na música mais tocada hoje nos EUA e Inglaterra.

Agora Kimbra segue forte sua vida própria, sempre em números grandes. Já recebi 200 emails avisando dos shows que ela vai fazer no festival South by Southwest, do Texas, na semana que vem. Seu disco de estréia, “Vows”, que saiu em agosto do ano passado na Nova Zelândia/Austrália, tem data de chegada ao mercado americano no dia 22 de maio. Nos EUA, o álbum chega turbinado com canções novas.
Kimbra vai integrar a grande turnê americana que o Gotye vai fazer a partir do fim do mês. Depois, no final de maio, emenda uma tour sozinha, como atração de abertura do bombado grupo indie Foster the People.
Ainda agora em março e no meio de abril, vai se aventurar solo em Nova York, com dois shows, um no Mercury Lounge, outro no Troubadour. As duas datas estão esgotadas, já.

Nasce uma estrela.

* Abaixo, o vídeo de “Settle Down”, velho single (2010) que ainda está com um desempenho bem fraco no Youtube. Só 7,5 milhões de views.

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E o novo vídeo incrível do Gotye?
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Lúcio Ribeiro

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* A música também é incrível. Parece um Beck inspirado. “Easy Way Out”. O cara, aparentemente, não ficou escravo do vídeo de “Somebody That I Used to Know”. Mais ou menos. Esse vídeo novo demorou nove meses para ficar pronto, parece. “Making Mirrors”, o álbum campeão do belga-australiano, sai no Brasil agora em março.

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Popload on Sunday – Notícias pop direto da nova era do gelo britânica
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Glasgow, Escócia.

* Escape rápido da neve de Londres direto para a terra mundialmente conhecida pelo… Jesus & Mary Chain. Aqui nem está nevando. Parece verão. Vi o jogo do Glasgow Rangers hoje com a aprazível temperatura de 1 grau NEGATIVO. Tranquilo…

* O reino aqui está mais ou menos assim:

* Ontem, o jogo do Manchester City foi jogado debaixo de neve. Aí, o espetacular diário “The Sun” foi e deu a manchete de esporte: “Artic MANCies”. Gênios.

* Eu estou falando que o belga-australiano Gotye virou praga, com a linda música quase-cafona “Somebody That i Used to Know”, um desencontro amoroso indie, espécie de Jane & Herondi (para quem lembra) do rock atual. A música tem a participação da cantora neo-zelandesa Kimbra, outra que está estourando por si só. O single na semana retrasada entrou em louváveis sexto lugar na parada de download do iTunes britânico. Eu ouvi a música em lojinha do aeroporto, quando cheguei aqui. Agora vai virar esta semana no SEGUNDO lugar do single chart do iTunes. Gotye vai tocar no Sxsw e Coachella deste ano. Está no Top 40 da “Billboard” americana. No Brasil, na última sexta-feira, a gravadora Universal disparou para jornalistas o email “Gotye, a sensação mundial”, avisando que vai lançar o disco dele, “Making Mirrors” (o terceiro) em… março. Mas avisa que o disco já está virtualmente disponível nos “parceiros digitais”. Confira Gotye e Kimbra fazendo ao vivo a dobradinha da dor de cotovelo no programa do americano Jimmy Kimmel, de três dias atrás.

* Muita conversa na Inglaterra em torno da rede gigante de spuermercados Morrisons, que na parte infantil está vendendo um macacão para bebês com uma daquelas frases engraçadas. Mas a roupinha em questão tem a estampada a frase “HELP. I’m being kidnapped. These are NOT my parents”. Sério. Tem ainda na versão com letras tipo capa do Sex Pistols: “Help, I’m being kidnapped and I can’t talk!”. Haha. Quer dizer…

* Este eu vou ver sexta-feira que vem, acho. Estreia nos cinemas do Reino Unido nesta semana o filme “The Woman in Black”, que estão dizendo ser o melhor e mais apavorante filme de terror desde “O Exorcista”. Exagero inglês ou não, o jornalzaço “The Observer”, de hoje, veio com um especial de oito páginas em papel especial só para o filme. É de fazer o seriado “American Horror Story” parecer conto-de-fada. O melhor é o ator de “The Woman in Black”. O harrypotter Daniel Radcliffe, o primeiro filme pós-Potter dele. Os metrôs londrinos estão cheio de cartazes do filme. E aquelas recomendações dos críticos são as recomendações dos críticos que vêm no topo do pôster: “Não assista este filme sozinho”; “Mesmo depois de o filme acabar, vai demorar para você parar de tremer”. Nice.

* Ontem, aqui em Glasgow, fui ver ao vivo o show da banda nova americana Howler, de Minneapolis, da qual eu tanto falo. Foi a-bs-u-rd-o. Em um dos próximos posts eu conto e mostro como foi. A apresentação foi no King Tut’s. Sabe qual? Deixo só uma foto aqui, por enquanto.


Popload UK Tour 2012: na caça do “abominável indie da neve”
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Londres.

* Sabe como é. Viemos ver o que está rolando aqui nos domínios da Rainha. Popload inicia hoje um pequeno giro entre Londres e Glasgow, na Escócia, atrás de algumas das coisas que mais interessam nesta vida. Música, cinema e futebol. É a “famosa” trip de começo de ano no Reino Unido, onde por causa do inverno as bandas grandes ficam enfurnadas em estúdio e os espaços se abrem para bandecas novas. Vamos conversando sobre isso por aqui.

* Aí o avião aterrissa hoje de manhã e o chefe de cabine da British avisa no sistema de som: “Londres está um pouco ‘chilled’ nesta manhã: SETE GRAUS NEGATIVO”. Neste momento o solzão está bombando: deve estar -1. Tem lugar na Inglaterra que está tipo a foto abaixo:

* Começou ontem em Londres e vai até o dia 12 o já famosinho festival “Next Big Thing”, bancado pela cadeia de discos/games/filmes HMV. Os caras têm a manha de selecionar 252 grupos e espalhá-los por seis clubes de Londres todos os dias. Três bandas por noite. Com o ingresso custando o equivalente a R$ 30 na moeda inglesa (ten pounds). O Next Big Thing é mais ou menos “rival” da batelada de shows que o semanário “New Musical Express” espalha por Londres neste período, que culmina na grande noite de premiação do NME Awards, desculpa a redundância explicativa. Tanto o Next Big Thing quanto o NME Awards Shows têm reflexos em outras cidades da Inglaterra. Vou ver o que eu consigo pegar disso.

* Botei os pés na loja de disco Rough Trade, no East, só porque fica pertinho do meu hotel. E, assim que eu entrei, o Nick Cave estava berrando nos falantes com seu Grinderman. A música era aquela “Bellringer Blues”, mas no remix absurdo do Nick “Yeah Yeah Yeahs” Zinner, que distorce o órgão da música, pensa. Órgão distorcido, hehe. Pelo que eu entendi, está saindo um disco de remix do Grinderman ainda com Josh Homme, o duo Cat’s Eyes e até o veterano Robert Fripp. Nice.

* Manchete do “Sun” de hoje é o seguinte: “Eu dormi com 1.000 homens… Mas eu era um homem até outro dia”. Ok?
O lance foi que na terça, num programa desses matinais da ITV, apareceu uma mulher dizendo-se viciada em sexo. Isso, por incrível que pareça, é capaz de chocar os ingleses. Daí a mulher bombou na internet depois da revelação na “Ana Maria Braga” deles, mal comparando. E os jornais foram atrás dela. E o “Sun” descobriu que o fenômeno relâmpago internet-televisivo, a Crystal Warren, na verdade era o Christopher Snowden até 2005, quando ela operou. Os mil homens vieram nos últimos sete anos, pelo que estou entendendo. Ou desde 2002, quando ela(e) já se vestia de mulher, mas escondia “a parada”. “Poucos homens dessa soma souberam que na verdade eu mesmo era um homem. Ninguém nunca me perguntou…”

* Ainda pelo que estou entendendo nas poucas horas em que estou circulando pela cidade, a música do “australiano” Goye, aquela “Somebody That I Used to Know”, é a nova “Wonderwall” para os ingleses, haha. Está tocando absurdamente de lojas ao Starbucks.

* Lana Del Rey na capa da “Vogue UK”, né? A “Time Out” botou uma nota até modesta para o disco dela em sua crítica nesta semana. Três estrelas, de cinco. Mas no final do texto, entrega: “Haters keep hating: we’re on Team Lana”.
O “Guardian” tem uma seção chamada “Still Hot”, para discos que saíram nas últimas semanas e valem a menção nesta, em seu caderno “Film & Music”. O primeiro disco a ser lembrado é da moça. o texto é assim: “The haters have hated, leaving pop fans free to love this”.
Polarizou mesmo, não tem jeito.

* É picareta, óbvio, mas adorei a tour abaixo, que transcorrerá em maio pelo Reino Unido:


Tem Que Ver Isso Aí – a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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* Semaninha intensa…

* Semana que começa com duas músicas novas do Radiohead não pode ser chamada de “semana ruim”. Tudo bem que as músicas novas são de 1986…
* Noiva, cadeia, cicatrizes, coisas voando. O Arctic Monkeys vem todo canastra no vídeo novo.
* Para indie chorar, depois rir, depois chorar mais um pouco. O filme-funeral do LCD Soundsystem.
* Para indie chorar ainda mais: o vídeo novo do Kills. Foto acima.
* Common people. David Bowie é gente como a gente. Às vezes.
* Respect. Música nova de sir Leonard Cohen, 77. Sobre trevas.
* Substituição no Cage the Elephant. Sai o menino baterista deles, entra o… Dave Grohl. O vídeo.
* Não sei se você pegou, mas a gente deu o disco de bandas novas fazendo o velho New Order.
* Você tá preparado para a volta do White Stripes? Se não, então prepare-se!
* O dubstep americano, explicadinho.
* Agora complicou. Blur e Oasis JUNTOS.
* Ô, delícia. Remixes cool para o Rapture cool.
* Ê, óbvio, O MELHOR DO TWITTER, edição curada pelo convidado Diego Maia, enquanto a Bean ainda não voltou das férias de dezembro.

>>> COACHELLA 2012
O Coachella anunciou as bandas, botou os ingressos a venda e já esgotou. Tipo “kataplááá”.
* O anúncio.
* A zoeira.

>>> O FENÔMENO MUNDIAL DA SEMANA
E o Gotye, hein?
* Primeiro o vídeo-cover fenômeno.
* Depois a gente fez um comparativo milionário entre o vídeo-cover, o vídeo-original e o vídeo-fenômeno-brasileiro. Afogando em números.

>>> AS VOLTAS DOS QUE, ENTÃO, NÃO FORAM
* O At the Drive-in voltou. E a gente lembrou eles no Letterman, em 2001.
* O Refused também voltou.
* E o papo da volta do Van Halen era verdade mesmo.

>>> BRASIL-IL-IL
* Prepara a sunga xadrez. O Meca Festival, evento gaúcho, chama os indies para a praia.
* A festa Crew vai acabar. Com o Boys Noyze de convidado.
* É no Chile. Mas vai que… Banda inglesa James vem aí. E, falando em James no Bra… cof cof, no Chile, teve isso aqui.
* Essa história de Chile já está enchendo. Eles confirmaram para fevereiro o MORRISSEY.

>>> LANA DEL REY
Espaço cativo nas nossas seções, a boneca Lana Del Rey vai começar a ser falada agora, a gente desconfia.
* Kasabian fazendo cover dela. My Vitriol fazendo cover dela. O hip hop fazendo cover dela.
* E ela no Corinthia?!?!

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O indie belga-australiano Gotye e o vídeo COVER de quase 14 milhões de views
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Lúcio Ribeiro

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* Botei toda a info no título para você sentir de cara a pegada. Primeiro que é um vídeo de cover. Depois que é uma cover de um cara indie. Daí, o cara indie é um belga que mora na Austrália. Aí, pensa, na segunda-feira o vídeo tinha 4,5 milhões de views e falei: “vou postar”. Quando fui ver, tinha 8,7. Hoje, dois dias depois do post aqui da Popload, já tem 13,7 milhões. E contando. 13.7 milhões de views em 7 dias. Isso porque deve ter mais, e o Youtube ainda não “atualizou” a contagem.

* Gotye e sua música “Somebody That I Used to Know”, um indie-jogral ele-ela dramático, virou hit na Austrália no ano passado, virou falação em blogs americanos, levou o cara a ser confirmado no Coachella 2012 e hoje tem 38 MILHÕES DE VIEWS. Aí, agora em janeiro, a banda canadense Walk Off the Earth fez um interessante e cool vídeo-cover da música, chamou uma cantora de banda psychobilly para fazer o “papel da mulher” na canção, e virou um fenômeno gigantesco em cima do estrondoso fenômeno. Ah a internet e a galera criativa…

* Então ficamos assim: imagem do vídeo-cover milionário. Depois, do vídeo-artsy mais milionário ainda da versão original. Depois de depois, faça o comparativo com o vídeo-fenômeno caseiro d’A Banda Mais Bonita da Cidade, “Oração”, que nos chocou em 2011. Não deixe de reparar ainda nos “likes” e “dislikes”.

* Afogue-se nos números:

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Vídeo do ano? E de uma cover? Olha o Gotye aí…
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Lúcio Ribeiro

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* Não sei se você vai lembrar, mas em outubro a gente falou por aqui do Gotye, um cantor e compositor nascido belga, criado australiano, dono de um certo indie-brega (mas não brega escrachado; e sim daquele brega que você não pretende fazer algo brega mas acaba virando. enfim…). Na época ele tinha virado megahit na Austrália e começou a chapar nos blogs americanos graças a um hit de dor de cotovelo estilo jogral chamado “Somebody That I Used to Know”, bem boa. Mas que dor de cotovelo, a música é uma verdadeira DR indie. Na discussão do relacionamento, Gotye fazia o lado masculino e chamou a neozelandesa deusa Kimbra para fazer o “papel da mulher” na canção. Zoeei até dizendo que a música parecia tipo “Jane e Herondy”, sabe qual?

* A música tinha um “vídeo arte” bem bacana (hipster pacas, mas legal). E olha lá o belga-australiano Gotye confirmado no Coachella 2012. Mas então.

* Neste começo de 2012 apareceu a banda canadense Walk Off the Earth com uma cover inusitada do hit “Somebody That I Used to Know”, do Gotye. A música em si ficou tão boa quanto a original. O negócio é o vídeo. Inusitado. Simples de morrer. F*da!! Veja aí e me diz:

* Essa cover do Walk Off the Earth, pelo que estou entendendo, é o primeiro fenômeno indie da internet em 2012. Em cinco dias, mais de 8,7 milhões de views. Ontem, quando eu vi o vídeo pela primeira vez, estava com 4,5 milhões. CACETA?!?!

* A loira que participa, como convidada, é Sarah Blackwood, da banda psychobilly canadense Creepshow.

* É. Essa história não pára de ficar boa, não?

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Gotye não perdoa a ex e transforma DR indie em megahit na Austrália
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Lúcio Ribeiro

* Lembra de Jane e Herondy? Agora tira o brega da anos 80 da memória e bota uma levada hipster anos 10. Então…

* O “australiano” Gotye (nasceu na Bélgica), figurinha indie conhecida na rota Austrália/Zelândia, que lançou o belo “Making Mirrors” em 2010 e andou abrindo para o Coldplay e Mogwai na Oceania, chegou aos primeiros lugares de disco e single lá embaixo (Austrália) com um hit de dor de cotovelo explícito. É uma DR indie chegando a elevados patamares da parada. E, num jogral “eu te amo, eu te odeio” com a “convidada” Kimbra, a moreninha neozelandesa considerada a maior revelação da música independente do pedaço, já chega nos EUA e Inglaterra.

A tal DR indie é a música “Somebody That I Used to Know”, em que Gotye chora suas mágoas no nível “Você dizia que era tão feliz comigo que podia até morrer. E agora finge que nada aconteceu entre a gente”. Carregue essa lamúria de sentimento. A garota magoou mesmo o cara: “But I don’t even need your love”, ele diz, mentindo para si mesmo. Daí a Kimbra surge na música vomitando para cima do cara umas coisas que ele precisava ouvir. E já não dá para saber de que lado a gente fica. Hahahaha. Eu estou rindo, mas é treta.

A música é, assim, diferente. Bem bonitona. O vídeo, lançado por Gotye em julho, tem DEZ MILHÕES de acessos no Youtube. Hipster ao extremo, traz Gotye e Kimbra sem roupa (calma!) em fundo branco ganhando cores diversas e pinturas geométricas, conforme a DR vai esquentando. Artsy na fossa, né?

Gotye lançou “Making Mirrors” no circuito indie em agosto. De repente, o álbum foi direto para o primeiro lugar da parada australiana mainstream. Foi a primeira vez desde 2007 que um artista australiano chega ao topo do chart no próprio país emplacando em primeirão tanto álbum e single.

Óbvio, “Somebody That I Used to Know” começou a ser tocada bastante além-Austrália. Nos EUA, o disco e o cantor multiinstrumentista já ganhou elogios no Twitter do cara certo: o ator Ashton Kutcher, que tem milhões de seguidores. Na Inglaterra, a Lily Allen é pirada no australiano. Na França, a sensacional revista “Les Inrockuptibles” já adotou o rapaz. No Brasil, está ganhando post na Popload. Pensa…

Solidarize-se com Gotye, ou com a Kimbra, em seu vídeo DR.