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Arquivo : Ian Brown

Eu quero ser adorado. O Stone Roses também
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Lúcio Ribeiro

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Recentemente, você já leu diversas vezes aqui na Popload sobre a turnê de retorno do Stone Roses, que a banda quase acabou antes mesmo de recomeçar, os concorridos “shows do ano” na Inglaterra, as aparições em festivais legais. Pois bem. Até agora, em meio a todo este bafafá, não havia aparecido nenhum vídeo em qualidade profissional deste retorno.

Dava para ter mais ou menos noção da sonoridade da banda e da vibe dos shows pelos vídeos da galera. Agora apareceu o primeiro vídeo bom para valer, da clássica “I Wanna Be Adored”, faixa que abre os shows da banda de Manchester.

O registro foi feito no charmoso festival de Benicàssim, Espanha, empapuçado de ingleses. Incrível, veja aí.


Mad Fer It. A real ressurreição do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Neste final de semana, na mitológica Manchester, aconteceu a famosa série de shows que a banda “local” Stone Roses faz no Heaton Park. O grupo de Ian Brown e do guitarrista John Squire e do baixista Mani e do baterista Reni, que no fim dos 80/começo dos 90 era maior que o Oasis mas uma treta judicial acabou com o sucesso deles depois de apenas UM álbum, realizou de sexta a domingo um verdadeiro festival para 75 mil pessoas/dia, com tudo o que um bom evento inglês pede. Um monte de banda cool abrindo, chuva direto, lama, 75 mil pessoas loucas, Ian Brown com voz falhando, mas todo mundo só falando no clima “mágico” que toma conta do lugar.

O termo “Mad fer it” ficou famoso nas palavras dos Gallaghers, alguns anos depois do fim do Stone Roses, mas na verdade nasceu quando Manchester virou uma combustão de música, moda, comportamento, Stone Roses, Happy Mondays, música eletrônica, Madchester, ecstasy, clubes, calças baggy na virada para os anos 80. É o “Amo muito tudo isso” da época, restrito a Manchester, elevado à milésima potência.

Morei em Londres no começo dos anos 90 e decidi ir passar um fim de semana em Manchester só para comprar um single dos Stone Roses “LÁ”, quando ele chegasse às lojas, na segunda-feira. Queria respirar o ar de Madchester, visitar onde o Morrissey morou, onde o Joy Division andava, onde era o clube do New Order (Haçienda) e principalmente comprar um disco dos Stone Roses NO DIA de lançamento.

Tinha tanta coisa acontecendo na cidade que, no começo da noite de sexta e sábado, era fervilhante o número de pessoas lindas indo e vindo de clubes numa das principais ruas de Manchester, que agora esqueci o nome, uma que vai do centro à universidade, cheia de restaurante e tal. Aí, quando você voltava de algum lugar, na madrugada, esse mesmo número de pessoas lindas estava jogado no chão, já desfiguradas, descabeladas, vomitando de bêbadas ou fritando de ecstasy. Manchester era Mad fer it. Confesso que fui lá recentemente e a coisa não mudou muito, hahaha. Talvez o foco, apenas.

Enfim, fui num dos “shows de ressurreição dos Stone Roses” no Reading Festival, em 1996. Acho que não tinha o John Squire na banda, porque o guitarrista não aceitou a presepada. Foi um dos piores shows que eu vi na vida, tipo um do gênio Thurston Moore em 2003, em Nova York, fazendo uma apresentação de 45 minutos só de microfonia. Foi uma vergonha.

Foram duas extremidades dos Stone Roses que fizeram a banda, enfim, morrer. O show de Spike Island em 1990, até hoje considerado um dos maiores shows de rock de todos os tempos, tipo o Franz Ferdinand no Circo Voador elevado a mil. E o terrível show do Reading de 1996. Seis anos do “maior” para o “pior”.

Mas agora, 22 anos depois de Spike Island, segundo relatos britânicos emocionados da imprensa, de músicos, de jogadores de futebol, da galera em geral no Twitter, parece que o clima mesmo no Heaton Park foi mágico para a nova volta dos Stone Roses, desta vez com formação completa. Três shows vendendo 75 mil ingressos por dia em tempo recorde, banda dando trégua nas constantes brigas do passado (e do presente) e cada uma das apresentações começando com “I Wanna Be Adored”, cantada a 75 mil vozes. Foi tipo isso.

“Nada mal para um bando de velhos cuzões”, terminou falando Ian Brown, no fim do terceiro show, ontem. Nada mal.

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I am the resurrect… OH WAIT! Treta pode dar fim ao retorno do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Barcelona. De olho em Amsterdã.

Xiii. Considerado um dos acontecimentos mais importantes da cultura pop inglesa em 2012, a reunião do Stone Roses pode terminar de forma abrupta.

Já circula na internet e nas redações dos jornais e sites ingleses a história de que os heróis de Manchester se desentenderam durante um show da banda na noite de hoje, em Amsterdã.

As informações preliminares dão conta de que o grupo voltaria para o bis com uma versão de 10 minutos do clássico “I Am The Resurrection”, mas o baterista Reni se recusou, não voltou para o palco e foi direto para o hotel, já rumando para a Inglaterra.

Assim que deixou o palco, Ian xingou Reni de “cunt” e falou que ele “quis ir para casa”. O show terminou ali.

O assunto já é um dos mais comentados na Inglaterra. “Reni” e “Heaton Park”, o parque de Manchester onde acontecerão (?) os principais shows da turnê do Stone Roses, estão nos Trending Topics locais.

Mais informações a qualquer momento.


I am the resurrection: A volta do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Especial para a Popload, o brother Diego Maia, gênio das mídias sociais e jornalista do site MSN, narra suas impressões do show da banda inglesa Stone Roses em Barcelona, Espanha. Mitológica banda de Manchester da virada dos 80 para os 90, precursora do britpop e de carreira tumultuadíssima, o Stone Roses voltou a tocar ao vivo oficialmente no último dia 23 de maio na Inglaterra. E, sobre o show, o Diego achou que…

Uns 80% do público presente no Razzmatazz era de tiozinhos britânicos com mais de 40 anos. Assim que o Stone Roses entrou no palco, esses tiozinhos, automaticamente, voltaram a ter 20, 15 anos de idade (eles pulavam como se tivessem joelhos de adolescentes).

Eu estava quase na grade e fui jogado para o meio do clube (um lugar um pouco maior que o Cine Joia em capacidade) assim que “I Wanna Be Adored” começou. Única vez em que algo assim havia acontecido comigo (sou grande, é difícil me empurrar) foi naquele famoso concerto do Franz Ferdinand no Circo Voador.

Aí, o de sempre em show com público majoritariamente britânico: gritaria, choro e abraços coletivos, mosh em músicas que eu nunca imaginei que serviriam para isso e uma garota mostrando os peitos para a banda em “Waterfall”.

Deu pra ver que os Stone Roses ensaiaram para a grande volta. A banda está em sintonia. É bem difícil desgrudar os olhos do Mani: o baixo dele está mais colorido do que nunca. “She Bangs the Drums”, um pouco mais lenta ao vivo, é show particular dele.

A voz do Ian Brown não é a mesma, mas me pergunto se alguém quer ver os Stone Roses hoje em dia para ouvi-lo. O importante e o mais bacana ali é notar que a presença de palco do cara é inspiração clara para um monte de vocalista do britpop. A marra do Liam Gallagher parece toda chupada dele.

Liam, aliás, estava lá no Razzmatazz, vendo o show da mesa de som, no fundo da pista (junto com Andy Bell). Ian apontou pra ele durante o show e isso foi o suficiente para que a casa inteira puxasse um coro de “Liam, Liam, Liam!” (no começo do show fizeram o mesmo para o Mani).

No bis – “I am the Resurrection”, versão um pouco mais longa que em disco -, colei lá para vê-lo de perto. Ele parecia tão feliz e realizado quanto as outras 1800 pessoas que transformaram o local numa sauna.

* Fotos: Diego Maia

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Enfim, a ressurreição do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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A Inglaterra amanheceu pegando fogo nesta quarta-feira, com um anúncio surpresa do Stone Roses em seu site oficial. A lendária banda de Manchester, uma das principais culpadas pelo Oasis existir (por exemplo), informou que faria seu primeiro show em mais de 15 anos na noite de hoje, na pequena cidade de Warrington. E de graça!

Apenas 1.100 sortudos seriam contemplados. Daí que milhares de pessoas seguiram para o Parr Hall, local do show, onde seriam distribuídas apenas uma pulseira por pessoa, à partir das 16h, menos de seis horas antes do início do show. Os fãs deveriam aparecer por lá vestindo camisas da banda ou com algum álbum em mãos.

A fila foi mais ou menos essa:


(Foto: @hobbsy)

* Por volta das 21h30 de lá, Ian Brown, John Squire, Mani e Reni subiram ao palco juntos pela primeira vez em quase 17 anos.

O grupo ícone do movimento Madchester – e um dos precursores do que viria a ser o importante Britpop anos mais tarde – tocou durante uma hora, sem intervalos. Foram onze canções no total (sete do primeiro álbum, duas do segundo e duas b-sides), acompanhadas atentamente por diversos jornalistas e também por Liam Gallagher, um dos fãs mais ilustres da banda.

O show surpresa funcionou como um ensaio para a extensa turnê pela Europa e Ásia que o grupo inicia no próximo dia 8 de junho, em Barcelona. No pacote estão as esperadas apresentações no Heaton Park de Manchester (três shows, 220 mil ingressos vendidos em um dia) e aparições em festivais importantes como o T in The Park, Benicàssim e V Festival britânico.

A apresentação histórica terminou com a banda se abraçando, como mostra a foto da revista Q:

* O setlist do retorno do Stone Roses.

* A Popload ainda vai falar bastante sobre este retorno da banda de Manchester.


O espírito do Clash
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Lúcio Ribeiro

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* A turnê que o guitarrista Mick Jones, um dos cabeças do fantástico The Clash, um dos grupos mais importantes da história, segue juntando amigos para correr a Inglaterra tocando as canções da mitológica ex-banda para arrecadar dinheiro para o Hillsborough Justice Campaign. Hillsborough é o nome do estádio de futebol do Sheffield Wednesday, que em 1989 sediou uma partida importante da Copa da Inglaterra, o jogo de semifinal entre Liverpool e Nottingham Forest. A partida durou seis minutos. No estádio, superlotado, começou um tumulto, correria e um esmagamento de pessoas. No final, 96 torcedores foram mortos e quase 800 ficaram feridos, vários de forma grave.

Mick Jones, para ajudar a instituição que ainda atende com caridade as vítimas ou os órfãos dessa tragédia esportiva, está reunindo amigos para tocar pelo Reino Unido as músicas do famoso grupo do punk inglês de 76-77 e além, dando o dinheiro dos ingressos para a campanha. Esse projeto chamado “Spirit of Clash” passou por Manchester no final da semana passada e reuniu John Squire e Ian Brown, do Stone Roses. Disso saiu uma palhinha exclusiva de Stone Roses (“Elizabeth My Dear”), mais Brown-Squire-Jones interpretando “Bankrobber” e “Armagideon Times”. Emocionante.

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A ressurreição do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

Banda ícone do movimento Madchester, a doideira lisérgica da cena de Manchester do final dos anos 80, o Stone Roses anunciou sua volta, exatamente 15 anos após o anúncio do fim do grupo em 1996. A última impressão que ficou deles foi bem ruim, já que a banda fez um show bastante criticado no Reading Festival daquele ano, desfalcada do guitarrista John Squire e do baterista Reni.

Uma das formações mais explosivas da história da música britânica, Ian Brown, John Squire, Mani e Reni resolveram reparar suas arestas (especialmente os dois primeiros) e a banda heroína dos irmãos Gallagher e de uma pá de gente do movimento Britpop volta para uma série de grandes shows no Reino Unido em 2012.

Se você olhar para Liam Gallagher (Oasis) ou Tim Burgess (Charlatans), vai enxergar um pouco de Ian Brown. Se reparar no jeito de Noel Gallagher tocar guitarra, vai ver ecos de John Squire. Ian Brown é o herói declarado do Arctic Monkeys e do Verve.

Bancada pela equipe que promovia as turnês gigantes em estádios de bandas como Oasis e Take That, o Stone Roses tocará inicialmente no Heaton Park, em Manchester, nos dias 29 e 30 de junho. Os 140 mil ingressos para os dois shows serão colocados à venda na próxima sexta (21) e devem esgotar rapidinho. Em seguida, a ideia é sair em turnê pelo mundo.

Existe ainda a expectativa do lançamento de um álbum de inéditas, que seria o terceiro da carreira do grupo.

Desde o fim da banda, Ian Brown fez certo sucesso em carreira solo. O dândi Mani prestou ótimos serviços para o ótimo Primal Scream, que esteve no Brasil recentemente. Já John Squire fez parte de outra banda, o Searhorses, e se dedicou também às artes plásticas. Só Reni, o baterista maluco, conseguiu se distanciar dos holofotes.


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