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Arquivo : I’m Shakin’

O rap do Jack White!!
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Lúcio Ribeiro

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* Roda os blogs americanos e ingleses desde ontem à noite o preview que soltaram da música “Blues on Two Trees”, nova canção do guitarrista blueseiro Jack White, ex-White Stripes. E todo mundo destacando que, na música, lado B do espetacular single “I’m Shaking”, lançado hoje no iTunes e “vivo” em vinil de 7 polegadas, White está ousadamente se projetando ao rap, talvez um dos poucos estilos musicais em que não fez um crossover na vida.

“I’m Shaking” é single tirado de “Blunderbuss”, disco solo de Jack White que está fácil na lista dos melhores de 2012. O álbum também ganha agora uma edição em vinil dupla e ao vivo recheada de músicas do White Stripes, chamado “Live at Third Man Records”, em vinis azul e preto. A fabriquinha de Jack White é intensa.

A linha que White manda o rap, pelo menos no preview de “Blues on Two Trees”, é assim: “Three trees lying on the side of the road/ One tree barks, ‘Where the hell do we go?’”. Cante junto com Jack White.
Sem mais.

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Esqueça o White Stripes. O disco solo do Jack White é um absurdo!!
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Lúcio Ribeiro

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* Claro, não esqueça, não. Eu estava brincando. Botei isso no título para parecer dramático…

* Mas, no meio da muvuca do Coachella, vazou nas últimas horas o disco solo do guitarrista (e pianista e…) Jack White e o foco pop agora está dividido. “Blunderbuss”, que sai na semana que vem na Inglaterra e EUA, é muito bom da primeira faixa até a última. Em seus créditos, parece, indica que ele foi inteiramente gravado e produzido por Jack White. As letras todas são dele. O álbum é lançado pela gravadora dele. Você conhece o Jack…

* A brincadeira é que em “Blunderbuss” tem ATÉ os rasgos estridentes da guitarra punk-blues suja de mister White, mas não só. Tem Jack no piano, Jack cantando como nunca, Jack pop, Jack country, Jack indie, Jack anos 70 rock é rock mesmo. O disco é completo e as canções, muito boas.

* Você não viu nada se só escutou até agora os singles, “Love Interruption” (juro, a “pior” do disco, para dar uma idéia) e “Sixteen Saltines”. “Blunderbuss” já começa grande com “Missing Pieces”, que tem Jack em várias vozes e um piano dando o ritmo da música que é de matar. E, claro, a guitarra de Jack. A música tem fases, tem letra forte. Uma delícia. Vem “Sixteen Saltines” e o álbum já começa a mostrar as faixas da categoria “absurdo”, principalmente com a terceira, “Freedom is 21”, a do single do balão.
“Freedom is 21” é cheio de eco e começa marcada pela bateria, daí entra a guitarra com a marca que vai atravessar a música para Jack White brilhar em volta. Estamos em Nashville. Pelo que eu entendi, tem um duelo de guitarra com o órgão no meio que dá vontade de organizar uma festa em algum lugar só para tocar essa música na pista bem alto.

* A partir daí, e depois de “Love Interruption”, disco vai e vem para todos os lados da música, cada hora elegendo um “personagem principal”: o piano, a voz de White, a guitarra… Neste balaio roqueiro tão moderno quanto regressivo, minhas favoritas são as espetaculares “Weep Themselves to Sleep” (essa tem um quê de ópera!) e “I’m Shakin'” (e essa, bluseira, podia ser do White Stripes, se a Meg fosse uma baterista de verdade). Sobre a linda “Hip (Eponymous) Poor Boy”, você começa a entender um dos caminhos de “Blunderbuss”. Jack White se aproxima de um lado rock-ópera teatral tipo Queen. Isso explica “Weep Themselves to Sleep” também, a que eu citei antes.

* Jack, que começou no novo rock como um guitarrista singular, agora pode ser chamado de um músico plural.

* Não vou falar de outras faixas “Blunderbuss” agora, senão vocês vão achar que é meu disco do ano. E, olha, vou dizer que…

************ Ouça as ótimas “Freedom Is 21” e “I’m Shakin'”

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Jack White em foto de março agora, fazendo um show “pop-up” de duas músicas em frente ao ônibus de sua gravadora, a Third Man Records, numa hora qualquer no último South by Southwest, no Texas

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