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Arquivo : kahlil joseph

O genial Flying Lotus, a coxinha brasileira e o prêmio especial em Sundance
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Lúcio Ribeiro

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* A história é assim:

Flying Lotus (ou, Steven Ellison, acima), produtor bombado americano, rapper e amigão que o Thom Yorke superadmira, passou pelo famoso festival de cinema independente de Sundance na última semana e nem foi para agitar umas de suas famosas festinhas cheias de convidados celebs e muita música boa.

“Until The Quiet Comes”, último trabalho do músico, lançado no ano passado e com participação do já citado Yorke, é uma obra-prima do hip-hop-jazz-eletrônico. Uma viagem psicodélica com bateria afro, sintetizadores, vocais distorcidos e climão viajante. Pois bem…

O álbum acabou ganhando um vídeo incrível, com o mesmo nome, e que traz trechos de três músicas: “See Thru to U”, “Getting There” e “Hunger”. O vídeo mostra uma vizinhança de Los Angeles. Começa com uma cena linda e trágica ao mesmo tempo: um menino sendo baleado em uma piscina/pista de skate. Segue com um outro homem baleado, em uma coreografia agonizante.


*foto de Pablo Saborido para a revista “Serafina”, da Folha

É um curta-metragem, na verdade, dirigido pelo (até semana passada) recluso e misterioso diretor Kahlil Joseph. Até semana passada, porque o vídeo acabou levando, merecidamente, o prêmio especial do júri no Festival Sundance 2013. Misterioso porque ao jogar o nome dele no Google, tudo o que você vai encontrar é um ator indiano, homônimo. E recluso porque, secretamente, o diretor adorava ler as matérias sobre ele usando fotos e até dados do xará indiano, recusando-se a posar para fotos só para não estragar a sua diversão.

Em entrevista à amiga Katia Lessa, para a Serafina, que circulou domingo, Kahlil não só topou acabar com o mistério posando para a foto acima como revelou ter raízes brasileiras.

Com uma avó brazuca, o diretor, que é americano e não indiano vamos deixar claro, acabou fazendo um intercâmbio no país aos 17 anos. Daqui, levou a lembrança da coxinha e das videolocadoras, onde passou a maior parte do seu tempo, já que não se virou muito bem com o português. Parece besteira, mas foi daí que surgiu a paixão pelo cinema até chegar no sensacional vídeo abaixo. Segundo a matéria, que você pode ler na íntegra aqui e com detalhes que não saíram na revista aqui, Kahlil aproveitou sua passagem pela cidade para visitar locações de uma “produção secreta” que filmará por aqui.

p.s.: nesta viagem, Khalil Joseph pirou no som do DJ Tamenpi e nos skatistas da Praça Roosevelt e levou para casa discos do Racionais e do Tim Maia.

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