Blog POPLOAD

Arquivo : los angeles

Popload nos EUA. Os Beatles nos EUA. E o que você vê, ouve e sente em “Her”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload quando em Los Angeles. A caminho da Austrália.

200114_toys

* Que dia é hoje, haha! Melhor: que horas são?
A Popload já se encontra em Melbourne, cidade australiana que é uma espécie de São Paulo que deu certo. Ou mais certo. Ou menos errado.

O rolezinho ozzie do blog está sendo à convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

A viagem na verdade começou, ou teve um pit-stop de um dia, sexta-feira em Los Angeles, a terra dos sonhos, do “Californication”, das irmãs Haim. E nos EUA teve o seguinte:

The Beatles US Box Set

Há uma forte Beatlemania no ares americanos. Por causa das comemorações de 50 anos da invasão dos Beatles nos EUA. A maior banda de rock de todos os tempos, na época a maior da Inglaterra, chegou em um vôo da Pan Am no aeroporto em Nova York no dia 7 de fevereiro de 1964, algumas semanas depois do assassinato do presidente americano John F. Kennedy, com os EUA em profundo luto e assustado. Cerca de 4 mil pessoas “apenas” estavam no aeroporto esperando a banda. E 200 jornalistas. Dois dias depois eles tocariam ao vivo na TV americana, no “Ed Sullivan Show”, para uma audiência de 73 milhões de pessoas. E a história do rock sofreu forte abalo a partir disso.

As bancas de jornais e revistas têm Beatles por todos os lados. Tirando duas “Rolling Stone” e “Billboard”, até a “Life” publicou um especial “Paul”. O iTunes lança nesta terça o download de 13 discos dos Beatles que só saíram nos EUA, que vai do “Meet The Beatles!”, de 1964, ao “Hey Jude”, 1970. Esses álbums saem fisicamente numa caixa em vinil, também. Talvez eu a pegue, na volta da Austrália, em nova paradinha californiana, se tiver em vinil.

The Beatles US Albums Cover Artwork

Esta nova beatlemania terá ponto alto, ao que tudo indica, na festa de premiação do quaquá Grammy, que acontece exatamente no dia 9/2, com uma prometida homenagem aos 4 de Liverpool desbravando a América. Estão programadas coisas do tipo reunião dos vivos Paul McCartney e Ringo Starr e a volta do Eurythmics para exatamente tocar Beatles.

* HER – Arcade Fire bombando alto nas telas. Consegui ver num cinema de LA o filme “Her”, ficção-científica romântica ou algo do tipo do imaginativo Spike Jonze em que um escritor de cartas de amor, ele próprio um desgraçado no amor, se apaixona pela voz de um sistema operacional de um telefone celular. O ótimo Joaquim Phoenix é o cara, Scarlett Johansson empresta a voz à “secretária eletrônica do futuro”, numa Los Angeles não muito distante. A banda canadense fez a trilha sonora, que ainda tem momentos de Karen O., Breeders etc.
“Her” é um desses tocantes tratados de solidão assustadora que trouxeram grandes filmes aos cinemas nos últimos tempos, tipo “Gravidade” e “Azul É a Cor Mais Quente”, para ficar em dois casos.
É com “Azul” que, dentro deste tema, “Her” (ou “Ela”, como vai chamar no Brasil quando estrear em 14 de fevereiro) combina mais. Porque conta aquela velha historinha de amor que sempre existiu, do encontro do zero, do “getting to know you” deliciosamente crescendo e da separação sempre dolorosa.

200114_her

Mas Spike Jonze reconstrói a batida love story num futuro nada batido. As pessoas, ontem, hoje ou em 2094, vão estar sempre à procura do amor em qualquer forma dada, seja homem-mulher, dois homens, duas mulheres, homem-celular, homem-computador. O modo de contar essa história é que pode fazer a diferença, como Jonze fez nesse caso específico.
Um filme com Joaquim Phoenix fazendo cara de tadinho, Scarlett Johanson aparecendo de algum jeito, mesmo quando não está aparecendo de fato, e atrizes coadjuvantes como Rooney Mara, Amy Adams e Olivia Wilde turbinando a trama dificilmente daria um filme ruim. Com uma trilha dessas então, vira imperdível.
“Her” tem uma cena de sexo tão perturbadoramente “explícita” quanto o “Azul” francês. Porque a conexão também é perfeita. No caso do filme do Spike Jonze, a conexão referida é tipo 4G. Apenas. E ainda assim…

Ouça “Off You”, das Breeders, que está na trilha de “Her” e pode machucar os mais sensíveis, quando tocada no filme.

* Deve ter alguma explicação que eu não sei, mas uma música da bandinha indie algo hippie e californiana Grouplove está num spinning doido em três rádios rock de Los Angeles, pelo que eu notei ouvindo essas emissoras no carro que eu aluguei na cidade. Tipo tocando sem parar. Com aquela “Ways to Go”, primeiro single do segundo disco deles, de setembro do ano passado, que ganhou uma certa fama indie no meio do ano passado quando vieram com o vídeo de um ditadorzinho oriental como tema, tipo o da Coreia do Norte.
Mas agora em 2014 “Ways to Go” está “pegando” forte, mais do que quando foi lançada no ano passado. Deve estar em alguma propaganda de TV, sei lá. A música é assim:

Ainda hoje, ou amanhã cedo, voltamos com mais posts da viagem, fora os da “programação normal”.

>>


Father John Misty ao sol da Califórnia
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Ainda sobre o FYF, festival indie pequeno rumo ao indie gigante que acontece anualmente em Los Angeles, na Califórnia, resgatei das minhas gravações outra performance do incrível Father John Misty, showzão no sol ardente, meio da tarde, cantoria folk-indie com personalidade própria que fez de seu primeiro disco, “Fear Fun” (Sub Pop, lançado em maio), ser um dos melhores do ano, fácil fácil.

No vídeo, Misty canta “Only Son of the Ladies’ Man”, indescritível na beleza da canção em si e no coração com que o cantor entrega à música.

A Popload esteve no Fuck Yeah Festival agora no comecinho de setembro, dias 1º e 2. Foi à convite da marca brasileira Chilli Beans, uma das patrocinadoras do evento americano, friso as nacionalidades para você ter mais um exemplo do status quo da economia mundial.

Sobre Father John Misty, você já leu bastante por aqui. Sobre o FYF também. Então resta você ver essa belezura de música, ao vivo, no sol da Califórnia, abaixo.

>>


Mais FYF, o festival Fuck Yeah. Teve Twin Shadow, Chromatics, M83, Refused, James Blake…
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Lost Angels.

Ainda o Fuck Yeah Festival, motivo principal de a Popload atravessar a Amazônia, a Guatemala, o México e cair em Los Angeles para ver o maior evento pequeno de música independente, que aconteceu no último final de semana em Downtown LA, num parque feinho entre os mexicanos e os chineses. Que ficou lindão com o festival.

Separei mais uns vídeos fofuras para mostrar um pouco do festival. Tem o da apresentação do estilosíssimo Twin Shadow. O explosivo Refused. Vaselines tocando para o Kurt Cobain. O delicioso italo-disco-drama do Chromatics, o arraso James Blake. Enfim, dá uma olhada nos samples aí embaixo.

* Você vai ter que aguentar. Devo ainda fazer mais um post do FYF, haha.

***
* A Popload está em Los Angeles a convite da marca de óculos Chilli Beans, que patrocinou a edição deste ano do FYF (Fuck Yeah Festival), o maior festival pequeno do planeta, em Downtown, no final de semana que passou.


A loira Cat Power e o autógrafo para a Popload
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Los Angeles.

* “Você me é familiar”, disse a cantora e guitarrista Cat Power, em uma nova versão loira, quando me aproximei dela para catar um autógrafo em seu CD novo, “Sun”, lançado ontem nos EUA. Chan Marshall apareceu de look novo na gigantesca Amoeba Records, em Hollywood, no dia do lançamento de seu primeiro álbum de inéditas em seis anos.

((O CD autografado de Cat Power, este aí em cima, está automaticamente disponível para sorteio aqui na Popload, entre os que se candidatarem aí nos comentários.))

“Deve ser porque te entrevistei uma vez, há bastante tempo. Você tem uma memória muito boa…”, respondi.
“Dificilmente eu esqueço um rosto. Você é de onde? Do Brasil? Definitivamente quero tocar lá, o mais breve possível. Me ajuda?”, mandou ela, meio brincando.
“Olha, conheço uma casa de shows em que você ficaria bem tocando lá…”, falei, sem levar o papo adiante, haha.

Chan Marshall, ainda a gata poderosa, começa a turnê do disco novo em outubro. Vai que ela ainda consegue aparecer no Brasil, mesmo, ainda neste ano. Vai que…
Ontem ela ainda soltou um teaser de seu vídeo novo, o do segundo single, “Cherokee”, onde mostra o cabelo loiro pela primeira vez. Mostrou no vídeo e postou uma foto no Instagram e no Twitter, com a loirice. O (mini-mini)teaser, dirigido pela própria Chan, você vê abaixo:

>>


Ainda o FYF. Teve o Paul Banks, o Sleigh Bells, o “nosso” Dinosaur Jr…
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload na Califórnia.

* O Fuck Yeah Festival, evento indie-indie que no último final de semana atraiu umas 50 mil pessoas para um park podreira em uma região fronteira entre chineses roots e mexicanos zoados em Downtown Los Angeles, definitivamente “subiu de divisão”. Atraindo olhares gulosos de patrocinadores como a Goldenvoice, que faz o Coachella, e grande atenção da mídia mainstream californiana (até o “Guardian” inglês estava aqui), o FYF pretende ser ainda maior no ano que vem, quando completa dez anos. O FYF 10, festival inventado por Sean Carlson quando tinha 18 anos e queria arrumar algum trabalho para sair da casa dos pais, ganhou uma manchete bem observada na capa de cultura do “Los Angeles Times”: “Magnetic Field”. O jornal nacional americano disse que o FYF “showcased a narrow-cast roster of a young but maturing underground music scene struggling to perfect the art of performance in the YouTube age”. Tá?
Terminou falando, mais ou menos, que se você procura um festival que promova feliz o underground punk, a electronic dance music, o pós-punk, o pós-disco, techno, rock eletrônico e todas as combinações que podem sair disso, o endereço é o FYF.

***

Alexis, do Sleigh Bells, em momento turbilhão sonoro no FYF, no final de semana em Los Angeles. Ela é a “Sexi Lexi”, haha

***

* A gente durante esta semana vai soltar alguns vídeos das atrações que ocuparam o sábado e o domingo da música angelina. Tipo esses abaixo:

* O Paul Banks, do Interpol, “terror” das menininhas indies, mostrou várias canções de seu novo disco solo, “Banks”, que sai em outubro. Banda boa, voz boa, todo o gás, Banks em nova fase está demais. Essa “Over My Shoulder” é uma belezura.

* Galera pega no pé da adorável Lana Del Rey, tadinha, mas quem eu acho “meio fake” no indie é o Sleigh Bells. Eu e o Hipster Runoff, hehe. O grupo da “Sexi Lexi”, como o site indie americano se refere zoando à cantora explosão Alexis Krauss, tem sim músicas boas e faz um show power. Mas algo em algum lugar não cheira bem, haha. Mas eu curto a Sexi Lexi.

* Nunca tinha visto ao vivo o Future Islands, banda indie psicodélica bizarra de Chicago (acho). E eu estava até passando entre palcos indo ver outra coisa, bem na hora em que eles estavam se apresentando, quando vi uma certa comoção na plateia e resolvi ficar para ver os caras. Que viagem. Que ser bizarro esse Sam Herring, o vocalista. O Future Islands fez um belo final e hipnótico final de tarde no primeiro dia do FYF. Alguém juntou “highlights” da performance da banda (e de Herring em particular) em um vídeo de cinco minutos. Dá para sentir a vibe exata do show do Future islands.

* O sempre maravilhoso Dinosaur Jr, veterana banda de J.Mascis que está armando shows no Brasil agora em novembro (shhhh!), fez lindo show barulhento, para variar. Aqui, “momento mágico”, a banda tocando “Just Like Heaven”, cover do Cure quase mais famosa na versão noise do Dinosaur Jr.

* A gente volta depois com mais destaques do fim de semana do FYF.

* A Popload está em Los Angeles a convite da Chilli Beans, patrocinadora do FYF (Fuck Yeah Festival), o maior festival pequeno do planeta.

>>


Popload em Los Angeles. O incrível Fuck Yeah Festival e a paixão por dois homens
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* “Foda-se o Coachella. Quem precisa ir até o meio do deserto quando dá para tocar num lugar desse aqui e dentro de Los Angeles”, disse o figuraça Father John Misty, nome fantasia de Joshua Tillman, antes de seu show no Fuck Yeah Festival (FYF), ontem, aqui na principal cidade da Califórnia.

Misty estava obviamente zoando, até porque o sol que ardia na cara dele (e no cocuruto da galera) quando ia fazer sua apresentação era digno do deserto onde acontece o megafestival citado. “Alguém sabe que horas é o show do Radiohead? É hoje que o Foo Fighters toca?”, continuou trolando o roqueiro, falando abóboras pré-show enquanto um trem do metrô passava ao lado do palco onde ele estava.

Mas tinha umas verdades embutidas no que Tillman tava falando. Num parque zoado nos “fundos” de Los Angeles, colado na região de Downtown onde quase ninguém vai, foi erguido o FYF, o festival organizado por um moleque que tem sido destaque há alguns dias na Popload. Você sabe a história.

Com as bandas principais sendo nomes como M83, Refused e The Faint, dá para ver o “caráter indie do indie” do FYF. O que não impediu de 30 mil pessoas/dia ocuparem o Historic Park, região disputada em dias normais por chineses e mexicanos. O que não impediu a Goldenvoice, a organizadora do gigantesco Coachella, de se juntar à organização do FYF. Como diz Father John Misty, quem precisa ir no meio do deserto quando tem sol forte e música indie das boas no meio de Los Angeles?

** OS SHOWS – Do punk no sol escaldante ao eletrônico viajante no frescor da noite, aconteceram muitos shows e DJ sets bons no FYF. O menino Paul Banks, do Interpol, vai surpreender muita gente com sua “nova banda” e um punhado de canções “rock” ainda darks, mas sem a execução dark de seu grupo famoso. Deu para entender? Banks quaaaaaaaase iria tocar em setembro no Brasil. Mas os planos dele foram mudados.
Voltando ao FYF, o Twin Shadow, no pouco que deu para eu ver ontem (umas cinco músicas), foi incrível.
Paguei uma dívida com o maravilhoso produtor eletrônico Nicolas Jarr. No Sónar, em Barcelona, deixei de ver a estreia do seu badalado live “diferente”, com um guitarrista e um saxofonista, para colar na apresentação da boneca Lana Del Rey. No FYF, o Jarr foi legal e tal. Mas senti que fiz a escolha certa ao optar pela Lana na Espanha.
O Tainlines, que tocou recentemente no Creators Project em São Paulo, outro que eu perdi por “força maior” na minha cidade, “doença na família” e coisa e tal, também paguei a mesma dívida. Agora sim. Esse foi maravilhoso. Temos um novo Cut Copy.
M83 fez, para o maior público do festival todo, no sábado, o que dele se espera: electropop para sonhar. Climão. Amei o show do Wild Nothing. Adoro me surpreender com bandas pequenas. Perdi o Beirut dessa vez. O Simian Mobile Disco e sua festança electro iluminada, vi uma parte e tava incrível. Glass Candy e Chromatics são apresentações indie-disco fofuras. Gostaria de tê-los na Popload Gig em breve (alô, produção!).

>>> Teve ainda os dois melhores shows do festival (na minha humilde opinião, claro). Não sou gay nem nada nessa linha, mas no FYF caí de amores por dois caras, em especial.

– Fucked Up – Não foi a primeira vez que vi a banda punk hardcore doida canadense ao vivo. Já tinha me alegrado muito com a tosquice juvenil deles em um desses Sxsw. Mas, na ocasião do festival do Texas, acho que de 2010, prestando mais atenção na forma que no conteúdo, não tinha percebido como as músicas do grupo são boas. Principalmente ao vivo. E eles não tinham ainda esse “David Comes to Life”, disco lançado no meio do ano passado, que eu adoro. A banda ao vivo se porta da seguinte maneira: o gordão careca vocalista, o gênio Damian Abraham, canta fora do palco, ali pendurado na cerca junto à galera. Nunca no palco, veja bem. Para vê-lo, você tem que chegar bem à frente. Ou olhar o telão, quando tem. No palco, na retaguarda de Abraham, fica uma galera incrível, bem boa e nova, formada por uma molecada integrante com nomes do tipo Concentration Camp, 10,000 Marbles etc. E uma baixista e backing vocal (às vezes) chamada Mustard Gas. Entre outros. Reparei em todos tocando. Todos bem bons. Mas Abraham brilha. A molecada, óbvio, pira com o som indie hardcore do Fucked Up e quer ir para perto do vocalista gordão, sem camisa, suado e peludo. Fazem o crowdsurf básico para chegar a Abraham, que os recebe com um abraço feliz e sincero. De tal modo que a galera não quer desgrudar do vocalista. E muitas vezes ele entrega o microfone para o público cantar junto com ele. Ali não tem “instinto hardcore” envolvido. Os abraços entre Abraham e seu público é de uma fofura sem tamanho. Isso porque, ali no palco, o coro sonoro está comendo no hardcore rápido e feroz. Demais.

– Father John Misty – Um dos melhores shows que eu vi num ano até bem movimentado de shows vistos. Como sempre a gente acha que o último é sempre o melhor, porque o entusiasmo atual ofusca um pouco os da memória, voto em Father John Misty. Aqui a pegada é rock-canção, tipo country, tipo folk. Bendita hora em que Joshua Tillman largou a bateria do Fleet Foxes para virar guitarrista e cantor sob essa nova alcunha. Como o Dave Grohl com o Nirvana, haha. Deixou de ser indie-hippie cabeludo e barbudo (faltava a bermuda) e virou “elegante”, na linha Chris IsaaK. Cool. O trabalho solo de Tillman não é novo, mas agora, com nova assinatura, parece que “firmou”. Father John Misty é figuraça no palco, dança meio que quebrando a espinha, como se estivesse sozinho no quarto e não diante de uma plateia. É contador de histórias nas músicas e em shows, daqueles que você não quer parar de ouvir nunca. Sua voz é incrível. As músicas, do excelente álbum “Fear Fun”, a estreia do FJM, lançado em junho, ficam ainda mais espetaculares ao vivo. Mais pesadas, mais altas no volume, com mais alma. Emocionantes. Mesmo no sol matador, com metrô passando ao fundo de cinco em cinco minutos. Talvez ainda mais por causa dessa situação toda. Repara no Misty, no vídeo. Sua banda hippie-nerd é absurda.

* A Popload está em Los Angeles a convite da Chilli Beans, patrocinadora do FYF (Fuck Yeah Festival), o maior festival pequeno do planeta.

>>


Popload em LA. O Fuck Yeah Festival vai começar, para devolver o indie ao indie
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload na Califórnia.

* Já que os megahiperblaster festivais tipo Coachella e Lollapalooza tomaram o indie dos indies e o transformaram em mainstream, vem um moleque para devolver a música independente a um festival independente. Acontece hoje e amanhã em Los Angeles o delicioso Fuck Yeah Festival, festival de nome apropriado para abrigar 70 bandas do punk ao eletrônico em um parque no meio do centrão de Los Angeles, a região “feia” de Downtown. Imagine o centrão de São Paulo. Pense agora nessa área a caminho da restauração, ganhando ares cool de novo, novos restaurantes e clubinhos, reformas em parques e ruas. Enfim, a revitalização de lugares históricos.
Pois, do lado contribuidor indie hypster, o FYF Festival está fazendo sua parte.

O local do show é perto da prefeitura de Los Angeles, no Los Angeles Historical Park, colado já na famosa região de Chinatown. Ali, cerca de 30 mil pessoas por dia estão sendo esperadas para ver a partir de daqui a pouco a 9ª edição do evento, criado por Sean Carlson quando ele tinha 18 anos.

De edição em edição, o festival cresceu absurdamente, em tamanho, número de bandas, patrocinadores. A Goldenvoice, que organiza o Coachella entre muitos eventos musicais nos EUA, já se aproximou do FYF, para dar uma idéia. Uma ainda mais robusta e impactante edição está sendo prometida para 2013, quando o festival completa 10 anos.

Do dream pop do M83, do punk sueco do Refused, o folk delicinha do Beirut até a bombástica eletroferveção do Simian Mobile Disco, passando por gostosuras como Glass Candy (foto acima), Father John Misty, Paul Banks, The Faint, Future Islands, Warpaint, Chromatics, Chairlift, Tainlines, Twin Shadow, Liars, Yeasayer, Fucked Up, Health e, ufa, Dinosaur Jr e Vaselines, entre muitos outros, o Fuck Yeah Festival 2012 vai ter destaque aqui na Popload.

Os destaques de hoje do FYF são:

A Popload está em Los Angeles a convite da marca de óculos brasileira Chilli Beans, uma das patrocinadoras master do FYF Festival. Eles me perguntaram se eu queria vir para o festival e eu respondi: “Fuck Yeah”.

>>


Fuck Yeah!! Popload sorteia ingressos para festival… em Los Angeles
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Se nada der errado, a Popload se manda para Los Angeles, Califórnia, nesta semana. No sábado e no domingo próximos acontece o delicioso Fuck Yeah Festival (FYF), evento de “pequenas” bandas que tomará o LA State Historic Park, na região de Downtown, no fim de semana.

A lista das bandas que se apresentarão é linda: o festival tem como headliners as bandas M83, Beirut e Refused. James Blake, Sleigh Bells, Simian Mobile Disco, Twin Shadow, Paul Banks, Liars, Warpaint, Yeasayer estão na lista. Os veteranos Dinosaur Jr. e Vaselines também. O Fucked Up está escalado!!!!! Chairlift, DJ Harvey, Dam Funk e Cloud Nothings estão nessa. Minhas paixões Father John Misty e Chromatics também. O line-up completo está aí embaixo, no pôster.

Afoga nos números. O FYF foi fundado há oito anos por um moleque de 18. Hoje, o dono da parada toda tem 26. E comanda mais de 70 bandas em seu próprio festival. Os ingressos para o festival são vendidos em 22 lojas cool de discos de LA, incluindo a gigante Amoeba.
E eu achando que o Popload Gig… haha.

Zach Condon, o Beirute, acima, e a banda indie-italo-disco Chromatics estão nesta edição do FYF, festival de Los Angeles que acontece sábado e domingo colado em Chinatown

Uma das patrocinadoras master do FYF é a marca brasileira de óculos Chilli Beans, que está convidando a Popload para o festival. A Chilli Beans inaugurou duas lojas recentemente na Califórnia e está se aproximando da galera. Entre outros patrocinadores do festival do menino é apenas o “LA Weekly” e a Goldenvoice, que organiza o Coachella.

Agora o engraçado. A Popload vai sortear UM PAR de ingressos para o FYF, no fim de semana, em Los Angeles. Claro que vai ser apenas para a meia-dúzia de leitores brasileiros que mora na região, pelo menos dentre os que eu conheço. Ou para alguém que por acaso esteja indo ou esteja em LA no sábado e no domingo. Ganha um par de óculos, ainda por cima. Alguém se candidata? Só me avisar nos comentários.

>>


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>