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Futebol é pop. O dia em que Noel Gallagher chorou
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Lúcio Ribeiro

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Sempre falo por aqui que futebol é pop. É marca registrada dos brasileiros. Mas também é muito marca registrada dos ingleses, onde a relação futebol-música é bem mais próxima. Uma das páginas mais épicas da história deste esporte que a gente tanto ama foi escrita pelo emergente Manchester City, que conquistou o título nacional após mais de quatro décadas na temporada passada.

Como se não bastasse o sofrimento pelo jejum enorme, a conquista veio em partida inesquecível e inacreditável contra o pequeno Queens Park Rangers, nos últimos cinco minutos do jogo. O City perdia por 2 a 1, em casa, e ainda achou dois gols para a virada, único resultado que lhe garantiria a glória.

Antes disso, o Manchester City – hoje novo rico do futebol mundial – era conhecido basicamente por ser o primo pobre de Manchester (terra do poderoso United) e por ser o time de coração dos irmãos Liam e Noel Gallagher, do finado Oasis, talvez único motivo de concordância entre os dois na vida toda.

Nesse jogo histórico contra o QPR, Liam Gallagher estava no estádio. Apareceu diversas vezes durante a transmissão. Foi para o meio da galera. Saiu do estádio bêbado. Enquanto isso, Noel estava em turnê pela América do Sul, divulgando seu primeiro disco solo, em shows que passaram pelo Brasil. Isso foi no mês de maio e, quis o destino que Noel estivesse longe do seu time do coração. Ele precisou assistir à partida num domingo de manhã em um bar de um conhecido em Santiago, no Chile, onde faria show naquele dia.

Noel chegou a contar parte da história para jornais ingleses. Disse que assistiu ao jogo angustiado, ao lado de amigos que fazem parte de sua equipe. Entre seus relatos mais curiosos, disse que “chorou feito um bebê” quando o argentino Aguero marcou o gol do título, aos 48 do segundo tempo.

Acontece que tudo isso foi registrado por um de seus melhores amigos, chamado Scully, que trabalha em sua turnê e é um dos produtores da TV oficial do Manchester City.

Noel, que lança um novo DVD no mês que vem com show na gigante O2 Arena de Londres e materiais bônus, disse que seria possível um dia o mundo todo ver ele chorando por causa de uma de suas maiores paixões: o futebol.

O site oficial do Manchester City soltou uma prévia do sofrimento do Gallagher mais velho durante a partida. Legal ver que mesmo pessoas famosas e casca grossa como ele é doente como a gente quando o assunto é futebol. Inclusive desconfio que aparecerão imagens minhas no DVD oficial do atual campeão da Copa do Brasil. Vamos ver…

* Noel é uma das atrações do iTunes Festival, que acontece o mês todo na Roundhouse, em Londres. O show dele com um coral de 30 pessoas, nesta quarta, será transmitido ao vivo.


Homenagem. Torcida do Manchester City cantando Beatles e Oasis
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Lúcio Ribeiro

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* Esta é minha para eles. Torcedores do Manchester City, time que foi campeão inglês de forma épica domingo passado, canta na divisa de torcidas com a do Manchester United, o rival, músicas de Beatles (“Hey Jude”, tradicional deles, com “City” no lugar de “Jude”) e Oasis (“Wonderwall”). O futebol é pop. Mais lá do que aqui, mas é.

“There are many things that I would like to say to you but I don’t know hoooooooooooooooooooooooow”

* Peguei aqui, este vídeo.


O dia em que Noel Gallagher chorou como um bebê
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Lúcio Ribeiro

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Sempre costumo dizer que futebol é pop. Talvez seja uma das poucas coisas que mexe com o emocional do ser humano como a música. Quem gosta do esporte praticado tanto pelo Neymar quanto pelo João Vitor, viu a história ser escrita ao vivo, ontem, durante a final da Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, considerado o campeonato nacional mais bem organizado e atrativo do mundo.

Na disputa do título, City e United, as duas equipes de Manchester. Ao United, multi-campeão, era necessário vencer sua partida contra o Sunderland fora de casa e torcer para um tropeço do City, espécie de patinho feio da cidade, há mais de 40 anos na fila, e até então conhecido especialmente por ser o time de Liam e Noel Gallagher, os irmãos encrenqueiros do Oasis. E dos caras do James. E do Badly Drawn Boy.

Os dois Gallaghers, que sempre costumam ir ao estádio acompanhar o time, viram a heróica vitória do City (com gols aos 46 e 49 do segundo tempo, em virada espetacular sobre o Queens Park Rangers – 3 a 2) bem longe um do outro. Enquanto Liam estava no estádio e era constantemente flagrado pelas câmeras durante a transmissão da partida, Noel Gallagher finalizava sua turnê aqui pela América do Sul, no Chile.

Esta mesma turnê que passou pelo Brasil recentemente. A que me levou a entrevistar o músico para a Folha. Num momento em que o City deixava o United escapar na liderança, semanas atrás. E que me levou a fazer, no começo da entrevista, a pergunta: “Já era para o City?”. Noel respondeu: “Nem me fale. O United já levou este. Agora, para nós, quem sabe no próximo ano”. Ele realmente estava abatido, mudou o tom de voz na entrevista, estava sendo sincero.

Semanas depois da entrevista, já no Brasil para os shows, em entrevista coletiva em São Paulo, Noel já esperava que o maior momento futebolístico da sua vida aconteceria com ele longe. “Amo a América do Sul, mas é irritante saber que sairei daqui apenas um dia depois da final do campeonato. Se eu soubesse que para o City ser campeão bastaria acabar com o Oasis, já teria feito isso há 15 anos”, declarou.

Dito e feito. Enquanto o City escrevia uma página incrível na história do futebol em Manchester, Noel estava assistindo o jogo em um bar em Santiago, no Chile. “Pouco antes de Dzeko fazer o segundo gol, eu pensei: tem que ser agora. Depois o que se viu foi uma sucessão de palavrões. Após o gol de Aguero, um amigo meu tentou tirar a TV da parede. Juro que chorei feito uma criança. Foi incrível”, confessou o casca grossa Noel, como você pode conferir em viva voz.

Bem longe dali, em Manchester, Liam acompanhou o jogo em seu camarote. Jogou champagne nos fotógrafos, festejou com os “torcedores comuns”, tietou os jogadores, foi para o twitter zoar o técnico do United e afins.

Agora só falta eles cumprirem a promessa e fazer o Oasis retornar para o “Show do Título”.

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Liam Gallagher faz bagunça na Inglaterra. E nem era o show da volta do Oasis
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Lúcio Ribeiro

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Bem no dia que Noel Gallagher está em São Paulo, onde se apresenta amanhã no Espaço das Américas, a gente vem e fala do… Liam. Ontem, o líder do Beady Eye, ex-vocalista do Oasis, foi assunto recorrente nos blogs, sites e redes sociais mundo afora. E olha que ele nem lançou música nova. Mas, sim, para variar, porque armou confusão.

A Inglaterra parou na tarde/noite de segunda-feira para assistir o derby de Manchester entre o City (time dos Gallagher) e o United (time de metade da Inglaterra). Considerado o jogo “mais importante da história”, porque o City raramente briga pelo título, o clássico de Manchester tinha as duas equipes separadas por apenas três pontos. À frente, o United defendia a liderança. Ao City, restava vencer o rival para empatar no número de pontos e ultrapassá-lo no saldo de gols, faltando apenas duas rodadas para o término do campeonato. Até Diego Armando Maradona foi ao estádio do City espiar a partida.

E, lógico, lá estava Liam Gallagher, que é figurinha carimbada nos jogos da equipe. Após um jogo muito disputado e vencido pelo City, Liam foi protagonista. Logo ao final da partida, as câmeras de TV não pararam de mostrar o Gallagher. Ora cantando “Hey Jude” no camarote, ora fazendo pose para fotos enquanto rolava no sistema de som o principal hit de sua finada banda, “Wonderwall”.

Como se não bastasse, Liam invadiu a sala de imprensa onde só jogadores e técnicos dão entrevista. Chegou lá, zoou o técnico rival Alex Ferguson – “Parece que ele tomou muito whisky”, disse – zoou o zagueiro Kompany, o herói da vitória por 1 a 0, autor do gol, falou que o técnico do City (Roberto Mancini) é quase tão legal quanto ele (Liam).

Aí saiu. Depois, postou no Twitter uma foto ao lado de Maradona, figura emblemática para os ingleses principalmente por causa do polêmico gol de mão na final da Copa de 86, que ficou conhecido como “a mão de Deus”. Liam, para não deixar passar batido, colocou a foto no ar com a legenda: “Maradona aperta a mão de Deus”. Haha. Gênio esse Liam, não?

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Popload on Sunday – Notícias pop direto da nova era do gelo britânica
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Glasgow, Escócia.

* Escape rápido da neve de Londres direto para a terra mundialmente conhecida pelo… Jesus & Mary Chain. Aqui nem está nevando. Parece verão. Vi o jogo do Glasgow Rangers hoje com a aprazível temperatura de 1 grau NEGATIVO. Tranquilo…

* O reino aqui está mais ou menos assim:

* Ontem, o jogo do Manchester City foi jogado debaixo de neve. Aí, o espetacular diário “The Sun” foi e deu a manchete de esporte: “Artic MANCies”. Gênios.

* Eu estou falando que o belga-australiano Gotye virou praga, com a linda música quase-cafona “Somebody That i Used to Know”, um desencontro amoroso indie, espécie de Jane & Herondi (para quem lembra) do rock atual. A música tem a participação da cantora neo-zelandesa Kimbra, outra que está estourando por si só. O single na semana retrasada entrou em louváveis sexto lugar na parada de download do iTunes britânico. Eu ouvi a música em lojinha do aeroporto, quando cheguei aqui. Agora vai virar esta semana no SEGUNDO lugar do single chart do iTunes. Gotye vai tocar no Sxsw e Coachella deste ano. Está no Top 40 da “Billboard” americana. No Brasil, na última sexta-feira, a gravadora Universal disparou para jornalistas o email “Gotye, a sensação mundial”, avisando que vai lançar o disco dele, “Making Mirrors” (o terceiro) em… março. Mas avisa que o disco já está virtualmente disponível nos “parceiros digitais”. Confira Gotye e Kimbra fazendo ao vivo a dobradinha da dor de cotovelo no programa do americano Jimmy Kimmel, de três dias atrás.

* Muita conversa na Inglaterra em torno da rede gigante de spuermercados Morrisons, que na parte infantil está vendendo um macacão para bebês com uma daquelas frases engraçadas. Mas a roupinha em questão tem a estampada a frase “HELP. I’m being kidnapped. These are NOT my parents”. Sério. Tem ainda na versão com letras tipo capa do Sex Pistols: “Help, I’m being kidnapped and I can’t talk!”. Haha. Quer dizer…

* Este eu vou ver sexta-feira que vem, acho. Estreia nos cinemas do Reino Unido nesta semana o filme “The Woman in Black”, que estão dizendo ser o melhor e mais apavorante filme de terror desde “O Exorcista”. Exagero inglês ou não, o jornalzaço “The Observer”, de hoje, veio com um especial de oito páginas em papel especial só para o filme. É de fazer o seriado “American Horror Story” parecer conto-de-fada. O melhor é o ator de “The Woman in Black”. O harrypotter Daniel Radcliffe, o primeiro filme pós-Potter dele. Os metrôs londrinos estão cheio de cartazes do filme. E aquelas recomendações dos críticos são as recomendações dos críticos que vêm no topo do pôster: “Não assista este filme sozinho”; “Mesmo depois de o filme acabar, vai demorar para você parar de tremer”. Nice.

* Ontem, aqui em Glasgow, fui ver ao vivo o show da banda nova americana Howler, de Minneapolis, da qual eu tanto falo. Foi a-bs-u-rd-o. Em um dos próximos posts eu conto e mostro como foi. A apresentação foi no King Tut’s. Sabe qual? Deixo só uma foto aqui, por enquanto.


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