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Popload em Nova York
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Lúcio Ribeiro

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* Don’t sleep till Brooklyn.

* Juro que eu não fugi do Brasil para escapar da festa corinthiana durante esta semaninha “cheia”. Não SÓ por isso, digamos.

* Popload se mandou para os EUA na missão de conferir de perto, sob as águas, a primeira edição do Coachella Cruise, o S.S. Coachella, uma versão do festival do deserto da california desta vez em cima de um navio que dará um rolê musical pelas Bahamas, partindo de Miami. Sobre o cruzeiro do Coachella, que acontece no próximo fim de semana e terá Pulp, Hot Chip, James Murphy, Simian Mobile Disco, Sleigh Bells, Grimes, Rapture, Father John Misty, Black Lips, Warpaint e mais uma galera “on board”, a gente fala mais depois.

É que, antes da zueira marítima, este blogueiro passará um frio louco em semana agitada de Nova York. Nunca vi tanto show junto em um lugar como esses dos próximos dias na mais famosa cidade do planeta. Nem em Londres dos “bons tempos”, acho. Tem pelo menos uns quatro shows imperdíveis por dia na região de Manhattan, Brooklyn e até New Jersey.

A grande turnê comemorativa dos Rolling Stones (Jagger moving like Jagger no Brooklyn, sábado, em foto do “NYTimes”. A legendária banda toca quinta em Newark com Black Keys e Lady Gaga de convidados); o absurdo show do Madison Square Garden em benefício às vítimas do furacão Sandy (Paul McCartney, Bruce Springsteen, os próprios Stones, The Who, Dave Grohl, Eddie Vedder, Jay-Z etc.); a volta do Yo La Tengo; Smashing Pumpkins; The Killers; Of Montreal com o Foxygen abrindo; Andrew Bird; Totally Enormous Distinct Dinosaurs; Paul Banks; James Blake; e, ufa, outro show beneficente provocado pelo Sandy, desta vez indie, que terá Grizzly Bear, Sleigh Bells, Cults e The Antlers.

Tudo isso nas próximas seis noites. New York I love you but you bring me crazy!

Vamos ver o que conseguimos fazer por aqui. Stay tuned!

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LCD, I love you. But you…
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Lúcio Ribeiro

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* Dia 18 de julho agora é o “grande dia” quando o documentário “Shut Up and Play the Hits”, o histórico registro do show de despedida da sensacional banda LCD Soundsystem, vai ser mostrado em mais de 100 cinemas nos EUA/Canadá, quase um por cidade diferente. Em alguns lugares, tipo Nova York, Los Angeles, o doc terá tipo três exibições. Na página do filme na internet, você de qualquer lugar do mundo pode pedir uma sessão do filme na sua localidade. Mais de 6.000 pessoas pediram o filme em São Paulo, o que convenhamos encheria algumas salas, já.

De todo modo, enquanto o filme não passa lá e muito menos aqui, o projeto criador Creators Project, tá ligado?, anunciou o lançamento de quatro documentariozinhos sobre o documentariozão que narra o pré, o durante e o pós-show derradeiro da história de uma das bandas mais importantes dos últimos anos, orquestrada pelo gênio James Murphy blablablá. O show “funeral festivo” do ano passado no Madison Square Garden, poucas semanas depois do concerto da banda em um dos Popload Gig, thankyouverymuch!
Galera no projeto do Project explica por que a banda é tão especial, qual a intrínseca relação deles com a cidade de Nova York e outras histórias. O primeiro dos vídeos acaba de ser liberado. Qualquer coisa sobre o LCD Soundsystem está valendo, enquanto o filme não surge. Qualquer coisa do LCD Soundsystem está valendo. Ponto.

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Popload em NYC – Oh Land, ao vivo. Mais: a maldição dos elevadores de Manhattan
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Nova York.

* Antes de falar da dinamarquesa Oh Land, deixa eu dividir uma coisa bizarra que rola aqui em Manhattan. Ontem, num acidente terrível, uma executiva de publicidade foi entrar num elevador qualquer de um prédio gigante qualquer, na Madison Avenue. Com um pé da mulher dentro e antes de fechar a porta, o elevador subiu, a esmagando entre dois andares. Duas pessoas, dentro do elevador, sem poder fazer nada, viram toda a cena horrível, mais apropriada para um “American Horror Story”.
Estou lendo no “New York Times”, não no “Post”.
Daí que fizeram um balanço e descobriram o seguinte: Nova York tem 60 mil elevadores. No ano passado, teve 53 acidente com eles, três fatais. Parece que, quando os números deste ano forem fechados, o dobro disso, do número de acidentes e do de mortos, vai ser revelado. Já estão espalhando o “terror dos elevadores” pela cidade. Logo, uma refilmagem de “O Elevador Assassino”, perto de você.
Pronto. Voltemos a nossa programação musical normal.

* OH LAND, LIVE – Você pode botar a loira dinamarquesa Nanna Fabricius, 26, em várias categorias. A de cantoras mulheres (redundância cabível) que infestam a música pop. A de cantoras-gatas, na linha Lana Del Rey. A de cantora do frutífero bairro Brooklyn, para onde ela se mudou depois que um acidente na espinha resolveu abreviar sua carreira de bailarina e a botou no rumo da música. Oh Land está bombando, sua voz é mesmo boa. O Bowery Ballroom estava esgotado domingo e segunda passada para vê-la. Seu disco, que saiu no começo do ano nos EUA, foi lançado novamente, agora na Inglaterra, há duas semanas. E, aqui, você vê um pouco de Nanna cantando “Voodoo”, de seu disco de estréia.

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Popload em NYC – Friends, ao vivo
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Nova York. E o Friends do título não é o seriado, hein.

O Brooklyn tem tanta banda que de repente você passa batido e tem que ser lembrado de novo que ela existe. Agora chegou a vez de a singela Friends, quinteto indie dance cool do inspirado bairro nova-iorquino, voltar a gritar “Pick me, pick me”. Estão relançando agora em 2012 seus dois singles que fizeram certo barulhinho em blogs neste ano, prometem um disco de estréia para logo mais e estão super se metendo a fazer shows por todos os lugares. Na segunda-feira passada, tocara numa festa de final do ano, se apresentaram em um bar para executivos de gravadora e à noite encararam o Bowery Ballroom, em show de abertura para a dinamarquesa Oh Land!, atração para o próximo post.
Fique então com trecho da apresentação do Friends, no Bowery Ballroom. A música é “Friend Crush”, single a ser relançado em breve. Detalhe para a loirinha vocalista, a “sapeca” Samantha Urbani, que dança engraçado ao vivo, e dizem no Brooklyn não ser uma pessoa das mais fáceis, seja lá o que isso quer dizer…

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Levanta essa calça: os artistas de Nova York contra os rappers, o iPhone…
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Nova York.

* Quer dizer, não estou mais em Nova York. Mas este post é de lá.

Andando por Manhattan de vez em quando você esbarra num cartaz meio bizarro, meio engraçado, mas muito significativo, haha. Eles vêm com uma assinatura com jeitão governamental “Metropolitan Etiquette Authority”, que lembra os cartazes de recomendações do departamento de trânsito nos postes da cidade. Mas é obra de um artista em particular: Jay Shells, com a “desculpa artística” de ensinar pessoas sem noção a se comportar em uma metrópole. Porque, segundo eles, algumas coisas passaram do limite aceitável. Tipo:

* para os rappers (não só): “Levanta essa calça. Ninguém quer ver sua cueca”.

* para a galera doente que adora lançar “questões” no Facebook, foto de xícara de café no Instagram, que diz no Twitter quantas vezes, quando, em que cidade gringa já viu tal show de tal banda e que precisa dar check-in toda vez que chega na casa da tia Jurema: “Presta atenção no caminho. Seu perfil no Facebook pode esperar”.

* Tem até para cima da polícia metropolitana, que anda bastante a cavalo em NYC. Serviria também para a galera que anda com cãozinho em Higienópolis e nos Jardins.

* Parece que tem muito mais desses “trabalhos artísticos de conscientização” pela cidade, com extensão ao Brooklyn, e feito por vários outros. Deve ter algo “contra” os hipsters, nossos seres favoritos. Quando eu achar algo, eu boto aqui. As fotos acima são do blog Animal New York. As minhas, do meu iPhone, ficaram terríveis. Eu tirei rapidinho, sem caprichar, porque eu fiquei com vergonha de usar o aparelho, enquanto andava pelas ruas, hehe.


New York I Love You: Grouplove, Two Door Cinema Club, o “Romeu e Julieta” hipster e o gato mochileiro
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Nova York.

* Tudo tranquilo na cidade que amamos e às vezes nos deixe deprê, segundo o gênio contemporâneo James Murphy. Tirando tuuuuudo o que está acontecendo, nada parece acontecer. Calmaria pós lembranças do 11 de setembro, gato peregrino na capa de jornal e o zunzum pela estréia nesta sexta-feira do filme novo do Gus Van Sant, “Restless”, uma história que, como eu andei lendo, é um “ROMEU & JULIETA HIPSTER MODERNO”, hahaha. Um romance “quasi-homossexual”, porque, segundo dizem, o “Romeu” parece uma menina e a “Julieta”, um hominho. Gosh, preciso ver isso.

* Está tudo tão NYSussa que a capa de ontem do “New York Post”, com o genial título “Puss ‘N’ Boots”, foi o gato Willow, que teria feito uma jornada de 5 anos indo da cidade de Boulder, no Colorado, até uma rua do East Side de Nova York. O felino desapareceu de seus donos em 2006 e, apesar da procura louca, só foi encontrado agora, em 2011, cerca de 1.500 milhas longe de casa. Um bom samaritano achou o bichano sozinho numa rua em Manhattan e o entregou ao Animal Care and Control. Graças a um chip implantado no gato com todos os seus dados, seus donos foram avisados. A menina Shelby, 17 anos, já prepara em Boulder uma festança na cidade de “welcome back” para o kitty.

* Nova York nesta semana está sendo um mini-Planeta Terra Festival. Entre quarta e hoje tocaram/tocam Toro Y Moi, Bombay Bicycle Club e Peter Bjorn & John. Desses, fui no Bombay, porque eles abriam para o Two Door Cinema Club, no Terminal 5. Dois bons shows (vi quatro músicas do BBC apenas), mas de bandas que estão tocando tanto há tanto tempo que estão visivelmente cansadas, gás no fim. Principalmente o TDCC. Fora que o público nova-iorquino paradão não ajuda, mesmo com a casa sold-out fazia tempo. Two Door Cinema Club tocou muito em seriado tipo “Gossip Girl”. E, na mais caricata das caricaturas, assim que eu cheguei ao clube, encostou uma limusine e dela desceram uns dez meninos e meninas vestidos de franceses século 18.

* O Two Door Cinema Club tocou uma música nova. Seu vocalista disse algo do tipo “É a primeira vez que tocamos ela ao vivo fora do Reino Unido”. Gravei um trechinho. Obviamente não sei o nome. Se alguém puder ajudar…

* Na quarta, no entanto, fui a um show fervendo no Bowery Ballroom. Quem tocou foi a banda nova Grouplove, agitando ao vivo o lançamento de seu disco novo nesta semana, o esperto “Never Trust a Happy Song”, já comentado por aqui. O Grouplove é de Los Angeles, dessa safra feliz de homens, bandas e idéias que está vindo da Califórnia. Nada mais sintomática que a banda faça show e festa-pós de lançamento de seu primeiro disco em Nova York, que até então é (era?) o celeiro de grupos novos e experimentos sonoros interessantes, com sede no Brooklyn. Enfim, isso é uma outra tese, também já resvalada na Popload. Uma hora a gente volta a ela.
O show começou a 100 por hora, depois caiu um pouco. A banda, quinteto esperto e variado de figuras, tipos e caras boas, quatro caras e uma menina tecladista, tem para apresentar, de cara, um punhado de pelo menos cinco músicas muito boas, todas beirando o indie-pop pegajoso alegre, mesmo quando a letra não é rir.
Falta muita força ao vivo, que com o tempo a banda vai desenvolver. Mas o show é uma diversão só. As músicas falam por si. O Foster the People ganhou um irmãozinho.


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