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Arquivo : Novas Frequências

As novas frequências do BABE, TERROR. Hoje no Rio (live) e aqui na Popload
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Lúcio Ribeiro

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Babe, Terror 1

* Está acontecendo no Rio de Janeiro desde sábado passado o festival de novas-novas-novas-novas tendências chamado Novas Frequências, já tradicional no cenário under-indie carioca e que algumas vezes “escapa” para São Paulo. O Novas Frequências 2013, de nobre iniciativa de guerreiros como Chico Dub e Tathiana Lopes, festival de vocação internacional e que é adepto aos mais diversos experimentalismos da música de amanhã, vai até hoje. Este último dia, domingão corriqueiro de praia e ensolarado dos cariocas, vai ter dentro do NF um dos mais esquisitos nomes da nova música brasileira, de alcance gringo: o Babe, Terror.

Junto com o “músico de ambientes” Tim Hecker, de Quebec (Canadá), o nosso Babe, Terror (projeto do paulistano Cláudio Szynkier) se apresenta no teatro Oi Futuro Ipanema, no Flamengo. Os ingressos estão esgotados.

Uma vez aqui eu afirmei que o Babe, Terror fabrica dentro de uma casa de Perdizes, famoso bairro de SP, uma composição sinistra de barulhos variados, loops, indie dance escrota (no bom sentido), nova-velha música eletrônica, trilha de filme de terror, reverbs, mashup de sambinha com narração de noticiário, formando uma sonoridade incrivelmente autoral, própria, ideal para quem gosta de sonoridades malucas. Não tenho como descrever de outro jeito então eu me autocopio.

O Babe, Terror “bomba” em Londres, aqui “bombar” no sentido de agradar bastante uma pequena galera interessada em experiências sonoras nada óbvias. Entre eles está o grande Erol Alkan, famoso DJs e produtores da linha indie-eletrônica do Reino Unido e que botou foto na ilha com novo rock, no começo do milênio. Alkan gostou tanto que chamou o Babe, Terror para a gravadora dele, a Phantasy. Em agosto, o selo lançou o bem doido “Knights”, do Babe, Terror.

Entre elas também o jornalão britânico “Guardian”, que vê em Szynkier um revolucionário dos novos sons canibalizando gente como Animal Collective e promovendo a volta da Tropicalia “with a noisy twist”. Tá?

Daí que amanhã tem Babe, Terror para os cariocas. E, mais ainda, daí que agora, na Popload, a gente tem uma faixa exclusiva cedida ao blog pelo Babe, Terror.

A música, nova, foi composta semana passada em parcerias com alguns companheiros dos sons bizarros durante o Red Bull Music Academy Bass Camp, em São Paulo. É uma faixa boa para explicar, mais ou menos, o que se passa na cabeça do Babe, Terror. Vai encarar? Duvido…

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O tamanho do indie no Brasil: a “breja” do Carl Barat em Goiânia e o Com Truise no Rio
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Lúcio Ribeiro

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Carl Barat em Goiânia, com seu agente e o “reverendo” John McClure, já em Goiás

* Diz se o indie não é o novo mainstream no Brasil quando… (1) o Death From Above 1979 faz seu show punk ser o melhor em um festival de música eletrônica, (2) o Planeta Terra, evento “só” de indie, vende seus 20 mil ingressos em poucas horas, com apenas 30% do seu line up divulgado, (3) o Popload Gig esgota sua carga de ingressos também em poucas horas para um show de uma banda que vem da Noruega ou precisa marcar um show extra para o Kills num meio de semana em São Paulo, numa época em que era normal reservar uma “graninha a mais” para se gastar com os big festivais como Rock In Rio e SWU.

Repara agora. Genuinamente conhecida como a terra da música sertaneja, o estado de Goiás será palco nesta semana do Festival Canto da Primavera, na pequena cidade turística Pirenópolis. O evento, que funciona como simpósio, terá seu highlight na quarta, dia 7, quando Carl Barat – um dos “cabeças” do Libertines e do Dirty Pretty Things – fará show gratuito no Cine Pirineus.

Além do Carl, outro nome forte que vai aparecer no festival é Jon McClure, amigo pessoal do Alex Turner e que abriu os últimos shows gigantes da carreira do Oasis com sua banda Reverend & The Makers. Ele vai participar de um seminário que tem como mote principal discutir eventos e ações coletivas. Fora isso, tem shows do Black Drawing Chalks, Os Mutantes e Banda Uó. Infos do festival circulam no Facebook do evento, aqui.

Saindo de Goiás e indo para o Rio de Janeiro, onde até havia pouco tempo a palavra “indie” era termo estranho entre parte dos cariocas antes das ações coletivas do Queremos (só restrita à velha-guarda graças às segundas da Matriz, às ações do selo Midsummer Madness ou às páginas do “Rio Fanzine”, de “O Globo”, às sextas), vai rolar o ótimo festival Novas Frequências, entre os dias 7 e 11 de dezembro no Oi Futuro Ipanema (Visconde do Pirajá, 54). A programação indie-vanguarda voltada à calminha “chillwave” traz ao país o esperto Com Truise, com seu som forte 80’s de sintetizadores, Sun Araw, Murcof e Andy Stott, com o reforço “local” do Pazes e Psilosamples. Os ingressos (R$15) estão à venda (começaram a ser vendidos na sexta passada) somente nas bilheterias do lugar.

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