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Música do ano (passado): “Paradise”, do Wild Nothing
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Lúcio Ribeiro

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* Lembro que eu não conhecia direito o Wild Nothing, tirando um single ouvido ou uma leitura qualquer sobre eles, até eu chegar num dos dias do FYF, festival de música nova de Los Angeles que rolou em setembro de 2012, e pegar a banda tocando cedinho, sobre um sol de rachar a moleira. Pensei em ver pelo menos duas músicas antes de tombar de insolação, mas na verdade aguentei ver umas quatro. O show já estava no fim e era impressionante como o frescor do dream pop da banda estava combinando com aquele calor de matar, apesar de o contexto climático-musical indicar exatamente o contrário.

O Wild Nothing é, como várias bandas indies hoje, um grupo de um cara só, como Tame Impala, M83, Father John Misty etc. O proprietário no caso é o multiinstrumentista e vocalista Jack Tatum, da Virginia, que no fim de 2009 compôs uma série de músicas em seu quarto e depois chamou quatro amigos para ajudá-lo a desempenhá-las ao vivo. A banda-projeto já tem dois álbuns. O último, o bonzão “Nocturne”, foi lançado no final do ano passado, na época do FYF.

O negócio é que “Paradise”, um single deste disco, anda bombando muito em rádios americanas hoje em dia, mesmo tendo sido lançado em novembro. E, com a audição constante, ela fica melhor, melhor, melhor. A música apareceu nos blogs ainda em 2012 com um vídeo áereo f*da, estrelado pela loirinha Michelle Williams (foto acima), rising star que já ganhou Globo de Ouro, algumas indicações ao Oscar, é ex-Dawson’s Creek e foi mulher do ator australiano Heath Ledger, o impressionante Coringa do “Cavaleiro das Trevas”, que morreu entalado de remédios antes do filme do Batman estrear. Williams já tem muita história para contar.

E quis contar mais essa. Ela escolheu “Paradise” para estrelar o vídeo, cara tensa, no avião que partiu da Austrália (terra de Ledger) para as nuvens. No meio do vídeo, ela declara o poema “A Word Child’, de Iris Murdoch, também escolha dela.

Vídeo lindo. Música linda. Sonoridade e um vocal delicado que remete a viagem nas nuvens mesmo. Lembra uns mantras psicodélico tipo os da banda inglesa The The, às vezes.
Enfim, escuta aí, vê aí:

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Lana del Rey e a questão de gosto. Gosto de Pepsi
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem à noite vazou o EP inédito de NOVE músicas da cantora-babe americana Lana Del Rey, disco esse que acompanha o relançamento do álbum “Born to Die”, mas agora na versão “Paradise”. Beleza pura. O EP, já bastante falado aqui e acolá, tem entre outras o single-campeão “Ride”, a versão linda para a velha e cinematográfica “Blue Velvet” e a tal “Cola”, a da letra polêmica, também conhecida como “Pussy”. Na letra, Lana diz que sua “pussy” tem gosto de Pepsi. Tipo assim: “My pussy tastes like Pepsi Cola/ My eyes are wide like cherry pie”. Um trechinho de “Cola”, que nem está entre as melhores de “Paradise”. Acho.

A música apareceu em teaser em setembro, junto com os de outras músicas lançados por miss Del Rey para divulgar o tracklist do EP que acompanha o álbum e o torna um disco duplo. No dia em que os teasers todos foram divulgados, “Cola” no meio, a palavra “Pepsi” foi para TT mundial no Twitter, haha.
Bom, agora, temos “Pussy”, ou “Cola”, inteira.

“Paradise” sai agora dia 11 e 12 de novembro.

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