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I am the resurrection: A volta do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Especial para a Popload, o brother Diego Maia, gênio das mídias sociais e jornalista do site MSN, narra suas impressões do show da banda inglesa Stone Roses em Barcelona, Espanha. Mitológica banda de Manchester da virada dos 80 para os 90, precursora do britpop e de carreira tumultuadíssima, o Stone Roses voltou a tocar ao vivo oficialmente no último dia 23 de maio na Inglaterra. E, sobre o show, o Diego achou que…

Uns 80% do público presente no Razzmatazz era de tiozinhos britânicos com mais de 40 anos. Assim que o Stone Roses entrou no palco, esses tiozinhos, automaticamente, voltaram a ter 20, 15 anos de idade (eles pulavam como se tivessem joelhos de adolescentes).

Eu estava quase na grade e fui jogado para o meio do clube (um lugar um pouco maior que o Cine Joia em capacidade) assim que “I Wanna Be Adored” começou. Única vez em que algo assim havia acontecido comigo (sou grande, é difícil me empurrar) foi naquele famoso concerto do Franz Ferdinand no Circo Voador.

Aí, o de sempre em show com público majoritariamente britânico: gritaria, choro e abraços coletivos, mosh em músicas que eu nunca imaginei que serviriam para isso e uma garota mostrando os peitos para a banda em “Waterfall”.

Deu pra ver que os Stone Roses ensaiaram para a grande volta. A banda está em sintonia. É bem difícil desgrudar os olhos do Mani: o baixo dele está mais colorido do que nunca. “She Bangs the Drums”, um pouco mais lenta ao vivo, é show particular dele.

A voz do Ian Brown não é a mesma, mas me pergunto se alguém quer ver os Stone Roses hoje em dia para ouvi-lo. O importante e o mais bacana ali é notar que a presença de palco do cara é inspiração clara para um monte de vocalista do britpop. A marra do Liam Gallagher parece toda chupada dele.

Liam, aliás, estava lá no Razzmatazz, vendo o show da mesa de som, no fundo da pista (junto com Andy Bell). Ian apontou pra ele durante o show e isso foi o suficiente para que a casa inteira puxasse um coro de “Liam, Liam, Liam!” (no começo do show fizeram o mesmo para o Mani).

No bis – “I am the Resurrection”, versão um pouco mais longa que em disco -, colei lá para vê-lo de perto. Ele parecia tão feliz e realizado quanto as outras 1800 pessoas que transformaram o local numa sauna.

* Fotos: Diego Maia

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