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Arquivo : sasquatch

O pregador Father John Misty, seus vídeos e requebrados incríveis. Esse novo envolve… desastre aéreo
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Lúcio Ribeiro

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* Atenção, mulherada. Father John Misty na área.

* O pastor indie Father John Misty, de Seattle, que canta como se tivesse pregando e fala entre músicas querendo passar a palavra, é capa da atual edição da revista “Magnet”, nas bancas (americanas). No seu Facebook, meio que para comemorar sua primeira capa e também para mostrar um certo incômodo com a “exposição”, ele soltou uma mensagem na linha sobre a capa: “Já era. Perdi a virgindade”.

Desde o ano passado, o sujeito percorre com sua banda os grandes, médios e pequenos festivais. Ex-hippongo barbudo folk no Fleet Foxes e atual barbudo hipster do indie americano, J. Tillman, ou Josh Tillman, ou Father John Misty himself, artista prediletíssimo da Popload, está em curso com uma tour americana no momento. Sábado ele toca na Filadélfia. Sobre o atual momento de sua turnê, a revista hoje eletrônica “Spin” fez um perfil bacana com ele, aqui, que faz seu nome reverberar no indie ianque junto com a capa acima da “Magnet”. Veja a “capa” da “Spin”.

Bom, nesta semana o Father John Misty lançou ainda um AFLITIVO vídeo de desastre com um avião para mostrar sua bela “Funtimes in Babylon”.

A música está no disco “Fear Fun”, a estreia de seu projeto FJM, lançado no ano passado pela Sub Pop. O álbum é bem bom, mas, digamos, produzidinho demais. Mas ao vivo Father John Misty é espetacular, magnético. Sua banda é boa e sua postura de dançarinho weird-estiloso no palco é demais. Se você não ligar muito para os discursos irônicos que só ele ri e entende, é um baita show para se ver JÁ.

O vídeo de “Funtimes in Babylon” dá nos nervos, mas a sacada do final alivia a barra. É uma, claro, crítica ácida de Josh Misty para Hollywood, a quem chama de Babylon. O resultado é incrível. Father John Misty só faz vídeo bom.

Faz dois finais de semana, Father John Misty se apresentou no Sasquatch, o festival no topo oeste dos EUA que a Popload foi conferir, perto de Seattle e Portland. Deste show, muito prejudicado pelo som dessaranjado na hora (o FJM tocou não no palco lindo do desfiladeiro), consegui graças ao Youtube um vídeo bom de “Only Son of the Ladies’ Man”, outra faixa f*da de seu disco de estreia. Repara no requebrado do rapaz, uma de suas marcas registradas.

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Arctic Monkeys e Bloc Party no Sasquatch 2013 relembram como era bom viver em 2005
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle, botando em ordem o que aconteceu no Sasquatch Festival. Festival lindo aconteceu de sexta passada até segunda desta semana na região de Quincy, Washington.

* Aí teve show de nossos amigos queridos Arctic Monkeys e Bloc Party, duas bandas que surgiram no novo rock inglês na fértil era 2004/2005. Duas apresentações maravilhosas, de bandas hoje “veteranas”, mas que mantêm a cara de bando/banda de moleques.

Saquei em vídeo o Arctic Monkeys tocando “Dancing Shoes”, de seu disco de estreia. O Alex Turner na estica, com roupa social, haha. E o Bloc Party mandando também música do álbum début, a linda “So Here We Are”. Kele estava inspirado neste dia. “Há muitos anos a gente tocou aqui no Sasquatch. Lembro bem porque, acho, foi o pior show das nossas carreiras. Então estamos aqui hoje para dar um puta show para vocês, para compensar aquele”. Compensou.

E tem todo o visual do Sasquatch, de fundo. Foi bonito.

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Sound and vision. O XX no Sasquatch 2013 foi de chorar
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Lúcio Ribeiro

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* Popload no Sasquatch 2013, Quincy, Washington.

Espetáculo sonoro e visual, eu chapo com a capacidade cada vez mais acentuada de o cultuado grupo inglês The XX tocar melodias tão delicadas num grande festival e a galera entrar total na onda da banda, fazendo um certo “silêncio” (na medida em que 20 mil pessoas juntas fazem silêncio) para não estragar o silêncio que o XX trabalha tão bem no meio de suas músicas. De um tempo para cá a banda aprendeu que as luzes podem jogar a favor de seu som. E o resultado, como visto aqui no Sasquatch, ainda mais com a vibe que tem esse festival do desfiladeiro, chegou a ser maravilhoso.

Vi o show de perto do palco e fiquei vidrado. Mas me arrependo um pouco de não ter visto parte dele meio de longe, no topo da montanha, deitado na grama, como 70% do festival faz neste palco principal. Porque a noite não tava completamente escura e daria para ver o vale. Mas não se pode ter tudo.

Abaixo tem um vídeo da abertura do show, com a música “Try”, do segundo disco (“Coexist”), talvez minha preferida do álbum. Sem palavras para essa banda, esse show. O vídeo não é dos melhores. Mas sente a vibe.

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Sasquatch, um festival daora, da paz, do amor, no maior visual
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Wenatchee, a capital mundial da maçã AND “the buckle of the power belt of the Great Northwest”. OK?

Eu, que vou a festivais desde que o Nirvana me levou ao Reading Festival 1991, já vi muita coisa nesta vida. De eventos em vilarejos na França até o SWU em Itu. E posso dizer que este Sasquatch 2013, “perto” de Seattle e de Portland, me surpreendeu.

Primeiro que estou hospedado em Wenatchee, cidadezinha brejeira e semideserta que vive deserta mas tem 20 cinemas, ao lado de outra (Leavenworth), que é uma reprodução exata e em miniatura da alemã Munique, onde uma escapada para um schnitzel leva 10 minutos e a uma visão de montanha com neve no topo, mesmo não estando frio.

Wenatchee fica a meia hora, 40 minutos de carro até o Gorge Amphitheatre, no meio de um desfiladeiro, onde acontece o Sasquatch e outros vários shows de arena. Boa parte da estrada corta campos, rio onde você vê grupos praticando rafting, montanhas de árvores, de pedra. Parece às vezes que está nevando, porque “chove” uma fibra tipo algodão na estrada, trazido pelo vento das árvores gigantes locais. Para ir é uma belezura de cenário. Para voltar, uma escuridão dessas típicas em que parece que um disco-voador vai pousar ao seu lado a qualquer momento.

O Sasquatch é uma delícia, porque é um grande festival que tem pouca gente. Quero dizer: 30 mil pessoas “só”. O visual, seu forte, é um desbunde. O palco principal fica no pé de um morro, com rios e vales ao fundo. Tem uma pista grande na frente que tem um leve aclive, parecendo cinema, parecendo o Cine Joia. Dá para ver bem o palco de qualquer lugar, desde que um americano de dois metros não fique a sua frente. Mas o bacana é o morrão, onde fica a maior parte da galera sentada ou deitada na grama, vendo os shows com incrível som não importa quão no topo você esteja. Pensa o que foi o Sigur Rós e o XX nesse cenário.

O clima é de paz, amor e doidurinhas. Maconha, no Estado de Washington, é droga legal, então tanto faz se você está na frente de um segurança fumando uma erva ou bebendo vinho que para ele é a mesma coisa, desde que você não esteja com uma mochila carregada para vender, nem um, nem outro.

Sente a vibe: a maioria do festival, dizem que 80%, acampa na região, famosa pelos acampamentos para curtir natureza, fazer trilhas e esportes em geral. Quando o festival acaba, por volta da meia-noite, 1h, rolam várias after-parties nos campings. Esses seres humanos, logo ao meio-dia do dia seguinte (ou do mesmo dia), volta ao festival para mais batelada de shows.

Outros 80% do festival têm a cara pintada com estrelas, luas, flores e outras figuras simpáticas ao bichogrilismo moderno.

No Sasquatch, que tem mais outros três palcos e uma tenda dance, quase não tem tumulto para pegar bebidas e comidas. E as filas de banheiro são encaráveis, pelo que eu vi.

Tem barraquinha de margaritas e vinhos, pensa.

Diferentemente de todo festival americano, você pode circular com bebida alcoólica por todos os lugares. Não precisa beber num cercadinho. Nem em copo de papel ou plástico eles botam a bebida. Você pode ir à beira dos palcos com a lata big de Bud Light ou Becks, que beleza. Ninguém atira nos artistas, quase ninguém joga as latas no chão.

Aí, tirando tuuuuudo isso, tem o line-up, a escalação média mais gostosa dos festivais americanos em 2013 e sem nenhum nome gigante de headliner.

Aqui teve o incrível XX, o mágico Sigur Rós, o hoje enorme Macklemore & Ryan Lewis abarrotando o palco principal com seu show “local” e com incrível sample safado de Killers (a da frase “I got soul but I’m not a soldier…”) sacudindo o canyon; Devendra Banhart com Fabrizio Strokes na bateria, Rodrigo Amarante na guitarra fazendo seu sambinha indie menos ciganismo, mais hipsterismo; Arctic Monkeys e o poder de sempre; o sempre absurdo Built to Spill; os novos todos; o material novo ao vivo do Vampire Weekend; o Postal Service, que é hoje; Elvis Costello; o melhor show da vida do Bloc Party; o Tame Impala todo atrasado (quase não chegam da Espanha), todo improvisado na correria e de chorar de bom; Grimes e Caveman; Andrew Bird, Father John Misty e Dirty Projectors; o Black Rebel Motorcycle Club ruim, desanimado; Death Grips e Totally Enormous Distinct Dinosaurs em DJ set-live lindo. Acho que estou esquecendo vários nomes agora… Enfim.

Fiz um vídeo de rolê rápido do Sasquatch, numa andada qualquer. Em duas partes. Dá para ter um pouco da ideia de como é o festival. Eu, se fosse você, guardava uns “bucks” e cogitava em vir no ano que vem.

Amanhã falo mais dos shows.

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Tags : sasquatch


Popload em Seattle. O maior festival de folk do mundo, o mais bonito festival indie do mundo e a Emma Watson
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Lúcio Ribeiro

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The city where punk broke.

* Coachella? Lollapalooza Chicago? Bah! Amanhã começa o Sasquatch Festival, no desfiladeiro do rio Columbia. Quatro dias, 127 bandas, visual doido e, você não sabe, aqui no estado de Washington foi legalizado o uso recreativo da…

* Você acha que o Brooklyn, NYC, é folk, mas neste final de semana prolongado nos EUA (feriado do Memorial Day na segunda), enquanto os indies da cidade vão para o Sasquatch, acontece no Seattle Center o gigantesco 42º Annual Northwest Folklife Festival, que mostra o estilo de vida folk não só na música como na relação com a natureza, com a cidade, com a humanidade, com os peixes. É sério. 250 mil pessoas costumam circular por Seattle por causa desse festival. Tirando o grunge sujinho, mas nem tanto, tudo é folk nesse lado noroeste dos EUA. Tem festival da cerveja folk, torneio de pesca folk, o folk e os animais desamparados, as comidas folk, palestra sobre instrumentos de corda para o folk, dança folk e, claro, a música folk em apresentações. Uma das bandas mais festejadas a tocar no Northwest Folklife Festival é a SHEBEAR, banda indie(folk) que lembra mais o Passion Pit que o Fleet Foxes, por exemplo. Ó:

* Acontece ainda em Seattle o International Film Festival, com quase um mês de duração e que acaba em 9 de junho com o já famoso filme novo da Sofia Coppola, “The Bing Ring”, com a Emma Watson do Harry Potter no papel de líder de um grupo de meninas que vasculham redes sociais para saber onde estão as celebridades exibidas para depois roubar a casa delas. Você sabe o que se quer dizer com “galera exibida das redes sociais”, né? Um caminhão de filmes novos e “especiais” estão sendo exibidos no SIFF. Por exemplo, o piloto de duas horas de “Twin Peaks”, a série do David Lynch dos anos 90 que mudou a história da televisão. Fora do festival, estreia amanhã na cidade o tal famoso filme sobre o guitarrista trágico Jeff Buckley, “Greetings from Tim Buckley”. O filme mostra romantizados os dias antes da apresentação de Jeff em um concerto-tributo ao pai, também músico, que aconteceu em 1991. Vou tentar ver esse, se der.

* Atração do Sasquatch, que começa amanhã, a banda indie cool de Nova York (Brooklyn, onde mais?) Caveman, tipo Grizzly Bear, lançou nesta semana o vídeo para a bela música nova “In the City”. A música está no balaladinho segundo disco deles, que leva o nome da banda. O vídeo é meio crazyshit, mas bem estrelado, pela atriz Julia Stiles e pelo Fran Kranz, que trabalhou em “Donnie Darko”, entre outros. Vale a olhada. E principalmente a ouvida.

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