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50 mil bandas e um banheiro nojento: o CBGB virou filme
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Lúcio Ribeiro

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Um dos templos mais sagrados (ou o contrário) do rock, o CBGB vai ganhar um filme que revisitará sua lendária história. Berço punk de Nova York nos anos 70, o clubinho ficou famoso por ser palco de shows de bandas e artistas icônicos como Ramones, Talking Heads, Blondie, The Police, Iggy Pop e outras dezenas de grupos menores ou de gente que um dia foi parar em bandas grandes, como o Taylor Hawkins, que se tornou baterista do Foo Fighters.

O trailer do filme saiu hoje, em cortesia do The Hollywood Reporter. Em formato de documentário, a produção explora a vida de Hilly Kristal (interpretado por Alan Rickman), dono do CBGB entre os anos de 1973 e 2006, quando a casa foi fechada devido a um impasse financeiro.

Com o lema “50 mil bandas e um banheiro nojento”, o trailer mostra de relance diversos artistas que pisaram no palco do CBGB. O filme será lançado dia 11 de outubro nos Estados Unidos. No Brasil, ainda sem previsão.

* O filme vem acompanhando com uma super trilha, com as seguintes faixas:
“Life During Wartime” – Talking Heads
“Kick Out the Jams” (versão explícita) – MC5
“Chatterbo”” – New York Dolls
“Careful” – Television
“Blank Generation” – Richard Hell and the Voidoids
“Slow Death” – Flamin’ Groovies
“I Can’t Stand It” – The Velvet Underground
“Out of Control” – Wayne County and the Electric Chairs
“Psychotic Reactio”” – The Count Five
“All For the Love of Rock ‘n’ Roll” (ao vivo) – Tuff Darts
“All By Myself” – Johnny Thunders and the Heartbreakers
“California Sun” (demo original) – The Dictators
“Caught With the Meat in Your Mouth” – Dead Boys
“I Got Knocked Down (But I’ll Get Up)” – Joey Ramone
“Get Outta My Way” – The Laughing Dogs
“Sunday Girl” (Versão de 2013) – Blondie
“I”Wanna Be Your Dog” – The Stooges
“Sonic Reducer” – Dead Boys
“Roxanne” – The Police
“Birds and the Bees” – Hilly Kristal


E se o Talking Heads voltasse em 2013?
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Lúcio Ribeiro

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* Os maiores sonhos declarados do megafestival Coachella, da Califórnia, é, nessa onda de reunir bandas acabadas para tocar no deserto, promover as voltas de duas bandas em especial: os ingleses dos Smiths e o americano Talking Heads. O primeiro Morrissey já disse que não volta nem em um milhão de anos, mesmo com ele marcando hoje show no México e sua ex-cara-metade, o guitarrista Johnny Marr, soltando também hoje uma música nova.

Segundo David Byrne, o líder do Talking Heads, banda cultuadíssima que ocupou o CBGB antes do punk e os porões do Brooklyn antes do hype, eles também jamais retornarão. Mas uns rumorezinhos de que o mítico grupo volta ao Coachella circula cada vez mais forte no underground americano. Pistas não faltam. Byrne, amigão do Caetano, lançou elogiado disco novo neste ano em parceria com a bela cantora St Vincent, ex-Polyphonic Spree e ex-Sufjan Stevens, numa aproximação sua da “modernidade”.

Byrne está super na ativa. Também neste ano, lançou o elogiadíssimo livro “How Music Works”, um lado antropológico de enxergar como a tecnologia de gravação discos e a modernidade mudou e vem mudando nossa maneira de escutar música.

Os parceiros de Talking Heads de Byrne, os importantes Chris Frantz e Tina Weymouth, depois de 12 anos longe da cena musical soltaram agora em setembro um disco novo, para a banda deles, o Tom Tom Club, importante banda da new wave americana dos anos 80. Em suma, todo mundo alive and kicking.

Talking Heads é uma banda onipresente. Vira e mexe tem remix seu para a música eletrônica. Recentemente, ouvi uma versão nu-disco de “Psycho Killer”, tocada pelo produtor e DJ bamba Lindstrom, em uma festa em São Paulo. Uma versão flamenco da música também aparece na trilha sonora do filme deste ano do diretor Oliver Stone, “Selvagens”. O filme deste ano do Sean Penn, “This Must Be the Place”, que estreou agora em novembro nos EUA e já tinha passado em cinemas brasileiros em julho, tem o título inspirado em música do Talking Heads. Sean Penn é um veterano roqueiro que vive em NYC. O próprio David Byrne aparece no filme.

E pela primeira vez eu vi um vídeo no Youtube recentemente que traz uma apresentação raríssima do Talking Heads no histórico CBGB, casa de shows tosca de Nova York que abriou a grande cena local dos anos 70, todo o punk rock e além, talvez o clube de concertos mais famoso do mundo em todos os tempos, junto com o Marquee, em Londres, e o Cine Joia em São Paulo. Cóf.

Pensa: 1975. Há quase 40 anos. Byrne, Frantz e Weymouth tocando “Psycho Killer” no CBGB. Umas oito pessoas aplaudindo no fim da performance.

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