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Popload UK Tour e os dinossauros extintos totalmente enormes
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Lúcio Ribeiro

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* Se é que é assim que traduz esse nome bizarro-cool de banda de um cara só mais falada no mundo nos últimos três dias, parece. E que para completar foi anunciado que toca no Brasil em maio.

* Popload em Glasgow.

* Até que enfim um dia não cinza por aqui, sol incrível e tal. Isso significa: lá fora está -3.

* Lançamentos de disco que agitam esta semana no Reino Unido (à medida que lançamentos de discos agitam alguma coisa hoje em dia) incluem o novo do Paul McCartney, a viagem até a Lua do Air, um do Pet Shop Boys e o do Mark Lanegan. Os veteranos estão trabalhando. De todos, só o do ex-Screaming Trees, que toca em abril em São Paulo, conseguiu manter críticas de altas cotações.

* Da moçada nova, tem ganhado destaque aqui um quinteto californiano chamado The Neighbourhood, cuja música bonitona “Female Robbery” eu tenho ouvido aqui e ali numa sequência boa para um grupo novo. “Female Robbery”, que sai como single em março, é um misto de Cold War Kids com trip hop, por mais absurdo que isso possa soar. O vídeo que usam para divulgar a música segue a linha cinemática da cantora “you-DEL-who” (adorei essa expressão) com imagens de filmes antigos.

* Fui ao cinema ontem ver “Young Adult”, filme com a boneca Charlize Theron bancando a louca que encana de voltar para a sua cidadezinha jeca para conquistar o jeca do ex-namorado dos tempos de colégio. “Young Adult” é obra da dupla Jason Reitman (diretor) e Diablo Cody (roteiro), que fizeram “Juno”. O filme estréia no Brasil em março, acho. Acontece que…
1. O filme passa parte dele em e menciona bastante Minneapolis, a terra do Howler. O que anda tendo na água de Minneapolis, hein? Como vivem, o que comem?
2. Aí a Charlize gata pega o carro e a estrada para voltar a sua cidadezinha para reconquistar o moço da escola. No caso, os tempos de colégio dela eram os anos 90. Minha geração vai amar as referências. O filme é contaminado por camiseta dos Pixies, música do Lemonheads e tal. E, óbvio, Charlize Theron era a gata “bitch” do colégio que todo mundo odiava. No caminho para a cidade, ela vai ouvindo uma fita cassete com uma mixtape que o ex-namo tinha gravado para ela. Em especial uma canção, que ela vai ouvindo sem parar, em looping: “The Concept”, do Teenage Fanclub, adorada banda que saiu daqui da cena de Glasgow para desbancar o Nirvana (ok, isso é uma outra história). Charlize cantando “She wears denim, whatever she goooooooes/ Says she’s gonna get some records by the Status Quo/ Oh yeah” é coisa bonita de se ver.
A trilha de “Young Adult” tem tudo isso que eu falei mais Veruca Salt (lembra?), 4 Non Blondes (haha), Dinosaur Jr., Suicidal Tendencies e umas versões instrumentais de Pearl Jam e Faith No More, entre outras coisas. A capa da trilha é esta:

* SÓSIA DO GEORGE CLOONEY – Haha. Coisas que só o jornalismo britânico faz por você. Li uma reportagem de uma página inteira sobre um grande concurso realizado na Irlanda para eleger o sósia do ator americano George Clooney. O tom do texto era de indignação. O ganhador, que bateu quase 800 concorrentes, não tem nada a ver com o ator. O título da matéria era: “Fella who looks nothing like George Clooney wins George Clooney lookalike competition”. Isso saiu no “The Sun”, mas TODA imprensa brit noticiou. No “Daily Mail”, o título era “Actor beats off 782 others to win George Clooney lookalike contest (only problem is he looks nothing like George Clooney!)”. Hahaha. O prêmio não é ruim: o “sósia” ganhou uma viagem para Los Angeles para assistir a cerimônia do Oscar. A cara do sósia do George Clooney? Pois não:

* Mais imprensa inglesa: o “Independent”, no seu último caderno The Information, com entrevistas com Justice, tudo sobre cinema, arte e teatro, deu a capa para um especial “As 50 Melhores Lingeries” do momento.

* TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS – O negócio é assim. Domingo passado, de novo no famoso clube King Tut’s, fui ver o que tanto falam desse TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS, atração em maio do Sónar São Paulo e um electrodisco às vezes dubstep (inglês), às vezes Chemical Brothers, às vezes Depeche Mode, num jeitão Boss in Drama. O som é loucura, molecada enlouquece, tudo muito louco quando se envolve o TEED. Ou TEEDinosaurs. O cara-banda, de Oxford, ganha muito na voz, bonitaça, sensível, tipo James Blake, que fica linda quando colocada por cima da parada sonora toda que ele promove, com uma mesa cheia de funções e apetrechos que vão de buzina a emulador de bateria, na hora que ele quer bancar o Prodigy, haha.

Veja bem: o nome dele é só Orlando. E ele se apresenta vestido de dinossauro.

O King Tut’s nem é grande, mas o show estava sold-out havia tempos e a porta completamente abarrotada de gente procurando ingresso, coisa bem diferente da tranquilidade que foi chegar para o bombado Howler no sábado, por exemplo. Dentro, meninos e meninas bonitos dançando muito e cantando TUDO. Eu só conhecia duas músicas, uma era aquela deliciosa “Garden”, do ano passado.

Abaixo um trecho de 3 minutos da apresentação do Totally Enormous Extinct Dinosaurs no King Tut’s e da interação com a platéia escocesa. “Só” não tem a voz dele propriamente dita, o que é legal. Mas dá para sentir o clima. A voz dele aparece bem mais abaixo, no player que traz o single novo que ele lança em abril, mas já está tocando direto na Radio One inglesa desde a semana passada. Chama “Tapes & Money”. O primeiro álbum dele, parece, sai em junho ainda. Antes, em maio, ele toca em São Paulo.

Tapes & Money [Soundcloud edit] NEW SINGLE 02/04/2012 by T-E-E-D

O TEED dá mais uma música nova, “Dream On”, para quem assinar a mailing list dele. Aqui.

* GRUFF RHYS NO BRASIL – Ventos gelados aqui do vizinho País de Gales já sopram desde ontem que o líder do querido grupo britânico Super Furry Animals toca em São Paulo, no Studio SP, dias 7 e 8 de março. Tem um show dele ainda em Curitiba, no dia 10. Havia uma possibilidade de o Super Furry Animals completo tocar em São Paulo neste primeiro semestre, andei sabendo. Mas não deve ter rolado.

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Os melhores álbuns de… 1991 (segundo a “Spin”)
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em São Paulo. Hehe.

O papo sobre listas agora fica sério. Depois da de-fi-ni-ti-va da “Vice Portugal” que “vale realmente ler”, a Popload destaca uma diferente da “Spin”, publicação musical baseada nos Estados Unidos. É a lista dos melhores álbuns de… 1991.

Olhando para 20 anos atrás, fica fácil entender por que 1991 foi um dos anos mais espetaculares da história da música e da cultura pop em geral.

Depois da chamada – por muitos – “década perdida”, o rock enfiou o pé na porta dos anos 90, seja com o grunge americano ou com a eletrônica punk vinda do Reino Unido.

Quando se fala em 1991, o top of mind vem com “Nevermind”, disco pontual da carreira do Nirvana, item de coleção de todo moleque não só daquela época. Mas a lista da “Spin”, moldada por editores e jornalistas da publicação, abre um leque gigante de álbuns incríveis daquele ano, a ponto de “Achtung Baby” do U2 e “Screamadelica” do Primal Scream ficarem fora da lista de 20 melhores, que NÃO TEM o “Nevermind” no topo da lista. Isso foi assunto em 1991, continua assunto em 2011.

Veja só.

1. Teenage Fanclub – Bandwagonesque

2. R.E.M. – Out Of Time
3. Nirvana – Nevermind
4. Pixies – Trompe le Monde
5. Pet Shop Boys – Discography
6. Robyn Hitchcock – Perspex Island
7. Public Enemy – Apocalypse ’91: The Enemy Strikes Black
8. Soundgarden – Badmotorfinger
9. Smashing Pumpkins – Gish
10. P.M. Dawn – Of The Heart, Of The Soul And Of The Cross: The Utopian Experience
11. Metallica – Metallica
12. Massive Attack – Blue Lines
13. Fugazi – Steady Diet Of Nothing
14. Urge Overkill – The Supersonic Storybook
15. Pearl Jam – Ten
16. Seal – Seal
17. De La Soul – De La Soul Is Dead
18. Mudhoney – Every Good Boy Deserves Fudge
19. Guns N’ Roses – Use Your Illusion I And II
20. Hole – Pretty On The Inside

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