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Arquivo : the drums

Um olhar vintage sobre o The Drums
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Lúcio Ribeiro

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Barulho bom para começar o dia. O projeto Check Yo Ponytail 2, uma festa organizada pelo trio Danny Johnson (Media Contender), Franki Chan (IHEARTCOMIX) e Zane Landreth, que agita as noitadas indies de Los Angeles, agora tem uma nova série de vídeos, intitulada “Live at Check Yo Ponytail”, na qual são destacados vídeos de shows na cidade, com uma pegada “diferente”.

Quem estreia a série, em parceria com a Pitchfork TV, é o ótimo The Drums, que fez dois shows esgotados em Los Angeles em outubro de 2011. A música escolhida é “If He Likes It Let Him Do It”, extraída do álbum “Portamento”, que a galera ama ou odeia. Eu gosto. Ao vivo – com o Jonathan Pierce possuído – funciona melhor ainda, veja só.


Primavera Sound, Barcelona. Dia 2 – O show para sempre do The Cure, as fotos, os vídeos e as… Primavera Sound Babes!
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Lúcio Ribeiro

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Segundo dia do Primavera Sound, festival eletro-indie-rock que, ontem, abriu espaço para o seminal The Cure, que parecia querer fazer um show para sempre: 3 horas de duração.

Além do Cure, outras 50 atrações desfilaram pelos 8 palcos do evento. Muita gente boa esteve por lá. O Drums, por exemplo, fez show bem bom. O Rapture fez sua apresentação caoticamente imperdível de sempre. O ótimo Wavves, que vi este ano no Sxsw em um dos lugares com nome mais legal no mundo – Hype Hotel – parece ter feito um dos melhores shows do dia, pela reação da galera nas “redes sociais”.

Vi muita gente emocionada com o Girls se apresentando durante o pôr do sol. Quem foi ao festival também teve a oportunidade de assistir ao show do duo indie que toca mais alto no mundo. O Sleigh Bells, orgulho do Brooklyn, formado por Derek Miller e a agora-nova-musa-do-indie Alexis Krauus, sempre costuma fazer um show ótimo e barulhento. Ainda mais agora, nessa fase “indie metal” deles. A Alexis até se jogou na galera.


(Foto: Mac Costa)


Girls (Foto: Mac Costa)


A “atmosfera” no show do Girls estava assim (Foto: Diego Maia)


Big Star’s Third (Foto: Mac Costa)


The Rapture (Foto: The Whistles)


The Cure (Foto: Mac Costa)


Sleigh Bells (Foto: Desmond in a tutu)

*** Se o Coachella tem suas “Babes”, por que não o Primavera Sound, em Barcelona, em pleno verão? As fotos são da PlayGround Magazine.

*** Voltamos à nossa programação normal.


A melhor rádio de rock do planeta
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Lúcio Ribeiro

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* “É como ouvir college radio sem precisar ir para o colégio”.

* Eu já falei aqui uma vez sobre a emissora Sirius XMU, vou falar de novo. A XMU está dentro da SiriusXM, sistema americano de rádio por satélite que tem umas 2465 emissoras. Tem de tudo: uma estação que fala 24 horas sobre culinária húngara até uma outraa só sobre pocker, 24 horas.

Não é de graça. É um serviço pago. Tipo 15 dólares por mês. Mas está cheio de promoções, experimentações de um mês, degustações grátis de uma semana. Fora que, acredite, vale cada centavo de dólar.

Bom, a SiriusXM, o sistema, tem a emissora do Howard Stern, tem emissoras sobre cada um esporte que você possa imaginar, tem canais de stand-up comedy non-stop, tem tudo. Uma sapeada quase agora pelo Howard Stern deu para ver o impagável apresentador debatendo sobre a pronúncia correta de “guacamole” e em outro quadro dele entrevistando um gay que casou recentemente e pedindo para ele explicar como se decide quem é o marido da relação.

E na SiriusXM tem, óbvio, dezenas de rádios de música.
Tem rádio que toca Pearl Jam 24 horas, tem a rádio Elvis, tem uma rádio só para o grupo progressivo yes, tem a espetacular Radio One inglesa, tem a rádio Grateful Dead, tem a Lithium que é só Nirvana, grunge, Seattle, tem tudo.
E tem a que eu quero falar de novo, a Sirius XMU, a do slogan lá em cima, das college radios.

Agora, por exemplo, enquanto escrevo, nela está tocando Tanlines. Tocou Arctic Monkeys, Lower Dens (uma das minhas bandas novas prediletas), Blood Orange, Poliça. Muita banda nova, bandas antigas classe, bandas que interessam. Mudou para Unknown MortaL Orchestra e já está em Jack White ao vivo de Nova York, acho que exclusivo da XMU, se eu entendi.

Banda norte-americana domina, o que é muito bom, porque hoje em dia no quesito “bandas novas” os EUA estão massacrando a Inglaterra. A situação está feia na terra da Rainha. Está virando uma terra deserta de bandas e ideias, porque só alguns mais conhecidos estão com trabalhos interessantes. O resto está devagar. Tanto que festivais médios e pequenos estão todos sendo cancelados, por falta de compradores de ingressos. Enquanto isso, nos EUA…

(Agora está tocando Toro Y Moi, a ótima “Girl Problems”, que veio emendada na nova do Hot Chip)

A música toca e você tem informação no site quem tá tocando, de que álbum é a música. Com o app de iPhone, caprichadíssimo, escuto a rádio no meu carro, fazendo caminhada, tomando banho etc.

Se a XMU só tocasse música, ela já seria espetacular. Mas ela vai além.
* Não é uma rádio mecânica. Tem DJs. E alguns incríveis, que falam bem, são motivadores sem ser “Jovem Pan”, são informativos, sabem do que estão falando. Meus prediletos são o Jake Fogelnest, todo dia de manhã, e a “simplesmente” Julia, toda noite.
* Tem sessions exclusivas, fazem streaming exclusivos de shows, levam artistas para entrevistas e divulgação de músicas novas no calor dos lançamentos.
* E, o mais bizarramente bacana, tem o BLOG RADIO, programas diários entregue a alguns dos principais blogs indies americanos. O sensacional programa do Hipster Runoff, com a locução mais maluca da história do rádio em qualquer formato, rola às segundas. O do My Old Kentucky é na terça. Brooklyn Vegan, quarta. Gorilla Vs. Bear na quinta. Aquarium Drunkard acontece às sextas.

Alguns exemplos “práticos” de belezuras da Sirius XMU.

1. A fofésima banda Best Coast tocando “Last Year” em linda session. Oh, Bethany…

2. Laninha del Rey fazendo versão exclusiva e matadora de “Video Games” ao vivo no estúdio da XMU

3. O ótimo The Drums ao vivo no estúdio da XMU fazendo cover de “Birthday”, impressionante e difícil canção do Sugarcubes, a ex-banda da Bjork, quando ela ainda era legal

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São Paulo enquanto Londres. Mouse on Mars toca hoje na cidade. Man or Astro-Man também. The Drums fechado para julho. Tame Impala fechado para não-sei-quando
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Lúcio Ribeiro

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* Eu não vou nem falar do incrível Sónar SP e suas 50 atrações, que acontece amanhã e sábado na cidade, num “Anhembi diferente” (Vamos ver, vamos ver…), talvez o melhor festival do ano na cidade, pelo menos o que olha mais para o futuro.

* Hoje na choperia do Sesc Pompeia acontece o Nova, festival multimídia de cultura contemporânea que serve como um aquecimento bom para o Sónar SP. Pelo menos na mesma vibe. A parte musical do Nova promove hoje à noite, a partir das 21h30, shows da dupla alemã de eletrônica ambient Mouse on Mars. A experimentação toca começa na verdade com o americano de um certo hip hop lo-fi Gonjasufi, da turma do Flying Lotus. Noite para se experimentar no Sesc. Mesmo.

* Mais tarde, a surf music desmiolada do grande Man or Astro-Man?, do Alabama, faz show para terrestres da Liberdade, no Cine Joia, depois de abasbacar o público na Virada Cultural, segundo testemunhos. Man or Astro-Man? não tem muito erro.

* Para fechar o post, sem muito detalhes ainda, é com alegria que anunciamos os shows das bandas The Drums (provavelmente em julho) e Tame Impala (provavelmente depois de julho). A primeira, favoritos da casa, volta ao Brasil depois de um show “acidental” no Estúdio Emme, no ano passado. Já a segunda, molecada australiana que pensa que está na Califórnia nos anos 60, vem pela primeira vez, atendendo a muuuuuuitos pedidos. Locais, datas certas e tudo mais, nas próximas semanas chegam as infos.


Depois da ópera do Damon Albarn, o balé do Mark Ronson. Estrelando: Miike Snow, The Kills, The Drums, Rufus Wainwright, Wale e Boy George
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Lúcio Ribeiro

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O produtor inglês Mark Ronson, que hoje em dia dispensa apresentações, a cada semana tem seu nome envolvido em um projeto. Ele é tipo o Jack White do pop. Não pára quieto, não pára de se meter nos projetos alheios (não estamos reclamando), de lançar os seus, de produzir isso e de relançar aquilo. Desde de que ele colocou a Amy Winehouse em todas as listas de mais vendidos do mundo, Mark Ronson se especializou em criar sucessos. Seja para ele mesmo ou para outras figuras da música, tão distintas uma da outra como Black Lips, Adele e Rufus Wainwright.

Daí, quando você lê que ele acaba de produzir um espetáculo de balé e essa notícia chega bem no dia primeiro de abril, você até desconfia.

Mas, a coisa é séria. E MUITO melhor que a gente desconfiava. O jornal inglês “The Independent” entrevistou Ronson sobre a produção e acompanhou um dos ensaios. E, pelo que publicou, nunca houve nada tão grandioso e tão pop ao mesmo tempo na Royal Opera House, tradicionalíssima sala de ópera de Londres.

O espetáculo de dança em questão, Carbon Life, vai estrear nesta quinta-feira, dia 5, e fica em cartaz durante o mês de abril. Tudo começou quando há dois anos o coreógrafo Wayne McGregor pediu a Ronson que ele se encarregasse da trilha de uma de suas peças, fazendo alguns efeitos sonoros e intervenções necessárias. O próprio McGregor já havia feito um espetáculo, “Chroma”, usando versões orquestradas de músicas do Jack White.

Desafio aceito, Ronson foi logo montando sua entourage. E claro que, tratando-se dele, a equipe montada não foi nada fraca. Primeiro, ele juntou-se a Andrew Wyatt, líder e letrista do Miike Snow, que de cara compôs NOVE melodias para o show. Juntos, chamaram Alison Mosshart do The Kills, Jonathan Pierce do The Drums, Boy George (!!) e o rapper Wale, para que eles cantassem e ajudassem nas letras. Os arranjos orquestrais ficaram nas mãos do excêntrico Rufus Wainwright.

O tema da peça será o amor pela visão de Jung, objeto de estudo de Andrew Wyatt quando foi convidado por Ronson. E pela visão dos convidados, também. Todos os artistas foram “brifados” e acomodaram suas letras ao tema, cada um falando de amor a sua maneira.

Ao “Independent”, Ronson resume:

“Alguns trechos da Alisson parecem essas cartas de amor selvagens e turbulentas, colocadas em uma canção. As letras do Jonny (Drums) contemplam como o amor pode ser algo incrivelmente puro, como se fosse uma extensão da natureza. E o Wale fala de uma maneira mais contemporânea, de como às vezes só estamos tentando levar uma garota pra casa, e que tudo o que falamos é só uma maneira de atingir esse objetivo. Se você perguntar a alguém sobre o amor, todo mundo terá uma interpretação diferente dele.”

DETALHE: todos os artistas convidados participarão da peça, incluindo Mark Ronson com sua banda, tocando ao lado da orquestra. Os convidados se apresentarão no meio dos bailarinos. Os preços variam de 3 a 42 libras. Você leu certo: de $12 a $126 reais! o.O Neste link, você pode ver Ronson e o coreógrafo McGregor falando sobre o processo de criação.

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The Drums surfando no Sxsw 2012
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Lúcio Ribeiro

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* Popload no Texas. Sxsw 2012 em Austin.

* Estou até que bem este ano. Já vi 120 shows/eventos em três dias. Só perdi outros 750 MIL que eu queria ver. Às vezes é bom nem vir para um festival assim, de tanto que se perde… … … NOT!

* O adorável grupo indie americano The Drums anda tocando direto pelo South by Southwest, em festinhas, na programação oficial. Eu tenho um problema com o Drums, que eu nunca pego eles num lugar em que o som esteja bom. Anos atrás, no incrível Stubbs, terreno baldio com descaída irregular e árvore no meio que fica no fundo de uma churrascaria, onde o som é sempre bom, naquele dia, naquele show, estava ruim. Uma vez em Londres, aquela do Brasil, também. Pensei: desta vez vai. Não foi (ok, tava melhor que as outras)…

Mas beleza, como sempre, apesar dos pesares, o show foi legal. Gosto tanto do disco deles do ano passado, “Portamento”, uma das grandes pérolas de 2011, que vou ver se vejo eles de novo hoje, haha.

Nem com som ótimo, nem do disco do ano passado. Fiz um videozinho do primeiro hit deles, “Let’s Go Surfing”. Vê que fofura.

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Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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>> Shows, Festivais & o Morrissey (uma categoria à parte, obviamente)

* ALL ON BOARD: Flight Facilities toca em São Paulo no mês mais agitado de todo o sempre. Março.
* Opa, abril reagiu: BOB DYLAN fará SEIS shows no Brasil entre os dias 17 e 24. Whooa.
* Bob Dylan veio para contrariar a Teoria da Conspiração da Logística de Porto Alegre.
* Entenda a Maldição da Logística de Porto Alegre e saiba por que o MORRISSEY não vai mais tocar na cidade.
* Abril tá logo ali. Maaas, e pra setembro do ANO QUE VEM, você tem planos? O ROCK IN RIO anunciou 2 atrações de peso para 2013. Não podemos (deixar de) esquecer.
* Também em abril, não se esqueçam, tem show do JAMES. Aquela do melô do “Cidão” (“Sit Down”).
* DURAN DURAN fará TRÊS shows no Brasil.
* Na Argentina, o Duran Duran puxa a lista de shows que ainda tem Dr. House (hehe) e THE DRUMS!
* Quer ver o HOWLER de de graça? Vai ser o show do ano e aviso desde já. Para concorrer, é só deixar um comentário aqui.

>> POPLOAD UK TOUR 2012

* BLACK KEYS ao vivo em Londres.
* Saiba como foi a NME AWARDS TOUR 2012, com Two Door Cinema Club, Metronomy, Tribes e Azealia Banks.
* BEM-VINDO AOS ANOS 90, glr!

*Skrillex fase miguxa

>> FATOS (e boatos?) que marcaram a semana:

* ÓÓónnn: Feliz Dia dos Namorados com o JACK WHITE! *veja fazendo coraçãozinho com as mãos*
* E Feliz Dia dos Namorados com o THE DRUMS!
* SLEIGH BELLS lança novo disco e leva o indie ao The New York Times.
* E o nosso vídeo predileto da semana é da nossa banda brasileira preferida do momento: SUBBURBIA – “When Trance Was On Fire”.
* Direto do closet: uma cover fofura para a LANA DEL REY.
* Difícil de explicar, então vou resumir: vídeo indie brasileiro com diretora norueguesa, uma atriz-vietnamita e filmado no País de Gales.
* BLACK KEYS (e o Zane Lowe) salvando o ROCK. Sim, de novo.
* SKRILLEX, o teu passado te condena, amigão.
* Apesar de tudo, Skrillex, gostamos de você.
* O GRAMMY e o incrível mundo das pessoas que não conhecem o Paul McCartney
* Um minuto de silêncio: um tributo indie para a Whitney Houston.

>> Para encerrar, O Melhor do Twitter: Bonny Bear Edition


Vêm mais shows por aí: Duran Duran, Dr. House e The Drums. Tudo na Argentina…
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Lúcio Ribeiro

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* Ow!

* Conversas dos bastidores dos shows na América do Sul apontam que a Argentina anuncia hoje a vinda da veterana banda inglesa Duran Duran para uma miniturnê latina em maio. O Chile vai no embalo e deve repetir o anúncio para Santiago. Brasil?

* A deliciosa banda indie americana The Drums, responsável por um dos álbuns mais legais do ano passado, baixa de novo na América do Sul em meados de abril, parece que vai ser anunciado em breve. A info é forte que Argentina e Chile divulgam em breve as apresentações da banda de Jonathan Pierce por lá. Brasil?

* O ator inglês Hugh Laurie, que encarnou o famoso personagem House, o peculiar médico da série de TV, vem para a região com sua faceta “blueseiro americano”, para show na Argentina em 8 de junho no Luna Park. Laurie, agora focado na música depois que “House” foi descontinuada, vem mostrar seu primeiro álbum de estúdio, lançado no ano passado, um disco de cover de blues. House, enquanto Laurie, acha que nasceu em New Orleans. No dia 12 de junho, Dr House se apresenta em pessoa física em Santiago, no Chile. Brasil?

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Os melhores de 2011 da Popload – a música, a banda, o disco e o show do ano
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Lúcio Ribeiro

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Ê, 2011!!! O staff da Popload se reuniu, quebrou a cabeça, pensou, pensou e resolveu que a gente elege o seguinte:

* MÚSICA DO ANO – “Video Games”, Lana Del Rey

Sorry, people. A menina apareceu como um furacão. Não bastassem sua voz linda, seu jeito “sofrido” de cantar, suas músicas absurdas, as letras onde cada palavra-frase são de matar, seu “shape” de boneca, seus vídeos, sua proximidade com o cinema em tudo, sua definição perfeita como “gangsta Nancy Sinatra”, sua turnê por programas europeus bizarros, sua performance arrasadora no Chateau Marmont, já ter tido TRÊS convites para tocar no Brasil, não bastasse tudo isso o entorno de Lana Del Rey é profundamente atraente. E quando digo “entorno”, não pense errado: quero dizer seu extra-música, as fofocadas, sua boca “fora de padrão”, sua carreira obscura anterior, sua aura misteriosa, sua mudança de nome. Aí, quando apareceu essa “Video Games”, esquisita, ritmo próprio, letra confessional chorosa de uma garota que bota o vestido predileto dele, o perfume que ele gosta e leva seu corpo “downtown” para o cara e o cara despreza. A referência de cinema no vídeo (que veio logo junto com a música), o tal indie cinematic slowcore. Ela cantando “Heaven is a place on earth with you/ Tell me all the things you want to do/ I heard that you like the bad girls/ Honey, is that true?”. Não teve para ninguém!

* Top 10 das músicas do ano

1. “Video Games”, Lana Del Rey
2. “Money”, The Drums
3. “Yonkers”, Tyler the Creator
4. “The Bay”, Metronomy
5. “Roller Coaster”, The Rapture
6. “Post Break-Up Sex”, Vaccines
7. “Don’t Sit Down Cause I’ve Moved Your Chair”, Arctic Monkeys
8. “DNA”, Kills
9. “Gold on the Ceiling”, Black Keys
10. “True Blue”, Dirty Beaches

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* BANDA DO ANO – Foo Fucking Fighters

Nas brumas de uma certa renascença do grunge que baixou sobre 2011, o Foo Fighters foi o representante mais óbvio, mais certeiro, menos velho, mais energético. Lançou um disco poderoso que ao mesmo tempo manteve a chama de 1991 acesa, era conservador e moderno, dialogava com o pop, o indie e o metal, tudo na mesma intensidade. O álbum pegou primeiro lugar em 12 países, incluindo “só” os dois principais: EUA e Reino Unido. A fama de “gente boa” de Dave Grohl só cresceu. Fez barulhos com os vídeos, com a participação especial de gente importante da história do rock, no disco e nas apresentações ao vivo. De Alice Cooper e Lemmy Motorhead a gente do Queen e Led Zeppelin. Tirou Krist Novoselic da aposentadoria e ajudou muito no falatório intenso de Nirvana. Fez uma brilhante turnê por garagens de “pessoas comuns” nos EUA. Garagens mesmo. Abalou a Inglaterra com dois shows de verão no monumental Milton Keynes Bowl. No Lollapalooza de Chicago, tocou na chuva, ao vivo pela internet e para o mundo. Deixou o Brasil em suspenso na história do vem-não vem para o Lolla BR. Que mais, Dave?

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* DISCO DO ANO – “What Did You Expect from The Vaccines?”, The Vaccines

Esta é a nossa parte menos convicta, porque desse Top 10 dos discos abaixo cabem pelo menos uns cinco em primeiro lugar. Mas talvez o melhor disco indie-roqueiro lançado no ano (porque existe uma váriedade enorme de indie-alguma coisa hoje em dia) seja o dos Vaccines, que saiu lá em janeiro e não chamava “What Did You Expect from the Vaccines” à toa. Primeiro porque representava uma das poucas guitarras “mais puras” (leia-se “sujinhas”) no meio de todo esse meio musical pop feminino choroso (Adele), de dubstep (Pendulum), dance (Metronomy), cabeça (Radiohead). E depois porque é o disco que os Strokes adorariam ter feito (mas não fizeram) em 2011, se ainda estivesse com o mesmo gás de 2001. A gente fica por ora com ele. Mas se tivesse dado o do Drums, o Kills, o Metronomy, o Rapture, tudo certo também.

* Top 10 dos discos do ano

1. The Vaccines – “What Did You Expect from The Vaccines?”
2. The Drums – “Portamento”
3. Arctic Monkeys – “Suck It and See”
4. The Kills – “Blood Pressures”
5. James Blake – “James Blake”
6. Metronomy – “The English Riviera”
7. Tyler the Creator – “Goblin”
8. The Rapture – “In the Grace of Your Love”
9. Noel Gallagher – “High Flying Birds”
10. Foo Fighters – “Wasting Light”

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* SHOW DO ANO – Interpol, no Clash Club

Primeiro as ressalvas. Show do ano aqui abarcou apenas os assistidos no Brasil. Nada de “Eu vi o Sebadoh debaixo de uma ponte de Portland”. Segundo que a gente, por questão de envolvimento direto, deixou de fora quase todos do Popload Gig, o que em si é um pecado, mas enfim. A gente personificou todos eles (LCD Soundsystem, Kills, Metronomy) num só, o do Primal Scream, que foi o mais “elevado” de todos. Noves fora, escolhemos um que foi uma surpresa até para nós: o do Interpol no Clash Club. Primeiro porque um show do Interpol ser bom (leia-se significativo) em 2011 era pouco provável. O tempo deles parece/parecia ter passado, o último disco deles é fraco, nem é deste ano (é de 2010) e eles JÁ TINHAM feito um show médio no dia anterior, no Planeta Terra Festival. Qual a chance?
Segundo porque era um show perfeitamente “pulável”, por uma série de fatores.
Mas uma conjunção cósmica fez o Interpol operar um milagre.
O som confuso e descontrolado do Clash conspirou a favor: o lugar estava uma “garagem” e o volume, muuuuito alto. A galera, composta realmente por fãs, contagiou o palco, que contagiado contagiou a galera, que… Isso dá um outro caráter até em show do NX Zero. Naquela noite, existiu amor em SP.
O grupo foi certeiro nos hits, que não são poucos. As músicas que sempre soaram deprês (característica do Interpol) pareciam vivas e felizes, mesmo na desgraça. Veloz e furiosa, cheguei a escrever em algum lugar.
Paul Banks sorriu no palco várias vezes, fato quase impossível de acontecer. O ano era 2011 e o bairro era a Barra Funda, mas parecia que estávamos ou no Brooklyn (Nova York) ou em Shoreditch (Londres) em 2003, quando o novo rock estava estourado e emocionante.
É o típico show que, se a gente não fosse, nunca iria ficar sabendo que tinha perdido a oportunidade de ficar feliz com a música novamente, com uma banda, numa noite besta de domingo.
Se fosse possível e desse tempo de percebermos isso antes e chamar todo mundo para ver, seria a twittada ou a “facebookada” do meme “Vem Gente” mais valiosa de 2011.

* Top 3 dos shows do ano (no Brasil)

1. Interpol, no Clash Club
Sem mais…

2. Primal Scream, no HSBC Brasil
A banda pediu “Come Together” e todo mundo lá atendeu. Uma festa psicodélica retrô indie dance moderna. Foi o show de uma banda que representa várias bandas da história tocando um álbum que até hoje é ouvido em muitos álbuns novos. Entende a dimensão?

3. The Drums, no Estúdio Emme
Ouvimos um dos discos do ano, ao vivo, antes de ele ser lançado. Ouvimos “Money” pela primeira vez fora de Nova York. Vimos o Jonathan Pierce dançar de pertinho.

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OS SEUS MELHORES DO ANO – Agora é sua vez. Gostaríamos de saber qual seu show, música, banda, disco do anos. Diga aí nos comentários ou no Twitter, para eu montar uma lista de melhores segundo os leitores. Vamos?

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