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Arquivo : the rolling stones

GRRR! Aos 50, Stones voltam explosivos, sexy e com a Lisbeth Salander “sueca”
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Lúcio Ribeiro

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Gente mega é outra coisa. Comemorando “apenas” seus 50 anos de carreira, uma das maiores bandas da história da música continua dando seu recado em alto e ótimo som (e vídeo).

Os Rolling Stones divulgaram na noite de ontem o “lado visual” de “Doom and Gloom”, uma das músicas inéditas lançadas por eles mês passado para bombar a divulgação da coletânea “GRRR! Greatest Hits 1962-2012”. A faixa, praticamente punk com riffs estridentes e vocal rasgado do Mick, ganhou um vídeo à altura, interpretado especialmente pela atriz Noomi Rapace, famosa por viver no cinema a hacker bissexual Lisbeth Salander, na trilogia “Millenium”, em suas versões sueco-dinamarquesas. Vale lembrar que neste ano foi lançada a versão “americanizada” com a Rooney Mara fazendo o papel. Outros papos da mesma coisa.

No vídeo dos Stones, Noomi aparece toda louquinha, faz gestos obscenos, caras e bocas, poses sexy, toca bateria, substitui o Mick Jagger e ainda paga um peitinho rápido.

“Doom and Gloom” marcou o retorno dos Stones após sete anos sem lançar músicas inéditas. Nesta comemoração pelos 50 anos de carreira, a banda inglesa marcou apenas cinco shows para este ano, sendo dois em Londres, um no Brooklyn e dois em Newark. O último show da série, que tem apresentações com duração prevista de três horas, será no Neward Prudencial Center, dia 15 de novembro, e terá transmissão ao vivo para o Brasil pelo canal Multishow, a partir da meia-noite.

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The Rolling Stones, 50
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Lúcio Ribeiro

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Uma das maiores entidades da história da música, os Rolling Stones completam hoje, 12 de julho, 50 anos de carreira. Foi nesta data, no ano de 1962, que eles subiram a um palco pela primeira vez, no Marquee Club, em Londres.

Naquela ocasião, Mick Jagger (vocais), Brian Jones (guitarra), Keith Richards (guitarra), Ian Stewart (piano), Dick Taylor (baixo) e Tony Chapman (bateria) começavam a escrever de vez uma das histórias mais lindas e tumultuadas do rock n’ roll.

Falar de Stones é fichinha, impossível fugir dos clichês. Por isso, a Popload destaca fotos, vídeos e reproduz abaixo um texto assinado por este escriba, especial para o UOL Música, falando do forte poder de influência que os Stones têm (e continuarão a ter) sobre bandas e artistas dos mais variados gêneros musicais.

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* Marquee Club, 12/7/1962

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* Marquee Club, julho/2012

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* Stones está no DNA de quase todas as bandas de rock

A história é mais que batida. Quando os Beatles apresentaram ao mundo o pop perfeito “yeahyeahyeah”, apareceram os Rolling Stones para “estragar” tudo com transgressão, picardia, sexualidade. Isso eram anos de 1960.

Mais do que uma influência necessariamente musical –até porque Jagger só existe um, Richards só existe um–, os Stones viraram nos 50 anos depois de sua formação uma influência comportamental, espiritual, nessa coisa rebelde que dá alma ao rock, da qual ele se gaba tanto.

E essa “partícula de Stones” é vista de modo natural até hoje, seja em bandas inglesas, da Austrália, suecas, do Brooklyn ou de São Paulo. Ou até nos próprios Stones, que adolescentemente teimam em se manterem na ativa até hoje, mesmo que seus integrantes sejam todos –ou quase todos– septuagenários.

Em maio deste ano, em São Paulo, o festival da Cultura Inglesa promoveu mais uma edição de seu evento anual, escalando a banda indie paulistana Garotas Suecas para tocar músicas dos Stones o show inteiro. Em que pese ser uma banda do agora, a incorporação stoniana do Garotas Suecas foi muito boa, sem maiores estranhamentos, sem parecer uma banda cover de ocasião.

E as músicas antigas da turma de Mick Jagger, ainda que na voz da nova geração, continuavam soando atuais. Porque Stones está no DNA de quase todas as bandas de rock, qualquer que seja a idade.

Em entrevistas que antecederam o “Garotas Suecas toca Stones” do festival, era comum o grupo paulistano citar a banda inglesa cinquentona como “influência fundamental”, mesmo que o som original do Suecas pouco tenha a ver com os Stones em si. “A primeira música que tocamos como banda, quando nos juntamos, foi ‘Jumping Jack Flash'”, disse o integrante de uma banda “dos dias de hoje” e que tem pouco mais de cinco anos de existência.

Quando ainda hoje, seja nas bandas novas, seja em eventos como as Olimpíadas de Londres, em que os Stones são um tipo de trilha sonora involuntária (campanhas de TV) e boatos de que a banda tocará na abertura dos Jogos, a impressão que dá é que muitos dos grupos de rock que ainda se formarão no futuro vão prestar muitos tributos ao quarteto de Jagger/Richards. Seja no som, seja principalmente na alma.

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* Alguns vídeos marcantes

*** Especial UOL Rolling Stones 50 anos. Aqui.

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