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Arquivo : Thomas Bangalter

Daft Punk cai na net e deixa americanos desapontados
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Lúcio Ribeiro

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Tudo bem que a gente aqui já cansou de ver Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo enquanto “humanos”, sem os capacetes do Daft Punk. Mas não deixa de ser notícia quando eles aparecem ao natural, juntos, fato que é meio raro de acontecer ou de se registrar.

E, graças ao Grammy, muitos fotógrafos ficaram de plantão no aeroporto internacional de Los Angeles para flagrar a dupla francesa pegando o caminho de casa, sem capacetes. Porque, claro, não se pode viajar de capacetes. Haha.

Thomas e Guy-Manuel foram flagrados usando bonés. O mais legal foi o comentário do famoso site de fofocas/entretenimento norte-americano TMZ: “We finally got to see Daft Punk without their helmets on…and it’s severely disappointing”.

O que será que o pessoal do TMZ esperava, hein?

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Então: o Daft Punk quis trollar o Grammy? E, afinal, quem é Daft Punk?
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Lúcio Ribeiro

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Ainda continua rendendo a noite gloriosa e histórica do duo francês Daft Punk dominando o Grammy, domingo passado. Eles, que venceram cinco prêmios graças ao disco “Random Access Memories” e até se apresentaram ao vivo pela primeira vez em anos ao lado do Pharrell, do Nile Rodgers e do Stevie Wonder, andam causando diversos comentários e, claro, teorias conspiratórias que apontam uma possível trollagem por parte dos franceses Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo.

Durante a transmissão, muita gente da nova geração foi para a internet perguntar: “Who is Daft Punk?”. Teve isso. Como um dia já rolou com o Bon Iver e com o Arcade Fire. Abaixo uma amostra.


Depois que a poeira baixou, começaram as “análises” dos vídeos da premiação. Como o Daft Punk é cercado de mistérios e geralmente foge dos flashes, muita gente anda imaginando que eles podem nem ter ido ao Grammy e mandado apenas figurantes vestidos de robôs. Outros indicam que, sim, eles foram, mas estavam à paisana, enquanto os “robôs falsos” recebiam os prêmios no palco e tudo. Mas há quem acredite também que rolou tudo beleza e, milagre, eles apareceram de verdade.

O fato é que a teoria da conspiração envolveu dois indivíduos que sentaram ao lado dos robôs, com tipos físicos similares ao Thomas e ao Guy-Manuel. Ficaram pertinho dos robôs, mais perto que o Pharrell ou o Nile Rodgers. Em uma das entregas de prêmio, Pharrell dá um abraço efusivo no que seria o Guy-Manuel “humano”. Em outra entrega, enquanto está toda a trupe em cima do palco, inclusive os robôs, a transmissão do Grammy foca de forma enfática nessa dupla que ninguém sabe de quem se trata.

Seriam eles? Seriam sósias? É coisa da nossa cabeça? Humans after all?

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* A verdade é que, #Spoiler, a dupla esquisita aí faz parte da equipe do Daft Punk e, dizem, ficaram com uma aparência “próxima” dos Daft Punk justamente para confundir as pessoas. Haha. O da esquerda é Cedric Hervet, que faz parte da equipe do duo. Já o da direita é Paul Hahn, manager da Daft Arts, escritório que gerencia a carreira do Daft Punk.

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O que toca na playlist de um Daft Punk? Parte 2
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Lúcio Ribeiro

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No fim do mês passado, a Popload destacou uma playlist selecionada por Thomas Bangalter, um dos Daft Punk, feita especialmente para a plataforma Spotify. Como a audição para o Brasil não rola, demos nosso jeitinho brasileiro.

Agora divulgaram a seleção da outra metade do Daft Punk. Guy-Manuel de Homem-Christo bolou uma sequência mais eclética, que vai do “respiro novo” Drake aos veteranos Rolling Stones e Ramones.

Este blog, claro, não liga para o fato do Spotify ainda não rodar no Brasil.


O que toca na playlist de um Daft Punk?
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Lúcio Ribeiro

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* Calma, Thomas. É só uma pergunta…

Um dos robôs gênios do Daft Punk, Thomas Bangalter – filho do “pai brasileiro” – fez uma seleção de suas canções favoritas “no momento” para a plataforma Spotify. Como o serviço não funciona ainda em nosso território, a Popload deu seu jeitinho brasileiro para a gente não deixar de ouvir o que o Thomas ouve.

Tem muita coisa da velha guarda, tipo Chic, Giorgio Moroder e Diana Ross. Mas também tem muitos suspiros atuais, do MGMT ao Strokes, passando por James Blake e Bon Iver. Manja muito o Bangalter.

A seleção dele ficou assim…

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Conexão Daft Punk-Bahia. Cantora produzida por “Pai do Daft Punk” faz show hoje em restaurante marroquino de SP
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Lúcio Ribeiro

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* “O Pai do Daft Punk”, parte 2.

A Popload segue sua saga de investigação em torno da vida e obra de Daniel Vangarde, também conhecido como Daniel Bangalter, e recentemente melhor conhecido como “Pai do Daft Punk”, em história campeã de audiência relatada neste espaço no início deste mês.

Em um resumo rápido, Daniel Bangalter, pai do Thomas-Daft-Punk, é um produtor musical francês conceituado nos anos 70 e 80. Fã de ritmos regionais, como a música latina, Daniel ajudou o Daft Punk a dar seus primeiros passos no início dos anos 90 e depois resolveu ficar “out” na virada do milênio. Largou a correria das grandes cidades e veio morar no litoral brasileiro, no pequeno vilarejo de Caraiva, interior da Bahia, onde “chegou luz há pouco tempo”, como diz o Thomas. Anos mais tarde, conheceu sua atual esposa, da cidade de Belo Horizonte. E, desde então, ele vive e convive no trajeto Bahia/MG.

Em terras brasileiras, Daniel abriu uma pousada e duas pizzarias (uma em cada estado relacionado) e, de uns cinco anos para cá, resolveu voltar a mexer com música independente, produzindo novas bandas e artistas, como a banda Caraivana, de samba raiz, que a gente já falou anteriormente.

Depois de toda essa história inicial, a Popload ficou sabendo que Daniel Bangalter produz uma outra cantora, espanhola, chamada Irene Atienza, que ele conheceu na Bahia. Com certa carreira consolidada no meio alternativo europeu, Irene atualmente reside no Brasil. Através da banda Caraivana, Daniel conheceu Irene e ficou tão encantado com sua voz que resolveu produzir seu novo disco. O pai do Thomas deu tanta atenção para o talento da cantora que resolveu levá-la para Los Angeles, onde gravou o disco “Gracias a La Vida” no estúdio Conway, onde o Daft Punk faz seus discos. Pensa.

Foto: Rita Araujo

O álbum é uma compilação de grandes canções latinas, com ritmos locais de Brasil, Argentina, México, Cuba e Espanha, indo da MPB ao tango. Irene é acompanhada pelo violonista Douglas Lora, da banda Caraivana e do duo clássico Brasil Duo Guitar, bem conceituado lá fora. O disco sai neste ano, mas a turnê com os dois apresentando o show em voz e violão já corre o Brasil desde o final do ano passado. Atienza foi vocalista da banda SambaConFlamenco, uma mistura de Brasil com Espanha. Mês passado, ela gravou uma participação especial na novela global “Flor do Caribe”, cantando, à convite do próprio diretor Walcyr Carrasco.

Daí que, veja só, Irene Atienza e Douglas Lora se apresentam HOJE em São Paulo. Eles tocam no Tanger, restaurante que fica na Vila Madalena (Rua Harmonia, 359), às 21h. Acho que vou colar lá, tive ótimas referências dela. E vai que…


Pai do Daft Punk, fundador acidental da dupla eletrônica mais famosa do mundo, tem pizzaria na Bahia. E mora em BH – Parte 1
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Lúcio Ribeiro

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O título acima bem que caberia no saudoso Notícias Populares. Mas, pode acreditar, está na Popload. E a história é real e incrível. Ontem (06/06), este espaço reverberou um dos assuntos mais comentados nesta semana dentro da cultura pop: a foto recente da dupla Daft Punk sem capacetes, tomando champanhe, em uma recepção feita em um dos escritórios da gravadora deles, a major Columbia Records.

Daí que dentro de toda a repercussão da tal foto, o comentário de um leitor chamou a atenção da Popload. De Minas Gerais, o assíduo leitor deste espaço, Anderson Muinhos, mandou essa: “Conheço o pai de um deles, francês casado com uma brasileira. (Ele) Tem pizzaria em Caraíva/BA. Mora em BH”. Boooom!

Exercitando seu esforço jornalístico, fomos atrás do Anderson, claro, para saber qual é a desta história toda. Ele, que nasceu no interior de Minas, mas mora em BH há quatro décadas, onde firmou família e tudo, contou que sua esposa, Marcela, é amiga da mulher de Daniel Bangalter, o pai do Thomas-Daft-Punk, chamada Mônica. “A mulher do Daniel tinha uma franquia de uma escola de inglês e minha mulher trabalhou com ela. Depois, a Mônica vendeu a escola (para a irmã) e começou a namorar o Daniel. A amizade vem daí”, relatou o Anderson, que contou que o Bangalter possui uma pousada e uma pizzaria na pequena cidade de Caraíva, litoral da Bahia, mas sempre fazendo o circuito Caraíva-BH. Bangalter é produtor musical desde os anos 70 e andou botando a mão em uma banda de samba de raiz, chamada Caraivana.

Daniel Bangalter (de vermelho) com a banda de samba raiz Caraivana, em foto tirada no início deste ano, na Bahia

Anderson e sua esposa foram convidados pela esposa do Bangalter para assistir ao show de gravação do DVD desta banda Caraivana. Lá, Anderson conheceu e papeou com o pai do Thomas. “Daniel se sentou com a gente por um tempo, o cara é mega simpático. Uns meses depois, encontramos com a Mônica, perguntamos pelo Daniel e ela disse que ele tinha ido ao lançamento da trilha de “TRON: Legacy”, em Los Angeles, pois o filho dele era um dos responsáveis pela trilha, um dos Daft Punk. Ficamos de cara. E o Thomas é a cara dele”.

Depois de toda essa descoberta incrível, a Popload resolveu fuçar na vida e obra de Daniel Bangalter. Haha. Daniel nasceu na França em 1947 e foi um produtor musical e compositor conceituado nos anos 70 e 80. Artisticamente, ele utilizava o sobrenome Vangarde no lugar de Bangalter.

No início dos anos 70, Vangarde soltou um disco chamado “Le Monde Fabuleux Des Yamasuki”, junto com o produtor belga Jean Kluger, uma espécie de ópera rock psicodélica, misturada com elementos eletrônicos. Uma das faixas do disco, “Aieaoa”, mais tarde viria a ser o primeiro sucesso do grupo Bananarama, com o título “Aie a Mwana”.

Mas os trabalhos mais relevantes de Vangarde como produtor viriam na virada da década de 70 para 80, quando ele assinou a produção e ajudou a escrever os álbums “D.I.S.C.O”, do Ottawan, e “Cuba”, do Gibson Brothers. Mais tarde, ele trabalhou com o grupo La Compagnie Créole, de grande sucesso na França nos anos 80.

Nos anos 90, Vangarde deu um Minimoog para seu filho Thomas, que começava a se envolver com música. Nos primeiros anos do Daft Punk, foi Vanguarde quem mais ou menos guiou o duo com a produção de suas primeiras demos e em questões comerciais e de mercado. Talvez não seja exagero dizer que ele seja um terceiro Daft Punk, vai saber. O resto da história, todo mundo conhece…

No início da década passada, ele desencanou da música e se mudou para o Brasil. Veio para Caraíva, vila paradisíaca localizada a 70 km de Porto Seguro, na Bahia, local recheado de pousadas e com população em torno de mil habitantes. Vangarde queria sair da correria das grandes cidades e, em território baiano, fundou a ONG CaraivaViva, que visa melhorar a qualidade de vida no local através de programas de desenvolvimento voltados para educação, saúde, cultura e sustentabilidade, por meio de cursos e oficinas específicas para os moradores locais. Nesse meio tempo, Vangarde não mexeu com música.

Fã de ritmos regionais, como o latino, Vangarde voltaria ao “mercado” da música só em 2009. Ele foi um dos produtores do disco de samba do cantor e multi-instrumentista carioca Fábio Luna. Além dele, o francês produziu também a banda Caraivana, como já citado.

O que a Popload sabe é que Daniel Vangarde continua se envolvendo com artistas independentes daqui, mas isso é assunto para a “Parte 2” desta saga. Tá?

Não faz muito tempo, a cultuada Dazed and Confused soltou uma mixtape de quase uma hora de duração com faixas que pontuam a carreira do pai do Thomas entre os anos de 1971 e 1987, mostrando um pouco também – indiretamente – o que o Thomas cresceu ouvindo em casa para um dia formar a dupla de música eletrônica mais famosa do mundo.

Abaixo, algumas fotos do Daniel e vídeos dos artistas que ele andou produzindo por aqui nos últimos anos.

Daniel, em foto dos anos 70, bem a cara do Thomas, em foto dos 90’s

 

O pai do Thomas em um estúdio no Brasil

 

A dupla do Daft Punk sem capacetes, em foto que rodou o mundo nesta semana e deu origem a este papo todo

 

* Ensaio do cantor Fábio Luna e banda. O vídeo é filmado por Daniel Vangarde, que aparece no espelho do estúdio por volta dos 30 segundos.

* Calma, ainda tem a Parte 2 em breve. Haha.

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