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Popload on Sunday – Bem-vindo aos anos 90 (mesmo!), o casal Kiggy, a “nova Adele” e o Justice fazendo jus
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Londres.



* Inglaterra bombando big time. Racismo no futebol, crise de energia, crise de dinheiro, crise no “The Sun”, neve, mostra David Lynch no cinema, “Casablanca” estreando no cinema, três shows do Black Keys lotados, seleção sem técnico, seleção sem capitão, todas as reportagens e propagandas possíveis sobre romances antigos e o amor nos tempos da internet por causa do Dia dos Namorados e os “Muppets” estreando só agora por aqui.

* Aí o sério e poderoso diário “The Guardian” publica uma entrevista de uma página com o Kermit, the Frog, o nosso Caco, o Sapo, a principal estrela dos “Muppets”. 
Uma das perguntas: “É moda entre casais de celebridades ter um nome ‘fofo’ que os represente” Brangelina, para Brad e Angelina, Bennifer, para Ben Affleck e Jennifer Lopez. Kermit, como a gente pode se referir a você e Miss Pigg?”
A resposta do sapo: “A gente já tentou inventar o ‘Permit’ ou ‘Kiggy’, mas o nome nunca pegou…”

* O duo francês JUSTICE tocou ontem em Londres, no Brixton Academy, show há tempos esgotado. O Justice, você sabe, toca em São Paulo em maio, no Sónar SP. Não consegui ir, porque a Laura Palmer não deixou. Mas, dá para ver aqui embaixo, que o show foi um STRESS.

* ANOS 90 – O que estava ensaiado pelos EUA nos últimos dois anos atinge agora em cheio o Reino Unido. Os anos 90 são os novos anos 80. Eu falo dos anos 90 britânicos mesmo. Leio aqui e ali que uma nova onda retrô da última década dourada da cultura britânica, em música, cinema, moda, arte e comportamento, está em pleno andamento. Já contei aqui que:
- no filme americano “Young Adult”, que estreia no Brasil em março e tem a boneca Charlize Theron no papel de perturbada, é encharcado de anos 90 americano, da camiseta dos Pixies à trilha com Lemonheads, Faith No More etc. Mas a música “The Concept”, do britânico Teenage Fanclup, é tipo um dos personagens do elenco do filme.

– Em abril, aqui no Reino Unido, é lançado o já esperadaço livro “Skagboys”, do escritor escocês maluco Irvine Welsh. O livro seria uma prequela de “Trainspotting”, obra literária que depois virou filme. Ambos definiram os anos 90 britânicos na eletrônica, indie, drogas, bebida, violência, moda, relacionamentos e a grande “lad culture”, termo usado para “brodagem”, mas também para definir o “novo homem” dos anos 90, com tudo o que isso acarreta aplicado nos itens acima. Liam Gallagher e o Beckham são os maiores lads do planeta até hoje.
- Tem as volta$$$ dos Stone Roses, com a turnê mundial de 2012, e a tour britânica conjunta de logo mais do Happy Mondays com o Inspiral Carpets. O que era chamado de Madchester hoje é colocado como “Dadchester”. A foto do Bez aí embaixo, o dançarino doido do Happy Mondays e suas maracas, diz tudo.


- Vejo no “Observer” de hoje que uma exposição gigante em abril vai botar em grande destaque, de novo, o artista Damien Hirst, o artista-ícone britânico mais famoso do planeta nos anos 90 e um dos mais ricos até hoje. Hirst é o que fez arte pendurando animais mortos em instalações, de tubarão a vaca. Será a primeira retrospectiva britânica focando exatamente sua obra de 20 anos atrás.
- Tem bem mais coisas. Qualquer hora voltamos ao assunto. A reportagem do “Observer” diz que não tem lugar mais anos 90 hoje em Londres que Dalston, o bairro que anda “ditando a moda” na Inglaterra hoje.

* Nada é mais falado, lido, visto, em rádio, jornais, metrô, e enfeita vitrines de lojas de disco (as poucas que restam) do que a cantora soul Emeli Sandé, que lança o disco “Our Version of Events” amanhã aqui na Inglaterra. Se o disco “pegar”, essa cantora escocesa de ligações africanas, vai virar a nova Adele. Menos pop, mais soul-hip hop-trip hop. Fora que Emeli Sandé tem “Adele” no primeiro nome, mas tirado para não embolar a carreira. Emeli diz que deve sua música à adoração que tem por Alicia Kills. É levada à cena do hip hop/grime britânico pelas mãos os rappers Chipmunk, Professor Green e Wiley. E agora, com o disco próprio lançado, deve decolar para outras “plataformas”. Uma das principais músicas desse seu primeiro disco é “Next to Me”, aqui em versão ao vivo em programa da TV inglesa no mês passado:

* Talvez este post continue mais um pouco. Talvez não.


Popload UK Tour e os dinossauros extintos totalmente enormes
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Lúcio Ribeiro

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* Se é que é assim que traduz esse nome bizarro-cool de banda de um cara só mais falada no mundo nos últimos três dias, parece. E que para completar foi anunciado que toca no Brasil em maio.

* Popload em Glasgow.

* Até que enfim um dia não cinza por aqui, sol incrível e tal. Isso significa: lá fora está -3.

* Lançamentos de disco que agitam esta semana no Reino Unido (à medida que lançamentos de discos agitam alguma coisa hoje em dia) incluem o novo do Paul McCartney, a viagem até a Lua do Air, um do Pet Shop Boys e o do Mark Lanegan. Os veteranos estão trabalhando. De todos, só o do ex-Screaming Trees, que toca em abril em São Paulo, conseguiu manter críticas de altas cotações.

* Da moçada nova, tem ganhado destaque aqui um quinteto californiano chamado The Neighbourhood, cuja música bonitona “Female Robbery” eu tenho ouvido aqui e ali numa sequência boa para um grupo novo. “Female Robbery”, que sai como single em março, é um misto de Cold War Kids com trip hop, por mais absurdo que isso possa soar. O vídeo que usam para divulgar a música segue a linha cinemática da cantora “you-DEL-who” (adorei essa expressão) com imagens de filmes antigos.

* Fui ao cinema ontem ver “Young Adult”, filme com a boneca Charlize Theron bancando a louca que encana de voltar para a sua cidadezinha jeca para conquistar o jeca do ex-namorado dos tempos de colégio. “Young Adult” é obra da dupla Jason Reitman (diretor) e Diablo Cody (roteiro), que fizeram “Juno”. O filme estréia no Brasil em março, acho. Acontece que…
1. O filme passa parte dele em e menciona bastante Minneapolis, a terra do Howler. O que anda tendo na água de Minneapolis, hein? Como vivem, o que comem?
2. Aí a Charlize gata pega o carro e a estrada para voltar a sua cidadezinha para reconquistar o moço da escola. No caso, os tempos de colégio dela eram os anos 90. Minha geração vai amar as referências. O filme é contaminado por camiseta dos Pixies, música do Lemonheads e tal. E, óbvio, Charlize Theron era a gata “bitch” do colégio que todo mundo odiava. No caminho para a cidade, ela vai ouvindo uma fita cassete com uma mixtape que o ex-namo tinha gravado para ela. Em especial uma canção, que ela vai ouvindo sem parar, em looping: “The Concept”, do Teenage Fanclub, adorada banda que saiu daqui da cena de Glasgow para desbancar o Nirvana (ok, isso é uma outra história). Charlize cantando “She wears denim, whatever she goooooooes/ Says she’s gonna get some records by the Status Quo/ Oh yeah” é coisa bonita de se ver.
A trilha de “Young Adult” tem tudo isso que eu falei mais Veruca Salt (lembra?), 4 Non Blondes (haha), Dinosaur Jr., Suicidal Tendencies e umas versões instrumentais de Pearl Jam e Faith No More, entre outras coisas. A capa da trilha é esta:

* SÓSIA DO GEORGE CLOONEY – Haha. Coisas que só o jornalismo britânico faz por você. Li uma reportagem de uma página inteira sobre um grande concurso realizado na Irlanda para eleger o sósia do ator americano George Clooney. O tom do texto era de indignação. O ganhador, que bateu quase 800 concorrentes, não tem nada a ver com o ator. O título da matéria era: “Fella who looks nothing like George Clooney wins George Clooney lookalike competition”. Isso saiu no “The Sun”, mas TODA imprensa brit noticiou. No “Daily Mail”, o título era “Actor beats off 782 others to win George Clooney lookalike contest (only problem is he looks nothing like George Clooney!)”. Hahaha. O prêmio não é ruim: o “sósia” ganhou uma viagem para Los Angeles para assistir a cerimônia do Oscar. A cara do sósia do George Clooney? Pois não:

* Mais imprensa inglesa: o “Independent”, no seu último caderno The Information, com entrevistas com Justice, tudo sobre cinema, arte e teatro, deu a capa para um especial “As 50 Melhores Lingeries” do momento.

* TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS – O negócio é assim. Domingo passado, de novo no famoso clube King Tut’s, fui ver o que tanto falam desse TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS, atração em maio do Sónar São Paulo e um electrodisco às vezes dubstep (inglês), às vezes Chemical Brothers, às vezes Depeche Mode, num jeitão Boss in Drama. O som é loucura, molecada enlouquece, tudo muito louco quando se envolve o TEED. Ou TEEDinosaurs. O cara-banda, de Oxford, ganha muito na voz, bonitaça, sensível, tipo James Blake, que fica linda quando colocada por cima da parada sonora toda que ele promove, com uma mesa cheia de funções e apetrechos que vão de buzina a emulador de bateria, na hora que ele quer bancar o Prodigy, haha.

Veja bem: o nome dele é só Orlando. E ele se apresenta vestido de dinossauro.

O King Tut’s nem é grande, mas o show estava sold-out havia tempos e a porta completamente abarrotada de gente procurando ingresso, coisa bem diferente da tranquilidade que foi chegar para o bombado Howler no sábado, por exemplo. Dentro, meninos e meninas bonitos dançando muito e cantando TUDO. Eu só conhecia duas músicas, uma era aquela deliciosa “Garden”, do ano passado.

Abaixo um trecho de 3 minutos da apresentação do Totally Enormous Extinct Dinosaurs no King Tut’s e da interação com a platéia escocesa. “Só” não tem a voz dele propriamente dita, o que é legal. Mas dá para sentir o clima. A voz dele aparece bem mais abaixo, no player que traz o single novo que ele lança em abril, mas já está tocando direto na Radio One inglesa desde a semana passada. Chama “Tapes & Money”. O primeiro álbum dele, parece, sai em junho ainda. Antes, em maio, ele toca em São Paulo.

Tapes & Money [Soundcloud edit] NEW SINGLE 02/04/2012 by T-E-E-D

O TEED dá mais uma música nova, “Dream On”, para quem assinar a mailing list dele. Aqui.

* GRUFF RHYS NO BRASIL – Ventos gelados aqui do vizinho País de Gales já sopram desde ontem que o líder do querido grupo britânico Super Furry Animals toca em São Paulo, no Studio SP, dias 7 e 8 de março. Tem um show dele ainda em Curitiba, no dia 10. Havia uma possibilidade de o Super Furry Animals completo tocar em São Paulo neste primeiro semestre, andei sabendo. Mas não deve ter rolado.

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