Giorgio Moroder, 73, toca pela primeira vez em Nova York
Lúcio Ribeiro
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Considerado o pai da disco music, precursor da dance music e de tudo o que viria a ser empacotado no termo “música eletrônica” nas décadas seguintes aos anos 60, o produtor italiano Giorgio Moroder é reconhecido como um dos profissionais mais cultuados e sérios da história do pop.
Responsável por lançar a diva Donna Summer e assinar trilhas de filmes como “Flashdance”, “Scarface” e “Top Gun”, Moroder tem no currículo envolvimento com artistas do calibre de David Bowie, Freddie Mercury, Elton John, Information Society e, por último, Daft Punk.
Giorgio é homenageado na faixa 3 de “Random Access Memories”, disco lançado hoje. O som, simplesmente intitulado “Giorgio by Moroder”, é uma viagem no tempo de quase 10 minutos, mixando batidas insanas com depoimentos do próprio produtor, que disse sempre ter sonhado em se tornar um músico no final dos anos 60, mesmo o sonho sendo “muito grande”, mas que queria se envolver com a música de alguma forma para a vida toda. Comovente, até.
Essa colaboração com o Daft Punk fez Giorgio Moroder sair de sua zona de conforto. Além da música no álbum do duo francês, recentemente ele lançou a faixa “Racer”, tema de um novo joguinho do navegador Chrome, do Google, só com sons do aplicativo.
Na virada da meia-noite de ontem para hoje, coincidentemente o dia que o disco novo do Daft Punk chega às lojas, Giorgio Moroder fez um DJ set raro em Williamsburg, reduto hipster da cidade de Nova York, onde o conceituado artista se apresentou pela primeira vez na vida, fato inusitado, já que ele está com 73 anos de idade.
Durante quase duas horas, Moroder mostrou porque é uma das principais referências da música eletrônica se apresentando no clube Output com ingressos esgotados desde a semana passada, ao lado do DJ Chris Cox.
Classy!!!