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Arcade Fire bagunça a geografia e canta “Dust in the Wind”, do Kansas
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Lúcio Ribeiro

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* Dentro da galhofa cool do Arcade Fire de sempre homenagear de alguma forma o local onde está fazendo show, a parada chegou em Kansas City, onde a banda canadense tocou, sexta passada, dentro da Reflektor Tour.

Na hora de voltar do bis, o irmão de Will Butler, o Win, entrou com os bonecos para cantar a famosa “Dust in the Wind”, sucesso dos anos 70 do grupo progressivo americano Kansas, que deu o nome de seu Estado à banda.

Tudo bem legal, até Will Butler interromper o irmão com o Arcade Fire “real”, para o show voltar ao normal, como sempre faz. “Galera, a homenagem estava realmente bonita, mas essa é uma canção de Kansas em nós estamos no fucking Missouri”. Kansas City fica no Estado do Missouri e não tem nada a ver com Kansas, o Estado.

Mas, que ficou legal a cover, isso ficou…

Ontem à noite, o Arcade Fire se apresentou em St. Louis, também no Missouri, e acertou na geografia musical desta vez. O grupo mandou “Roll Over Beethoven”, do guitarrista Chuck Berry, um dos músicos mais famosos da história. Ficou cool também.

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As misturebas musicais pelo mundo, incluindo Horrors, Beck e Arcade Fire
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Lúcio Ribeiro

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Se tem algo que a gente curte são as versões inesperadas que alguns artistas fazem de outros. Tanto que as Popload Sessions estão aí para comprovar. É bacana quando uma banda ou artista sai do lugar comum e mete uma cover de surpresa em seu set. Nos últimos dias, duas chamam nossa atenção.

Na noite de ontem, a banda inglesa de indie dark The Horrors, que lança seu novo disco mês que vem, fez uma session e deu uma entrevista na BBC Radio One. Eles tocaram duas faixas de “Luminous”, o álbum novo que sai dia 5 de maio, sendo elas as boas “So Now You Know” e “In And Out Of Sight”. Sobrou espaço também para o grupo prestar sua homenagem ao recém falecido Frankie Knuckles, DJ e produtor que nos deixou no início do mês, conhecido como o grande pioneiro da house music de Chicago. Frankie faleceu precocemente aos 59 anos, em decorrência de problemas de saúde relacionados ao diabetes.

Na Radio One, o Horrors tocou a famosa “Your Love”. Diz o Faris que sempre foi fã do Knuckles e que a faixa é uma de suas favoritas, uma das melhores da “Chicago House” em todos os tempos. A releitura do Horrors pode ser ouvida dentro da session inteira, abaixo. A homenagem é ali pelo minuto 18:00.

* Da fria Londres para o sempre quente deserto da Califórnia, ainda reverberando o Coachella, Beck (estamos falando muito dele?) fez uma aparição surpresa no show do Arcade Fire, você leu aqui. Antes, em seu show, o cantor e compositor norte-americano tocou um pouco da ótima “Rebellion (Lies)”, que apareceu agora em vídeo profissional e lindão. Ele conta toda a historinha de quando conheceu o Arcade Fire tocando em um bar perto de sua casa, tipo dez anos atrás. Gênio.

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Arcade Fire fake recebe o Daft Punk fake no Coachella
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Lúcio Ribeiro

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* Haha, muito bom. A banda top canadense Arcade Fire, grande atração do Coachella 2014, iniciou o encerramento (me entende?) do segundo final de semana do festival californiano recebendo no palco a dupla de robôs Daft Punk. Fake. Mas beleza, porque o Daft Punk foi fake para receber o prêmio deles no Grammy. Então já perdemos a noção do que é fake e o que é real no pop hoje, principalmente com Arcade Fire e Daft Punk.

Foi um grande final para o Coachella deste ano. No primeiro final de semana do evento do deserto o grupo canadense convidou Debbie Harry, do Blondie, para uma cover de “Heart of Glass” e participação vocal em “Sprawn”. Neste segundo, foi Beck. E os tais Daft Punk.

O tradicional momento zoeira foi logo no começo do show do Arcade Fire. A banda falsa de bonecos cabeçudos, que costuma receber o nome de The Reflektors, chamou os robôs falsos como “special guests” e fizeram juntos uma versão malemolente de “Get Lucky”, megahit do Daft Punk. Daí Win Butler entra em cena para acabar com a bagunça com a tradicional pergunta “What the fuck is happenin’ here?”

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E então o show realmente começa, como sempre, com “Normal Person”, música lindona do novo álbum. O legal é que o Daft Punk fake não saiu do palco nessa.

Enquanto isso, e por isso, um monte de gente que estava em outros shows em outros palcos e tendas, quando soube que o “Daft Punk” estava no palco principal, largou as apresentações que via e correu para o show do Arcade Fire.

O Arcade Fire real recebeu ainda, no meio do show, o músico americano Beck, para ajudar a banda na execução do cover de “Controversy”, do Prince. O Beck e o Papa cabeçudo, haha (veja abaixo). Win Butler, na hora de introduzir Beck ao palco, o chamou de “papa”. O papa real. De novo a música pop sendo zoada e zoando.

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Outro momento especial do show do Arcade Fire foi que eles tocaram a devastadora música “Crown of Love”, sucesso antigo do disco de estreia deles, o “Funeral”. Foi a primeira vez nesta tour que a canção foi mostrada ao vivo pela banda. Win Butler no piano e a explosão musical incrível no final. Sempre emociona.

No final do “weekend 2”, a mesma coisa do “weekend 1” do Coachella. A banda fechou o show com “Wake Up” e quando a música estava acabando todos desceram do palco para continuá-la no meio da plateia, acompanhada da banda de jazz Preservation Hall.

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Arcade Fire elogia São Paulo: “O melhor público para uma banda tocar”
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Lúcio Ribeiro

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* Na verdade, para o Richard Parry, guitarrista e faz-tudo da banda canadense. Em entrevista em Índio, ao vivo, horas antes de seu arrebatador show no Coachella 2014, domingo passado, o membro do Arcade Fire falou à “mundialmente famosa” rádio KROQ, de Los Angeles, sobre o momento e a carreira toda do grupo. O baterista Jeremy Gara estava junto na conversa.

O papo, de 10 minutos, rolou sobre várias coisas: fazer xixi na Espanha, James Murphy, se os integrantes brigam etc. Perto do fim, a garota entrevistadora pede para eles escolherem um instante mágico ao vivo da carreira de 11 anos tocando pelo mundo. Uma experiência única, um “WOW moment”, um “I-can’t-believe-this-is-real thing”.

Os dois do Arcade Fire pensam, pensam e Richard vem com estas frases, reproduzidas aqui em livre tradução: “Estivemos dia destes tocando na América do Sul e nos apresentamos em São Paulo, onde tem o melhor público no Brasil. São Paulo tem o mais ‘musical’ público para qual uma banda pode tocar. Você sabe, tocamos em muitos festivais por aí e a audiência sempre canta junto, berram os refrões e coisa do tipo. Mas em São Paulo todo mundo canta não só refrão mas cada palavra, cada um dos versos de todas as músicas. Eles cantam até os riffs de guitarra (E começa a imitar como se canta riff de guitarra e até bateria). São tipo 30 mil pessoas fazendo isso”. Jeremy ri, concordando.

A entrevistadora fala algo assim, para completar a rasgação de seda a São Paulo: “Eu já bebi, tive conversas com essas pessoas (essa gente de São Paulo, haha) e eles não falam inglês mas entendem cada palavra do que você está dizendo”. Os integrantes do grupo canadense aprovaram o que ela disse.

A entrevista de 10 minutos dos dois Arcade Fire para a KROQ está aqui abaixo. O “momento São Paulo” chega ali no fim, por volta do minuto 8:30. Dá uma ouvida.

Video –

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Arcade Fire no Coachella: o show que não acabou. “Wake Up” no meio do povo
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Lúcio Ribeiro

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* A fase do Arcade Fire não está ruim, viu. Considerado melhor show do Lollapalooza de São Paulo, melhor show do Coachella, melhor show hoje no planeta. E ainda temos eles de headliner no Primavera Sound, Rock in Rio Lisboa, Glastonbury e outros pela frente.

No Coachella, no domingo, quando o show da banda acabou, o som foi desligado e as luzes começaram aos poucos a se apagar no palco, eles desceram à plateia para mais sete minutos de um set tipo acústico e bem exclusivo para quem estava ali perto. Com uma orquestra de jazz de New Orleans!!!

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Ao som dos “Ôôôôôôs” de “Wake Up”, a banda toda deu sequência ao hino deles lá embaixo, a mesma música que encerrou o show lá em cima. A banda toda mesmo: tipo os 12 componentes e os caras da banda Preservation Hall, a de jazz.

Tinha que estar perto para ouvir naquela confusão, mas a galera não deixava a música acabar. Win Butler balbuciando a letra junto com algo parecido com “Once in a Lifetime”, do Talking Heads. Foi doido. Tipo momento único para quem estava lá. E para a banda.

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Arcade Fire fazendo Blondie ontem no Coachella. COM A DEBBIE HARRY
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Lúcio Ribeiro

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* Essa foi boooooa!!

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Na semana passada, em show de Houston comentado aqui neste blog, o grupo canadense Arcade Fire tocou uma cover de “Heart of Glass”, hino master do grupo Blondie. Na noite passada na Califórnia, nesta madrugada brasileira, a banda enfeitou seu comentado showzão no Coachella de novo com a “Heart of Glass” do Blondie. Mas, desta vez, levando ao palco a sempre musa Debbie Harry (que quase levou um tombão em cena ao chegar ao microfone).

Arrepiante. Cruise on, motherfuckers!!

Para completar, ainda com Harry no palco, o Arcade Fire emendou sua “Sprawl”, cantada pela incrível Régine e sua dancinha cool. Debbie “Fucking” Harry balbuciou um backing vocal ali. E as duas terminaram a música dançando juntas.

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Para onde ir quando o amor acaba? O novo vídeo ao vivo do Arcade Fire
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Lúcio Ribeiro

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* U-uuû. U-uuû!

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Depois de fazer o melhor show do Lollapalooza Brasil, a banda canadense Arcade Fire está a caminho do Coachella Festival, que começa hoje na Califórnia. O grupo de Montreal (sabia que em Montreal dão-se quatro beijinhos no rosto para cumprimentar? homens e mulheres?) é o grande headliner de domingo.

O Arcade Fire também será headliner do Primavera Sound (Barcelona) e do Glastonbury (Inglaterra) e por aí vai. E foi do Big Day Out na Austrália e no Lolla BR. Este é o ano deles, ao vivo.

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Ontem, como um “aquecimento Coachella”, eles lançaram um vídeo meio que oficial da maravilhosa “Afterlife”, canção tocante do álbum “Reflektor”. Um outro vídeo para essa música, aliás. Desta vez ao vivo. Imagens e som tirados do show que a banda fez dia 31 de outubro do ano passado no Palladium, em Los Angeles, no Halloween. Em p&b.

When love is gone
Where does it go?
And where do we go?

I’ve gotta know!

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A vida após o Lolla: Arcade Fire faz show cheio de emoções em Houston
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Lúcio Ribeiro

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* Houston, we have a…

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Não é novidade que muita gente ainda está no status “depressão pós-show” com o Lollapalooza, especialmente os emocionados fãs do Arcade Fire. Depois da apresentação incrível que encerrou o evento, a banda canadense já retomou sua turnê pelos Estados Unidos, que inclui performances no Coachella nos dois próximos finais de semana.

Na noite de ontem, o grupo se apresentou em Houston, em show parecido com o daqui. O que mudou mesmo – como era de se esperar – foram as versões cover, que aqui no Brasil foram para Tom Jobim e Caetano Veloso. Em Houston, a banda mandou “Heart of Glass”, faixa clássica do Blondie.

Há alguns anos, apareceu na net um mashup incrível dessa “Heart of Glass” com “Sprawl II”, do próprio Arcade Fire, faixa que está no discão “The Suburbs”. Parece que uma completa a outra.

* Seguindo a linha “emoção”, o show de ontem marcou mais um retorno dos irmãos Butler Win e Will a Houston. Eles nasceram e cresceram em Woodlands, que fica ali na região. Win dedicou “The Suburbs” ao público local, dizendo que a música “era sobre deixar esta cidade, voltar e depois deixá-la de novo”.

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O Coachella e a arte de perder show bom. Que saudade do Lolla BR!
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Lúcio Ribeiro

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* Haha!

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* Para você que reclamava do choque dos horários do Lollapalooza Brasil, tipo o Vampire Weekend x Savages ou os emblemáticos Muse x Disclosure e New Order x Arcade Fire, dá só uma olhada no Coachella, o festival que para a Califórnia e o “planet of sound” nos dois próximos finais de semana, com dezenas de shows legais. Muitos deles, rolando em horários simultâneos. Divulgaram hoje de manhã e já está tirando o sono de uma galera que vai até o deserto.

No apanhado breve feito pela Popload, a coisa está mais ou menos assim:

* Na sexta-feira a situação é (um pouco) mais tranquila:
– Para quem é bem indie do indie e gosta de respirar música nova, vai rolar um conflito entre assistir Jagwar Ma e MS MR na faixa das 15h
– As babes HAIM e o veterano Jon Spencer Blues Explosion se chocam por volta das 16h30
– Ali pelas 20h, o negócio fica tenso: Chromeo x Broken Bells x Bonobo x Nicolas Jarr. Tá?

* No sábado, a função é um tanto violenta graças ao quantitativo de shows maior:
– O Cage the Elephant começa enquanto rola White Lies e Temples. Isso ali pelas 15h
– Bombay Bicycle Club, Banks e Chvrches medem forças às 16h
– Julian Casablancas bate de frente com Holy Ghost por volta das 17h
– O embate triplo entre Warpaint x Washed Out rola ali pelas 18h
(pausa: o dia ainda nem está na metade)
– MGMT x Future Islands brigam pelo público na faixa das 19h
– Quando a Lorde ainda estiver com o show no meio, começam Solange e Foster the People (20h e pouco)
– Às 21h tem Sleigh Bells em confronto com Pixies e logo em seguida começa QOTSA que tromba com o Mogwai e Empire of the Sun às 22h
– Claro, ainda não acabou. No fim da noite, perto das 23h, o headliner Muse (como tá a voz, Matthew?) vai dividir atenções com Pet Shop Boys, Skrillex, Darkside, Nas e um pouco do Pharrell Williams.

* O domingo é uma mistura dos dois dias anteriores: não tem lá tantos embates, mas a coisa fica nervosa perto do fim da programação:
– Às 15h, tem Courtney Barnett x Chance the Rapper
– Já às 17h, embatezinho chato entre Superchunk x Blood Orange x The Naked and Famous
– Mais tarde, 20h, Lana Del Rey x Daughter
– E, para mostrar que o Coachella não é bagunça, às 21h e pouco o Disclosure começa com o Beck rolando e depois o Arcade Fire inicia seu show com o do Disclosure ainda pela metade.

Está fácil a vida de quem vai ao Coachella? E isso foi o que vimos rapidamente. Deve ter mais tretas de horários. Vamos voltar a esse assunto, imagino.

Abaixo os horários.

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Lollapalooza Brasil 2014: Os 10 melhores shows
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Lúcio Ribeiro

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* Ok, gosto é gosto, tal e coisa. E cada um tem sua experiência pessoal, blablablá. Mas a Popload, numa atitude ousada e total sintonizada em tempos do “EU, EU, EU” do Twitter ou dos posts pessoais longos “incríveis” do Facebook, elaborou o “Ranking dos Melhores Shows do Lollapalooza e É Isso Aí”, baseado no gosto e na experiência pessoal de nossa equipe, mais a opinião de amigos bons e sinceros. E ainda uma pesquisa rápida encomendada por nós junto ao IPEA. Tudo isso, depois da pauleira do fim de semana, e daquela descansada na segunda-feira, pensando, refletindo, deu foi o seguinte:

((** Se você quiser mandar o seu ranking, posta aí nos comentários. A gente computa tudo e depois faz o “Ranking Definitivo dos Melhores Shows do Lollapalooza Brasil 2014”. E publica ainda por cima.))

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Os 10 melhores shows do Lollapalooza, para a Popload:

10º. JOHNNY MARR – Seja como for o show dele, irregular ou não, se aventurando a cantar ou não, é o Johnny Marr. Que ainda por cima levou o amigo Andy Rourke a Interlagos, para ajudá-lo a tocar Smiths. E de repente o Brasil veio 1/2 Smiths em ação. Isso NÃO É POUCO. Fora que, parece, o Morrissey vem ao país em outubro. Daí 2014 vai ser conhecido como o ano que o Brasil (quase) viu os Smiths inteiro, de alguma forma.

9º. VAMPIRE WEEKEND – Quem diria, o pior choque de horários do festival acabou sendo Savages x Vampire Weekend, de todos os anunciados e temidos. O grupo de Nova York pode não ser a melhor coisa ao vivo que você vai ver, apesar de terem muitas músicas boas nos três discos que lançaram. Mas fizeram mágica ao tocar ali naquela outra cidade (o palco Onyx), no final de tarde. O Tullio não nos deixa mentir.

8º. PIXIES – Você sabe. Não somos adeptos ao “vale pela nostalgia”, mas, nesse caso, valeu sim. Banda velha que toca música nova sem deitar sob os hits clássicos tem nosso respeito. E Joey Santiago continua Deus.

7º. JAKE BUGG – Nem o “jeitinho brasileiro” quebrou a marra desse míni Noel-e-Liam-tudo-junto-numa-só-pessoa. Nenhum “oi” para as menininhas se matando de gritar na frente do pequeno galã do rock inglês que tem o melhor cabelo do festival e não é de propósito. Não o confunda com Justin Bieber. Esse, em vez de uma coleção de bonés, leva para o palco uma coleção de guitarras. E toca, tirando suas músicas boas, Neil Young. Ele faz show para os indies-sujinhos que ficam atrás do pelotão histérico. Just.

6º. NINE INCH NAILS – O perfeccionista Trent Reznor esquecendo letra, apresentação mais básica que pirotécnica visualmente (quer dizer…), show de greatest hits, “clash” de fãs do “velho NIN” e do “novo NIN” na plateia. Nine Inch Nails humanizado. Thumbs up.

5º. DISCLOSURE – O melhor disco do ano passado ao vivo, mostrado sound+vision por irmãos eletrônicos que tocam as músicas todas, literalmente. Se alguns dos cantores convidados do álbum viessem ao Brasil com o duo, para dar cara às vozes, seria mais o show do festival do que se o Flume tivesse trazido o Chet Faker. Dá para entender o que eu quero dizer?

4º. FLUME – Você está ali, na tenda eletrônica, e vem um DJ boa pinta que só vai tocar músicas dele mesmo e não dos outros, com a exceção de duas ou três que ele mexe tanto que viram dele mesmo, sem remixar uma à outra. Apresentação de eletrônica com pausa entre canções. Atualíssimo, indo de dubstep ao hip hop e ao pop descarado sem quebrar o embalo. Se o Chet Faker tivesse vindo junto, seria o show do festival. Mas está bom o quarto lugar para ele.

3º. LORDE – Segurando sozinha um show minimalista para um mar de gente a perder de vista, mulheradinha gritando mais que ela. Sem banda completa nem cantoras de apoio. Dancinhas freak, olhar de louca, caras e bocas e muita atitude para uma menina de 17 anos. Sem falar que grande parte das músicas dela são boas. A menina não é bafo.

2º. SAVAGES – a música delas não é exatamente fácil. A banda entra toda de preto para tocar ao sol cáustico das 4 da tarde. A guitarrista incrível vive num mundo particular, a baterista é uma garota-animal, a baixista tem muito estilo e a Jenny Beth deve ser um dos melhores seres humanos que seguram um microfone hoje na face da Terra. Não dá para tirar os olhos dela: parece uma Ian Curtis sem a epilepsia no palco e com salto COR-DE-ROSA no pé, a única peça colorida naquele show. Pós-punk visceral fazendo sentido hoje, pensa! Alta-cultura do indie rock.

1º. ARCADE FIRE – a gente merecia vê-los de novo. Em nove anos, a “banda mais indie do TIM festival” virou a “a maior banda ~indie~ do planeta”. Show perfeito, do começo ao fim. Até as músicas mais tristes ganharam um ar tropical-caribenho e a festa teve fogos de artifício, papel picado, dancinhas, o homem-refletor. Merece o primeiro lugar só pelas músicas de Funeral e pelo casal Win-Régine, melhor casal-performance do rock.

** Estou esperando você retrucar nossa lista. 3, 2, 1…
*** Menção honrosa: Cage the Elephant. Ninguém de nós conseguiu ver. Só na TV. Daí, né… Se o show deles foi tão bom quanto a “Party” no Cine Joia, sexta, mereceria entrar na lista, talvez. Ah, e o Soundgarden também.

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