Blog POPLOAD

Arquivo : outubro 2012

Lana del Rey e a questão de gosto. Gosto de Pepsi
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem à noite vazou o EP inédito de NOVE músicas da cantora-babe americana Lana Del Rey, disco esse que acompanha o relançamento do álbum “Born to Die”, mas agora na versão “Paradise”. Beleza pura. O EP, já bastante falado aqui e acolá, tem entre outras o single-campeão “Ride”, a versão linda para a velha e cinematográfica “Blue Velvet” e a tal “Cola”, a da letra polêmica, também conhecida como “Pussy”. Na letra, Lana diz que sua “pussy” tem gosto de Pepsi. Tipo assim: “My pussy tastes like Pepsi Cola/ My eyes are wide like cherry pie”. Um trechinho de “Cola”, que nem está entre as melhores de “Paradise”. Acho.

A música apareceu em teaser em setembro, junto com os de outras músicas lançados por miss Del Rey para divulgar o tracklist do EP que acompanha o álbum e o torna um disco duplo. No dia em que os teasers todos foram divulgados, “Cola” no meio, a palavra “Pepsi” foi para TT mundial no Twitter, haha.
Bom, agora, temos “Pussy”, ou “Cola”, inteira.

“Paradise” sai agora dia 11 e 12 de novembro.

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Um showzinho bem pequeno e apertado do Passion Pit
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Lúcio Ribeiro

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* Não lembro se já publiquei algum show dessa série aqui, mas vamos lá. O Tiny Desk Concerts é um programete em vídeos de shows apertados, numa salinha apertada com estante de livros discos e tal, que acontece dentro do programa online semanal “All Songs Considered”, um dos mais importantes dentro da NPR, a central de rádios públicas incrível dos EUA. E tudo mais. Programa dentro do programa.
Bob Boilen, seu diretor, leva umas bandas ou artistas solo cool para desempenhar algumas músicas com mínimos instrumentos e a voz clara e sem efeito. Tipo o que rola dentro do táxi inglês, mas aqui num escritório “tiny”.
Lembro de shows bem bacanas com nomes como Wilco e Rufus Wainwright, por exemplo. Esqueço de ver na verdade.

Até que me chamaram atenção para um concertinho que rolou anteontem, na NPR, dentro do Tiny Desk Concerts. O da banda americana Passion Pit, que tem show marcado no Brasil em 2013, dentro das muitas bandas do Lollapalooza. Daí que Michael Angelakos sentou ao piano, esprimido ao lado da estante, e levou o guitarrista Ian Hultquist pra sentar num banquinho e ajudá-lo a cantar três músicas por 10 minutos. E daí, assim, Angelakos soltou seu falsete sem dó em “Take A Walk”, “Sleepyhead” e “Carried Away”, aqui em versões… tiny.

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O novo vídeo tenso do Madrid na Augusta
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Lúcio Ribeiro

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Novo orgulho do indie (inter)nacional, o explosivo duo de músicas implosivas Madrid, formado pelo ex-cansei Adriano Cintra e pela ex-bonde Marina Vello, acaba de lançar um novo e tenso vídeo para a maravilhosa “Bride Dress in a Frame”, um dos destaques do lindão disco de estreia dos paulistanos.

O vídeo, que tem direção de Brenno Costa e o crivo da descolada Noisey, foi filmado na Augusta e aborda temas polêmicos como religião, violência e sexo na vida de um cobrador de ônibus que perambula pelo reduto indie de SP. O Adriano é pastor. A Marina, bem, é uma das “mulheres da Augusta”.

* Recentemente, o Madrid fez elogiadas apresentações em Londres e nos festivais brasileiros No Ar Coquetel Molotov (Recife) e Planeta Terra. Eles já têm uma Popload Session no currículo também. O álbum de estreia pode ser ouvido na íntegra, abaixo.

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Se o Andrew Bird precisasse de você…
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Lúcio Ribeiro

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* Auuuuuuuuu!

* São Paulo e Rio precisam do Andrew Bird: Revelado aqui na Popload semana passada, o talentosíssimo e muito especial músico indie-folk americano Andrew Bird pode tocar em São Paulo e Rio de Janeiro em fevereiro de 2013, através de uma ação de crowdfunding internacional do Songkick, conhecido site inglês de consulta de shows. Saiba aqui como tornar esse show possível. Depende de você. Starts with you, hahaha. O provável show de Andrew Bird em São Paulo tem a chancela do Popload Gig, envolvido em uma pequena ajuda logística e de consultoria. Esse já está garantido (se a maioria das cidades latinas alcançarem a cota de 6 cidades / 6 shows). Faltam ainda 54 ingressos para sacramentar o show do Rio, nessas condições. Tamo junto. Reage, Porto Alegre.

* Se Andrew Bird precisasse de você: Ontem, no programa do entrevistador americano David Letterman, o multiinstrumentista Bird tascou a lindaça “If I Needed You”, música que está em seu novíssimo disco, “Hands of Glory”, lançado ontem também com algumas inéditas e várias covers. É o segundo disco que Andrew Bird lança neste ano.
Na apresentação do número musical de Bird no programa, o Letterman disse mais ou menos assim: “Quando você quer trazer ao programa uma atração musical especial, você não consegue ninguém mais especial que isso. Se eu tivesse alguma habilidade musical que fosse, eu queria que esse cara me acompanhasse para onde eu fosse tocar”. E chamou o Andrew Bird ao palco.
Entendeu, São Paulo?

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Diplo apavorando o Halloween inglês
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Lúcio Ribeiro

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* Gritos femininos desesperados, sons do além, risadas macabras, clima de “American Horror Story”, tudo “enfeitando” um DJ set poderoso de duas horas especial Halloween para a versão digital da Radio One inglesa, a BBC Radio 1Xtra, feito pelo DJ e produtor americano Diplo, padrinho gringo do funk carioca, tio do Bonde do Rolê, dono do selo-balada-agito Mad Decent, cabeça do Major Lazer (Alô, Lollapalooza Brasil 2013), mano do hip hop americano, queridinho do indie-electro. Para resumir, O CARA.

O set, incrível, é o Diplo & Friends’s BBC Radio 1Xtra Halloween Special, que foi aos ares com três horas de duração, mas aqui está só a parte do Diplo sem os Friends, misturando electronica variada e hip hop, Calvin Harris e Rihanna, Afrika Bambaataa e A$AP Rocky, Kanye West e Skrillex, M.I.A. e Prodigy. Tem a moral?

Diplo no Halloween. Isso é o que podemos chamar de parada sinistra. Não recomendado aos fracos.
O tracklist completo está aqui.

Diplo – Diplo and Friends (Halloween Special) – 28.10.2012 [www.edmtunes.com] by edmtunesTV

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Poliça para quem precisa. E Killers também
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Lúcio Ribeiro

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* A delicada banda indie americana Poliça, de Minneapolis, que tem um dos vocais femininos mais gostosos desse mar de vocais femininos que inundam a música pop, se apresentou ontem no famoso programa do inglês Jools Holland, que bota um monte de bandas cool em roda para tocar na meesma noite, cada um na sua vez, claro. Haha.
O Poliça é liderado pela Channy Leaneagh, espécie de Florence & The Machine sem a parte chata das gritarias operísticas. Coisa fina. A banda lançou no começo do ano o inspirado “Give You the Ghost”, seu debut. A belezura “Lay Your Cards Out”, uma das faixas, tocou muito e ainda toca nas rádios indies cool americanas. E agora o Poliça está chegando na Inglaterra. Vejamos o que vira.
No Holland, o Poliça fez performance de “Dark Star”, outra faixa do disco de estreia.

* Na mesma noite, ontem, o Poliça dividiu o palco do Jools Holland com o Killers, que abriu o programa. De cabelinho bem aparado e penteado, nosso amigo Brandon Flowers mostrou mais uma de suas grandiosas músicas, do tipo que vêm para salvar o mundo, na linha U2. A interpretação foi para a algo nova “Runaways”, single do álbum “Battle Born”, lançado em setembro, música que às vezes me parece uma dessas canções anos 80 de propaganda antiga de cigarro, tipo Asia ou Journey. Só parece.

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Twin Shadow toca uma das “músicas do ano” em uma mansão indie
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Lúcio Ribeiro

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George Lewis Jr. vai fechar 2012 como um dos principais nomes do indie. Para quem não está ligando o nome ao artista, o indie dominicano radicado americano também atende pela alcunha de Twin Shadow, um certo herói do indie-USA nascido na República Dominicana, absorvido pela “onda do Brooklyn”, também “acusado” de ressuscitar a new wave com umas letras emocionais e brutais.

Com seu “Confess”, segundo disco de carreira lançado em junho passado, Twin Shadow tem viajado o mundo em turnê que só será finalizada mês que vem, na Dinamarca.

Ele gravou uma session que estreou hoje na bíblia indie Pitchfork. “Mansion Sessions” consiste numa série de apresentações e entrevistas com artistas feitas em uma mansão (!) localizada em Bushwick, região do Brooklyn. Quase uma Popload Session, diz que não?

O Twin Shadow mandou a ótima “Five Seconds”, uma das melhores músicas (e vídeos) do ano. O som bombou desde rádios cool como a SiriusXM U às estações pequenas. O vídeo mostra George e um amigo, ases da motocicleta, metidos numa porradaria desenfreada com uma gangue de mascarados com tacos de beisebol na mão.

Já o vídeo para a session da P4K, sem motocicletas, podemos conferir abaixo.


Paul mostra seu Banks no Letterman
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Lúcio Ribeiro

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* Calma, calma…

Filho bastardo do Ian Curtis e queridinho das meninas indies, Paul Banks está bombando a divulgação de seu novo álbum solo com título egocêntrico: “Banks”.

O líder do Interpol apareceu no programa do David Letterman para apresentar “Young Again”, uma das boas faixas desse seu disco novo.

Vai, Banks!


O rap do Jack White!!
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Lúcio Ribeiro

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* Roda os blogs americanos e ingleses desde ontem à noite o preview que soltaram da música “Blues on Two Trees”, nova canção do guitarrista blueseiro Jack White, ex-White Stripes. E todo mundo destacando que, na música, lado B do espetacular single “I’m Shaking”, lançado hoje no iTunes e “vivo” em vinil de 7 polegadas, White está ousadamente se projetando ao rap, talvez um dos poucos estilos musicais em que não fez um crossover na vida.

“I’m Shaking” é single tirado de “Blunderbuss”, disco solo de Jack White que está fácil na lista dos melhores de 2012. O álbum também ganha agora uma edição em vinil dupla e ao vivo recheada de músicas do White Stripes, chamado “Live at Third Man Records”, em vinis azul e preto. A fabriquinha de Jack White é intensa.

A linha que White manda o rap, pelo menos no preview de “Blues on Two Trees”, é assim: “Three trees lying on the side of the road/ One tree barks, ‘Where the hell do we go?’”. Cante junto com Jack White.
Sem mais.

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A fumaça em torno do Bloc Party
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Lúcio Ribeiro

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* Tava eu assistindo uns vídeos da performance da banda inglesa Bloc Party no programa do Jools Holland, na semana passada, e pensando o que deu de errado com uma banda que, num resumo rápido da carreria, explodiu com singles poderosos de um rock quebrado tipo em 2004/2005, botou o cool vocalista negão no mapa da new music, fez um excelente primeiro disco, um segundo bacana, lotou Reading Festivals e Glastonbury(s) e daí resolveram “dar uma mudada”. E descambou.

O terceiro disco foi estranho, eletrônico, fizeram shows-fiasco no Brasil (incluindo uma apresentação zoeira sem graça em playback em festa da MTV), Kele Okereke assumiu a homossexualidade e desencanou da banda, indo cantar solo umas musiquinhas dance-pop. Tudo muito estranho, para um grupo que tem um dos melhores guitarristas do rock inglês em anos e um baterista fera, sempre achei. E o Kele.

Eis que voltaram como banda, voltaram “ao rock”e voltaram a flertar com o tempo em que eram relevantes na relevante cena britânica de novo rock de meados da década passada. Em agosto, acho, lançaram o quarto disco, que tem umas três/quatro músicas boas, e saíram fazendo showzinhos nos EUA. Mas ainda não foi o suficiente para tirarem eles do limbo em que eles mesmo se meteram.

Até agora, parece. Amigo meu que vive em Londres disse que a música deles, “Truth”, novo single, com um vídeo em finalização, é candidata séria à famigerada fama de “canção de natal 2012” de tanto que anda tocando. Lentinha, “sensível”, cheia de “Uh uuus”, é a “romântica do Bloc Party”.

Do outro lado do Atlântico, outra do novo disco, a ótima “Octopus”, tem tocado bastante nas rádios americanas que interessam. Uma versão remix dela (Rac Mix) é minha predileta faz um mês para soltar em pista.

A banda inicia agora uma turnê grande europeia, logo de cara com quatro shows na França, porque os franceses amam muito Bloc Party. Em dezembro, fazem shows grandes na Inglaterra.

Vamos ficar de olho nesse giro da turma do Kele. Vamos ver se eles fazem por merecer nossa confiança de novo.

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