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Arquivo : setembro 2011

O Melhor do Twitter: edição “Supremacia Wonder no Rock in Rio #EuStevie”
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Lúcio Ribeiro

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* Daria para fazer um OMDT por dia durante o Rock In Rio! Aliás, o que seria da gente sem o combo RiR + Multishow + Twitter, né? Porque, de campeonato de futebol ao Miss Universo, os comentaristas online mandam tão bem que dá para deixar a TV no mute eternamente. E pensando bem, nem rolou tanta coisa nesta semana, tirando o freela da Gretchen como garçonetchen, Liam desprezando Thom Yorke, Thom Yorke disputando o planeta Terra com o Bono (não o Planeta Terra, veja bem), Kele Okereke procurando emprego, os egípcios hipsters e a morte da gambá vesga. Vem comigo:

@tatu43 Cabei de ver um carro numa dessas clinicas oculares da rep do Líbano com um adesivo dizendo “eu era cego, agora eu vejo” #Primalscream

@quartopiso Bobby Gillespie com maracas no Brasil, Thom Yorke com maracas no SNL. Maracas é o novo hype.

@bomdiaporque Verdade seja dita. A melhor coisa do Rock In Rio, até agora, foi a Christiane Torloni.

@biagranja This —> Instant “Hoje é dia de Rock, bebe” http://migre.me/5MMw4

@tiemusica Queria agradecer a simpatia do #Jotaquest pela carona não dada na saída do #RockinRio ;)!!

@jarmesong Bob’s é a nova Zara RT @frufru promoção Bob’s do rock in rio: compre um sanduíche e por mais 8,00 leve um funcionário http://bit.ly/nKb38D

@jampa No Rock’n’Rio, Cacique Cobra Coral é barrado e atendentes do bob’s largam trampo pra ver show. http://me.lt/9VEYI

@diegomaia A coisa mais próxima de rock que rolou no RiR até agora foi essa troca de farpas entre duas cantoras de axé.

@rodrigosalem “Procurem no Google a história de um ariano que se achava superior aos judeus…” Fiz o q Claudia Leitte mandou e aparece o site dela em 1o.

@chrismourao010 Nada é mais peixe que o frango. RT @JornalOGlobo: ‘Nada é mais rock’n’roll que o axé’, diz @ivetesangalo sobre show no Rock in Rio.

@JuliaBobrow São quantos meses de Rock in Rio?

@vyktorbhttp://glo.bo/patpu3 → 3 dias depois → ego.globo.com/Gente/Noticias… → não se brinca com o DEMONIO

@LatinoFesta #Feliz q os fãs do Heavy metal passaram a se preocupar + cmgo e me seguirem. Vou até fazer 1 versão HEAVY do DANÇA KUDURO em homenagem! rs

@neozeitgeist Lugar ótimo pro próximo show do legião RT @estadao Shopping Center Norte permanecerá aberto apesar de risco de explosão, determina liminar

@letsplaythat As pessoas estão cantando Legião Urbana dentro da sala de imprensa a plenos pulmões. Alguém me mata por favor

@dlima Homenagem à Legião Urbana mostra que o rock brasileiro enfrenta escassez tremenda de bons cantores. Performances lamentáveis.

@gpavoni A Banda Mais Homenageada da Cidade

@danilovara Ala, o Ze Celso ainda dirige o show da Janelle…

@AndreBarcinski Achei que ela ia pintar a cara do filho da Cissa Guimarães.

@LeoDias_ Gretchen tem permissão para trabalhar nos Estados Unidos. Ela casou com um cozinheiro com Green Card http://yhoo.it/oXvf7d

@MathEller Imagina que louco, agora que a Gretchen é garçonete, você ta no bar e pede mais uma rodada, aí vem ela.

@diboua Estudos apontam que sanduíche servido por Gretchen dá piri piri piri piriri.

RMotti Pensamento que me ocorre ao ver meu saldo: Quanto será que tá pra tirar sendo garçonete nos EUA?

@Fontanella Antes garçonete do que especialista em mídias sociais

@ThayanniRafaely “Por favor garçonetchen, me traga uma vinagretchen!“ kkkkkkk #humor #trocadilhos #frazes

@carolnogueira Gretchen garçonete e a Ke$ha aí, cantando. Tudo errado. Gretchen para o Rock in Rio 2013!!! Ke$ha para garçonete!!!

@janessacamargo O que mais me choca eh descobrir que a gretchen se chama maria miranda

@sergueirock Agradeço a cantora Gueixa pela homenagem que ela fez pra mim no Rock in Rio. Ela me imitou no penteado, é isso?

@katylene 01 VONTADE: dar banho em toda a banda da $heka #RIR

@rlevino Gente feia, clima de tragédia #ke$ha

@pedrooneto set da ke$ha: 1- tik tok, 2- tik tok (remix), 3- tik tok ft. mr. tik tok, 4- tik tok (acoustic version), 5- tik tok (folk version) …

@aalyssonbr Tou aqui imitando a voz da Ke$ha cantando na frente do ventilador ligado.

@hebecamargo To curtindo o show da Claudia Leitte agora no rock in rio. Como o inglês dela melhorou!

@Serjones Ke$hatice…

@felipecama Li$ho.

@porranyle Se sair mais um trocadilho com “prestar kesha” eu vou chamar a polícia

@sergiomattos40 “Keshá ou aceita café” eh a melhor da noite #rockincasa

@SabioBrasileiro Tá dificil saber quem tá dando o pior espetáculo: Ke$ha ou Botafogo.

@GuyFranco Quantas músicas do Jamiroquai eu preciso conhecer pra ser um publicitário?

@thiagoney Perto do jamiroquai o snow patrol eh o nirvana

@patalanov Jamiroqwhy?

@arnaldosaccoman Depois do stevie..jamiro cai

@diboua Gente e o Stevie, por onde Wonder? Beijo, Stevie!

@FabioRex http://bit.ly/pZofHy Amg Ivetão, não tem como o Stevie Wonder receber esse seu recado ESCRITO

@livbrandao O sósia do Stevie Wonder do GLOBO trollou o Jay Kay BO-NI-TOhttp://ow.ly/6Jb4b

@FilhoDoOCriador Set list do Stevie Wonder: .:.: .:::., .::.:.:, ….::, .:.:.:.:., .:.:::., .:.:.:.::, .:.::..::..::. #Amem.

@rodrigosalem “Tá recheado e vai ser casca. Ele é craque.” – Lee, Beto, sobre Stevie Wonder, dando o set list que está em tda a internet.

@mauriciostycer “Vai ser casca”. Quanto será que um cara ganha pra falar isso na televisão?

@danieltozzi Pensa no Galvão narrando com comentários da Didi e de Lu Micheletti

@rlevino [E o medo de Gilberto Gil entrar fazendo vocalizações em ‘I Just Called To Say I Love You’?]

@dodoazevedo Stevie Wonder convidou Gilberto Gil para participar do show.Mas Gil não respondeu pq estava…dormindo! http://glo.bo/nBNMgi

@toddyone Stevie Wonder veio, colocou o Palco Mundo, Sunset, Eletronica, Rock Street, roda gigante e tirolesa no bolso e foi pra casa.

@r0cc0 Cara se o stevie falar de sergipe eu faço uma tatuagem em braile com o nome dele

@jrferraro PORRA, isso não é um show! É um tsunami de genialidade musical!

@edmundoleite Acho que nem o Queen em 1985 provocou isso

@mitsudiz O sinal de sucesso desse show do Stevie Wonder é que não houve uma piada sobre cegueira nessa timeline desde quando ele entrou no palco

@caffarena E não foi no CQC! RT carolluck: Band chamou Stevie Wonder de visionárioooo rs

@dodoazevedo É. A partir dessa edição do RiR terão que mudar o slogan da camiseta de “Eu fui” para “Eu Stevie”.

@_puppet I just tweet to say I morri.

@marcusdejean I JUST CALL TO SAY ISSO SAO HORAS DE VC CHEGAR NO TRABALHO?

@barbaragancia Deram um ralador de queijo pro Stevie Wonder e ele disse: “Puxa! Este é o livro mais violento que eu já li!”

@netorodrigues Deve rolar um Melhor do Twitter na popload só com a nata das piadinhas sobre Stevie Wonder. QUERO SÓ VER.

@leandrojmp @netorodrigues Já o stevie, quer nem ver essas piadas.

@luizcesar Ah, esses egípcios hipster, que cultuavam o Michael Jackson antes de ele nascer… http://twitpic.com/6sjcg4

@KristNovoselic THANK YOU Kurt Cobain for sharing your artistic vision with Nevermind

@folhailustrada A Banda Mais Bonita da Cidade lança videoclipe em 3D.http://folha.com.br/no981774

@Tonkiel Hit combo de douchebagismo RT @portalR7: Wagner Moura pode viver Paulo Coelho no cinema http://r7.com/Z_97

@athosampaio RIP gambá vesga – http://glo.bo/nTx123

@faabio Parece Djavan! RT @BombeirosPMESP Detalhe na folha seca, ponto de convergência devido a exposição do vidro ao raio solar, FOGO!

@timjonze Kele Okereke auditioning RT @@mediaguardian: Harry Hill ‘to quit TV Burp’ http://bit.ly/qYnGfs

@revistaclaudio VAI PENSANDO QUE ESSES ESPERMA QUE VCS JOGA NO RALO TÃO DE BOA, VAI. UM DIA SAI UM MONSTRÃO DOS ESGOTO, DESTRÓI O MUNDO E TE CHAMA DE PAI.

@pitchforkmedia Colbert to Thom Yorke: “Who’s saving the world more, you or Bono?”

@daniredetv Eu juro pela minha mãe, que é tudo pra mim. Eu não escolhi minha profissão numa caixa de achocolatado. A referida matéria foi editada.

@dirtybeaches808 Dear Peter hook: thanks for turning joy division into a Las Vegas act. #saddivision

@oiluiz Husky Siberiano = Lobo gay

@ZOLAJESUS BRASIL I AM COMING JANUARY 2012 — N.

@NMEmagazine Liam Gallagher: ‘I’ve never heard ‘OK Computer” http://bit.ly/nRflmO

@RobertChiro Amigos Judeus, Vocês que estão no ano de 5772, por favor, me contem: – O Corinthians já foi campeão da Libertadores?

@rafaelziggy UOL trollando o Corinthians na capa do site. Que mancada! =( http://twitpic.com/6s1em0

@silvioluizJornalOGlobo: Porco inflável sobrevoa Londres em relançamento de álbuns do Pink Floyd. http://migre.me/5MvSL” HOMENAGEM AO PALMEIRAS

@tmaranhao Sósia de Ronaldinho é suspeito de invadir casa nos EUA ::http://bit.ly/r4D0Pi

@Johnny_Marr Carlos Tevez is coming to my show next week. I’m charging him £200.000 and then I won’t play. Johnny



Strokes será recebido no país pelo “Is This It” brasileiro
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Lúcio Ribeiro

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* Esquece “Nevermind”, “Screamadelica” e todos os álbuns incríveis que saíram em 1991. O disco-efeméride a ser lembrado agora é o importantíssimo “Is This It”, do grupo nova-iorquino The Strokes, que “devolveu a graça ao rock”, “botou sangue novo no indie”, “salvou a lavoura pop” e está completando 10 anos neste ano.

Para comemorar o aniversário do grande disco e a vinda dos Strokes ao Brasil em novembro, para ser um dos headliners do esgotadíssimo festival paulistano Planeta Terra, o site pop Rock’n’Beats prepara uma coletânea de indies nacionais interpretando as músicas do “Is This It”. A recriação “brazilian way” do álbum do Julian, a ser lançada em algum dia de outubro, terá nomes como Vivendo do Ócio, Jennifer Lo-Fi, Pública, Banda Uó, Sabonetes, Volantes, R. Sigma, cada um em sua releitura pessoal de clássicos como “Barely Legal”, “Last Nite” e “The Modern Age”, entre outros hits. Uns fazem a cover fiel à original. Outros reinventam.

A impagável Banda Uó, tecnobrega paraense de Goiânia inspirada no Bonde do Rolê, que é funk carioca de Curitiba, transformou “Last Night” em “Rosa”, uma prostituta. Ficou incrível.

Confira um teaser da “Last Nite” uótizada, mais outros de Sabonetes, João e os Poetas e Cícero.

Banda UÓ – Rosa (Teaser) by Izadora Pimenta

Cícero – Barely Legal (Teaser) by Izadora Pimenta

Sabonetes – Someday (Teaser) by Izadora Pimenta

Quando o “Is This It” brasileiro aparecer “in full” no Rock’n’Beats, a gente dá um toque aqui.


Rock in Rio 2011 – cobertura COMPLETA da quinta-feira
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Lúcio Ribeiro

* Vamos lá, Brasil.

* O Rock in Rio recomeçou ontem todo soul, para a alegria do Twitter e para a tristeza da música. Com suas (poucas) exceções, claro. Tipo assim: tirando o show do Stevie Wonder (isn’t he lovely?), alguns lampejos raros na apresentação da Joss Stone e o show do Marcelo Jeneci com o Curumim (me contaram, não vi), talvez tenha sido o dia mais chato da história dos festivais mundiais nos últimos 20 anos.
Quando o Toni Platão é o melhor em uma homenagem orquestral (!) ao Legião Urbana… E depois ainda teve Janelle Monae, Ke$ha e Jamiroquai, o suprassumo da soul sem alma.
Enfim, como não somos de xoxar (muito) aqui na Popload, apenas ignorar quando a coisa não nos interessa, vamos falar então do que interessa no quarto dia (dos sete) do Rock in Rio 2011: as fotos legais do Fabrício Vianna. E uns videozinhos do Stevie Wonder, lógico.


A animação tomou conta no dia do soul (+ Ke$ha), ontem, no Rock in Rio 2011. Note que a grama sobreviveu ao vendaval do metal de domingo passado



“Levanta, vai. Vamos lá ver a Janelle Monae que ela é bacana SIM”. Show da “nova Prince”, que inclusive matou o Prince numa cover de “Take Me With You”, foi visualmente bonito, mas sonoramente fraco, apesar de toda a cobertura que eu li nos jornais hoje tacharem de “eletrizante”. Devo não ter entendido o show



Eu até gosto da Ke$ha de estúdio, mas ela ao vivo não dá. Embora tenha achado que a dance fuleira dela foi a atração mais “rock’n’roll” do dia. Até guitarra ela tocou e, depois, quebrou



Galera do LP1 compareceu em peso para o inesquecível (believe me) show orquestral do Legião Urbana, depois de ver a Joss Stone. O que seria LP1, mesmo?



A babe inglesa Joss Stone, amiga do Mick Jagger, não fez um show tão ruim como eu esperava, ontem. Fora que, pensa um pouco nisso, a moça botou 30 mil pessoas diante dela no palco secundário do festival em uma quinta fim de tarde no Rio e superou o público do Sepultura. Comente



No dia “mais calmo” de público no festival, com apenas 99 mil pessoas (estou zoando), dava até para comprar milkshake de ovomaltine sossegado para ir curtir o Jamiroquai, ontem na Cidade do Rock



Dave Grohl fala em livro sobre o caos no show do Nirvana no Morumbi, que quase acabou antes da metade
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Lúcio Ribeiro

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* Estou tentando parar de falar de Nirvana e Foo Fighters, mas não consigo.

* Você já leu neste blog e em outros milhões de bons blogs do planeta que HOJE está sendo lançada a biografia do gênio Dave Grohl, que além de ser o cara mais boa-praça da música tem no currículo, entre outras coisas, alguns feitos como (1) ter tocado bateria na maior banda de rock dos últimos tempos, (2) ser o guitarrista e vocalista da maior banda de rock hoje, (3) já ter tocado no Queens of the Stone Age, …

O livro, “This Is a Call: The Life and Times of Dave Grohl”, traz entre outras coisas, pela primeira vez, a história de que Grohl quase largou o Nirvana em 1993, chateado porque achava que Kurt Cobain não curtia seu trabalho. E que o problemático suicida do grupo chegou a pedir para o baixista Krist Novoselic dar “um toque” para Grohl que ele queria um baterista que tocasse como o do Mudhoney, a banda-irmã do Nirvana da Sub Pop, Seattle, blablablá. Isso tudo repercutiu bastante nos últimos dias.

Pois bem, corte para 1999.

Seis anos depois que Grohl quase abandonou o Nirvana e também seis anos depois de a banda ter feito um polêêêêmico show no Brasil, eu fui a Miami pela “Folha de S.Paulo”, para entrevistar o então astro do Foo Fighters, no lançamento de mais um disco da banda, aquele “There Is Nothing Left to Lose”, o terceiro. O grupo do agora guitarrista Dave Grohl estava na Flórida para fazer um show de Halloween. O disco sairia por aqueles dias.
Ele me recebeu depois da passagem de som, numa salona gigante vazia, a não ser por um cantinho onde estavam amontoadas umas abóboras grandes que seriam vazadas para enfeitar o show.
Conversa vai, conversa vem e pintou o assunto “os shows no Brasil”.
Resumindo bem resumidamente resumido, o Nirvana tocou em S.Paulo e depois no Rio, em 1993, dentro do festival Hollywood Rock, bem no calor daquela história da revolução roqueira toda, do boom da geração alternativa, nos anos dourados da MTV etc. O show no Morumbi foi caótico, doido, considerado pela banda um dos mais desastrosos da curta mas intensa carreira do Nirvana. Foi uma zona, cheio de covers, troca de instrumentos pelo trio. Como o Nirvana tinha bagunçado o rock, parecia fazer sentido, mas metade do povo amou, metade odiou. Aí Grohl me falou na entrevista, botei isso na “Folha”, que no dia do show do Morumbi o Cobain comprou uma mala de drogas na loja de presentes do hotelão Maksoud Plaza, na região da av. Paulista, onde a banda estava hospedada. Tomou todo o carregamento, misturou com álcool e pílulas o dia todo. Imagine como ele estava na hora do show. Grohl contou que ele estava em rotação mais lenta que a banda. Ele e Novoselic tocando, ao mesmo tempo que mandava sinais para ele acelerar a guitarra, a voz. Tudo estava mole. Que ele não sabe como o show foi até o fim.

O show do Morumbi foi histórico, seja qual lado as pessoas que participaram, viram, souberam, viveram ele de alguma forma naquele janeiro de 1993 ficaram perante ele. Virou lenda. E virou também uma passagem importante na biografia da banda em si, porque, como a apresentação seguinte, a do Rio de Janeiro, seria tipo uma semana depois, o Nirvana se trancou em um estúdio carioca e gravou boa parte do disco seguinte, o “In Utero”, o seu último registro. Fora que, em São Paulo, as oficiais 80 mil pessoas que estavam lá no Morumbi proporcionaram o maior público da história da banda, até porque diziam que o número de gente real ali era 110 mil.


Kurt Cobain na BATERIA durante polêmico show do Nirvana em 1993, no Morumbi, em São Paulo, na foto do gênio Paulo Giandália, para a “Folha”

Porque eu escrevia muito sobre o Nirvana à época e a internet já estava bombando (ou começando a bombar) naquele período, eu recebia muitos emails de gringos ingleses e americanos fãs de Nirvana que me descobriam na rede e queriam detalhes (em inglês), fotos, vídeos do “tal show do Nirvana em SP”, que todo mundo falava. Lembro que um maluco chegou a me oferecer 400 dólares pela fita do show que eu avisei que não tinha. Ele subiu a oferta para 500.
(Existia muito pouca imagem desse show do Morumbi. Tinha muito registro do show do Rio, que foi transmitido pela Globo no dia e que logo depois disso eu achei em fita de vídeo caprichada sendo vendida por uma grana boa em Camden Town, em Londres)

Eu escrevi assim, em 1999, lembrando da polêmica apresentação do Nirvana em SP, seis anos antes: “O show todo foi doido, esquisito, estranho e, talvez por tudo isso, maravilhoso. Kurt Cobain estava fora de si, chapadão, devagar demais. Engatinhou no palco, quebrou tudo, se vestiu de mulher. Quando o Nirvana começou sua performance com “School”, na platéia parecia que o mundo ia acabar. No palco, Kurt Cobain estava com rotação alterada, e Krist Novoselic e Dave Grohl estavam desesperados. O show continuou caótico. “Smells Like Teen Spirit”, com Flea dos Chili Peppers no trompete, quase não saiu. Em certa altura, começaram a tocar Iron Maiden. Depois passaram a zoar. Kurt sentou na bateria, Krist foi para a guitarra, Grohl no baixo e vocal. É histórica a foto que saiu de Kurt na capa da Ilustrada, da “Folha de S.Paulo”, sentado à bateria, com a legenda dizendo “Dave Grohl, baterista do Nirvana”. Enfim, o Nirvana começou a zoar com tudo. Passaram a tocar só covers: Duran Duran, Queen, Clash, “8675309/Jenny”. O show parecia um ensaio numa garagem fuleira de Seattle, não diante do “maior público da banda”.

Cooooooorte para 2011.

Em sua biografia lançada hoje no exterior, mas disponível online, comprei o livro rapidinho. Como tanto no Kindle como no iPad dá para fazer uma busca por palavras na obra inteira, botei “Brazil” no search, e entre outras menções veio esta página, sobre o show do Nirvana no Morumbi, em 1993:

Tem mais ou menos tudo aí. Kurt chapadão, o show zoado, as covers toda, o jeitão de karaokê da apresentação. Krist Novoselic teria abandonado o palco com meia hora de show, puto com o guitarrista e por causa da bagunça toda. Mas depois foi convencido a voltar porque senão a banda não cumpriria o tempo mínimo de 45 minutos no palco e não receberia o milionário cachê do festival.

Ou seja: histórico.

Veja vídeo com o Nirvana tocando cover do famoso hit mundial “Seasons in the Sun” em São Paulo, com o magrinho e novo Dave Grohl tocando baixo e fazendo backing vocal, no caótico show do Morumbi.


A vez do indie-roça. O desajustado (e meio surdo) Ryan Adams está de volta
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Lúcio Ribeiro

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* Tá na fossa? O mundo não te entende? Brigou com seu amor e quer afogar as mágoas em algo? Comemore: Ryan Adams, um dos grandes poetas dos indies desajustados, está de volta.

O cantor e guitarrista americano, prestes a completar 37 anos, é uma das figuras mais complexas da música alternativa americana: depois de surgir como a salvação do country, na virada do século, caiu nas graças do rock alternativo, lançou dez discos oficiais em oito anos, gravou mais uns 15 que nunca tiveram lançamento oficial, comprou brigas com críticos que “queriam que ele fosse Jeff Tweedy” e namorou metade das capas femininas da “Rolling Stone” (Alanis Morrissette, Winona Ryder, Parker Posey e Meg White foram algumas das vítimas).

Dez anos atrás, Adams ganhou fama por “New York, New York”, cujo clipe foi rodado apenas quatro dias antes dos atentados ao World Trade Center. A música, uma declaração de amor à cidade que lhe fora palco de um pé na bunda, virou um hino para resgatar a estima da Big Apple ainda chocada pelo acontecido. Na mesma época, saiu “Pneumonia”, disco póstumo de sua ex-banda, o Whiskeytown, considerado um clássico que ninguém ouviu.

Em 2009, depois de ser ignorado com “Cardinology” (outro bom disco), o briguento Adams começou a se queixar de perda de audição e se disse “de saco cheio” com a indústria fonográfica. Parou a carreira, casou-se com a ex-estrela teen Mandy Moore, lançou dois livros de poesia – não sem antes deixar um disco de black metal, “Orion”, para assustar seus fãs da roça. Agora, dois anos depois, está de volta.

E que volta: Adams deu mais um susto nos fãs no mês passado, quando disponibilizou no Facebook covers das três primeiras músicas da estreia do Vampire Weekend, só voz e violão. Vindo de quem regravou “Is This It”, primeiro dos Strokes, INTEIRO (e que nunca foi lançado), não devia ser surpresa – mas foi. No próximo dia 11 sai “Ashes & Fire”, disco novo, em gravadora nova, e de volta ao alt-country que faz a alegria da peãozada indie. A primeira música, a bela balada “Lucky Now”, saiu em agosto.


Foo Fighters vai ficar um mês tocando na América do Sul
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Lúcio Ribeiro

 

* opa opa OPA! Foo Fighters confirmado… na Argentina. Os hermanos “saíram na frente” e o show da maior banda do mundo hoje (não é?) em Buenos Aires foi oficializado pelo Facebook oficial do Foo Fighters: 12 de maio, no estádio do River Plate.

Turnê mais esperada na América do Sul desde o Radiohead, o Foo Fighters deve ficar cerca de um mês em terras latinas, tocando para lá e para cá.

Isso porque a Popload sabe que o grupo liderado pelo bamba Dave Grohl tem passagem certa pelo Brasil em abril, ou em turnê solo ou como atração de luxo do festival Lollapalooza, que realizará sua primeira edição no país no começo de abril. Os detalhes dessa tour estão sendo fechados e, de qualquer modo, O FOO FIGHTERS DEVE TRAZER OUTRAS BANDAS COM ELE para o giro sul-americano.

Atualmente, a banda está em turnê pelos Estados Unidos com Cage the Elephant, Social Distortion e Joy Formidable. E, antes do final do ano, visitará a Austrália, ao lado do Tenacious D.

Abaixo, o Foo Fighters tocando segunda passada em New Jersey. No momento acústico da apresentação, Dave e 30 mil pessoas cantando juntos “Best of You”. Foda!


Popload Session apresenta… GLASS AND GLUE
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Lúcio Ribeiro

* Popload Session desta semana chegando com dois vídeos de performance exclusiva para o blog realizadas pela banda Glass and Glue, do Rio de Janeiro. Com um pé no indie, outro no mundo fashion, o Glass and Glue ressurge na cena depois de uma pausa para reflexões, desde que a vocalista Mayana Moura saiu para, entre outras coisas, estrelar novela das 9 na Globo. Sem também a baixista original, o Glass and Glue se reinventou com Marina Franco agora nos vocais principais, mais Fabrício Matos e Paulo Ferreira. Virou praticamente um trio, com amigos colaboradores no baixo e bateria.

A banda do Rio marcou sua volta recentemente com o lançamento na MTV do vídeo de “Danger”. Outra música nova que chega, desta vez em session para a Popload, é “Big Bang”, que deve estar no primeiro disco do grupo, quase pronto. O segundo vídeo gravado em especial para o blog é uma cover da incrível “Pass This On”, da enigmática banda sueca The Knife. Bem bom.

A Popload Session é um espaço semanal para performances exclusivas de bandas indies brasileiras e não só. O lance é gravar uma música própria e um cover de uma banda importante para o convidado da semana. Já passaram por aqui de Teenage Fanclub a Bidê ou Balde. De Inky a The Cribs.

Então, vamos para a session da vez.
Senhoras e senhores… GLASS AND GLUE!

O Glass and Glue prepara uma miniturnê em São Paulo para o final de outubro. Uma das datas confirmadas é 18/10, no Bar Secreto.

A banda agradece o Estúdio Madre Música e a Kombat Films, pela parceria na session acima.


Hercules & Love Affair sábado em São Paulo. Vamos?
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Lúcio Ribeiro

* Bom, a ganhadora da promoção do Tokyo Police Club na balada do uísque já está selecionada, avisada, confirmada: é a Mariana Cruz.

* Agora pintou outra. Tem coragem?


Hercules & Love Affair, atração do Rock in Rio no domingo, mas antes na Hot Hot em SP, no sábado, em ação neste ano no Glastonbury, na Inglaterra

* A banda bafo electrodisco Hercules & Love Affair, armada truqueira e superdivertida que já teve o Antony (And the Johnson) e um travesti nos vocais e é “apenas” do cast da uberincrível DFA Records, é atração do Rock in Rio neste final de semana, mas no sábado se apresenta no clube Hot Hot, no centro de São Paulo.

A festa faz parte do projeto Smirnoff Nightlife Exchange (se beber, não mande DM no Feice) e produzido pela Agência Nossa, quem está oferecendo os ingressos para o sorteio. Hercules & Love Affair acontece um dia antes da apresentação da banda no RiR.

A Popload leva a sorteio um par de ingressos VIP para o show-balada. Para concorrer, o de sempre: peça nos comentários, aí embaixo. Quer tentar no Twitter @lucioribeiro, manda bala também.

Segura, bi.


The Dark Side of the Grohl
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Lúcio Ribeiro

* The Grohl.

* No vapor de toda essa comemoração dos 20 anos do “Nevermind”, o disco seminal do Nirvana, o ex-baterista da mitológica banda e atual rock planetário Dave Grohl, importante nos processos todos, também é supernotícia.

Amanhã é lançado nos EUA e na Inglaterra o livro “This Is a Call: The Life and Times of Dave Grohl”, biografia do líder do Foo Fighters, um dos principais grupos do mundo hoje, um dos shows mais bombados e a caminho de tocar no Brasil em abril de 2012.

Na biografia, escrita por Paul Brannigan, ex-editor da famosa revista de rock pauleira (com licensa, Globo) “Kerrang”, Grohl conta a história que emergiu forte nos últimos dias sobre uma quase saída do então baterista do Nirvana, isso em 1993, porque ele teria ouvido conversas de Kurt Cobain insatisfeito com seu trabalho.
Grohl revela ainda, parece, que não era muito satisfeito no Nirvana, porque aparentava não sentia muito fazer parte da banda, por ter entrado depois de sua formação e no meio do processo de feitura do “Nevermind”.
O agora guitarrista conta ainda que o Nirvana teve dois momentos, duas fases enquanto estava sentado à bateria da banda. Um em que ele se sentia isolado porque Cobain e o baixista Krist Novoselic tinham mais afinidades e a banda era realmente deles. E outra quando pintou a Courtney Love na história, casando-se com Kurt e dividindo o Nirvana em dois grupos: Grohl e Novoselic vs. Cobain e Love.
“Kurt era foda de lidar. E eu ouvi ele falando o quanto meu trabalho de baterista na banda era uma merda”
Grohl lembra ainda no livro, com um resquício de ódio, o episódio em que Novoselic teria dado “um recado de Cobain” para ele tocar bateria tipo o Dan Peters, do Mudhoney.
Depois dessa, Grohl ficou com a decisão tomada de sair do Nirvana, mas foi convencido a ficar pelo tour manager do Nirvana, Alex McLeod, e encarar a banda apenas como um “trabalho”, sem muitas expectativas.
“Eu só queria tocar minha fucking bateria. Não queria fazer parte daquela loucura em que se transformou a banda.”

Por isso que eu achei o Dave Grohl pouco à vontade em todos esses atos recentes de comemoração do “Nevermind”. Inclusive no show “Nevermind Live”, em Seattle, em que Novoselic foi o mestre de cerimônias e o outro Nirvana vivo nem deu sinal de participar por causa de um show do Foo Fighters, Grohl gravou um vídeo sem nenhuma empolgação para passar na festa.

Vamos ver o que mais sai dessa biografia de um dos caras mais gente-fina da história do rock.

E ONTEM, no programa do entrevistador americano Jimmy Fallon, Dave e a galera do Foo Fighters participou como “banda de apoio” de Roger Waters, ex-baixista e um dos vocalista da histórica banda inglesa Pink Floyd, tocando a ultrafamosa “In the Flesh”, faixa do mais ultrafamoso ainda disco “The Wall”. Jimmy Fallon está promovendo em seu programa a “Pink Floyd Week”, nesta semana em que uma das mais famosas bandas do rock vê relançados os 14 discos de sua carreira seja em CD, DVD e no iTunes.

Na segunda-feira, o grupo indie americano The Shins foi ao programa tocar “Breathe”. Hoje, quarta, é a vez do MGMT aparecer para representar “Lucifer Sam”. Amanhã um cantor country, Dierks Bentley”, executa “Wish You Were Here” e na sexta o Pearl Jam desempenha a lendária “Mother”.


Parem de zoar a Lana Del Rey!!!
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Lúcio Ribeiro

* Dá uma olhada bem atenta nesta capa, do semanário bíblico indie musical “New Musical Express”, que os indies adoram espinafrar, reconheço que ja viveu dias melhores, mas nao escondo uma alegriazinha quando chega o aviso na minha caixa postal que o novo exemplar da minha assinatura (online) está disponível :))))
Veja se você consegue enxergar qual é a grande chamada da capa entre as várias chamadas.

– Seria a principalzona com o Noel falando do seu disco solo pós-Oasis?
– Seria a do fim do REM ícone indie original?
– Seria a da sex tape do Arctic Monkeys?!?
– Seria a dos caras do Bloc Party procurando vocalista novo pro lugar do Kele?

Nenhuma dessas. Está ali, escondidinha, mas talvez a primeira menção na capa de alguma publicação de peso para a boneca cantora indie-vintage Lana Del Rey, nossa favorita. Pelo menos a primeira em que notei.

Lana Del Rey, depois de espalhar umas duas músicas na calada da internet, lançou um vídeo mágico não faz muito tempo chamado “Video Games”. Logo, o buzz começou forte em torno da garota “tipona” americana, de 24 anos, que resolveu morar em Londres.
Para o bem e para o mal, se falou muito em Lana, sua música, sua cara de deusa, seus lábios que parecem recém-saídos refeitos pelo Dr. Hollywood.
Mais bafafá em torno de Lana quando mais recentemente ainda saiu outro espetacular vídeo, outro indie-cinematográfico, para a outra espetacular música, dessa vez “Blue Jeans”, lado B de “Video Games”.
Mais falação para cima da moça, que nem disco, nem single tem fisicamente lançado.

A reportagem da “NME” sobre Lana, esta abaixo que ganhou a menção acima, fala exatamente sobre o buchicho na internet em torno da cantora, a “nova rainha do Hollywood Sadcore” (hahaha, que ótimo), que na real se chama Lizzy Grant e já até havia lançado um disco sob seu nome original (óbvio que eu já baixei!!).

A matéria da publicação inglesa toma partido. “É patético julgar Lana Del Rey por causa de seu look”, estampa o título interno. E condena declarações da “galera do contra” que pintaram na internet, do tipo:

– “Ok song, Botox girl”
– “Ela é muito boa, com os lábios fakes ou não”
– “Uma pessoa horrível que é um péssimo exemplo para as mulheres”
– “Rosto modificado em cirurgia”.

Essa polêmica promete ser estratosfericamente aumentada quando o single e seu primeiro disco saírem. Estaremos aqui prestando atenção.

Lana é incrível. Popload, você já deve ter percebido pelos posts antigos, <3 Lana Del Rey.

O single “Video Games”/”Blue Jeans” será lançado na Inglaterra agora no dia 16 de outubro. No iTunes também. O site dela indica onde já fazer a pré-compra. Eu já comprei dois.