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Alô, Lolla. Meia hora com Jake Bugg no Texas
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Lúcio Ribeiro

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* Lollapalooza Brasil alert.

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O talentoso boy inglês Jake Bugg, que toca em São Paulo no dia 6 de abril às 19h pelo Lolla e um dia antes faz show solo no Cine Joia, se apresentou no Sxsw 2014 dias atrás, como metade dos artistas e bandas existentes no planeta.

Teve um showzinho de menos de meia hora de Bugg promovido de dia pela Waterloo Records, a melhor loja de discos de Austin, Texas. A Waterloo, em época de South by Southwest, sempre monta um palco em frente a seu estabelecimento, no estacionamento do lugar, e promove altos shows de bandas locais e de bons nomes do indie mundial, gente já até consagrada com projeto novo. Aquele fuzuê indie que Austin promove nesse período.

A Waterloo é até meio longe do buchicho dos bares principais do Sxsw. Fica no fim da famosa Rua 6, a rua principal, mas tipo uns 40 minutos a pé da concentração de bares. É fácil localizar: perto tem um enorme Whole Foods Market, o meu predileto nos EUA e um ótimo lugar para comer “decentemente” em época doida de festival, e em frente, no cruzamento com a Lamar Boulevard, tem aqueles fios grossos de alta tensão que no final de tarde são disputados por 100 mil pássaros, tipo filme do Hitchcock.

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Mas, enfim, em frente à Waterloo o Jake Bugg fez um showcase classe e rápido de 25 minutos. Ele tocou “Trouble Town”, “Slumville Sunrise”, “Me and You”, “Storm Passes Away”, “Two Fingers”, “Friends”, “Strange Creatures”, “Lighting Bolt”. Olha que beleza.

No Lollapalooza, em Interlagos, o Jake Bugg “enfrenta” o Soundgarden, na questão dos horários. Você vai ver qual?

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Sxsw: zoando os hipsters; e o show mais bizarro do festival
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Lúcio Ribeiro

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* O Sxsw 2014 insiste em não acabar.

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1. Com 2000 bandas circulando num mesmo pedaço de cidade, no caso a incrível Austin, Texas, você vê show em todos os lugares durante o festival South by Southwest. No chão, na rua, na varanda, no rooftop, no estacionamento da churrascaria, em hotéis e, até, nos bares e nas casas de shows. Shows para 6000 pessoas, para 600, para 60. No caso da edição deste ano do maior evento de música nova do mundo, que acidentalmente mistura uma história trágica com superação, teve um show em um hospital. E para uma pessoa.

Uma das vítimas do maluco bêbado que, durante o festival, para fugir da polícia invadiu com um carro a toda velocidade uma região cheia de gente nas ruas de Austin e matou duas pessoas e feriu 23, teve uma tarde diferente, mas mesmo assim no espírito do Sxsw. No sábado, a garota Mason Endres, 18 anos, que no desastre da última quinta-feira teve o pescoço, o nariz e uma perna quebrados, viu sua banda predileta tocar para ela no quarto do hospital onde estava internada. Ela costumava seguir os passos da banda Jared & The Mill, de Phoenix, e mais uma vez ia ver o grupo ao vivo, não fosse o acidente.

A notícia dos ferimentos de Endres chegaram ao conhecimento da banda, que ajeitaram as coisas para ir ao festival e tocar a música predileta da garota ferida. O vídeo-reportagem, abaixo da foto da menina, conta toda a história. Tocante.

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Mason Andres, 18 anos, vítima do grave acidente do Sxsw na quinta passada, na sexta postou no Twitter uma selfie toda estourada na cama do hospital. No sábado, teve um show exclusivo só para ela no quarto

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2. Já virou tradição zoar os hipster num festival cheio de hipsters como é o Sxsw. Já fizeram isso no Coachella e no Glastonbury, dos que eu me lembro. No ano passado, não exatamente um caso hipster mas ainda assim “curioso”, zoaram uma galera no “nosso” Rock in Rio. Por algum motivo, um monte de gente usava camisetas “fashion” dos Ramones. E, na hora em que um repórter pedia para os trajados citarem pelo menos uma música da banda que estava na camisetas deles, não vinha nada. Chegaram até a fazer um vídeo de 3 minutos para a internet condensando toda a obra dos Ramones, “para as pessoas que gostariam de usar uma camiseta dos Ramones com segurança”. Hahaha.

Daí que o famoso apresentador de TV dos EUA, o Jimmy Kimmel, resolveu fazer seu programa direto do Sxsw neste ano. E, claro, botou uma repórter para entrevistar a galera no meio da música para a moçada dar sua importante opinião sobre um monte de banda que estariam se apresentando no Sxsw 2014, não fossem elas todas fakes, inventadas. Mas ainda assim todos tinham uma opinião muito segura sobre tudo (alô, Facebook!). Veja a zoeira do Kimmel.

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O grunge não morreu, apenas envelheceu: Soundgarden nostálgico no Texas
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Lúcio Ribeiro

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Atração Lollapalooza no domingo, 6 de abril, 18h55, a veterana banda norte-americana Soundgarden é uma das atrações de peso do festival que será uma espécie de Fórmula Indie (sorry) no Autódromo de Interlagos. Liderado pelo vocalista Chris Cornell, o Soundgarden é um dos grupos que comemoram em 2014 as duas décadas do especial ano de 1994, talvez a última e mais efervescente temporada de discos ótimos no pop.

O Soundgarden colaborou com a magia que envolve 1994 com o lançamento de “Superunknown”. A obra é tão importante na discografia da turma de Seattle que em 3 de junho próximo vai ganhar uma reedição remasterizada e de luxo. Fora isso, a banda anunciou que deve fazer alguns shows tocando o álbum todo na íntegra.

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O primeiro show destes não-se-sabe-quantos serão rolou em Austin, semana passada, dentro do South by Southwest, óbvio. Curti a resenha do jornalista Michael Roffman, do Consequence of Sound, falando basicamente que a banda fez uma demonstração para os mais jovens de que a excelência de uma obra de 70 minutos pode ser alcançada com uma produção redondinha e que viu um punhado de fãs grisalhos curtindo o show, mas em suas cadeiras, provando que “o grunge não morreu, apenas envelheceu”.

“Superunknown” completou exatos 20 anos no último dia 8 de março. Além dos shows no Lollapalooza, o Soundgarden tem uma turnê armada para a América do Norte ao lado do Nine Inch Nails, outra banda icônica que se apresenta no festival em Interlagos.

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As infelizes noites de Julian Casablancas no Texas
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Lúcio Ribeiro

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Atração Lollapalooza dia 5 de abril, 16h10, no Autódromo de Interlagos, Julian Casablancas foi uma das dezenas de atrações do incrível South by Southwest em Austin neste final de semana. O vocalista dos Strokes fez dois shows na cidade com sua nova banda The Voidz.

O primeiro deles, falamos aqui, foi na quinta-feira, no Cedar Street Courtyard, quando ele mostrou cinco novas canções. Mesmo assim, o show pareceu meio caído. Foi inclusive a nossa impressão, “de longe”. Uma espécie de segunda chance apareceu para o show de sábado, no FADER Fort. E a conclusão da gringa é que algo anda esquisito.

O show que durou pouco mais de meia hora recebeu críticas duras de publicações indies que são referência, tipo o norte-americano Stereogum, que falou em “show infeliz”. Nem mesmo um fã site famoso dos Strokes, o The Strokes News, perdoou a nova faceta de Julian. Falando sobre o show, um fã que escreve para o site disse que achou tudo “terrível”, que a banda deixou o palco sob poucos aplausos e que a maior recepção no meio do show foi quando o Julian mencionou as outras atrações da noite.

Entre as possíveis “justificativas” do show ruim, estão a de que a banda não fez passagem de som e a voz de Julian estava muito abafada pelo instrumental. Mesmo assim, as reações têm sido negativas na rede. Um vídeo com o show completo foi postado, mas retirado do ar rapidamente. Assim que aparecer, jogamos aqui.

Que pasa, Julian?

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Julian e seu companheiro de Strokes Albert Hammond Jr trocam uma ideia em Austin. Será que o Albert curtiu?

* A foto é do Getty Images.


O Phantogram distribuindo amor no Sxsw
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Lúcio Ribeiro

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* Voando nas ondas do rádio que interessam, a dupla norte-americana de electroindiepop Phantogram segue mostrando seu disco novo, “Voices”, em sessions e showzinhos pequenos por todos os lugares. E, óbvio, baixaram em Austin em um dos dias que passaram para tocar seu segundo álbum em showcases do South by Southwest. Neste tal showcase das rádios públicas, que mobilizou bandas cool num dia todo dentro do Centro de Convenção de Austin, sede do Sxsw, Sarah Barthel e Josh Carter + banda tocaram, entre outras, essa devastadora “Fall in Love”, uma das músicas do ano. Chora!

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Sxsw bafo. Damon Albarn fazendo um Gorillaz rápido, inédito. Com Snoop Dogg
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Lúcio Ribeiro

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Saiu o vídeo bom! Com a música toda!!

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* Momento histórico no South by Southwest 2014, durante show do cara do Blur, Damon Albarn, no Fader Fort, tradicional palco que a revista “Fader” monta nos arredores de Austin, geralmente “do outro lado da estrada”.

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Em seu show para divulgar o novo disco todo solo, “Everyday Robots” (sai 28 de abril), em Austin, Damon Albarn CAUSOU. A gente anda acompanhando que em suas apresentações ele tem tocado as músicas novas mais coisas do Blur, Gorillaz e do projeto The Good, The Bad & The Queen.

Só que, no Texas, rolou o seguinte, na parte de ele reviver o Gorillaz:

* Ao tocar “Feel Good Inc”, hit de 2005, o grande povo do De La Soul subiu no palco para engrossar o coro na música. Apenas.

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* Depois, na hora de voltar a tocar Gorillaz e mandar a mais famosa de todas, “Clint Eastwood”, Damon Albarn se reuniu pela primeira vez ao vivo (e provavelmente a última, ele disse) com Dan the Automator and Del the Funky Homosapien, que gravaram a música originalmente, no disco. E ainda por cima receberam como convidado na canção o rapper gênio Snoop Dogg, mandando um vocal freestyle na música. APENAS.

Esse talvez tenha sido o grande momento musical do Sxsw 2014, se é possível escolher um:

E aqui, com o De La Soul, no desempenho classe de “Feel Good Inc”

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Sxsw – O Temples, da Inglaterra, provocando hipnose através de mesmerismo
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Lúcio Ribeiro

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* Hoje vamos fazer uma correria final sobre algumas coisas que movimentaram os últimos dias do South by Southwest, o maior festival de novidades do mundo, que acabou ontem em churrasco, em Austin, Texas.

Tipo a apresentação do grupo inglês Temples, por lá. A banda inglesa, que no Texas cruzou o caminho dos goianos do Boogarins em algum momento, lançou um dos grandes discos deste ano, o de sua estreia, “Sun Structures”. Você sabe: há em curso um importante revival de bandas explorando sonoridades locais empregnado de um neopsicodelismo, cada qual na sua vibe. Mas sempre na vibe. E nessa onda surfam o Temples na Inglaterra, o Tame Impala na Austrália, o Boogarins no Brasil.

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Daí que tava lá o Temples, no Sxsw, com um de seus showcases em Austin sendo visto inclusive por Jon Pareles, o crítico do “New York Times”, que falou mais ou menos assim da banda: “Meninos com o cabelinho do Pink Floyd no começo de carreira, um vocalista com tipão de tenor de voz anasalada que viaja e parece cantada por várias pessoas, mas sempre em uma estrutura pop que pode lembrar Beatles, mas às vezes caminha entre o jazz e o T. Rex”. Será que eu entendi bem, haha?

Um pouco do incrível Temples no Sxsw. Começando com a chapante “Mesmerise”, a terceira melhor do disco, em show exclusivo para o showcase das rádios públicas americanas. Depois, tocando no sol, durante o dia:

* A foto deste post é da “Rolling Stone” americana.

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Julian Casablancas, no Sxsw, treinando para tocar no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Alô, Lollapalooza Br. Nosso amigo Julian Casablancas, atração em São Paulo em abril, fez uma de suas duas aguardadas apresentações no festival South by Southwest ontem, no Cedar Street Courtyard, em Austin, Texas. Ele tocou com sua nova banda, The Voidz, que a ajudou a gravar seu mais novo disco solo, a sair em algum dia do mês que vem com esse nome mesmo: “Julian Casablancas + The Voidz”.

O show-experimento de Julian, desta vez, foi bem curto, diferentemente do que ele andou tocando desde o fim de semana passado em New Orleans e na Florida. Foram oito músicas: seis do álbum novo e uma dos Strokes, “Ize of the World”, encerrando com uma do disco solo anterior. Nada de mais Strokes, nada de Daft Punk.

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Julian Casablancas é atração do primeiro dia do Lollapalooza em Interlagos, no sábado. Ele entra em cena às 16h10, dia 5/4. O dono da voz dos Strokes também se apresenta neste sábado, no Sxsw. Vamos ver como será o setlist de hoje.

Aqui, abaixo, o show todo de ontem de Julian Casablancas + The Voidz no Sxsw.

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Neto dos Beatles, os irlandeses do Strypes tocam na rua, no Sxsw
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Lúcio Ribeiro

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* Em performance exclusiva para a rádio nova-iorquina WFUV, os pequenos irlandeses do grande The Strypes tocaram seu “big hit” no meio de uma rua de Austin, Texas, onde a banda percorre o périplo sonoro até os palcos do South by Southwest, o principal festival de música nova do mundo. E “novo” é o que se tem primeiro a falar quando o assunto é o grupo.

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Os Strypes têm média de 16 anos de idade, o quarteto. Mas um deles tem 15, parece. E além de parecer com Beatles, ter traços descarados de Stones, curtir Chuck Berry, fazer cover de Bo Diddley, botar um nome que parece a soma de White Stripes + The Strokes e já ter tocado no Glastonbury, eles estão mostrando no Texas as músicas de seu disco de estreia, o incrível “Snapshot”, lançado em setembro do ano passado.

O hit em questão, que o Strypes mostrou ao vivo do lado de fora do Hotel San Jose, em Austin, foi exatamente a cover de “You Can’t Judge a Book by the Cover”, de Bo Diddley, que está no “Snapshot”.

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Deu no “New York Times” – Boogarins no Sxsw
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Lúcio Ribeiro

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* Alá o que JÁ está acontecendo. A banda goiana Boogarins, que em Austin deu início a uma turnê mundial de 60 shows em 12 países, saiu no “New York Times”. Tudo bem, tudo bem. Num lugar onde tem 2000 bandas tocando um famoso crítico de música de um dos dois mais poderosos jornais do planeta falar da performance de um quarteto goiano que nem tem disco lançado no Brasil e fez seu primeiro show em São Paulo pouco mais de quatro meses atrás, digamos que é “A-Ha-Mazing”, ou estou enganado?

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O diário impresso mais famoso do mundo está cobrindo geral o Sxsw. E o crítico Jon Pareles viu um show do grupo goiano BOOGARINS em Austin, ontem, e botou o que achou sobre a performance do grupo no site do diário americano e fez uma comparação com psicodelia hipnótica do Jefferson Airplane (!!).

O texto contempla a dobradinha do show do incrível grupo novo inglês Temples com o Boogarins, durante o showcase do festival Austin Psych Fest, que vai acontecer em maio e tem presença confirmada do quarteto brasileiro. Junto com o australiano Tame Impala, Temples e Boogarins são as principais bandas dessa neo psicodelia zeitgeistíca planetária a que estamos assistindo na música.

Sobre o Boogarins, Pareles disse: “The other was Boogarins, from Brazil, where in the 1960’s psychedelia was also tropicalia, with its rebellious underpinnings. They had the sweet melodic convolutions of tropicalia, some playfully unconventional meters and, at times, some of the modal hypnosis of San Francisco bands like the Jefferson Airplane. Neither band is some wave of the future, but each one takes its psychedelia beyond erudition, into immersion”.

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Quanto ao primeiro show dos Boogarins nos EUA e no Sxsw, quarta passada, um dos grandes jornais do Texas, o “The Austin Chronicle”, mandou esta: “Mop-headed singer Fernando Almeida, looking Cobain-like with his cardigan and Fender Mustang, delivered his playful vocal melodies in Portuguese, his feminine voice floating above the warped heaviosity of lead guitarist Benke Ferraz. It was the latter bandmember, with his maxed-out tremolo pedal, who stole the show with his phenomenal riffing, which peaked with a relentlessly extended take on “Doce” that bounced between reggae and power rock and concluded their set”.


** A foto grande do Boogarins lá em cima é de show da banda no Icenhauer’s, bar de Austin, Texas, onde o Boogarins fez seu primeiro show nos EUA, dentro da programação oficial do Sxsw. A banda já havia tocado de dia em showcases de mostra paralela. A imagem é do “The Austin Chronicle”.

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