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Bandas metalcore lançam tributo ao “In Utero”, do Nirvana
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Lúcio Ribeiro

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* No meio dos quase 500 lançamentos de discos que fizeram o Record Store Day, sábado passado, 19 de abril, ser um dos mais importantes dias para a música no ano, tinha um tributo hardcore punk metalcore experimental nervoso para o disco “In Utero”, do Nirvana. “In Utero” foi o famoso último álbum da banda de Kurt Cobain, que tem um molho brasileiro na produção, nasceu para exorcizar o sucesso comercial do “Nevermind” e veio às lojas em setembro de 1993, há pouco mais de 20 anos.

Grupos como Circa Survive, Thursday, Daughters, Ceremony, entre outros, mais uma ajuda indie do saudoso Jay Reatard, compõem “In Utero, In Tribute, In Entirety”, em vinil preto e uma versão em amarelo. A tiragem, pequena, se esgotou. E a gravadora Robotic Empire, autora do projeto, já faz mais uma fornada para atender os fãs com vendas via correio.

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Mas o disco tem sua versão online no iTunes, Spotify e bandcamp. Neste último, dá para ouvi-lo inteiro por streaming. “In Utero, In Tribute, In Entirety” é bem bom.

A Robotic Empire afirma que o disco vem sendo feito há sete anos, com as bandas sendo convidadas para fazer o tributo ao Nirvana música a música.

Há tempos conhecia essa do Jay Reatard para a incrível “Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle”, menos “áspera”, mais “perturbada”. É difícil dizer, mas acho que é minha favorita do disco todo do Nirvana e do tributo.

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Bomba: o show secreto do NIRVANA nesta madrugada no Brooklyn, NYC
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem à noite, na verdade já na madrugada desta sexta, depois da cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame, o Nirvana, ou o que sobrou da banda sem o mentor Kurt Cobain, ou mais apropriadamente dizendo Krist Novoselic, Dave Grohl e Pat Smear, se dirigiram rumo ao bar Saint Vitus, no Brooklyn, para tocar para 200 pessoas. Acompanhados de vários amigos.

A galera do canal Noisey, da revista Vice, esteve presente ao mais inusitado show dos últimos tempos.

Para começar, olha a lista das músicas tocadas e veja quem assumiu o microfone de Kurt Cobain nas canções:

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Fora a galera que “fez o Cobain” na festa do Hall of Fame, participaram deste show do Nirvana J.Mascis, do Dinosaur Jr, e John McCauley, do grupo Deer Tick. Lorde não foi ao clubinho.

Concerto do Nirvana em 2014 que começa com “Smells Like Teen Spirit” cantado por Joan Jett e termina com “Moist Vagina”, interpretada por Kim Gordon (ex-Sonic Youth), é para entrar na galeria dos shows históricos deste século.

Abaixo tem Joan Jett fazendo “Teen Spirit” e a incrível Annie Clark (St. Vincent) mandando “Heart-Shaped Box”

Galera do Mudhoney, outro mitológico grupo de Seattle e o produtor Jack Endino (produtor do álbum “Bleach”) estiveram na cerimônia e depois foram ao show secreto. Veja a foto abaixo do momento histórico do grunge: Dan Peters, baterista do Mudhoney, Jack Endino, Dale Crover, do Melvins (amigo de Cobain e baterista das demos do “early Nirvana”) e Chad Channing (o ex-baterista do Nirvana antes de Grohl e que tocou no “Bleach”).

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Novo Nirvana: Grohl, Novoselic e… LORDE no papel de Kurt Cobain!!!
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Lúcio Ribeiro

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* Oh my Lord(e)!

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* Aconteceu ontem no Brooklyn, em Nova York, a tão-falada cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame, em que o Nirvana, mais a figura de Kurt Cobain na verdade, foi o grande homenageado da noite. A banda finalmente entrou para o “panteão do rock”. Michael Stipe, vocalista do aposentado R.E.M., foi o condutor da festança e proclamou o grupo à fama dizendo a Dave Grohl e Krist Novoselic que o Nirvana foi uma banda “diferente, barulhenta, melódica e profundamente original”.

Até a mãe de Kurt Cobain, a senhora Wendy Cobain, fez discurso. Cobain se matou há exatos 20 anos.

Depois dos speeches, o palco ficou para Grohl na bateria, Novoselic no baixo e Pat Smear (músico que chegou a ser oficial quando o Nirvana virou um quarteto, no fim) na guitarra recriarem a saudosa banda ao vivo, com convidados no papel de Cobain.

Entre eles, a menina neozelandesa Lorde, de 17 anos!!!!

Lorde, que entre as láureas recentes ficou amiga do David Bowie e cantou para 40 mil pessoas em São Paulo, interpretou Cobain a inesquecível “All Apologies”.

A veterana guitarrista e cantora que ama-o-rock-&-roll Joan Jett assumiu guitarras e cantou o hino “Smells Like Teen Spirit”, na cerimônia. A deusa Kim Gordon, ex-baixista do Sonic Youth, assumiu o microfone para “Aneurysm”. A incrível St. Vincent (Annie Clark) fez “Lithium”.

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Quando Lorde cantou “All Apologies”, Dave Grohl estava na bateria, Novoselic na sanfona, Smear + Joan Jett + St Vincent na guitarra e Kim Gordon no baixo. Que loucura!

Mas loucura maior foi a viúva Courtney Love aparecer na cerimônia e abraçar Dave Grohl e Novoselic, esquecendo momentaneamente o ódio mútuo. Love disse que a filha, Frances Bean, também de Cobain, ficou doente no último minuto e não pode comparecer ao Hall of Fame. Hum…

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Foi uma festa fechada, e fazer fotos e vídeos estavam dureza, porque a cerimônia foi filmada para passar na TV em 31 de maio apenas, na HBO. A noite teve ainda Bruce Springsteen, Kiss, Peter Gabriel, Chris Martin (Coldplay), Tom Morello e outros mais.

O que tem de vídeo, com o da Lorde incluído, é assim:

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* Fotos da Getty Images.
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Grohl e Novoselic revivem o Nirvana, que anda ensopado em água sanitária
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Lúcio Ribeiro

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Na noite de hoje, o mais que histórico e sempre onipresente grupo Nirvana passa a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame. A cerimônia que oficializa a banda de Seattle como novo integrante da galeria terá Joan Jett acompanhando os “originais” Krist Novoselic e Dave Grohl em uma performance. Com Michael Stipe, do REM, como apresentador.

Na noite de ontem, Grohl e Novoselic foram ao programa do Jimmy Fallon para conceder uma breve entrevista relembrando passagens do Nirvana e falando sobre os 20 anos sem Kurt Cobaian. “Ele poderia estar aqui com a gente”, resumiu Krist. Eles comentaram no programa que o show no Rio de Janeiro foi o maior da história do Nirvana e histórias como a quebradeira que Grohl e Kurt promoveram em uma apresentação em Chicago, quando eles arrebentaram com a bateria ruim deles de forma intencional, na tradicional casa de eventos Metro. Eles que disseram.

Além da entrevista, a dupla apresentou a atração musical da noite: Stevie Nicks, do Fleetwood Mac, cantou “Stop Draggin’ My Heart Around”, em uma reedição que contou com o Jimmy Fallon no papel de Tom Petty, o compositor e produtor da faixa original, que apareceu no primeiro disco solo da cantora.

* Em outro papo Nirvana que agitou as últimas horas, vem aí uma produção que promete causar polêmica. “Soaked In Bleach”, filme que mistura drama e é quase um documentário, sustenta que Kurt Cobain, falecido há 20 anos, não cometeu suicídio, mas foi assassinado. A teoria antiga é toda redesenhada de forma minuciosa e conta com depoimentos de policiais que trabalham e investigaram o caso na época.

É o mesmo papo dos anos 90, tempos depois da morte do Cobain, mas com essa chama conspiratória reacesa. Será?

O título de “Soaked in Bleach” dá uma brincada com “bleach”, água sanitária em inglês ou alvejante, que é o título do histórico primeiro álbum do Nirvana, de capa preta, ainda dos tempos de Sub Pop. Ensopado na água sanitária é o real espírito do filme.

Há no documentário toda uma linha investigativa que aborda gravações reais e arquivos oficiais que, no final das contas, apontam Courtney Love como a mentora de todo o plano, com o objetivo de ficar com a fortuna do músico, na época o maior rockstar do mundo.

O investigador Tom Grant, por exemplo, vai direto ao ponto ao dizer que “o marido desta mulher havia acabado de ser encontrado morto e ela não parecia mostrar qualquer sinal de tristeza”. O filme-documentário tem direção de Benjamin Statler e tem previsão inicial de lançamento para o segundo semestre.

O trailer dá uma noção de que vai rolar um burburinho básico nessa história remexida.

* Uma observação pertinente: Courtney Love estará na cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame de hoje.

Abaixo, uma foto inédita de Kurt Cobain que apareceu nos últimos dias, de show da banda em Estocolmo, Suécia, em 1992.

Um beijo, Kurt.

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Coisa de gênio: a reinvenção de grandes imagens da história do rock
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Lúcio Ribeiro

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A internet está aí para revelar grandes artistas. Um membro do Flick com o nick Harvezt reinventou diversas capas famosas de discos de rock sob outra ótica – a dele, no caso – imaginando como seriam os cenários ao redor de fotos que ficaram famosas, tipo a do bebê na capa de “Nevermind” do Nirvana ou os Beatles atravessando “Abbey Road”.

O resultado é incrível e o esforço de imaginação do cara foi genial. Abaixo, algumas selecionadas pela Popload.

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O dia mais legal da música. Record Store Day, 19 de abril: a lista
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Lúcio Ribeiro

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* Ajuda se você estiver na gringa, claro.

Saiu a lista de todos os discos especiais que serão lançados no Record Store Day, dia que saem materiais exclusivos, especiais, inéditos, em versões prensadas na grande maioria em vinil e com tiragens limitada, comercializadas nos balcões da loja, de bandas novos como Chvrches, Disclosure e Haim até nomes consagrados como David Bowie, Jay Z e Joy Division.

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Só tem pequenas maravilhas. Garbage com Brody Dalle de convidada especial; Ao vivo do Mastodon duplo de 12 polegadas e tiragem de 2 mil cópias; O single de Nirvana “Pennyroyal Tea”, com ”I Hate Myself and Want To Die” de lado B, em 7 polegadas e 6 mil cópias apenas, para um disco que sairia em abril de 1994 como terceiro single do álbum “In Utero”, mas que foi abortado por causa da morte de Kurt Cobain, dia antes, talvez porque ele odiava a si mesmo; O último show do LCD Soundsystem; O disco dos Ramones de quatro faixas que só saiu na Inglaterra, nos 1980; O cassete do Skrillex; Tame Impala ao vivo; O remasterizado “Supersonic”, super single do Oasis, em 12 polegadas, com 3500 cópias de tiragem; Pussy Galore, Zombies, Frank Zappa; O disco de papel do Parquet Courts… É de enlouquecer.

A lista abaixo é grande, mas não é nem a metade do que vai sair no dia 19/4:

David Bowie
picture disc de 1984
vinil de 7″
4000 cópias apenas

Jake Bugg
Live From Silver Platters
vinil de 12″

Built To Spill
Ultimate Alternative Wavers
vinil de 12″
4000 cópias

Cage The Elephant
Take It Or Leave It
vinil de 7″
1500 cópias

CHVRCHES
Recover EP
vinil de 12″
2500 cópias

Coldplay
Midnight
vinil de 7″
3000 cópias

The Cure/Dinosaur Jr.
Side By Side Series
vinil de 7″
5000 cópias

Cut Copy
In These Arms of Love/Like Any Other Day
vinil de 10″
2000 cópias

Devo
Live At Max’s Kansas City – November 15, 1977
vinil de 12″
2000

Devo/The Flaming Lips
Side By Side Series
vinil de 7″
6900 cópias

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Disclosure
Apollo
vinil de 12″
2500 cópias

The Doors
Weird Scenes Inside The Goldmine
vinil duplo de 12″
2650 cópias

Foals
Live at Royal Albert Hall
vinil de 12″
3000 cópias

Grateful Dead
Live at Hampton Coliseum
vinil duplo de 12″
7900 cópias

Haim
Forever
vinil de 12″
3500 cópias

Husker Du
Candy Apple Grey
vinil de 12″
1750 cópias

Ice T
Greatest Hits
vinil de 12″
2700 cópias

Jay Z/Linkin Park
Collision Course
vinil de 12″
2500 cópias

The Jon Spencer Blues Explosion
She’s On It/Jack The Ripper
vinil de 12″
2000 cópias

Joy Division
An Ideal For Living (1978)
vinil de 12″
7500 cópias

Mastodon
Live at Brixton
vinil duplo de 12″
2000 cópias

Motorhead
Aftershock
vinil de 12″
2500 cópias

Mudhoney
On Top
vinil de 12″
1700 cópias

Nirvana
“Pennyroyal Tea”/”I Hate Myself and Want To Die”
vinil de 7″
6000 cópias

The Notorious B.I.G.
Life After Death
vinil triplo de 12″
4500 cópias

Oasis
Supersonic
vinil de 12″
3500 cópias

Pinback
Pinback
vinil de 12″
2000 cópias

Pussy Galore
Pussy Gold 5000
vinil de 12″
1500 cópias

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The Ramones
Meltdown With The Ramones
vinil de 10″
4400 cópias

Skrillex
Recess
Cassette
3000 cópias

The Sonics/Mudhoney
Bad Bettie/I Like It Small
vinil de 7″
1000 cópias

Soundgarden
Superunknown: The Single
caixa de com 5 discos de vinil de 10″
3500 cópias

Bruce Springsteen
American Beauty
vinil de 12″
7500 cópias

Tame Impala
Live
vinil
5000 cópias

The Velvet Underground
Loaded
vinil de 12″
3000 cópias

Frank Zappa
“Don’t Eat The Yellow Snow”/”Down In De Dew”
vinil de 7″
3500 cópias

The Zombies
I Love You
vinil de 12″
2500 cópias

Johnny Cash
With His Hot and Blue Guitar
vinil de 12″
2000 cópias

Jimi Hendrix
Live at Monterey
vinil de 12″
6000 cópias

LCD Soundsystem
The Long Goodbye (LCD Soundsystem Live at Madison Square Garden)
5 discos de vinil de 12″
3000 cópias

Black Lips
Funny
vinil de 7″
1000 cópias

Sky Ferreira
Night Time, My Time Picture Disc
vinil de 12″ picture disc
800 cópias

Parquet Courts
Sunbathing Animal
vinil de 7″
1000 cópias

R.E.M.
Unplugged: The Complete 1991 and 2001 Sessions
vinil quádruplo de 12″
1000 cópias

Omar Souleyman
Jazeera Nights: Folk & Pop Sounds of Syria
vinil de 12″
800 cópias

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A estátua do Kurt Cobain não rolou, Aberdeen
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Lúcio Ribeiro

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* Na entrada da cidadezica de Aberdeen, no Estado de Washington, perto de Seattle uma hora e meia de carro, tem a tradicional placa “Bem-Vindo a Aberdeen” na estrada, com um adendo visível desde o final dos anos 2000: o letreiro “Come As You Are”. Com pouco menos de míseros 20 mil habitantes e por algum motivo um dos maiores índices de ataques sexuais dos EUA (em proporção à população), Aberdeen quis logo na entrada da cidade homenagear seu filho mais famoso: Kurt Cobain, um dos mártires e gênios do rock americano. E seu filho mais polêmico também. Parte da cidade não gosta que Cobain seja o símbolo da cidade, porque afinal de contas era um “viciado em heroína que ficou maluco e deu um tiro na própria cabeça aos 27 anos de idade”.

Pois, bem. Apesar do melê herói-não-herói, Cobain ganhou nesta semana um feriado na cidade. Agora, todo dia 20 de fevereiro (dia de seu aniversário; ele completaria 47 anos ontem, se vivo), vai ser o “Kurt Cobain Day”. Seria dia 5 de abril, data de sua morte, mas resolveram mudar por causa da coisa “heroína e suicídio” não serem o mote do legado que o brilhante guitarrista deixou.

Daí que os blogs americanos ficaram malucos hoje com a cobertura do Cobain Day de Aberdeen, de ontem. De tão chinfrim que foi. Primeiro porque fizeram apenas um show cover de Nirvana, com uma banda chamada Gebular. Depois descobriram que uma pequena emissora de TV local cobriu as “festividades” e seu apresentador se referiu a Cobain mais como drogado do que como líder da banda que revolucionou o rock no planeta, a indústria da música, as programações das rádios e TVs, o modo de pensar das gravadoras etc.

E, por fim, porque inauguraram uma estátua horrorosa de Cobain perto do Museu de História local, que guarda do músico o sofá onde ele dormia enquanto morou na cidade.

Sem brincadeira, me lembrou um busto do Ademir da Guia que tinha no Palmeiras nos anos 80, que parecia mais com o Mussum do que com o histórico ídolo do Verdão. Tanto que derrubaram esse busto e hoje tem um decente no lugar.

O que tá mais parecido com Cobain, na estátua inaugurada, é o buraco da calça, na altura do joelho.

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Na onda do Nirvana. Livro traz a história de turnê grunge na Europa em 1989
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Lúcio Ribeiro

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* Na onda atual que resgatou o nome do Nirvana aos assuntos pops, por causa da especialíssima reedição do álbum “In Utero”, 20 anos, está um livro bem interessante, que mostra um pouco o que aconteceu com o grupo de Kurt Cobain quando ele era apenas um grupo de som doido de Seattle que estava lançando um bom disco indie por um selo pequeno numa era pré-internet.

“Experiencing Nirvana: Grunge in Europe, 1989”, de Bruce Pavitt, que já foi lançado na internet e nessa nuvem de Nirvana que volta a assombrar a música ganha edição física no dia 14 de novembro nos EUA, retrata uma micro-história do grunge em geral e do Nirvana em particular, diz seu autor. Retrata é o termo: tudo é muito bem ilustrado com dezenas de fotos. E tendo as bandas Mudhoney e TAD como coadjuvantes num certo trecho da turnê pela Europa, que incluiu Londres, interior da Inglaterra, Zurique, Genebra, Roma, Paris, em oito dias.

TAD e Mudhoney eram coadjuvantes em termos, porque quando a turnê foi marcada o Nirvana era a menor das três bandas, tinha menos cartaz. Chegando na Europa, com o primeiro disco (“Bleach”) já lançado, foram ganhando outra importância.

A versão virtual do livro é mais bacana. Tem um mapa interativo das cidades percorridas pela turnê e um digital playlist com 50 músicas de galera da época, da Sub Pop ou do rock americano (Husker Du, Dinosaur Jr, Pixies, Black Flag…) e não só, que as bandas e Pavitt ouviam em baladas ou nas vans durante essa turnê. A versão física promete mais fotos ainda que a virtual.

Acima na foto, um lado interessante do vocalista Mark Arm, durante show do Mudhoney na Inglaterra. No fundo da foto, com uma latinha de cerveja na mão, está um ninguém chamado Kurt Cobain.

Aliás, o autor de “Experiencing Nirvana: Grunge in Europe, 1989”, Bruce Pavitt, é “só” um dos fundadores da Sub Pop, um dos selos mais importantes da história do rock, que iniciou a revolução grunge do final dos 80, começo dos 90. E que deu ao mundo a banda de Cobain, na época com Chad Channing na bateria (Dave Grohl assumiria as baquetas no ano seguinte).

“O Nirvana é a resposta da Sub Pop para os Beatles”, escreveu um jornalista inglês na passagem dessa turnê grunge pela Inglaterra, no semanário “New Musical Express”. Vai vendo. Estamos em 1989. Vai vendo.

Pavitt deu recente entrevista sobre o livro ao site brother Scream & Yell, dá uma conferida.

Algumas fotos do livro, que não tem perspectivas de lançamento no Brasil, estão aqui abaixo.

Em uma estação de trem da Suíça, Cobain liga para a namorada nos EUA para dizer que roubaram sua bolsa com passaporte e tudo

Cobain tomando um capuccino no trem de roma para Genebra, onde iria tocar e quando ainda tinha seu passaporte

Show do Nirvana no lendário Astoria, em Londres

Kurt Cobain em ação em Roma. Ele é a personagem principal do livro de Bruce Pavitt


Show do Nirvana de 1993 sai no Brasil. Banda “tocou” semana passada em UK
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Lúcio Ribeiro

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* Duas ainda sobre a banda do cara aí abaixo.

1. O selo Universal lançou nesta semana aqui no Brasil o DVD “Live and Loud”, showzão do Nirvana de dezembro de 1993, realizado em Seattle quatro meses antes do suicídio do guitarrista Kurt Cobain. A apresentação, realizada num armazém do Pier 48 da cidade do grunge, foi gravada para um especial de Réveillon da MTV. Breeders e o Cypress Hill abriram para o Nirvana nessa data. O concerto “Live and Loud” está dentro em som e imagem da caixa comemorativa do “In Utero”, o terceiro e derradeiro álbum do Nirvana, que completou 20 anos.

O DVD traz as 17 músicas originais do show, mais faixas filmadas do ensaio para esse concerto, além de canções tiradas de apresentações em Roma, Paris e Munique da turnê do “In Utero”. O total do DVD traz 29 músicas.

2. Na semana passada, o O2 Academy de Islington, em Londres, passou um show “diferente”. Quando as luzes se apagaram e a galera se aproximou do palco com sua cerveja na mão, o público passou a ver na verdade um concerto que aconteceu em 1992. A tradicional casa de shows inglesa mostrou, projetando num telão que tomava o palco todo, o famosíssimo show que o Nirvana fez naquele ano no Reading Festival, como headliner, e atraindo boa parte das 100 mil pessoas presentes. Era o auge da Nirvanamania. “Não estamos recriando ídolos como o Tupac em holograma, mas estamos dando aos fãs, que não tiveram a oportunidade de ver a banda ao vivo, a experiência mais perto possível disso”, disse o organizador do “show do Nirvana” da semana passada.

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E o disco novo do Cage the Elephant?
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Lúcio Ribeiro

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A esperta banda indie-porrada americana Cage the Elephant, do Kentucky, fã do Nirvana, adorada pelo Dave Grohl, bota na praça semana que vem seu terceiro disco de estúdio. “Melophobia”, dizem, é o álbum no qual o grupo encontrou de vez sua “pegada” e chega às lojas também na terça-feira, dia 8 de outubro, como o do Sleigh Bells.

A produção ficou a cargo de Jay Joyce, que trabalhou nos outros dois álbuns da banda. Este “Melophobia” tem 10 faixas, uma delas com a participação da fofura Alison Mosshart.

A cantora do Kills empresta sua bela e potente voz à faixa “It’s Just Forever”. O papo do Matt Shultz, vocalista do grupo, é que “Melophobia” foi inspirado pelo David Bowie em sua fase mais antiga. Será?

Podemos constatar isso (ou não) agora, já que o disco está disponível para audição na íntegra, cortesia da revista americana Rolling Stone.