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Coachella, dia 2 – A dance music unindo as pessoas. O Flying Lotus e o melhor show do dia. O novo rap. O palco hipnótico do Radiohead
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Lúcio Ribeiro

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Em seu segundo dia, o Coachella teve cara de Coachella. Saíram os ventos e chuva da sexta, voltou o sol escaldante do deserto da Califórnia.

Com programação bem “plural”, o primeiro sábado do festival teve de tudo: rock, pop, rap, novo rap, eletrônica, nova eletrônica, punk. De Azealia Banks a Buzzcocks, de Flying Lotus a The Shins. Mas boa parte do público estava lá para ver o que pega nesta nova turnê do Radiohead.

Uma das vozes da nova geração, a louquinha Azealia Banks fez um dos primeiros shows bem comentados do dia, na tenda eletrônica. Em set de quase meia hora, a pessoa mais cool do planeta em 2011 para a NME, fez show intenso, com letras fortes com suporte de samples eletrônicos. Teve “Bambi”, um de seus novos hits. Assim como também teve “Firestarter”, clássico do Prodigy. Quem viu, adorou.

Outra atração que bombou foi o Flying Lotus, um dos nomes fortes do Sónar SP (mês que vem, no Anhembi). Para o NY Times, foi o melhor show do dia. Aliás, o NYT declarou que a dance music está “unindo” o Coachella, pois é do gênero os shows mais concorridos e animados. O DJ de Los Angeles agitou uma destas tendas eletrônicas do Coachella e parece ter batido fácil o pop David Guetta, que também se apresentava a poucos metros dali.

Bandas veteranas como o Buzzcocks e o Squeeze não perderam o fôlego e seguraram bem seus shows. Nos palcos principais, a noite foi chegando ao som de Noel Gallagher, também visita certa para os brasileiros na primeira semana de maio. O irmão do Liam dividiu seu set com clássicos do Oasis e sons de seu primeiro álbum solo, High Flying Birds, mas com setlist encurtado pela metade do show convencional.

Na sequência, bons shows do The Shins, que trabalha seu novo álbum “Port of Morrow” e do Bon Iver, que teve em “Perth” seu momento principal. Um dos ótimos grupos da última década inglesa, o Kasabian fez show pesado, concorrido e animado. Concorrida também foi a apresentação do problemático A$AP Rocky, um dos expoentes dessa nova ala do rap e hip-hop, atração do Popload Gig. (Reparou que todo mundo está vindo para o Brasil?)

Principal atração do dia, como já destacamos no post anterior, o Radiohead apareceu para fechar a programação com um show de imagens, luzes e boa música. Incrível como o Radiohead, com duas décadas de carreira, consegue ser cada vez mais hipnótico e transcendental. O novo palco possui uma cortina de luzes ao fundo e mais ou menos 12 telas de led que ficam se movimentando a todo momento, com imagens dos integrantes da banda. Coisa linda, ainda mais quando tudo isso se intercala a canções que resistem ao tempo, como os mega hits “Karma Police” e “Pyramid Song”. Show da vida esse Radiohead.

Confira alguns vídeos dos principais shows do segundo dia do Coachella.


A$AP Rocky rouba a Lana Del Rey para ele
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Lúcio Ribeiro

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Daí que noticiamos ontem que a Lana Del Rey fez uma parceria musical inusitada com o maluco A$AP Rocky, estrela emergente do rap lá fora, atração explosiva do próximo Popload Gig, 24 de maio no Cine Joia, ao lado do outro explosivo (porém tranquilo, entende?) Theophilus London.

A$AP Rocky e Lana gravaram a faixa “Ridin” para uma mixtape do duo Kickdrums, que seria lançada hoje. A mixtape, sim, foi lançada. Mas a faixa “Ridin” foi misteriosamente removida.

Após as reações na internet, o site Pitchfork – que chegou a divulgar a notícia como se a música estivesse lá – fez a correção e explicou que “Ridin” não está mais na mixtape simplesmente porque A$AP Rocky vai colocar a faixa, com a participação da Lana, em seu primeiro álbum, que ainda vai sair em julho. A Lana Hip Hop vamos ter que aguardar um pouco (lembra que o Snoop Dogg já chamou a Lana para participar do disco dele?).

Por enquanto, ficamos apenas com a preview de 60 segundos, que foi divulgada ontem.

* Falando em A$AP Rocky… Os ingressos para o próximo Popload Gig, no qual ele co-estrela a noite com Theophilus London, já estão à venda no site do Cine Joia. O primeiro lote promocional custa R$ 160 (R$ 80 a meia). Depois, vai subir para R$ 180. Essa edição, como se as outras não foram, vai ser histórica. Não?

Acho até que o A$AP Rocky vai tocar a tal música dele com a Lana aqui no Brasil. Só falta ela…

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Lana, my byaaaaaatch!
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Lúcio Ribeiro

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Dois nomes badalados no mundo pop, porém de estilos diferentes, atuando juntos numa só música. Tudo normal até que você descobre que as figuras em questão são a doce-fofurinha Lana Del Rey e o rapper casca-grossa A$AP Rocky, estrela megaemergente do rap mundial e, veja só, atração do Popload Gig dia 24 de maio, no Joia, junto com o Theophilus London.

A até então inimaginável parceria vai cair na internet amanhã. “Ridin” é um dos sons que compõem a nova mixtape do duo The Kickdrums, do Brooklyn, chamada “Follow The Leader”.

“Pick me up after school, you can be my baby / Maybe we can go somewhere, get a little crazy”, é um trecho da letra, na qual o A$AP Rocky manda um “Lana, that’s my bitch”. Sério.

Adorei a menção da bíblia nerd-indie Pitchfork na linha: “Isso, INTERNET, é a nova letra da princesa gansgta Lana Del Rey”. Haha.

Já tem um preview de 60 segundos do som. Quando sair completo, amanhã, postamos aqui de novo, pois ninguém se cansou da Lana. Não é?

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Ratatatá. ASAP Rocky sacode o rap
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Lúcio Ribeiro

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* O rap é o novo Rocky.

* Disse um grande pensador brasileiro hoje na “Folha de S.Paulo” (caderno Ilustrada) que “depois de uma estiagem criativa de anos, a música jovem americana apontou em 2011 alguns caminhos novos: o dubstep, junção do cadáver do emo com eletrônica decandente; um indie pop menos indie e mais pop, menos Brooklyn e mais Califórnia, que tem no Foster the People e Grouplove seus mais belos exemplos; e, por fim, o caminho de um hip-hop menos luxuoso mas não menos autoconfiante, mais nervoso, mais direto.”
É neste último grupo está o incrível ASAP Rocky, nome que deve causar um certo agito em 2012.

* De toda a galera que a gente vem falando, o ASAP Rocky parece ser o mais completo. O rapper, nascido e criado no Harlem, em Nova York, leva o hip hop a sério, sem gracinha, sem molecagem. Sua curta vida (tem 24 anos) já lhe deu a casca para isso: seu pai está em presído por causa de tráfico de drogas e ele chegou a ver o irmão ser assassinado em treta de gangue, que o levou a morar em Nova Jersey, outra vizinhança pedreira.
Nada a ver, mas tudo a ver, seu jeito de cantar me lembra o Mano Brown, juro. Não na voz, mas numa sinceridade que a voz carrega.

* Agora no final de 2011, ASAP Rocky soltou a poderosa mixtape “Live LoveA$AP” e ganhou destaque até em blog indie americano. A mixtape trazia a poderosa música “Peso”, que já estava causando há semanas no meio hip hop e, desculpa a insistência na comparação, parece ser da mesma família da contundente “Capítulo 4, Versículo 3”, dos Racionais.

* Logo no dia 1º do ano novo o ASAP Rocky lançou na internet a música “Pretty Flacko”, outra bem boa, que não está na mixtape, mas deve entrar no primeiro disco do cara, a sair já em fevereiro, rapidinho. Pela Sony, que gastou uns milhões no ASAP Rocky só por causa da mixtape dele.

“Pretty Flacko” é produzida pelo Spaceghostpurrp, que em todo lugar que eu leio sobre é um dos caras que, lá no mais baixo underground do hip hop americano atual, está costurando a salvação do gênero. Ainda não entendi muito o porquê disso tudo, mas estou começando a desconfiar.

Pretty Flacko by illRoots

PS: o nome real do ASAP Rocky é Rakim Mayers, por causa do Rakim, que era do duo Eric B & Rakim. Só isso.

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