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Arquivo : Deadmau5

South by Southwest oferece “noite histórica” para a música eletrônica
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Lúcio Ribeiro

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O incrível Deadmau5, alcunha do canadense Joel Zimmerman, atração Lollapalooza Brasil no final do mês, mediu (ou juntou) forças na noite de ontem com o veterano Richie Hawtin, espécie de embaixador do techno minimalista underground. O encontro aconteceu em Austin, no Texas, durante o bombator South by Southwest. O encontro do velho e do novo. Do pop e do indie da eletrônica, se é que você me entende.

O “embate”, que também foi estendido para uma roda de discussões, serviu justamente para debater as possíveis diferenças que a música eletrônica tomou nos últimos tempos, a projeção que ela alcançou, se existe ainda uma essência underground (Hawtin) ou se tudo relacionado ao estilo passou a ser “banalizado” para o apelo comercial (Deadmau5).

Para quem não sabe, Richie Hawtin é um dos grandes ícones da história do Techno “cabeçudo” e apareceu para o mundo com o seu pesado projeto Plastikman. Do outro lado, Joel Zimmerman, o Deadmau5, é um dos nomes pontuais do momento quando o assunto é música eletrônica, dos mais conhecidos da dance music, e consegue caminhar não só no espaço underground, mas também no mainstream.

Nesse choque de gêneros, os dois DJ’s se apresentaram no formato back2back. E o Deadmau5 deixou de lado seus apetrechos visuais e apareceu todo dark, sem máscara, tipo o Hawtin, “natural”. Quem assistiu e conseguiu entender a dimensão da coisa, notou o climão tenso. Só no começo (como flagra o vídeo abaixo), veio uma intro nervosa de mais de três minutos punk. A apresentação conjunta durou mais de uma hora e, dizem, não teve nada farofa. Tem gente tratando a noite de ontem como um marco histórico para a música eletrônica. Uma hora ou outra a gente deve voltar a falar desse assunto.


Dubstep mineiro, “rival do Skrillex e querido pelo David Guetta”, bomba em BH, bomba em Seul, vai bombar em SP. Conheça o Dirtyloud
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Lúcio Ribeiro

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Yes, no Brasil se faz dubstep. E desde 2010!!! Quem garante é o duo mineiro Dirtyloud, uma das dezenas de atrações do Lollapalooza Brasil 2013, formado por Eduardo Nascimento, o Du (26), e Marcus Vinícius Campos (24). Com uma mistura de estilos, a dupla, que faz um som que vai do dubstep ao drumstep ganhou espaço em um jornal de grande circulação de Belo Horizonte, “O Tempo”, e achei interessante a reportagem sobre a trajetória deles.

Com mais de 2 milhões de views e 2 milhões de plays no Youtube e Soundcloud deles, respectivamente, o Dirtyloud faz mais barulho fora do país do que na terra natal BH. Já tocaram na Europa, África do Sul, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Austrália e América do Norte, para onde voltam no próximo dia 22, quando iniciam uma minitour de cinco shows, iniciando em Seattle, a terra do grunge. “Nós gostamos de tocar aqui (BH), conhecemos todo mundo, mas não dá para se apresentar sempre, mesmo porque isso pode desvalorizar um pouco a imagem, as pessoas se cansam. Para mim, o ideal é uma gig a cada dois meses. Nosso cachê é um pouco caro para os promoters daqui também, porque já temos experiência internacional”, disse o Vinicius, sem titubear, ao jornal.

Recentemente, o Dirtyloud fez sucesso com o remix oficial para “Sweet Nothing”, a já então bombada parceria entre as batidas de David Guetta e a voz de Florence Welch. Aliás, no interessante perfil elaborado pela publicação, aparecem como “fãs famosos” do duo o próprio Guetta, além do Tïesto e o Deadmau5.

Ainda de acordo com o Marcus Vinícius, a trajetória gringa do Dirtyloud demorou um pouco para engrenar. “Mantemos diálogos com muitas pessoas, no mundo todo. A internet foi fundamental para conseguirmos nossas turnês. A primeira viagem foi especial, ficamos de turista em Los Angeles por uma semana. Depois veio uma rotina mais puxada. Nos primeiros meses do ano passado, por exemplo, ficamos praticamente só viajando pela Europa”, contou o DJ, que falou também da inserção do dubstep na cena brasileira. “A galera gosta muito quando a gente toca, mas não existem muitos artistas conhecidos por aqui que tocam o dubstep. Nós lançamos o nosso primeiro em 2010 e já estouramos. Acredito que o estilo deva crescer muito nos próximos anos”.

O Dirtyloud toca na tenda do Perry no Lolla BR na sexta, dia 29 de março, às 15h. Pela chamada no site do festival, não deixa de ser uma atração à conferir. “Frequentemente competindo com o americano Skrillex e o canadense deadmau5, não só nas paradas de música eletrônica pelo mundo, mas também em apresentações lotadas, o Dirtyloud…”.


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