Confusão: Lollapalooza Brasil vende ingressos para jogos do Figueirense
Lúcio Ribeiro
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Tudo bem que o Brasil é realmente o país do futebol, mas o big Lollapalooza – um dos festivais de música mais importantes do mundo e que terá sua primeira edição brasileira ano que vem – resolveu levar a sério a paixão nacional do brasileiro. Você vai entender mais tarde.
Marcado para se iniciar exatamente 0h01, a pré-venda dos Lollapass tem sido uma coleção de erros até certo ponto improváveis e inimagináveis na história de venda de ingressos deste país, acostumado a travar vendas de ingressos para eventos de grande porte, assim como acontece também lá fora, para falar a verdade.
A pré-venda, tecnicamente, se iniciou no horário programado e o prometido é que “fique no ar” até o próximo dia 27 de novembro. Porém, na prática, quem quer ver Foo Fighters, Arctic Monkeys, Skrillex e Cia. está sofrendo um bocado nestas primeiras horas de pré-venda.
Baseado no sistema de vendas da Showcard, era comum quando o usuário tentava validar a senha recebida pelo cadastro inicial do site aparecer uma mensagem “bem-vindo ao futcard”.
Em seguida, com o login devidamente feito, a tentativa de compra gerou os maiores problemas possíveis. (1) O site não carregava; (2) quando carregava, não listava as opções de compra: (3) quando listava as opções de compra, não confirmava, aparecia mensagens do tipo “favor selecionar seus ingressos”, sendo que os ingressos haviam sido selecionados na janela anterior; (4) o histórico de pedidos e/ou “carrinho” de compras às vezes sumiam.
Por volta de 1h da manhã, o site simplesmente travou. Não abria a janela de compras e, pior, aparecia uma nova janela, comunicando que o fluxo de acessos estava alto. A partir dali, os usuários passaram a receber senhas de fila de espera virtual. Teve gente que caiu na posição 8 mil e pouco da fila. Muita gente conseguiu avançar na fila e, no momento de confirmar a compra, (1) ou a página de opção de pagamento não abria ou (2) o site caía de novo. AGUARDE E CURTA!
A tal tela da “fila virtual” durou até 2h da manhã, quando o site foi “normalizado”. O normalizado aqui significa que o sistema voltou ao estágio inicial: abria, mas não funcionava.
Quando era selecionado o tipo e quantidade de ingressos (eram no máximo dois por senha), era comum ver os valores deturpados. Dois passaportes de meia-entrada, cujo valor normal sem as taxas seriam de R$ 500, estavam sendo cobrados por R$ 375. Quem tentava confirmar a compra era redirecionado para a página inicial outra vez. Quando se tentava comprar os ingressos, aparecia uma mensagem indicando para “selecionar os ingressos”. E isso aconteceu para sempre com a maioria.
Mesmo sem preencher dados de cartão, às vezes os “pedidos” ficavam armazenados em um campo específico, mas sem explicar muito, ainda mais com o termo inédito “Não Capturado”. E isso, além de não dizer nada, atrapalhava quem tentava reiniciar a compra, pois aparecia outra mensagem, avisando que o limite de ingressos correspondentes à senha de acesso já havia sido atingido.
As improbabilidades de erro foram tantas que, como relatamos no início se tratar de um sistema de vendas que comercializa ingresso de futebol, um internauta resolveu deixar por mais de uma hora a tela de confirmação ser atualizada. Quando a página se atualizou, apareceu o seguinte recado:
Depois das 4h da manhã que um fluxo maior de pessoas conseguiu comprar ingressos. Mesmo assim, pouco tempo depois, o site voltou a apresentar problemas. Por volta das 7h30 da manhã de hoje, o site de compras do Lolla já estava fora do ar.
Os sortudos que conseguiram comprar, se depararam com essa telinha mágica.
O único “pronunciamento” da organização do festival foi por volta de 1h da manhã, no ápice dos protestos, via Twitter. Depois da promessa de “normalizar os acessos”, a conta oficial do evento não foi atualizada até às 10h30 de hoje.
* E aí? Tem alguma história tensa e improvável com a pré-venda de ingressos do Lolla? Relate nos comentários, a Popload quer ouvir você.