Glasvegas bota toda a tristeza do mundo na música com título mais legal do ano
Lúcio Ribeiro
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Se há por aí uma onda negativa, sorumbática e depressiva dentro do universo pop (seja ele rock, eletrônico, rap e todas as intersecções), boa parte da culpa pode ser depositada na conta da banda escocesa Glasvegas, que em 2007 e 2008 surgiu na cena britânica explicitando em letras coisas como morte, suicídio, crimes com faca, sequestro, pai ausente. Tudo embalado por um som pop desgraçado e soturno de fazer músicas de bandas como Joy Division parecer trilha sonora de aniversário de crianças felizes.
Tudo bem bandas fazerem som desse tipo, mas daí o disco de estréia do Glasvegas chegou ao número 2 da parada de álbuns, shows tiveram ingressos esgotados rapidamente e canções suas tipo “Geraldine” tocaram nas rádios como se fossem do Justin Timberlake.
Daí veio o segundo disco, o tempo passou e voltou o Glasvegas com o sugestivo nome (assim) “EUPHORIC /// HEARTBREAK \\\” dando o título para o álbum, que tinha como faixa de abertura a esquisita “Pain Pain, Never Again”, que traz a MÃE do vocalista fazendo um spoken word sinistro, em cima de guitarras em reverberação. O disco foi fracasso de vendas e a banda meio que sumiu.
Aí você pensa: esses caras, se não mataram muita gente, já devem ter “morrido” pelo caminho. Pois eles voltam agora com o terceiro disco, falando que preferiam morrer do que ficar com você. Ou mais ou menos isso. Os escoceses lançam no meio do ano “Later…When The TV Turns To Static”, terceiro registro da carreira deles. O primeiro single saiu agora e tem um título ótimo, mesmo a música sendo triste de doer: “I’d Rather Be Dead (Than Be With You)”. Haha. Melhor: não basta ter sonoridade e letra deprês, tem que ter trechos falados pelo vocalista James Allan ainda.
Esquisito viu. Mas curti.