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Arquivo : Kmila CDD

O RAP É O NOVO ROCK – parte II: AS MINA
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Lúcio Ribeiro

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Dominique Young Unique, em foto para a revista The Last Magazine

>> OU, O RAP EH O NOVO HYPE? OU, O RAPSTER É O NOVO HISPTER? REFLITA.

* Ontem falamos da Azealia Banks, rapper boca-suja do Harlem que desbancou todos os indies na lista anual de artistas “cool” da NME. Ganhou do Jarvis Cocker, do Noel Gallagher e do Dave Grohl, pensa.

* Não é só a quantidade de rappers na mídia e nos programas de TV, nos talk shows, na MTV, nas premiações da MTV (principalmente na deste ano, no Brasil), nas pistas de rock, nos festivais de rock, nas festas de playboy… até aí, normal. As polêmicas do Criolo, Criolo no Planeta Terra, Criolo no Cine Joia :), Emicida no Coachella, Emicida em todo lugar, Tyler the Creator no SWU. Com a velocidade das coisas hoje, tudo vira mania em menos de dois dias — sem barreira social, espacial ou de estilo. O que é incrível é ver como o rap e o hip-hop estão atropelando (massacrando?) os outros gêneros (punk, indie, pop — mais sobre isso depois) sem dó, mas também incorporando elementos de todos eles. Se no ano passado a gente decretou o fim das guitarras (lembram do synth-pop, synth-rock, synth-punk, etc?), este ano foi o ano da lambança geral: em 2011, o rap circulou do sambinha ao punk, da Vila Olímpia à ZL. E tocou no iPod do mano, do indie e do hipster — que acabaram virando “os rapsters”.

* Enfim, de volta às minas. Porque elas, as exuberantes representantes da safra ‘minas do rap’, estão brotando por todos os lados. A cada dia ouço falar de uma delas. E estou falando de sites “de indie-rock”, mesmo que esse termo já tenha perdido o sentido: Pitchfork, Stereogum, revistas NME e Spin, e até dos blogs mais indie-xiitas por aí. Elas estão em todos os lugares.

* A mina da vez de hoje é a (também) americana Dominique Young Unique, da Flórida, que lançou sua terceira mixtape em setembro. São oito faixas aceleradas e desbocadas, destacando a “Stupid Pretty” (também nome da compilação) e a ótima “HYPE GIRL”, abaixo:

* U.O.U. Pequenininha e marrenta.
* Ela tem 19 anos e “rima” desde os 11.
* Veio da parte mais pobre de Tampa e chegou a morar em um carro depois que a mãe perdeu o emprego.
* Foi descoberta pelo produtor do grupo [de meninas] Yo! Majesty, aquele que chegou a ser chamado de Beastie Girls.
* Já está dividindo o palco com nomes grandes do rap e… já caiu nas graças do Kanye West, que não é bobo nem nada. Mas ela não ficou muito impressionada, não, viu? Os dois foram formalmente apresentados no backstage de um desfile de moda. Ela disse à revista ELLE inglesa: “Eu o tratei como se ele fosse uma pessoa normal porque estamos no mesmo jogo. Não fico toda deslumbrada nem me mostro tão empolgada porque um dia eu vou chegar lá também. Ele me disse que era a mais f*dona de todas. E sim, vamos fazer algo juntos mais pra frente. YES YES YES.”
* Já se refere a si mesma na terceira pessoa: “Dominique Young Unique gonna be real big”
* Sobre ela, o jornal britânico Guardian diz o seguinte: “Faz a Santigold parecer a professora do Charlie Brown”. E sobre suas músicas: “é tipo um jogo de Super Nintendo implodindo”.
* Sobre as comparações com M.I.A. e Santigold: “Só porque somos artistas e fazemos rap, não significa que estamos juntas nessa”. Sobre Nicki Minaj, outra (pop-)rapper da safra: “Eeew. Fuck her. Não tenho bunda nem peito de mentira. E minha música é totalmente diferente”.

>> OK. Vamos acompanhar.

Lurdes da Luz em foto de Alisson Louback

* E por aqui, quem são as minas do rap/hip-hop? O VMB 2011 levou três (ou quatro?) delas ao palco da premiação. Selecionamos algumas abaixo. Quem mais você colocaria na lista?

>> KMILA CDD:

* Carioca, irmã do MV Bill. CDD vem de “Cidade de Deus”.

>> LURDES DA LUZ:

* Ex-Mamelo Soundsystem, já participou das nossas Poploaded Sessions. Impressão minha ou deram uma Lilly-Allenizada na Lurdes? No bom sentido.

>> KAROL CONKÁ:

>> FLORA MATOS:

>> NATHY MC:


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