Savages, ao vivo ontem em Chicago
Lúcio Ribeiro
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* Popload em Chicago.
* Pega tudo o que eu falei no post passado, o do Parquet Courts, e aplique a informação aqui no do Savages. Eu já curtia bem esse pós-punk inglês 80 perdido aqui no ano 2013, mas ao vivo a banda é realmente espetacular. Criam um clima tão denso que às vezes só cortando o ar com uma faca para penetrar na vibe dessas quatro moças inglesas que tocam demais. A guitarrista, ao vivo, é um absurdo. A vocalista, a de cabelo curtinho, que dança tipo Ian Curtis (Joy Division), é uma bela falando e uma fera na performance. Se transfigura. Na entrevista a Jim DeRogatis que antecedeu ao show, Jehnny Beth contou que passou a vida seguindo o pai nos palcos, mas na qualidade dele de diretor de teatro. Acompanhava desde pequenininha as peças por países como Rússia, Japão e vivia no palco. Mesmo sendo uma “atriz de pequenas pontas” por conta do trabalho do pai, isso explica o caráter forte de “interpretação” de Beth no palco. Magnética.
A baterista não compareceu à entrevista, porque, elas disseram, ela tem que fazer uns exercícios especiais de aquecimento para os shows que duram uma hora. Hein?
Do Savages, ontem no Lincoln Hall, em Chicago, filmei a ótima “Shut Up”, a canção que abre o disco de estreias dela, deste ano.
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