Nova banda grande: FOALS. E como eles são “rivais” do Felipão hoje, em Londres
Lúcio Ribeiro
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* Outra candidata para essa tendência de “novas bandas grandes” parece ser a nossa querida bandinha indie inglesa Foals, que tem um som quebrado, nada fácil, chamado “matemático”, mas é um dos melhores shows do “rock” faz algum tempinho. Ou estou enganado?
Antes de começar a discorrer minha tese sobre o que envolve o lançamento do novo disco do quinteto de Oxford liderado pelo figura Yannis Philippakis, a sair semana que vem na Inglaterra, lembro que o Foals não só já se apresentou no Brasil DUAS vezes (Planeta Terra de 2008 e escondido na abertura do Chili Peppers no Anhembi em 2011), como vem ao país de novo para tocar no Lollapalooza Brasil, escalado na programação de domingo, dia 31 de março. No line-up do festival, está divulgado na “quinta linha” de atrações, depois do Criolo.
Antes ainda, quero dizer que o Foals faz HOJE uma das grandes “Maida Vale Sessions”, apresentação ao vivo nos famosos estúdios da BBC em Londres, dentro do programa do bombado DJ Zane Lowe, na Radio One. O programa do Lowe, de duas horas de duração, começa às 19h e pode ser ouvido ao vivo na internet. Não quero confundir ninguém, mas praticamente no mesmo horário, na mesma cidade o Brasil do Felipão vai estar pegando a Inglaterra. Duas transmissões ao vivo de Londres boas de se conferir.
Pois bem, o Foals, na iminência de lançar seu terceiro álbum, “Holy Fire”, que vai às lojas segunda que vem, vem gozando de uma fenomenal atenção aqui e ali. Primeiro que o mundo todo fala maravilhas do disco. Aí tem as capas boas recentes do “NME” e principalmente da francesa “Les Inrockuptibles”, que na matéria “Fogo Sagrado” anuncia o disco que fala de “monstros e Power Rangers” e chama a banda de uma das mais apaixonantes e influentes do novo rock.
Nas últimas horas, o Foals foi anunciado como uma das grandes atrações do Reading Festival, além de ser a banda escolhida para o encerramento do verão em Ibiza, dentro da programação fina do “Ibiza Rocks”, dia 18 de setembro. Amanhã, o grupo faz show especial para apenas 400 pessoas no “XOYO”, clubinho hype da região hype de Shoreditch, em Londres. Deve render uns videozinhos para nós colocarmos aqui, na sexta.
“Holy Fire”, o álbum, tem uma capa linda de morrer. Vai ser lançado ainda em versão “boxset”, luxuosa as hell, que conterá um vinil prateado de 180 gramas, um CD, código para download do disco e um documentário em DVD, além de um livro com fotos, um pôster da capa linda e um vinilzinho 7 polegadas do single “Number”.
Caraca!
Pelo que eu entendi ao ouvir o disco ainda em “estágio inicial de audição”, as músicas novas continuam um rock quebrado não convencional matemático etc, mas está mais, digamos, palatável que as dos outros dois ótimos discos. O site inglês fodão “Drowned in Sound” deu nota 9 para o álbum, dizendo que ele é “sublime no âmago”, ou “absolutamente sublime”. A “Les Inrock” deu 4.5 (de 5).
O disco já tem dois singles conhecidos, “Inhaler” e a ótima “My Number”, que ganhou remix especialíssimo e absurdo do Totally Enormous Extinct Dinosaurs. De novo o Zanel Lowe da Radio One, ele tocou ontem com exclusividade a linda “Late Night”, que a banda já tinha mostrado ao vivo em dezembro em performance especial de TV, gravada nos estúdios Abbey Road, sabe qual? Sente o drama dessas duas últimas que eu citei.
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