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Lorde is the queen. Cadê seu Deus agora, Lana del Rey?
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Lúcio Ribeiro

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* Então, Laninha del Rey. A gente precisa conversar, antes que você chegue ao Brasil. Espero que isso não cancele seu show aqui. Mas faz um tempo já eu tenho outra. Ela é da Nova Zelândia. E tem 16 anos. Eu sei…

A garotinha kiwi LORDE está chapando a música pop. Virou princesa indie da Sirious XMU e agora até da parada da Billboard. Conheci a moça achando que era mais uma música inédita vazada da Lana del Rey. Sua “Tennis Court”, maravilhosa, tocava sem parar nas rádios indies americanas e eu toda vez levava uns três segundo para dissociá-la da Lana. Dessa música fui para trás, porque em outubro/novembro, ainda com 15 anos, ela lançou o “The Love EP, incrível. “Tennis Court” originalmente não estava no EP neozelandês, mas foi colocada no americano. Outra que estava no EP, a acachapante “Royals”, sumiu da versão “off-Nova Zelândia” para virar o primeiro single do primeiro álbum dela. E aí o bicho pegou de vez.

“Royals” é uma das faixas que puxam o disco cheio “Pure Heroine”, lançado internacionalmente na semana passada, mas na internet pelo menos desde o começo de setembro. Foi lançado como single em março e aí começou uma carreira meteórica. Virou primeiro lugar na Nova Zelândia e Austrália. Até aí, beleza. Depois virou primeiro lugar do Hot 100 da Billboard americana, desbancando “Wrecking Ball”, hit da porn-disney Miley Cyrus. Lorde é a primeira artista solo da Nova Zelândia a pegar o trono da parada dos EUA.

“Royals” é uma pérola. A melodia é lindinha, a voz dela é um veludo para a alma e a letra fala da bronca que ela tem da música pop de “celebridades”. Ou de celebridades na música pop. Numa entrevista recente para a MTV americana, ela disse que todo mundo tem vergonha de fazer música pop, porque querem ser associados ao Pitchfork. E não precisa ser assim, segundo ela. Música pop não necessariamente tem que ser uma coisa estúpida e música indie não precisa sempre ser boring. Tem um meio termo para fazer coisa boa. Lorde tem 16 anos, galera.

“Royals”, que também é o atual número 1 no iTunes em “songs”, tem parte da letra que diz, em inglês “Let me be your ruler (ruler)/ You can call me queen bee/ And baby I’ll rule, I’ll rule, I’ll rule, I’ll rule/ Let me live that fantasy… We count our dollars on the train to the party/ And everyone who knows us knows/ That we’re fine with this, we didn’t come from money”. Fofa.
Lorde foi nesta semana no programa “Good Morning America” e no “Late Night with Jimmy Fallon”, do nosso amigo (Alguém viu vídeo disso?). Nessas ela contabilizou alguns milhões de audiência. Mas na semana que vem, dia 9, ela vai no programa da Ellen DeGeneris. Aí…

Lorde tocou nesta semana em Nova York, sua primeira passagem na cidade. Uma em Manhattan, outra no Brooklyn. Confira “Royals” e “Tennis Court” em duas gravações bizarras do show do Webster Hall, em noite esgotada.

Ah, o nome da Lorde, real, é Ella Yelich-O’Connor. E, viu, Lana, ela diz que é sua fã.

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