Um pouco de Kindness, por favor
Lúcio Ribeiro
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* Tem três bandas de um cara só, três projetos solitários escondidos atrás de nomes legais que indicariam uma formação cheia, que estão enchendo a indie-dance atual de fofurice. Um mais eletrônico que o outro, um mais “rocky” que o outro, um mais disco que o outro. São eles o Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o Blood Orange e o Kindness.
Esperei hoje para falar do KINDNESS, projeto do cabeludo Adam Bainbridge, porque achei que ia aparecer vídeos do show dele de ontem, em Nova York, sua estreia na cidade. Por enquanto, nada. Mas vamos com ele mesmo assim.
Adam, inglês que morava em Berlim e parece ter fixado residência agora no Brooklyn, tem seu som levado a sério cada vez mais, embora já esteja pedindo atenção à cena há um tempinho.
O Kindness lançou no final de março agora, finalmente, o seu primeiro disco, o lindão “World, You Need a Change of Mind”, álbum-representante máximo dessa galera que quer que a música pare para um novo recomeço, mais calmo, mais suave. Segura o indie-soft. Com uma apresentação no South by Southwest deste ano e um “apadrinhamento” do jornalzão inglês “The Guardian”, lá vem o Kindness bombando soft, haha.
Com o disco debaixo do braço, o Kindness se apresentou ontem em NYC, toca hoje na Filadélfia e se manda para Austrália, Japão e os festivais de verão da Europa.
Nesta semana, para os shows americanos, o Kindness soltou um vídeo com depoimentos dele sobre o estado atual da música pop, sobre seu envolvimento pessoal com a coisa toda e como 95% da música feita hoje são um lixo, mas 5% são tão excitante e significante que justifica todo o esforço. E dá um exemplo de uma música sua, a lindinha “House”. Adam ensina um garoto de 8 anos a tocá-la com ele.
Veja o vídeo da aula de “House” e, depois, a música em si.
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