A virada do Vaccines
Lúcio Ribeiro
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* Com o centro de São Paulo já fervilhando por causa da Virada Cultural, ao lado do palco de pagode da Praça da República, não muito longe de onde Gal Costa estava cantando para milhares e em frente ao lugar onde uma multidão ia se alimentar com a comida dos novos chefes paulistanos, a ainda nova-banda inglesa Vaccines fez seu segundo show por aqui. Dentro do suntuoso Grand Metropole, outro cinema clássico da cidade transformado em local para shows e balada, o grupo de Justin (não o Bieber, não o Timberlake) foi encantador.
A linda energia de banda iniciante britânica, quando esta é boa, segue incólume no Vaccines. Tal vigor, talvez a marca principal do grupo e tão presente em seus dois únicos álbuns, é bem representado no palco. A banda, ao vivo, está cada vez melhor. Justin Young, vocal e guitarra, superou a timidez e virou um indie rock star. E seus três companheiros, principalmente o baterista e o guitarrista solo, estão voando. O show começou em alta velocidade, deu uma queda de intensidade no meio e depois acabou em grande ritmo. Foram 21 músicas em pouco mais de uma hora de apresentação. O Vaccines virou banda grande. E os indies saíram bem felizes do Grand Metropole para o meio da balbúrdia cultural.
Olha que beleza, via Youtube do Cristiano Souza.