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Washed Out trouxe cores firmes a SP, ontem
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Lúcio Ribeiro

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* O título é um trocadilho, mas deixa eu explicar, por via das dúvidas, porque às vezes nem eu entendo, haha. Numa daquelas semanas ''difíceis'' de shows em São Paulo, tivemos ontem à noite (praticamente na madrugada de hoje) a honrosa apresentação na cidade da banda Washed Out, um tipo de indie viajante composto dentro do quarto, na cama com o computador no colo e o violão ao lado, que transmite uma sensação colorida de sonhos fofos. Acho que é isso, hahaha. É mais que uma tradução brincando com a tradução, entende? Não?

O Washed Out, na verdade um projeto do jovem americano Ernest Greene que mistura quantidades iguais de guitarras e synths, fez um show para lá de decente no Cine Joia, em São Paulo, dentro de um evento da marca de tênis Converse, que não cobrou ingresso, apenas uma inscrição na internet.

Não me esqueço da primeira vez que eu li sobre o Washed Out. Ou uma das primeiras. Eu ia ver o grupo no Sxsw e procurei ler mais sobre. E caí numa definição que dizia que a música de Greene era, para uma menina, o som que ficava quando o garoto ia embora no fim do verão. Ontem deu para ''ver'' bem isso ao vivo.

Em fotos do poploader fera Fabrício Vianna e vídeos da galera, o show do Washed Out no Cine Joia, já vazando esta quinta-feira, foi assim:

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Aposentadoria de Letterman é o novo “fim da MTV”
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Lúcio Ribeiro

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David Letterman

Vai repercutir muitos nos próximos dias a bomba anunciada pelo apresentador norte-americano David Letterman na tarde de hoje. Durante a gravação de seu programa que vai ao ar hoje na CBS, o lendário comunicador informou que vai se aposentar em 2015.

Considerado um dos maiores ícones da TV dos Estados Unidos, Letterman se revelou como comediante no programa de Johnny Carson, nos anos 70. Nos anos 80, virou apresentador no matinal ''The David Letterman Show'', no canal NBC. Ele iniciou sua trajetória em programas no formato '''talk show'' no ano de 1982 e era apontado como o sucessor natural de seu padrinho Carson, aposentado em 1992. No entanto, a NBC optou por Jay Leno, criando uma rixa entre os dois. Letterman então se transferiu para a CBS em 1993, onde continua até hoje com o seu tradicional ''Late Show''.

Palco de grandes entrevistas, o ''Late Show With David Letterman'' é um dos programas de maior representatividade musical na América. Por lá, já passaram todos os nomes possíveis da música, do U2 ao Paul McCartney, passando por Madonna, Radiohead, David Bowie e Bob Dylan. O programa é também uma espécie de divisor de águas para novas bandas especialmente indies que costumam fazer suas ''estreias nacionais'' no ''Late Show''.

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Nos últimos anos, Letterman criou o ''Live On Letterman'', onde algumas das bandas que se apresentavam no programa faziam pocket shows de quase uma hora de duração com transmissão ao vivo e on demand pela internet.

A aposentadoria de Letterman marca uma era na TV e é tipo o ''fim da MTV''. Seu estilo irônico e debochado fazem dele um dos caras mais interessantes e referência do show business.

Ironicamente, quem entregou em primeira mão a notícia da aposentadoria de Letterman foi o músico Mike Mills, ex-REM, um dos entrevistados do programa que vai ao ar na noite de hoje.

Abaixo, algumas apresentações marcantes entre os mais de 4 mil programas gravados pelo apresentador.

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Hamilton Leithauser mostra que existe vida pós-The Walkmen
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Lúcio Ribeiro

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Um dos cantores que mais se entregam em shows que a gente tem notícia, Hamilton Leithauser, de conhecida carreira como vocalista do ótimo e falecido The Walkmen, vai lançar seu disco solo em junho, mostrando que sua ex-banda, ao menos por agora, ficou no passado.

Ele, que sempre faz performances emocionantes (e emocionadas), canta tão alto nos shows que sempre fico impressionado com as veias dele querendo saltar do pescoço. Fico sempre tenso imaginando que a qualquer momento ele pode ter um troço e cair duro no palco.

O registro em solitário de Hamilton é ''Black Hours'', antes anunciado para 5 de maio, mas agora com lançamento confirmado para 2 de junho. Ele soltou uma amostra do que está por vir e liberou o single ''11 O'Clock Friday Night'', com participação da fofa Amber Coffman, do Dirty Projectors.

O disco conta ainda com participações de membros do Vampire Weekend, The Shins e Fleet Foxes.

* O incrível The Walkmen, ex-banda do Leithauser, pintou no cenário indie no início da década passada e era formado por rapazes de alta classe e bem vestidos de Nova York. Eles anunciaram um ''hiato extremo'' em dezembro do ano passado, mas se reuniram em um show beneficente no mês de fevereiro. Na ocasião, eles falaram que, agora sim e a partir dali, não se viam fazendo mais coisas juntos. Vamos aguardar…

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Lolla BR: ingressos de sábado esgotam “logo mais”. Domingo “está tranquilo”
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Lúcio Ribeiro

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Win Butler, Regine Chassagne

A Popload apurou que deve chegar daqui a pouco, dentro das expectativas da produção do Lollapalooza Brasil, a informação de que o sábado terá seus ingressos esgotados de forma antecipada. A procura tem sido maior talvez pelo “dia melhor” da semana, já que Interlagos é um bocado longe de tudo. Neste dia tocam bandas como Muse, Nine Inch Nails, Disclosure, Phoenix, Lorde e Julian Casablancas. Já para o domingo, o dia do Arcade Fire, Soundgarden, Johnny Marr, Pixies, New Order e Vampire Weekend, a venda segue “bem tranquila”.

O papo inicial de quando foi divulgada a programação do evento no fim do ano passado era de que a Time For Fun esperava cerca de 70 mil pessoas por dia.

Com o cancelamento do sideshow do Muse que aconteceria hoje no Grand Metrópole, os 2500 ingressos adquiridos para o show podem ser utilizados em um dos dois dias do Lollapalooza. Quem preferir, pode solicitar o reembolso.

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Cage the Elephant na Argentina, ontem
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Lúcio Ribeiro

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A boa banda americana Cage the Elephant, que o Dave Grohl trouxe no ano passado para tocar no Lollapalooza Brasil, repete a dose este ano se apresentando no festival sábado, tipo 3 da tarde em Interlagos. Antes disso, amanhã à noite, a banda toca no Cine Joia dentro das Lolla Parties, como atração de abertura da festa Lucioland (cóf cóf), que acontece na sequência também no Joia, mas dentro do clube 1 1/2.

O grupo do Kentucky se apresentou ontem no Lollapalooza de Buenos Aires, também num horário cedo, mas com uma galera respeitável para vê-los.

Temos aqui 25 minutos do show argentino. Cortaram a transmissão para passar o Jake Bugg, repare.

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A alma indie dos EUA para a Copa do Mundo, com o Diplo e as Haim
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Lúcio Ribeiro

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Potência em quase todas as modalidades esportivas existentes, os Estados Unidos ainda engatinham quando o assunto é futebol. Tudo bem que a Major League Soccer – o campeonato deles – é mais organizado que o nosso, tem estádios melhores que os nossos e média de público maior que o Brasileirão. Pequenos detalhes insignificantes visto daqui do ''PAÎS DO FUTEBOL'' thankyouverymuch.

Mas a seleção de futebol dos EUA sempre foi uma coadjuvante quando o assunto é Copa do Mundo. Desta vez, talvez com o mais promissor time deles em tempos, os americanos querem fazer bonito nos gramados brasileiros. Para isso, começaram lançando o novo uniforme meio Capitão América que irão vestir no torneio. A ação foi realizada ontem e contou surpreendentemente com alguns nomes da cultura pop que estamos acostumados em curtir/acompanhar.

O grande cineasta Spike Lee, o agitador DJ-produtor unstoppable Diplo e as babes HAIM se juntaram a esportistas norte-americanos e vestiram a camisa em amor à pátria. Podemos dizer que os EUA estão mais indies do que a gente, não é? Afinal temos a Cláudia Leitte, a Ivete, o Olodum…

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Muse cancela show solo em SP e bota apresentação no Lolla BR em risco
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Lúcio Ribeiro

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* A banda britânica Muse cancelou o show que faria no Grand Metrópole hoje, em São Paulo, dentro das Lolla Parties, por motivos de doença de um de seus integrantes, sem especificar o que aconteceu e com quem. O trio, que já está em São Paulo, afirmou ainda que ESPERA que o ''descanso extra'' com o cancelamento da apresentação solo seja o suficiente para salvar o concerto dentro do festival Lollapalooza, no sábado.

O anúncio apareceu nesta madrugada, no site oficial da banda, o Muse.mu.

O Muse tocou no Brasil no ano passado (Rock in Rio) e no Lollapalooza latino só tocaria no Brasil. A produção do Lollapalooza deve se manifestar nesta manhã. Aguardemos novidades.

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Aquele dia em que a MADONNA abriu para os SMITHS…
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Lúcio Ribeiro

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Eu não lembrava dessa. Ou nunca soube, sei lá.

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Quem conta é o próprio Johnny Marr, no vídeo abaixo. Na véspera do Ano Novo de 1983-84, os Smiths chegaram em Nova York para o ''show da virada'' (hehe). Ainda meio zonzos do vôo, não prestaram muita atenção na atração de abertura, uma cantora novinha. Aliás, acharam que ela ''pode até ter mandado bem'', mas não ficaram nada impressionados. A cantora, viemos a saber, era a Madonna. Apenas. Pensa nesse ''show da virada'' (hehe), no comecinho dos anos 80, em uma ''boate'' de ferveção com quatro andares em Nova York, a lendária e bombada DANCETERIA, berço da New Wave americana, com Madonna abrindo para Morrissey? Sei nem o que dizer e também, sei nem como esse vídeo está rolando desde 2009 no YouTube e não tinha visto.

Fui até checar a minha Mozipedia e nada, nem uma mençãozinha sequer a ela, para o bem ou para o mal. Lembrando que o Morrissey o-dei-a a Madonna, achei melhor checar a biografia dos Smiths, o tijolo laranja ''A Light That Never Goes Out — The Enduring Saga Of The Smiths'', escrita pelo Tony Fletcher.

Pois bem, lááá na página 290, Fletcher conta sobre a SIRE RECORDS, gravadora americana fundada em 1966 por Seymour Stein e Richard Gottehrer. Além de ser ''A'' casa de novos artistas punk nos anos 70, como Ramones, Talking Heads, Blondie, Television e Patti Smith, a Sire também ficou conhecida por ter lançado Madonna, ainda nesse mesmo comecinho dos anos 80 de que estamos falando.

Essa passagem na biografia não fala nada sobre a Madonna ter sido a ''banda de abertura'' dos Smiths, mas os fatos e as datas batem. Alguns trechos interessantes dessa primeira viagem dos Smiths aos EUA, tiradas do livro em tradução livre:

* A SIRE RECORDS, de olho na ''invasão britânica'', começou a assinar com quase todas as bandas da Rough Trade. ''Roubaram'' o Depeche Mode, The Assembly e The Undertones. Também conseguiram tirar da Warner Bros britânica o Echo & The Bunnymen e o Pretenders. E ainda passaram a mão no Soft Cell, que era da Polygram. E também Tin Tin e Modern English, fazendo com que todas essas novas contratações chegassem nas paradas americanas. Nessa mesma época, início dos anos 80, ''Seymour Stein também assinou com uma cantora e dançarina que morava em Nova York e que fazia parte da cena clubber de electro-hip-hop da cidade. Ela era chamada apenas de Madonna''.

* Foi a primeira viagem transatlântica dos Smiths (tirando o Morrissey). Sabendo que o Brian Jones, dos Rolling Stones, havia levado uma guitarra de presente de Stein, Johnny Marr já chegou perguntando se ele também ganharia uma caso os Smiths assinassem com eles. Ganhou.

* Percebendo que a cena americana (na verdade, as pistas dos clubes americanos) estava tomada pela mistura de hip-hop, electro, funk e New Wave, Geoff Travis, fundador da Rough Trade, lançou um disquinho 12'' com duas versões estendidas de ''This Charming Man''. A ideia era manter a música na parada britânica por mais tempo e entrar nas pistas americanas. Todos os artistas da Sire, na época, incluindo Echo & The Bunnymen e Elvis Costello, fizeram o mesmo. O remix, feito pelo renomado DJ Fraçois Kevorkian, agradou a todos, menos, claro, ao Morrissey e aos fãs ''mais puristas''.

* Coincidentemente, o remix chegou nas picapes americanas no MESMO dia em que foi anunciado o primeiro show dos Smiths no país. Esse show aí, da Madonna (hehe). Segundo o livro, Johnny Marr era fã da nova cena ''dance'' de New York e se sentiu lisonjeado por sua banda ter sido remixada por Kevorkian, mas decidiu ficar do lado Morrissey ao perceber a reação negativa dos fãs.

* A birra de Moz chegou a tempo de impedir que o remix inundasse as paradas britânicas. Mas, chegou tarde demais para as pistas ''alternativas'' americanas, que receberam o ''novo hit'' muito bem.

* A banda foi recebida no aeroporto JFK, em NY, pela promoter e booker Ruth Polsky em uma limousine. Polsky fez questão de convidar sua assistente Amanda Malone, ''uma gordinha esquisita que tinha 18 anos e sotaque britânico''. Malone e Morrissey viraram ~BFFs~, ele se apaixonou pela voz e pelo estilo dela e chegou a fazer com que ela se mudasse para Londres mais tarde, meio a contragosto do resto da banda, para gravar com eles. Anos depois, Polsky viria a ser a empresária dos Smiths (ela morreu atropelada 2 anos depois e foi homenageada na contracapa de ''Shoplifters of the World Unite''). Malone, no fim, era uma péssima cantora, o single nunca pôde ser lançado e ela acabou virando ''Amanda Hallay'', guru de moda em Paris.

* A partir daí, tudo é história e digamos que desse show, a única lembrança dos presentes é a de que Morrissey ficou ''bêbado de vinho e despencou do palco assim que entrou, voltando logo em seguida''. Mesmo assim, Geoff Travis recebeu uma ligação da mãe do cantor no dia seguinte, reclamando do descuido da Rough Trade e da ''falta de segurança e de cuidados médicos apropriados'' para seu filho. Awwwn. Ah! O baterista Mike Joyce acabou pegando catapora (dizem que foi herpes, na verdade) e o próximo show, que seria em Boston, teve que ser cancelado.

* Acredite se quiser, achamos o vídeo dessa ''world premiere'' da Madonna, abrindo para os Smiths. Mas sem os Smiths (se alguém achar, grita!). Percebam o jeito que ela é apresentada pelo ''host-MC'':

Ufa. Que noite, que ano, que festa de que ninguém se lembra… Alguém pergunta sobre isso para o Johnny Marr neste final de semana, por favor!

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Aldo e o frescor da música eletrônica brasileira. Volume quatro
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Lúcio Ribeiro

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* Foi lançada hoje na internet, com reverações em veículos gringos, mais uma coletânea da série que está tentando mapear a nova música eletrônica brasileira. Arquitetada pelo agitador de vanguarda Chico Dub, a ''Hy Brazil Vol 4: Fresh Electronic Music From Brazil 2014'' pode ser comprada, compartilhada e embedada aqui.

Entre os produtores eletrônicos que emergem da nova geração brasuca está o grupo paulistano Aldo, capitaneado pelos irmãos Faria. É deles a foto que estampa a página virtual que a revista americana ''Spin'' dedicou à coletânea brasileira. Eles dizem que o Aldo ''é a prova de que o espírito do LCD Soundsystem está vivo e passa bem em São Paulo''.

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No meio da nova música avançada da coletânea idealizada por Chico Dub (curador do festival Novas Frequências), que traz exemplos ótimos de
artistas como Ney Faustini e Carrott Green, entre vários outros, o Aldo emplacou uma música inédita, feita especialmente para a compilação: a ótima ''Bluffing'', que você pode ouvir aqui embaixo e fazer o download lá no site da Hy Brazil.

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