Goiânia novamente. Luziluzia ilumina o indie brazuca com o primeiro disco
Lúcio Ribeiro
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* Pop will eat itself.
Para você se achar geograficamente em Goiânia, é assim: a fabriquinha indie psicodélica da cidade fica colada à fabriquinha de indie metal, na mesma região da fabriquinha indie gay, só que bem distante da fabriquinha de sertanejo. E lá, nessa primeira “indústria” foi fabricada mais uma bandinha produto exportação. O nome do grupo, um quarteto, já entrega o momento iluminado pelo qual passa a “new music” da capital goiana: Luziluzia.
O selo paulistano Balaclava Records lança hoje o primeiro trabalho dessa Luziluzia, banda que traz Benke Ferraz, excelente guitarrista do Boogarins, esta já algo famosa no circuito independente que vai de Goiás a Austin e a Barcelona. E além, tudo indica. Benke tem a companhia de Raphael Vaz, João Santana e Ricardo Machado no grupo. O disco tem o nome de “Come on Feel de Riverbreeze”. Raphael também é do Boogarins, seu baixista.
O Riverbreeze do nome do álbum sai do nome da banda que gerou o Luziluzia, a qual pertencia aos outros três integrantes fora o Benke. Entende a escala de produção?
Para transformar o lançamento do disco num pacote ilustrativo sonoro-visual, os responsáveis pela engrenagem dessa indústria goiana de bandas novas armou o vídeo de “Cosmic Melodrama”, primeiro single do Luziluzia, que apesar do nome em inglês é cantada em português, como quase sempre todas as músicas da banda o são. “Cosmic Melodrama” é mesmo um melodrama cósmico, viajante, cheia de barulhinhos bons. São muitas cenas numa música só: tem indie puro, noise, National, Foals… Boogarins. Mais do pacote: a Construtora Música e Cultura, agenciadora do Luziluzia e responsável por botar óleo na máquina goiana de gerar bandas, promove uma apresentação do grupo nesta noite por lá, no clube Metrópolis, para comemorar disco e vídeo.
O vídeo, dirigido por Kaco Olímpio, é este:
O disco todo está aqui:
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