Em disco novo, Example pede desculpas por ser um “dick”. E conta que é doente
Lúcio Ribeiro
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* Sinto uma certa comoção vindo da Inglaterra por estes dias, na recepção do mais novo álbum do figura Elliott Gleave. Ou E.G. Ou, como ele é mais conhecido, Example. O cara é a costura certa entre o hip hop branco inglês, o indie, a dance music afetada pelo dubstep (o inglês, veja bem) e o pop das paradas de sucesso locais. Essa mistura tem pinta de nunca ser perfeita, mas com o Example ela se torna incrivelmente possível para se gostar.
“The Evolution of Man” é o quarto álbum do Example e oficialmente é lançado nesta segunda-feira. Está faz umas duas semanas inteiro vazado na internet. E confesso que gostei dessa farofinha que é o single novo, “Say Nothing”, uma dessas músicas que bombam em qualquer loja jovem que você entra em Londres, tipo a da Adidas, da Nike, a Topshop…
O Example está bem na fita. O Calvin Harris adora o cara, os caras do Kasabian também, o Zane Lowe (DJ da Radio One) também, o Mike Skinner (The Streets) o ama, o Grahan Coxon, do Blur, botou encheu o disco do Example de guitarras. Outra turma boa também “fechou” com o Example, recentemente.
O cara está virando cool bem quando faz um disco-confessionário dizendo praticamente que ele foi um, desculpe-me, cuzão por muito tempo. Suas ex-namoradas que o digam, está nas letras. Muitas drogas, muita infidelidade, muitas vezes tratando amigos e garotas de um modo nada legal, dias e dias de depressão, Example expurga seus pecados no disco novo, como dá para ver em letras como “All My Lows” e “Crying Out for Help”.
Curti a música que vai ser o próximo single do novo álbum, essa “The Queen of Your Dreams”, sobre outra garota com que ele pisou na bola. Curti nesse modo que você consegue curtir o Example. Na linha: essa música tem tudo o que eu não gosto numa música. Mas ainda assim você gosta de ouvi-la quando está tocando.
Uma outra música do disco novo, um rap-metal (!!), a faixa “Come Taste the Rainbow”, é marcante. Nela, Example conta que tem a Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo “leve” e que faz a pessoa não ser muito sociável ou ter dificuldades em expressar emoções. Barra.
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