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Pussy Riot e a oração do punk. Documentário sobre as russas presas vai passar na TV
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Lúcio Ribeiro

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* “Quem está sendo julgado: três jovens artistas ou a sociedade em que vivem?”

Uma das grandes polêmicas da cultura pop dos últimos tempos, o julgamento e prisão envolvendo o grupo de meninas russas Pussy Riot vai ganhar exibição na TV em forma de documentário a partir do dia 10 de junho, na HBO americana.

“Pussy Riot – A Punk Prayer” vai contar todos os bastidores e mostrar o lado pessoal das Pussy Riot, trio de meninas presas ano passado após se apresentarem com uma música de protesto em um local proibido da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou. O julgamento das meninas prendeu a atenção da mídia no mundo todo e fez gente como Madonna e Paul McCartney, por exemplo, se posicionarem a favor delas. O julgamento ainda está em curso e duas das integrantes, Maria Alyokhina (24) e Nadezhda Tolokonnikova (23), estão presas, sob pena de 7 anos de reclusão. A terceira integrante, Yekaterina Samutsevich, de 30 anos, cumpre sua pena em liberdade.

O documentário tem cerca de 90 minutos e traz entrevistas com pessoas do convívio do trio. A obra, lançada no festival de Sundance no início deste ano, tem direção de Mike Lerner e Maxim Pozdorovkin. O foco principal é mostrar tudo o que cerca a vida das meninas, incluindo entrevistas de familiares, advogados e amigos.

“O filme mostra imagens do julgamento, então você pode ver como elas tornaram isso tudo em uma espécie de performance. Nos anos 70, a Rússia não teve um movimento punk. Então o Pussy Riot é uma espécie de ‘God Save The Queen’ para eles’”, disse Pozdorovkin ao semanário inglês NME, recentemente.

A HBO brasileira deve mostrar o documentário em breve. O trailer saiu nesta semana.

Tags : pussy riot


Mais Pussy Riot: a incrível “поют политзекам на крыше тюрьмы”
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Lúcio Ribeiro

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* Muito além dos 15 minutos de fama internacional, quanto mais se lê sobre as protestantes russas do Pussy Riot, mais se têm a impressão de quão sério é o movimento anti-Putin, que mais merdas vão resultar das próximas manifestações delas em Moscou e que mais músicas boas devem aparecer por aí.

Elas são legais. Por causa das máscaras, se consideram as Batman (desculpe o gênero e a concordância) da Rússia moderna em combate ao “crime político organizado”. “Nós somos num primeiro momento arruaceiras. Mas logo vão ver que na verdade somos uma espécie de super-heróis do submundo russo que não aguentam mais certas coisas. Um dia vão fazer um filme sobre a gente”.

De alguns vídeos que apareceram pós-condenação de três garotas do coletivo (foto da Nadezhda, acima), na semana passada, tirei esse para o ótimo punk “поют политзекам на крыше тюрьмы”. Não me pergunte. O vídeo, com tudo o que carrega, é lindo. Sobre o nome da música, nem me pergunte. Nem sei se esse é o nome da música, em si. Traduzindo no Google, aparece algo como “Cantar prisioneiro político no telhado da prisão”.

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Música do ano. Vídeo do ano >>> PUSSY RIOT
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Lúcio Ribeiro

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* Não tem música mais importante no mundo hoje, por razões político-internacional-social-musical-bafo óbvias. O jornal inglês “The Guardian” soltou uma música nova da banda punk ativista arruaceira feminista Pussy Riot, coletivo russo do qual três integrantes foram condenadas a dois anos de prisão hoje, em Moscou. O assunto atraiu a atenção mundial nas últimas semanas. O planeta música, de Bjork a Paul McCartney, pediram a liberação das Pussy presas, depois que no começo do ano elas aprontaram elas fizeram uma manifestação hooligan numa igreja de crente famosa da capital russa. Encapuzadas, no altar, cantaram uma música atacando o presidente Putin.

E o “Guardian”, gênio, montou um videoclipe contando com imagens toda essa história, com o punk delas rasgando no áudio.

E a música é bem boa. O nome? “Putin Lights Up the Fires”. Adorei a letra.


Bjork declara independência para as Pussy Riot
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Lúcio Ribeiro

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* Seguem as “pressões” da música pop para cima dos russos por causa do julgamento de três mulheres do grupo anarcopunk feminista Pussy Riots, que terá um veredito do tribunal de moscou ainda esta semana.
Abraçara a causa das Pussy os grupos Red Hot Chilli Peppers, Madonna e agora, neste final de semana, a cantora duende islandesa Bjork, o que tem atraído simpatia mundial pela causa.
O Pussy Riot é um misto de banda punk com grupo de ativistas político-social que vem bagunçando o coreto do presidente russo Vladimir Putin. A Rússia, segundo as Pussy, vem sofrendo de “regressão paranóica” sob as mãos de Putin, e as maiores vítimas dessa “volta ao tempo dos czares e do comunismo machista” são as mulheres.

Então elas vêm tirando a roupa em eventos e formaram a banda para fazer protesto musical para atrair a atenção dos jovens para suas ideias.

Em março, três garotas do Pussy Riot foram presas por invadirem uma catedral de Moscou, zoar uma missa lotada e bagunçarem o altar, para chamar atenção contra Putin. Estão em julgamento acusadas de “vandalismo motivado por ódio religioso”. Podem pegar sete anos de prisão. Mas todo esse bafo político-musical está pegando mal para Putin, tanto na Rússia quanto fora.

Enfim, daí vai a Bjork botar mais uma pequena lenha na fogueira russa e, no sábado, cantou sua electropunk “Declare Independência” em homenagem às Pussy Riot. Ela já tinha feito declarações em seu website em favor das hooligans russas e as convidou abertamente a fazer músicas juntas. Em show ontem em Helsinski, na Finlândia, Bjork cantou seu hit de 2008 com dedicatória forte às Pussy Riot.

* Só para constar, a Popload é simpática às Pussy Riot.

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