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Rolling Stones na boca do novo rockinho inglês. Estrelando: Miles Kane
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Lúcio Ribeiro

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Considerado um dos geniozinhos da nova safra do rock inglês, amigo e parceiro musical do Alex Turner, o pequeno dândi Miles Kane é um dos poucos que conseguem a façanha em fazer o Noel e o Liam Gallagher concordarem com alguma coisa. Os dois irmãos casca do Oasis curtem o som dele.

Kane, que nesta semana lançou um EP puxado pelo single “Give Up” e participou do NME Awards tocando com seu ídolo Paul Weller, também apareceu na BBC Radio One para uma session que foi ao ar no programa do Zane Lowe. Por lá, fez uma cover ótima da vigorosa “Doom And Gloom”, canção lançada pelo gigante Rolling Stones ano passado.

E vou falar: ficou demais.

A bem boa “Give Up”, a do EP, vem abaixo.


Argentina espalha que turnê dos Stones visita a região em dezembro
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Lúcio Ribeiro

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* 51 anos e contando!

* Chupa, Coachella. A notícia se espalha como vento, vindo de los hermanos. A Argentina botou hoje para circular que a veteraníssima banda The Rolling Stones, um dos grupos mais históricos de todos os tempos, vem à América do Sul em dezembro. O show em Buenos Aires já teria lugar, o óbvio estádio do River Plate.

Há alguns dias, Jagger disse que não tocaria no Coachella, porque a banda, praticamente setentões, ainda não estão prontos para viajar. Mas “não vamos parar”. O guitarrista Ronnie Wood deixou em aberto a tour mundial de 2013. E declarou que a banda “vai continuar tocando até cair sem poder mais”.

Vamos acompanhar, Brasil.

** A Popload viu nos EUA, em dezembro, um dos cinco shows do aniversário de 50 anos do grupo de Jagger e Richards. Foi sensacional de um modo que eu não esperava. Estavam com mais gás no palco do que os Vaccines, o Palma Violets e os Strokes juntos, sei lá. E as velhas canções não soavam velhas para uma banda desta idade. Vem ver seu filho, Jagger.

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Stones, 50, ontem em New Jersey. Confesso que…
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em New Jersey. Ou “New Joisey”, como dizem os locais.

* Ontem a Popload, na pessoa deste que vos fala, esteve no Prudential Center, em Newark, cobrindo para o blog e para a “Folha de S.Paulo” o penúltimo dos cincos shows comemorativos dos lendários Rolling Stones, da tour “50 & Counting”, a última série de apresentações ao vivo da história da banda, dizem uns boatos. Outros sopram na direção de que a banda de Jagger & Richards estão sendo “seduzidos” a levar esse mesmo show à América do Sul no segundo semestre de 2013. Enfim…

Sem querer fazer a abominável linha “Eu retuito elogio” ou “Eu vi o show-surpresa da banda X debaixo de uma ponte em Berlim antes de fazer sucesso”, acompanho os Stones ao vivo desde 1990. Acho que só perdi, entre as turnês “fáceis” de ver, o show deles no Pacaembu, no dia da “maior chuva de todos os tempos”. Ah, não fui também no da praia de Copacabana para trilhões de pessoas porque estava em viagem de trabalho. Mas, de resto, desde que eu pude ($$$), sempre procuro estar onde Jagger canta e Richards toca.

Dito isso, e dada a minha pouca paciência com coisas anciãs por preferir dedicar meu tempo a assuntos musicais mais novos, contemporâneos (sem perder o respeito ao passado, veja bem), fico à vontade para confessar a você que quase deixei de ver os Stones ontem para, estando em Manhattan, assistir ao delicioso show da banda-de-um-cara-só Totally Enormous Extinct Dinosaurs. O Yo La Tengo também era uma opção. E, “dinosaurs” por “dinosaurs”, estava tentado a ir conferir o animal sonoro mais novinho.

Não preciso dizer que eu seria um total estúpido se tivesse feito qualquer das escolhas diferentes da que acabei fazendo… O show dos Stones de ontem, com Jagger 69, Richards 68, foi tão especialmente genial que me deu gás para passar mais 50 anos indo atrás de bandas novas como o Totally Enormous Distinct Dinosaurs. Lição dada, lição aprendida.

E o que eu tenho a dizer sobre a apresentação dos Stones, conforme relato que mandei para a “Folha”, é mais ou menos assim:

Uma das muitas camisetas oficiais dos Stones vendidas no show em New Jersey

* The Rolling Stones – Prudential Center – Newark, New Jersey – 13 de dezembro
“A primeira vez que a gente tocou aqui em Newark foi em 1965”, disse Mick Jagger no começo do show de ontem em New Jersey, tentando lembrar o nome do teatro onde os Rolling Stones tocou naquela localidade, num verão dos anos 60. “Alguém daqui estava naquele show?”
Era a primeira conversa de Jagger com a ouriçada platéia do enorme e novo Prudential Center lotado, cerca de 20 mil pessoas, grande arena multiuso inaugurada quando só de palco os Stones já tinham 45 anos de existência.
A turnê “50 & Counting”, só pode sair do jeito que sai, porque Stones é Stones. Claro, também porque Jagger (69 anos), Keith Richards (68), Ronnie Wood (65) e Charlie Watts (71) estão incrivelmente vivos e num gás em cena de causar inveja nos Arctic Monkeys. E, óbvio, porque as músicas que a banda toca cobrindo todas as cinco décadas de sua trajetória são hits marcantes para cada uma de sua década de lançamento e para as seguintes. E contando.
Os convidados especiais de ontem não foram de nomes tããão hoje badalados como serão os do show do próximo sábado, que encerrará a tour e terá Bruce Springsteen, Lady Gaga e a banda Black Keys.
Mas tinham envergadura nobre. O ex-stone Mick Taylor, adorado guitarrista da banda em discos tão importantes na virada dos 70, e o guitarrista de blues John Mayer, 35 anos, ainda um prodígio no instrumento, no gênero que ocupa.
Taylor, em “Midnight Rambler”, e Mayer, em “Respectable”, fizeram um confronto de guitarras com Wood e Richards de justificar romarias ao túmulo de Les Paul.
Incrível ainda como o Jagger de 69 anos continua se movendo “like” o Jagger de 19. Com tanta estrela no palco indo e vindo, segue quase impossível tirar o olho dele.
Fiquei reparando. Quando a voz dele, que não vai mais aos lugares que ia no auge de vocal debochado, começa a dar uma falhada, pensei. “Esse senhor de 69 anos precisa parar de pular, andar, se mexer agora, para retomar o fôlego, para retomar o vocal na hora em que Richards e Wood parar de estraçalhar com a guitarra”. Jagger não estava nem aí para o que eu estava pensando. Não parou um segundo. Saísse como saísse, não parou de cantar um segundo.
Chega a parecer gozação, mas o show dos velhos Stones vai muito além das estripulias de Jagger e dos momentos “guitar heaven” perpetrados por Richards, Wood e convidados (Jagger também a toca durante o concerto).
O solo de baixo em “Miss You”, de Darryl Jones, os vocais de Lisa Fisher em “Gimme Shelter”, o piano de Chuck Leavell em “Honkey Tonk Woman” e, claro, Charlie Watts marcando a bateria para os amigos brilharem, dão pulso forte à forte apresentação dos anciões do rock.
Voltando à pergunta que Jagger fez ao público de New Jersey no começo do show, se alguém estava lá no primeiro show dos Stones na região em 1965, ouve uma gritaria zombeteira como resposta da plateia, em relação ao ano, à época em que o concerto aconteceu.
“Como assim?”, pareceu contraargumentar Jagger. “Nós estávamos!!!”
E, como é tudo íncrivel se tratando de Rolling Stones, ainda hoje estão!

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** O setlist do primeiro show de New Jersey

“Sympathy for the Devil” (com uma banda de tambores tocando na plateia. Os Stones não entraram no palco ainda)
“Get Off of My Cloud”
“The Last Time”
“It’s Only Rock’n’Roll (But I Like It)”
“Paint It Black”
“Gimme Shelter”
“Respectable” (com John Mayer)
“Wild Horses”
“Around and Around”
“Doom and Gloom”
“One More Shot”
“Miss You”
“Honky Tonk Women”
“Before They Make Me Run”
“Happy”
“Midnight Rambler” (com Mick Taylor)
“Start Me Up”
“Tumbling Dice”
“Brown Sugar”
“Sympathy for the Devil”
Bis:
“You Can’t Always Get What You Want”
“Jumpin’ Jack Flash”
“(I Can’t Get No) Satisfaction”

** Sábado que vem

No próximo sábado (já na madrugada de domingo no horário brasileiro), os Stones fazem o último da turnê comemorativa. Para esse, já está anunciado que Bruce Springsteen, Lady Gaga e a banda Black Keys se juntarão ao quarteto inglês, em apresentação que poderá ser assistida no mundo todo pelo esquema “pay-per-view”, via internet. O canal pago Multishow anuncia a transmissão do show ao vivo para o Brasil, à Oh.

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Ladies and Gentlemen… THE ROLLING STONES
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Nova York. Do ladinho de Newark, New Jersey.

* O título, deixe-me explicar, remete a um dos filmes de show mais legais da história, dos anos 70, que retrata quatro shows no Texas dos ainda jovens Rolling Stones, realizado pela produtora do John Lennon. Vai vendo: Stones no gás, Texas, 1972, John Lennon.

Tudo para dizer que, se nada atrapalhar, vou comparecer nesta noite ao Prudential Center, do outro lado da rio Hudson, para ver um dos shows da turnê comemorativa dos 50 anos no palco da banda de Jagger/Richards. Antes que acabe.

Sobre este show em particular, escrevi um texto para a Folha de S.Paulo, publicado hoje. Para poupar (meu) tempo, ele está aqui embaixo, na íntegra.

* Eles rivalizaram com os Beatles nos 60, atravessaram incólumes pelo punk e pela disco nos 70, não ligaram para new wave, Smiths e o rock farofa dos 80. Devem apenas ter ouvido falar do Nirvana e do Oasis nos 90, talvez escutaram “Seven Nation Army” no estádio de futebol nos 00 e até hoje, aos 50 anos, emocionam ao vivo em cima do palco. São 50 anos e contando.

A nova turnê de cinco shows “50 & Counting”, em comemoração ao meio século da mitológica banda inglesa The Rolling Stones, chega ao final nesta semana com dois shows no Prudential Center, arena em Newark, New Jersey, Estado a uma ponte de distância de Manhattan.
O primeiro deles ocorre hoje, na multiarena com capacidade para quase 20 mil pessoas.

Desde o primeiro show, em Londres, no último dia 25, o concerto festivo está marcado por receber convidados especiais.
Para esta noite, está divulgado “apenas” que Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts vão receber a visita sonora do guitarrista Mick Taylor, ex-integrante dos Stones (1969-1974), membro adorado por fãs mais antigos da banda e que participou de discos clássicos como “Exile on Main St.”, considerado um dos álbuns (é duplo) mais importantes do século passado.
(Mas, você sabe, tem muita gente boa na cidade…)

Mick Taylor também participará do show do próximo sábado, o último da turnê comemorativa. Para esse, está já anunciado que Bruce Springsteen, Lady Gaga e a banda Black Keys se juntarão ao quarteto, em apresentação que poderá ser assistida no mundo todo pelo esquema “pay-per-view”, via internet. O canal pago Multishow anuncia a transmissão do show ao vivo para o Brasil, na meia-noite de domingo.

Os Rolling Stones, que tocariam em Nova York no megashow beneficente de ontem para as vítimas do furacão Sandy, vêm tocando na tour “50 & Counting” músicas que marcaram a carreira do grupo ao longo do período, desde composições de 1962 (os Stones só lançariam o primeiro álbum em 1964) até duas músicas novas, editadas em disco comemorativo deste ano.

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Stones days are over. Florence canta com Mick Jagger
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Lúcio Ribeiro

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* Tô zoando, Florence querida.

A big band Rolling Stones fez ontem, em Londres, seu segundo show em arenas para comemorar os 50 anos de carreira do lendário grupo. O show foi mais uma vez na gigante O2, que recebeu cerca de 20 mil pessoas. A banda já havia se apresentado por lá no domingo passado, em show que durou quase três horas.

Um dos principais momentos da apresentação de ontem foi quando Mick Jagger dividiu os vocais da clássica “Gimme Shelter” com a Florence Welch sem sua Machine. A canção é um dos principais sucessos dos Stones e foi lançada em 1969 abrindo o disco “Let It Bleed”.

A exemplo de Mary J. Blidge, que foi a convidada no domingo passado, Florence emprestou sua potente voz na linha ópera-indie e encaixou bem na música. Até arriscou uns passos like Jagger.

Os Stones agora farão três shows nos Estados Unidos em dezembro, sendo um show no Brookly e dois em Newark. O último, dia 15, terá transmissão ao vivo do canal brasileiro Multishow.


A volta dos Rolling Stones, ontem em Londres. 50 anos e contando
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Lúcio Ribeiro

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* Aconteceu em Londres, ontem, o primeiro dos cinco esperados shows de uma das mais importantes e velhas formações do rock desde que ele existe. Banda que simplesmente rivalizou com os Beatles e que nunca chegou a acabar em 50 anos de estrada para depois promover o truque do “grande retorno”. Banda que tem filho brasileiro, consumiu metade das drogas que o mundo já produziu e já vendeu mais de 200 milhões de discos. Tem o logotipo mais conhecido da história das artes. Já fizeram dois shows especiais: 1) em San Francisco, em 1969, sem cobrança de ingressos, para 300 mil pessoas, em que os Hell Angels fizeram a “segurança”, um jovem foi assassinado em frente ao palco, três outros tiveram mortes acidentais e quatro mulheres deram à luz no local. 2) em 2006, no Rio de Janeiro, juntaram 1.5 milhão de pessoas em outra apresentação de graça, que foi transmitida ao vivo pela Globo, alcançando quase 30 pontos de audiência, além de passar ao vivo em 150 cinemas brasileiros.

Enfim, ontem os Rolling Stones, 50, tocaram na Inglaterra, na gigantesca arena O2. Eles tocam quinta-feira de novo, lá. Ingressos para este domingo estavam sendo vendidos na porta por até 3 mil libras (cerca de R$ 10 mil). Em dezembro eles fazem três shows na região de Nova York. A Popload talvez estará num deles, vamos ver.

Em Londres, ex-integrantes dos Stones foram convidados a tocar com a banda pela primeira vez desde que saíram do grupo. O baixista Bill Wyman e o guitarrista Mick Taylor (este deixou de integrar os Stones nos anos 70) subiram ao palco, junto com a caontora Mary J Blige e o guitarrista Jeff Beck, convidados especiais.

O line-up está aqui embaixo. Era para acabar com a mitológica “Satisfaction”, mas por estourarem o horário do show tiveram que tirar a música da lista. O show começou com “I Wanna Be Your Man”, single de 1963 escrito por… Lennon e McCartney a pedido de Jagger e Richards, que foi cantada por Brian Jones e virou single de sucesso na Inglaterra, nunca rolou de ser lançada em álbum dos Stones e apareceu depois em disco dos Beatles, o “With the Beatles”. Histórica. A nova “Doom and Gloom”, deste ano, também esteve no show.

– I Wanna Be Your Man
– Get Off of My Cloud
– It’s All Over Now
– Paint It Black
– Gimme Shelter (with Mary J Blige)
– Wild Horses
– All Down The Line
– I’m Going Down (with Jeff Beck)
– Out of Control
– One More Shot
– Doom and Gloom
– It’s Only Rock’N’Roll (with Bill Wyman)
– Honky Tonk Woman
– Before They Make Me Run
– Happy
– Midnight Rambler (with Mick Taylor)
– Miss You
– Start Me Up
– Tumbling Dice
– Brown Sugar
– Sympathy for the Devil
– You Can’t Always Get What You Want (with choir)
– Jumping Jack Flash

fotos: “The Guardian”

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São Paulo, 12 de abril de 2012 – Thurston Moore no Cine Joia
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Lúcio Ribeiro

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* Caraca. De violino e parede de guitarra a cover de Stones, o show de mister Thurston Moore, o cara que um dia foi “só” o líder da seminal banda nova-iorquina Sonic Youth, abalou as estruturas indies da cidade. A desconstrução sonora de Moore, casando com a reconstrução sonora do Cine Joia ela mesmo, foi de uma felicidade retro-vanguardista de dilacerar tanto tímpanos quanto a alma. Em apenas pouco mais de quatro meses de funcionamento pleno, o Cine Joia já viu em seu palco algumas “pessoas importantes” e bandas idem. Mas a presença ilustre de um cara com a bagagem de Thurston Moore no rock serviu para batizar de vez a casa.

* Fotos de Instagram
1. cine_joia
2. alexandrepera


With a little help from my friends: Beatles, Stones, Who e Jam no mesmo palco
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Lúcio Ribeiro

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* Não. Não se trata de nenhum novo documentário contando a história do rock e a Popload muito menos enlouqueceu. Quer dizer…

Depois da jam que fechou o Grammy, quando levou para o palco gente como Dave Grohl, Tom Petty e Bruce Springsteen, o lendário Paul McCartney repetiu a dose, ontem, no tradicional Royal Albert Hall de Londres, quando resolveu convidar Roger Daltrey (The Who), Paul Weller (The Jam) e Roonie Wood (Rolling Stones) para participarem do seu show, durante o clássico “Get Back”.

Paul, que tem mais uma passagem marcada para o Brasil mês que vem, é um dos artistas que apóiam o Teenage Cancer Trust, evento anual que acontece em Londres, que tem como mote o auxílio ao tratamento de crianças e adolescentes com câncer. Daltrey é o curador do festival. Outros nomes como Florence And The Machine e Pulp ainda farão shows especiais neste final de semana.

Veja o registro de “Get Back”, com Paul tendo uma pequena ajuda de seus amigos.