Blog POPLOAD

Arquivo : janeiro 2012

Mark Lanegan traz sua voz despedaçada a SP em abril @ Cine Joia
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Lúcio Ribeiro

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* O cavernoso Mark Lanegan, um dos heróis grunge e ex-dono do maravilhoso Screaming Trees, volta a São Paulo no dia 14 de abril, para show no Cine Joia, em SP. Lanegan veio faz dois anos ao Brasil, para estrelar a série Popload Gig Cult, em apresentação acústica no ex-Comitê Club, hoje Beco, no Baixo Augusta. Desta vez, o cantor de voz barítona e bêbada, que já foi membro “especial” do Queens of the Stone Age, vem com banda toda e carregando um disco novo, lindão. “Blues Funeral”, que vazou todo semana passada, sai oficialmente dia 6 de fevereiro na Inglaterra, segunda que vem. No dia seguinte, nos EUA. É difícil um disco do Mark Lanegan ser ruim, com a voz que ele tem e com as pessoas com quem ele se cerca.

Tem até um electrogrunge no álbum: “Ode to Sad Disco”. Olha que beleza:

Mark Lanegan – Ode To Sad Disco by popload

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Lana Del Rey e a bagunça que ela causa
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Lúcio Ribeiro

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Está chovendo “cats and dogs” (mesmo) na cabeça da Lana del Rey, há meses. Foto ilustra a capa da revista “Complex” deste mês

Com uma semana de disco lançado. Com um semestre sendo mencionada todos os dias, por todos os lados. Com o crítico da “New Yorker” falando que é preciso ser surdo para não entender a maravilha pop que ela é. E com o crítico do “Estadão” dizendo que ela é uma “versão gringa de Vanusa cantando o hino”.
Lana Del Rey vem bagunçando a música pop de um modo passional. Ela é deusa para uns, ela é “evil” para outros, quase sem meio termo.

Repare em muitas das críticas. Quase todas são iguais em sua construção, mas no fim dizem: odiei. Ou amei.

Mas o engraçado e bizarro dessa história toda é como ela divide a “nova mídia” e a “velha mídia”. A massa online (blogs, twitter, comentaristas de blog, “especialistas musicais de twitter” e a “patrulha”) parece ter odiado a Lana desde que ela surgiu, passando a execrá-la mais a cada aparição, entrevista, programa de TV e, por fim, depois do CD. Mas jornais, revistas e sites especializados sempre mostraram simpatia por ela. Talvez porque, para esses veículos, a música -e não o beiço dela- sempre esteve em primeiro plano. Ou porque o “mistério” ao redor da chanteuse boneca, fabricado ou não, rendia boas histórias e repercussão. Boa parte dessa mídia recebeu muito bem o disco, indo contra o certo apedrejamento online que ela recebeu.

A maior parte das resenhas segue mesmo o mesmo roteirinho: explicam o buzz, tentam entender o comportamento dela, depois o comportamento do público online, a reação negativa quase que unânime, a preocupação excessiva com a aparência e com o dinheiro dela, os memes todos etc. Daí, partem para a análise do disco, que claro, nem é tão ruim quanto todo mundo queria que fosse.

É um disco bom de uma artista nova. Muito acima da média de qualquer artista nova. Abaixo, resenhas poisitivas e negativas de veículos de destaque, no estilo “good cop” x “bad cop”. =)))

** GUARDIAN: 4/5 >> CURTIU ISSO
“Talvez a chegada de ‘Born to Die’ cale a controvérsia e transfira a atenção às suas músicas. Talvez não. A única coisa realmente decepcionante neste disco não é a música em si nem a voz, mas as letras, que tentam te convencer o tempo todo de que Lana Del Rey é a amante condenada mas dedicada de um bad boy, usando gírias hip-hop e muitos clichés. Lana Del Rey não sustenta, através das letras, esse personagem. O melhor a fazer é ignorar essa parte, o que é muito fácil, já que as melodias são esplendidamente construídas. ‘Video Games’ já parecia um single sem igual. E, no fim, não era único: o disco está cheio de músicas tão bonitas quanto. O que ‘Born to Die’ não é é o que a Lana Del Rey parece achar que ele seja: uma jornada pelo coração sombrio de uma alma perturbada. Se você se concentrar muito nisso, vai soar meio bobo. O que ele é é música pop bem feita e isso é suficiente.”

** PITCHFORK: 5,5/10 >> NAO CURTIU ISSO
“Pela sequência de hype e backlash nos últimos ssei meses, é fácil esquecer que chegamos até aqui por causa de uma música. (…) ‘Video Games’ era marcante e parecia sincera. Lana Del Rey pode ter feito seu nome com um vídeo caseiro, mas letras de músicas como “Radio” colocam o álbum entre os discos pop de orçamento alto. A lista de colaboradores (que inclui de Eminem a Lil Wayne e Kid Cudi) e o clima suntuoso do disco é o que vai unir os detratores aos defensores da Lana. O ponto-de-vista do disco soa estranho e datado nos temas que aborda (sexo, dinheiro, drogas) e o mundo de sonhos de Lana se baseia em clichés. É um mundo fantástico que faz você almejar pela realidade. Toda a conversa envolvendo a Lana Del Rey trouxe à tona um machismo deprimente à música. Ela foi questionada em relação a sua aparência e ao seu passado, atitude reservada às mulheres somente. Mas, ao mesmo tempo, não há uma letra sequer no disco que a projete além da figura de objeto de desejo. O disco não permite nenhuma tensão ou complexidade e a sua porção de sexualidade feminina acaba sendo subjugada. O álbum é o equivalente a um orgasmo fingido — uma coleção de tochas, mas sem fogo.”

** BBC MUSIC: “Inteligente, ambicioso e brilhantemente executado, ‘Born To Die’ desafia qualquer backlash” >> CURTIU MUITO ISSO
“Se você está procurando uma explicação para a improvável ascensão da Lana Del Rey, isso não é difícil de achar. Ignore as acusações de puro marketing e falta de autenticidade, ou especulações sobre cirurgias plásticas e grana do papai, nada disso importa. E também não se distraia com as estatísticas do YouTube ou o buzz online, isso não tem nada a ver com a nova mídia. Tem a ver com algo muito mais antigo e misterioso que tudo isso: o poder extraordinário da música pop. Se ela não tivesse aparecido no verão passado com uma música tão bonita quanto ‘Video Games/, nada disso teria acontecido. Então, a única pergunta a se fazer sobre o disco é se ele tem mais exemplos como esse. A resposta é um “SIM” enfático. (…) O disco é mais interessante que qualquer coisa que a Adele venha a escrever até mesmo quando a sua coleção 72 chegar às lojas no futuro. É o lançamento mais distinto e confiante desde o do Glasvegas em 2008 e nos deixa ansiosos para saber o caminho que ela vai seguir.”




** MTV USA >> ATÉ QUE CURTIU ISSO
“É um álbum que parece ter custado um milhão de dólares – principalmente porque provavelmente custou isso mesmo. Isso não significa que ‘Born To Die’ seja um álbum ruim. Longe disso. Na verdade, é muuuuito melhor que muitos esperavam (ou gostariam de admitir). Não importa a maneira como você a vê, mas você tem que dar crédito a ela e ao seu time por criarem um álbum que preenche os cômodos e os fones de ouvido.”

** STEREOGUM >> ODIOU ISSO
“Born To Die é ruim. É muito ruim. É ruim de um jeito que ‘Video Games’ e ‘Blue Jeans’ e até mesmo a ‘Born To Die’ não previam. As músicas são terrivelmente mal escritas, sem pegada, as batidas parecem electrobeat dos baratos ou dos caros demais. As cordas orquestrais estão em TODAS as músicas. As músicas parecem 15 variações de uma mina bêbada no bar tentando arrastar alguém para casa. Uma bagunca. Minha hipótese é que ela precisava de mais tempo para trabalhar a voz. É senso comum que a Lana Del Rey é uma personagem inventada por Lizzy Grant, que ela inventou quando a sua própria música parecia não chegar a lugar algum. Mas quando ‘Video Games’ estourou cedo demais, ela não teve tempo de bolar as direções que esse personagem tomaria. Talvez ela descubra isso ainda, mas depois desse disco, não tenho esperanças.”

** THE NEW YORKER (por Sasha Frere Jones): >> AMOU ISSO
“Lana Del Rey conseguiu, como um carro lento andando na faixa da esquerda, deixar todos a sua volta com raiva. A internet, como sempre, é uma faca de dois gumes. Mas ‘Born To Die’ é uma mistura habilidosa de nostalgia e emoções adolescentes. Qualquer um empenhado em derrubar Del Rey no momento teria que ser surdo em relação às maravilhas que seu pop proporciona. Há pouca sabedoria no álbum, mas há prazer de sobra. Talvez Del Rey não seja boa ao vivo, mas isso a coloca ao lado de mais ou menos 50% de outros artistas. As críticas mais bizarras são aquelas referentes a sua autenticidade. Detratores citam conspirações, algumas envolvendo seu pai, seus compositores, sobre quem tem bancado seus vídeos e até sobre como seus lábios ficaram tão grandes. Nenhum homem na mesma situação teria sido alvo de uma interrogatório nesse nível. Por que a música pop é a única forma de arte que incita essa discussão ridícula? ‘Born to Die’ é um modelo de branding consistente. A seção de cordas se repete exaustivamente, o número de batidas por minuto remete aos anos 80, e sua voz dócil e enfumaçada sugere que nada é um problema. Incluindo as contradições narrativas que ela planta pelo álbum.”

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* LANA UPDATE – Reino Unido, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, Grécia, Suíça são alguns dos 11 países em que “Born to Die” ficou em 1º lugar em vendas no iTunes.

** Quais dos TRÊS convites oficiais para tocar no Brasil em 2012 Lana del Rey vai aceitar?

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Esses dias do Foo Fighters
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Lúcio Ribeiro

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Uma das notícias mais esperadas de 2011 foi “Foo Fighters no Brasil”. Rolou campanha em twitter, facebook, fãs se movimentando para trazer a banda por ’50 pila’ e tudo mais.

No próximo dia 7 de abril, o chão de São Paulo literalmente deve tremer com Dave & Co. e o show de encerramento da primeira noite do Lollapalooza.

E é no clima de estrada que a maior banda do mundo hoje (não é?) lança “These Days”, música preferida do Dave Grohl e que ganhou um vídeo mostrando como é a vida do grupo na estrada mundo afora.

Você está preparado para o Foo Fighters?


Noel Gallagher: nasce uma turnê
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Lúcio Ribeiro

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Para começar, uma pergunta simples: como seu bolso está reagindo em relação ao calendário de shows internacionais no Brasil em 2012? O fato é que você vai ter que dar um jeito, porque é muito show para pouca data.

O mundo pop ainda nem bem assimilou o fator “Morrissey no Brasil” e outro inglês do primeiro escalão está prestes a anunciar sua primeira turnê solo na América do Sul.

Noel Gallagher e seus High Flying Birds arquitetam nos últimos meses uma visita aos latinos, que o próprio Noel costuma descrever como “loucos e amáveis, provavelmente por causa do sol quente”.

Atualmente em turnê pela Austrália, onde tem fechado a programação de todas as noites do festival Big Day Out, Noel tem nos próximos meses uma agenda de shows esgotados em grandes arenas do Reino Unido e uma série de compromissos nos Estados Unidos, incluindo dois shows no Coachella, junto com o Radiohead.

A América do Sul deve ser o destino do Gallagher mais velho entre a última quinzena de abril e a primeira quinzena de maio.

Da Colômbia, semana passada, surgiu a confirmação da Universal Music local de que Noel pisa por lá pela primeira vez na carreira na primeira semana de maio. Já a mídia chilena confirma sua visita também para a mesma época.

Ontem, na Austrália, Noel teria confirmado para um órgão de imprensa argentino que estará no país na “primeira quinzena de maio”.

Como a gente sabe que Noel adora o Brasil e já cogitou inclusive alugar uma casa no Rio para acompanhar a Copa em 2014, não é difícil insinuar que ele também fará em breve sua primeira visita ao país desde a última passagem do Oasis por aqui, em 2009.

Vem, Noel.


Morrissey é Via Funchal
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Lúcio Ribeiro

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A produtora XYZ acaba de anunciar no Twitter que os shows do Morrissey no Brasil acontecem mesmo nas datas que circularam na internet semana passada.

O maior inglês vivo toca dia 7 de março em Porto Alegre (Pepsi On Stage), 9 no Rio (Fundição Progresso) e dia 11 em São Paulo. Aí uma alteração: não será no Espaço das Américas, mas sim na casa de shows Via Funchal. Ainda tem a história do possível show do dia 12 de março, ainda a ser definida.

Outro fato interessante é que, segundo a produtora, Morrissey será a primeira de dez atrações da série de shows Live Music Rocks, que acontecerá em São Paulo durante todo o ano.

Para a turnê na América do Sul, Moz traz como convidada especial a cantora e compositora Kristeen Young. Informações sobre venda de ingressos serão divulgadas em breve.

Tags : Morrissey


Jack White e seu novo projeto. Chamado… Jack White
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Lúcio Ribeiro

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Enquanto o White Stripes não volta logo, a metade vermelha (ou branca?) do duo dá as caras. Mente criativa também do Raconteurs e do Dead Weather, o incansável Jack White – cantor, guitarrista, produtor e outras coisas mais – finalmente lançará seu primeiro álbum solo. “Blunderbuss” tem lançamento previsto para o dia 24 de abril, via Third Man, sua própria gravadora.

O primeiro single, “Love Interruption”, chega às lojas em formato vinil no próximo dia 7 de fevereiro, tendo a inédita “Machine Gun Silhouette” como b-side, mas já está disponível para audição. Ouve só.


Nada Surf solta que vem ao Brasil. 25 de abril no Cine Joia
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Lúcio Ribeiro

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* A banda indie veterana americana NADA SURF, que ainda insiste em lotar clubes tanto nos EUA quanto no Brasil, anunciou em seu site dois shows no Brasil, em abril. O primeiro acontece no Cine Joia, dia 25. Depois, dia 28, a apresentação é no Music Hall, em Curitiba. O Nada Surf, que chapou as college radios no meio dos anos 90 com o hit “Popular”, lançou semana passada seu sétimo álbum, “The Stars Are Indifferent to Astronomy”. O disco, que representa uma volta da banda aos estúdios depois de cinco anos, é puxado pelo single “When I Was Young”.

Apr 25Cine JolaSao Paulo, Brazil
Apr 28Music HallCuritiba, Brazil

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1991 não acaba. A vez do Wedding Present fazer o show do disco
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Lúcio Ribeiro

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Na manjada onda de “banda veterana legal fazendo turnê de um disco antigo bacana”, chegamos ao estimado grupo inglês Wedding Present, armando shows para tocar de cabo a rabo o incrível “Seamonsters”, álbum lançado no tal ano de 1991. O disco foi produzido “só” pelo engenheiro de som Steve Albini, que na época, entre outros feitos, botou seu dedo em trabalhos de Nirvana e Pixies. No caldo daquela bagunça sonora de 1991 na Inglaterra, de ponta a cabeça com os primórdios do britpop, a convulsão dance lisérgica dos grupos de Manchester e a invasão grunge americana tudo junto, o Wedding Present se destacava pela velocidade desesperante de suas músicas (tipo um Buzzcocks on acid) e pela emocionante voz de David Gedge, em sua melhor fase. O “Seamonsters” começa a ser recriado ao vivo agora em março, nos EUA/Canadá, com 14 shows a partir do de Washington DC no dia 20. Hoje foi anunciado que a banda toca no final de maio no Primavera Sound, de Barcelona.
A velocidade certamente não é a mesma, a voz de Gedge duvido que também seja. Mas está aí um show que eu não reclamaria de cruzar em algum lugar, neste ano.

Achei um trecho de uma apresentação do Wedding Present tocando a linda “Dalliance”, que abre o “Seamonsters”, no meio do ano passado em uma cidadezinha inglesa. Belezura, still.

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Rapture no Rio. Rapture no Sul
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Lúcio Ribeiro

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* E lá se foi a banda americana The Rapture. Depois de estrelar o festival Popload Gig 10, no Cine Jóia, o grupo de dance punk nova-iorquino se apresentou no Rio, na sexta-feira, e no sábado, no Meca Festival (Rio Grande do Sul). Relatos dizem que foram outros dois shows espetaculares, como foi aqui em SP. Peguei dois momentos. Um do Circo Voador, um de Atlântida. Um novo, outro mais antigo. “Sail Away” e “House of Jealous Lovers”. De chorar.

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Chairlift: do ipod para os anos 80
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Lúcio Ribeiro

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* It was acceptable in the 80’s.

* A banda indie americana Chairlift, uma das milhares que habitam o Brooklyn (NYC), prepara vôos mais altos com o lançamento do simpático “Something”, novo disco do trio que agora é uma dupla. E, pelo menos, quem saiu não foi a boneca Caroline Polachek, que toca a banda com o Patrick Wimberly. Para resumir rapidinho o álbum, “Something” é futurista totalmente chafurdado nos anos 80. Sabe como? Produzido pelo “midas” inglês Alan Moulder (de Jesus & Mary Chain a Yeah Yeah Yeahs), o CD saiu na semana passada, foi vazado faz tempo e deve tirar a incômoda fama do Chairlift de ser a “banda do iPod”, quando em 2008 ganhou fama absurda momentânea por ter uma música de trilha do comercial do Nano.
Algumas músicas têm um “q” de David Lynch, você vai reparar se ouvir. Falta só um anãozinho e umas cortinas vermelhas. Talvez seja porque o Chairlift foi a primeira banda a tocar no Silencio, o clube que o doido do Lynch abriu em Paris.
De “Something”, ouça “Met Before”.

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