Blog POPLOAD

Arquivo : abril 2012

Lana, my byaaaaaatch!
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Lúcio Ribeiro

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Dois nomes badalados no mundo pop, porém de estilos diferentes, atuando juntos numa só música. Tudo normal até que você descobre que as figuras em questão são a doce-fofurinha Lana Del Rey e o rapper casca-grossa A$AP Rocky, estrela megaemergente do rap mundial e, veja só, atração do Popload Gig dia 24 de maio, no Joia, junto com o Theophilus London.

A até então inimaginável parceria vai cair na internet amanhã. “Ridin” é um dos sons que compõem a nova mixtape do duo The Kickdrums, do Brooklyn, chamada “Follow The Leader”.

“Pick me up after school, you can be my baby / Maybe we can go somewhere, get a little crazy”, é um trecho da letra, na qual o A$AP Rocky manda um “Lana, that’s my bitch”. Sério.

Adorei a menção da bíblia nerd-indie Pitchfork na linha: “Isso, INTERNET, é a nova letra da princesa gansgta Lana Del Rey”. Haha.

Já tem um preview de 60 segundos do som. Quando sair completo, amanhã, postamos aqui de novo, pois ninguém se cansou da Lana. Não é?

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Skrillex maior que Deus no Chile. Ou quase isso
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Lúcio Ribeiro

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* Era assim que o Noel Gallagher descrevia (com razão?) o Oasis, no auge.

Não sei se é válido ficar repetindo aqui que a conservadora revista “metal” Kerrang já o chamou de “a voz de sua geração”. Ou que ele é a “revelação do novo punk, o dono da nova new rave”, como disse Perry Farrell, o dono do Lollapalooza, que viu o moleque Skrillex ser, junto com o Foo Fighters, o nome mais comentado na edição chilena do festival, ocorrida neste final de semana.

Foi mais ou menos assim. O Skrillex, rei do dubstep, acabou se tornando a atração principal do “Perry’s Stage”, espaço que foi montado no ginásio Movistar Arena, famoso local que abriga as principais turnês que passam pelo Chile.

A apresentação dele estava marcada para horário conflitante com o do MGMT, que tocava na arena principal e era um dos shows mais aguardados pelo público e pela imprensa local.

Só que o que se viu, no início da noite, foi uma verdadeira multidão nos arredores da Movistar, que tem capacidade para 14 mil pessoas. Muitas filas foram se formando, pessoas se aglomerando, a segurança foi reforçada. O espaço ficou totalmente lotado logo no começo da apresentação. O do MGMT, tadinhos, começou com umas 20 mil pessoas assistindo e acabou com 5 mil, mais ou menos.

Quem foi ao “show” do Skrillex diz que foi uma verdadeira catarse coletiva, desde o começo. Uma rave indoor ou um “caldeirão”, termo utilizado pela imprensa chilena. A cada música, Skrillex foi aumentando o som, já que ele se viu diante de uma plateia que estava se matando e pouco se importando para o calor insuportável. Há relatos que, já pelo final do show, ainda tinha gente tentando entrar no ginásio, nem que fosse para aproveitar 5 minutinhos.

O termo “catarse coletiva” se aplica logo nas primeiras batidas do show. Vê aí e diz se não parece o que poderia ser a recepção do público de Manchester para a volta do Oasis ou dos Smiths?!


Mark Lanegan sequestra líder de torcida em Seattle
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Lúcio Ribeiro

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* Faltam menos de duas semanas para o show do cavernoso Mark Lanegan em São Paulo. Com o “senhor grunge” lotando todos os shows do novo álbum “Blues Funeral” desde que começou a turnê, a gente nem precisaria de mais um motivo pra querer ver o cara de perto.

Mas daí que, fuçando curiosidades sobre o cantor aqui, dei de cara com um título que não reconheci ser de nenhum álbum dos Screaming Trees, banda da safra explosão-grunge da qual ele fez parte. O nome bizarro, com cara de filme de terror B, também não parecia ser da fase solo dele: “The Fertilichrome Cheerleader Massacre”.

Bastou um google mais paciente para cair SIM em um filme de terror trash B com participação do… Mark Lanegan.

Sério. Mais incrível que isso, só descobrir, também por acaso, que o filme vai ser (finalmente) lançado de maneira independente no meio DESTE ano.

Melhor ainda: colados ali no Mark Lanegan, estão mais 2 Screaming Trees. Van Conner, creditado como um dos “atores principais” (haha), e Mark Pickerel.

A história bizarra se passa em região deserta do estado de Washington, próximo de Seattle (claro). Ela é mais ou menos assim: um cientista maluco e sua GANGUE (pensa numa gangue formada por uns ex-Screaming Trees) sequestram a filha cheerleader de um cara que trabalha em uma usina nuclear. Eles pretendem usar a menina para uma experiência que envolve o tal “fertilichrome” do título, uma substancia “fertilizadora” que vai fazer com que as mulheres tenham um filho por mês. Fim.

No trailer sensacional abaixo, você vê um Mark Lanegan de capanga de cientista maluco sequestrador de líder de torcida, ainda na fase cabeludo Jim-Morrison:

O filme foi dirigido por Patrick Shawn O’Neil no final dos anos 80. Aguardamos ansiosamente pela trilha sonora, provavelmente ainda perdida em algum porão de Seattle.

Mark Lanegan, o cara, faz apresentação única em São Paulo no dia 14 de abril, no Cine Joia. O pôster oficial do show de SP (abaixo), sombrio de dar medo e em 3D, é de autoria do artista Tomas Salles.
Os ingressos para a apresentação de Lanegan estão a venda aqui. Já os ingressos para o filme do Lanegan sequestrador de cheerleader, vamos ter que esperar um pouco para comprar.

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David Lynch e o vídeo do ano. Ou o vídeo mais louco do ano, como quiser
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Lúcio Ribeiro

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* David Lynch, né? Saiu hoje o vídeo para “Crazy Clown Time”, música e nome do disco do maluco cineasta Davyd Lynch, também com bons serviços prestados à música. O single é novo, o disco, do ano passado. A canção é ótima: Lynch canta parecendo um cara em pesadelo, o vídeo é cheio de gente perturbada. Tudo certo nisso. A história é contada pela música, mesmo: Molly arrancou sua blusa, o cara começou a derramar cerveja na Sally, o Buddy gritou muito, o Danny cuspiu na Suzie, o punk Diddy botou fogo na cabeça dele. “It was real fun”, diz a canção.

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Tá chegando, Brasil. O que rolou no Lollapalooza Chile e você vai ver por aqui
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Lúcio Ribeiro

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* O Skrillex está logo ali. O Foo Fighters também. O Alex Monkeys na fase Elvis também. E o nosso Lolla vai ser melhor que o do Chile porque aqui vai ter os Racionais. E o Jockey Club é legal (pelo menos era). Mas vamos focar no Chile, primeiro.

Mais de 100 mil pessoas (dizem informes oficiais…) passaram neste final de semana pelo parque O’Higgins, de Santiago, na segunda edição do Lollapalooza Chile, que neste ano reuniu mais de 60 atrações musicais. Com espaço variado, o festival que chega sábado ao Brasil teve de show de marionetes para crianças à apresentação pesada do Foo Fighters, que fechou o evento com o prometido show imperdível de duas horas e meia, com Dave Grohl & Cia. se matando no palco.

Com uma mudança substancial no line-up, lá eles tiveram o show da Bjork encerrando os trabalhos no sábado (com mais 29 dançarinos no palco), pouco depois do Arctic Monkeys, que encerrará aqui o festival no próximo domingo, com o Jane’s Addiction tocando antes. No Chile, Perry Farrell não subiu ao palco com sua banda.

No sábado, o primeiro show “para valer” foi do Gogol Bordello, com todas suas referências possíveis ao Brasil. Com seus integrantes vestindo calça de capoeira e até camisa de gari do Rio de Janeiro, eles “enfrentaram o calor com canções frenéticas”, descreveu a imprensa chilena.

Mesmo não sendo – no papel – a atração principal da noite de sábado, o Arctic Monkeys arrastou uma multidão para um dos palcos principais. Enfrentaram problemas com o som no começo do show, mas no decorrer as coisas foram se ajeitando. Abriram a apresentação com “Don’t Sit Down Cause I’ve Moved Your Chair” e tocaram o tradicional set completo, com 20 músicas, fechando com o bis matador composto por “R U Mine?”, “Fluorescent Adolescent” e “505”.

No domingo, mais “rock”, pouco tinha passado do meio-dia e o Foster The People já desafiava o sol escaldante, mas com um reforço de 10 MIL PESSOAS. Pensa. O megahit “Pumped Up Kicks”, para variar, fez Santiago toda cantar a música. É o Indie fazendo história numa tarde ensolarada no Chile.

Quem também desafiou o sol foi a moçada incrível do Friendly Fires. Mas eles a gente já sabe que não ligam para essas coisas. O louquinho Ed Macfarlane fez seu show intenso de sempre, mesmo que nas primeiras músicas não se pudesse ouvir a voz dele direito, outra vez por causa de problemas de som. O TV on the Radio foi elogiado e o MGMT foi o de sempre: “músicas ótimas, show apático”. Nem “Kids” e “Time to Pretend” animaram a galera.

Mas (quase) todo mundo estava lá para ver o Foo Fighters, obviamente. Com a mesma estrutura dos shows lá fora, incluindo a passarela que Dave faz questão de utilizar logo nos primeiros acordes do show, a maior banda de rock do mundo hoje fez seu prometido show de 2 horas e meia, “como se fosse o último”, destacou a imprensa chilena. Desfilou hit após hit. Abriram com “All My Life” e seguiram com “Rope”, “The Pretender”, “My Hero”, “Learn to Fly” e “White Limo”, esta última dedicada ao… Skrillex.
Segundo relatos, todo mundo sobreviveu para curtir “o resto” do show.

No final, em dobradinha que já era prevista, Dave convidou Joan Jett para tocarem o clássico “Bad Reputation”, a penúltima da apresentação, que foi fechada com um dos hinos da banda, “Everlong”.

* A imprensa chilena destacou que algumas coisas que “não funcionaram” na organização confusa e caótica em 2011, foram melhoradas. Mesmo ainda não chegando ao ideal. Diante do alto número de visitantes, foram colocados mais funcionários fluentes em inglês e português como guias. Aumentaram o número de bilheterias e pontos de venda de comida e bebida. Mesmo assim, não foram suficientes para atender a demanda. Fora isso, entrou todo o atual aspecto “ecológico”, com os projetos “Carbono Neutral” e “Rock & Recicle”, dos quais participaram mais de 1.500 voluntários reciclando o lixo espalhado pelo parque.

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