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Arquivo : maio 2012

Noel Gallagher: o show, as fotos, a cornetada no som de SP e o brasileiro grávido dele
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Lúcio Ribeiro

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* Mr. Noel Gallagher tocou “Supersonic” acústico, música do Oasis que ele tinha “pulado” no Coachella. You can have it all but how much do you want it? Tocou também uma outra inédita na turnê, somente para os brasileiros. Disse não, “Fucking No”, quando a galera pediu para ele cantar “Masterplan”. “Querem ouvir a ‘Masterplan’. Pega o disco ‘Stop the Clocks’, ela está lá. Podem ouvir”. Riu e perguntou se era menino ou menina a um garoto que erguia a placa, em inglês, “Noel, eu estou grávido de você” na frente dele, na plateia.
Bom show, boa vibe no Espaço das Américas, ontem em São Paulo.

Noel também gostou da noite. Disse em seu blog que o show foi “fucking mega”. “Que espetáculo, grande atmosfera.”

Aaaaaacho que ele deu uma cornetada no som do Espaço das Américas. Se ninguém nos ouve, pelo menos tinham que ouvir o Noel. O som começou ok, ficou horrível em boa parte e depois voltar a ficar bom no fim. O Noel disse no blog: “Atmosfera até demais, na verdade”, ele continuou descrevendo o que achou de ontem em SP. “Não estou certo se alguém realmente estava ouvindo o show… Com certeza estavam sentido o show, pelo menos. Eu mal ouvia o que eu mesmo cantava.”

Ainda em seu blog, Noel comentou algumas das faixas e cartazes que estavam estendidos para ele, no público. Sobre o da gravidez (“??????? And it was held up by a boy!!”), ele disse que lembrou de uma vez, no café da manhã, quando a mulher veio com um cartaz dizendo a mesma coisa.

Confira fotos do show do Noel Gallagher e do público ontem no Espaço das Américas, em São Paulo. Todas as imagens são de Fabricio Vianna, fotógrafo oficial da Popload.

* Logo mais é a vez do Rio de Janeiro ver a passagem solo do ex-líder do Oasis no Brasil. Depois fim.

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Chama a Poliça
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Lúcio Ribeiro

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* Seguindo a linha de mulheres performáticas, a gente bota aqui para ver a garota Channy Leaneagh (acima) e sua banda indie de Minneapolis chamada Poliça, nova darling da música alternativa americana. O Poliça lançou em fevereiro seu debut álbum, o disco “Give You the Ghost”, um dos mais bacanas deste começo de 2012. A banda está se preparando para fazer uma razoável turnê americana a partir da semana que vem, tem já dois shows esgotados em Londres para junho e em julho abrem a tour européia do Bon Iver, uma espécie de padrinho do Poliça, dando seguidos empurrões no grupo de Minnesota.

Channy é uma pequena loba, parece. Faz uns vocais dramáticos que me lembram a Florence (& The Machine), não na parte chata.

Gosto de uma definição que li uma vez sobre o Poliça, acho que na época do show deles no South by Southwest, no Texas: o Poliça está fazendo pela nova R&B americana o que o XX fez pelo dubstep. Sutil?

Nesta época de carro alugado em Los Angeles/Indio, na California, ouvindo a Sirious XMU sem parar, ouso dizer que uns momentos sublimes ao volante era quando tocava “Lay Your Cards Out”, do Poliça.

Abaixo, um vídeo da estreia do Poliça na TV americana, em performance no programa do Jimmy Fallon, acho que na semana passada. Saca a Channy!

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Tune-Yards, ontem em São Paulo
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Lúcio Ribeiro

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* Balada esticada até a madrugada ontem no Cine Joia, a Mixtape, festa do canal Multishow, teve “até” um show do projeto Tune-Yards, obra musical tribal cheio de colagens espertas da moça Merrill Garbus. O Noel Gallagher não me deixou ver muito do show do Tune-Yards, mas parece que o Sergio Mallandro gostou. Ou não.
A apresentação dividiu opiniões, entre os que estavam prestando atenção no palco. Amigos sinceros odiaram, outros curtiram muito o show afrobeat recheado de loops percursivos e de vocais, marca registrada da batuqueira indie. O resumo foi que, na falta da Bjork em São Paulo, a Merrill preencheu a brecha. Deu para entender? O DJ carioca João Brasil fechou a balada com muita bossa e brega, despejando a avalanche tropical acalorada em noite de inverno paulistano. Aqui embaixo, uns registros instagrâmicos da passagem do Tune-Yards por São Paulo.

Foto principal: Fabricio Vianna/Popload
Fotos Instagram: 1. ferrrr; 2. azaroseuquerida

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Lá em LA. A principal balada hoje do planeta
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Lúcio Ribeiro

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* Não, não é a Lucioland…

* Hoje é quarta-feira. E às quartas rola em Los Angeles, Califórnia, a festa Low End Theory, no clube Airliner, uma biboca de uma quebrada qualquer de La-La Land, quando Los Angeles lembra mais mesmo seu apelido de Cidade Perdida. Enfim. Desde o ano passado tinha ouvido muito falar que o que rola de interessante-novo-inventivo na música anda saindo de lá, dessa balada. O Tyler the Creator e sua tropa são frequentadores assíduos, o dubstep “american-way” pegou força ali, um certo renascimento do drum’n’bass ganhou espaço no clube, o lugar é frequentado por muitos indies. Perceba o leque de estilos que a Low End Theory agrega. Imagina o que virou essa balada depois que, por TRÊS vezes, o Thom Yorke, do Radiohead, apareceu no clube. A primeira para dançar, como um curioso frequentador, as outras para tocar como DJ.

A Low End Theory realmente é f*da. O flyer virtual indica que a festa é feita de “Psychedelic, glitch, avant-rap, IDM, dubstep & YOU!!!”. E, chic, acontece todas as quartas em Los Angeles desde tipo 2007/2008, e agora nas primeiras sextas do mês em San Francisco e de quatro em quatro meses no Japão (em Tokyo, Osaka, Sapporo e Himeji). Os caras não são fracos.

O espertíssimo Flying Lotus, em quem o Thom Yorke é encanado, foi parar no Coachella deste ano, no South by Southwest de 2010 e de 2011, tocou no Sesc Belenzinho não faz muito tempo e é atração das boas do Sónar SP agora em junho, é residente do lugar. Quando não está em turnê, agora que é famosão. O Gaslamp Killer, que mistura drum’n’bass, Odd Future, dubstep e Nirvana na mesma música, fazendo total sentido, é outro que se apresentou no Coachella 2012, com a tenda cheia. Outro que é residente no Airliner às quartas é o DJ Nobody, também famosinho na cena, com um fã-clube em Singapura (!?), que lança discos e já foi considerado “geniosinho” tanto pelo jornal “LA Times” quanto pelo guia “LA Weekly”, que sempre recomenda obrigatoriamente suas baladas.

Enfim, tentei ir ao Low End Theory em 2010 e fracassei. O mesmo em 2011. Neste ano, pós-Coachella, rolou. O clube, de dois andares, é o mais tosco possível. No térreo, um retângulo compridaço, tem o bar, tinha um negão pintando uma tela, uns chicanos vendendo discos de DJ locais e de grupos novos de rap, tudo muito esprimido. Sobe-se uma escada e chega a pista, escuraça, tirando a parte do palquinho com DJs, que é iluminada incessantemente por azul e laranja, predominando em rajadas de luzes bem fortes. Bar e fumódromo que dá para uma rua feia nos fundos.

Um dos cartazes da Low End Theory, com o anão de “Twin Peaks” (David Lynch) enfeitando

Me chamou a atenção uma coisa. A Low End Theory é uma balada, tem DJs como atração na maioria das noites, mas ninguém dança na pista. Fica todo mundo de frente para o palco, olhando para quem está tocando, tipo prestando super atenção. Acho que isso é o que dá o sinal da importância da festa. Todo mundo vai lá para garimpar, saber o que está acontecendo.

Não lembro quem estava tocando na noite, direito. Preciso verificar, vai que é um futuro famoso da música, haha. Sei que tinha os residentes Nocando e Nobody, uma garota eletrônica cool, um grupo de hip hop um pouco chato, dois moleques fazendo umas colagens de indie-hip hop e eletrônico bem legais e, no fim, foi anunciado que, por acaso, o Flying Lotus estava na casa. O primeiro set dele depois do Coachella. Foi lindo.

Fiz um videozinho tosco de iPhone, rapidinho, para tentar transmitir o clima da balada. Vai que você vai estar em Los Angeles numa quarta-feira dessas próximas.

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Popload entrevista: Noel Gallagher
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Lúcio Ribeiro

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* É hoje! O músico inglês Noel Gallagher, ex-cabeça da superbanda Oasis e agora cabeça natural de sua própria aventura solitária, a banda Noel Gallagher’s High Flying Birds, toca nesta noite em São Paulo, chegando direto da turnê americana, que passou duas vezes num lindo fim de tarde pelo Coachella Festival, recentemente. Show em fim de tarde depois do solzão do deserto, ainda mais com a cor dourada do céu californiano, é bom até se for o do Rappa (!). Imagina então um que tem as deliciosas canções de “pop perfeito” do Gallagher.

* O irmão do Liam já tem programada uma outra vinda ao Brasil, tirando essa miniturnê de dois shows que chega a São Paulo hoje e passa pelo Rio amanhã. Ele mesmo começa contando que história é essa, nesta conversa que saiu publicada na “Ilustrada”, da Folha de S.Paulo, mas aparece aqui better, longer, uncut. Diz então, Noel:

* “É sempre fantástico voltar à América do Sul. Os shows são sempre intensos e dão uma nova vida às turnês de qualquer artista. É a conversa de sempre, mas acaba sendo a pura verdade”, disse Gallagher em entrevista por telefone pouco antes de se apresentar em Milwaukee, EUA, ainda em abril.
“Eu adoro o Brasil e tocar aí. Inclusive já sei com certeza que vou voltar ao país em 2014. Mas de férias, com a família, não para tocar. Quero passar longos dias por aí. Praia de Copacabana, comida incrível, mulheres bonitas. E, acima de tudo, não posso perder uma Copa do Mundo no Brasil.”

* Antes que a curta entrevista descambasse para o futebol (Messi, Neymar, Manchester City e “quem é mesmo esse técnico da seleção brasileira?”), assunto em que Noel sempre está metido quando não está falando sobre música, o irmão e eterno desafeto de Liam Gallagher contou sobre a vida pós-Oasis.
O belo álbum “Noel Gallagher’s High Flying Birds” foi lançado em outubro de 2011, pouco mais de dois anos do fim definitivo de sua famosa e agora ex-banda. O disco de Noel foi muito bem recebido pela imprensa inglesa, impiedosa com os últimos CDs do Oasis, e logo chegou ao topo das paradas britânicas, fechando o ano como o segundo disco de rock que mais vendeu no Reino Unido no período, atrás só do último do Coldplay.

* “É sempre bom ver boas resenhas sobre seu disco, ser amado por jornalistas e tal. Mas isso tem um peso muito pequeno para mim diante de saber mesmo o que as pessoas, os fãs, acham do meu trabalho. E, vendo a recepção dali do palco, quando eu toco as músicas novas, me parece que eles gostaram. E isso sim me importa”, falou Noel, dando a cutucada de sempre.

* “Eu sou o maior crítico de mim mesmo e sei que fiz um disco o mais perto da perfeição que eu posso atingir como músico. São grandes canções pop, dessas de cantar junto, cantar em pub, como eu gosto de fazer. Mas não sei se o álbum caberia como um ‘próximo disco do Oasis’, se a banda continuasse. É o meu disco, entende?”

* Li numa entrevista que Noel considera a Beady Eye, a banda do irmão Liam, a melhor banda de rock do mundo. Perguntei se era irônico ou se achava mesmo isso. “Acho isso sim. Não sei por que as pessoas não acredito quando digo isso”, reafirmou Noel, mas, claro, sem convencer.

* Em seu show, Noel canta muitas músicas do Oasis. No Coachella, das 12 músicas da apresentação, metade delas era de sua ex-banda. Se Noel Gallagher sente falta do Oasis hoje em dia?
“Humm… Às vezes. Um pouco. Não muito. Quase nada. Talvez. Não sei ao certo. Ando muito ocupado para pensar no Oasis.”

Noel tocando há poucas semanas no Coachella Festival, na Califórnia. O ex-Oasis toca em São Paulo hoje às 22h, no Espaço das Américas, na Barra Funda

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Ting Tings, ontem em São Paulo
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Lúcio Ribeiro

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* Show bom, viu? Estava bem animado no Cine Joia. Até as músicas do disco novo, o hesitante “Sounds from Nowheresville”, funcionaram bastante agradáveis ao vivo. O multihomem Jules de Martino tocando tudo, a Katie White de cinta-liga…

Fotos:
1. Lucio Caramori
2. Popload Images (haha)
3. Instagram: camilamazzini

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Liam Gallagher faz bagunça na Inglaterra. E nem era o show da volta do Oasis
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Lúcio Ribeiro

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Bem no dia que Noel Gallagher está em São Paulo, onde se apresenta amanhã no Espaço das Américas, a gente vem e fala do… Liam. Ontem, o líder do Beady Eye, ex-vocalista do Oasis, foi assunto recorrente nos blogs, sites e redes sociais mundo afora. E olha que ele nem lançou música nova. Mas, sim, para variar, porque armou confusão.

A Inglaterra parou na tarde/noite de segunda-feira para assistir o derby de Manchester entre o City (time dos Gallagher) e o United (time de metade da Inglaterra). Considerado o jogo “mais importante da história”, porque o City raramente briga pelo título, o clássico de Manchester tinha as duas equipes separadas por apenas três pontos. À frente, o United defendia a liderança. Ao City, restava vencer o rival para empatar no número de pontos e ultrapassá-lo no saldo de gols, faltando apenas duas rodadas para o término do campeonato. Até Diego Armando Maradona foi ao estádio do City espiar a partida.

E, lógico, lá estava Liam Gallagher, que é figurinha carimbada nos jogos da equipe. Após um jogo muito disputado e vencido pelo City, Liam foi protagonista. Logo ao final da partida, as câmeras de TV não pararam de mostrar o Gallagher. Ora cantando “Hey Jude” no camarote, ora fazendo pose para fotos enquanto rolava no sistema de som o principal hit de sua finada banda, “Wonderwall”.

Como se não bastasse, Liam invadiu a sala de imprensa onde só jogadores e técnicos dão entrevista. Chegou lá, zoou o técnico rival Alex Ferguson – “Parece que ele tomou muito whisky”, disse – zoou o zagueiro Kompany, o herói da vitória por 1 a 0, autor do gol, falou que o técnico do City (Roberto Mancini) é quase tão legal quanto ele (Liam).

Aí saiu. Depois, postou no Twitter uma foto ao lado de Maradona, figura emblemática para os ingleses principalmente por causa do polêmico gol de mão na final da Copa de 86, que ficou conhecido como “a mão de Deus”. Liam, para não deixar passar batido, colocou a foto no ar com a legenda: “Maradona aperta a mão de Deus”. Haha. Gênio esse Liam, não?

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