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Arquivo : setembro 2012

Planeta Terra com Azealia Banks, Madrid, Kasabian, Banda Uó, Gossip, Drums, Garbage, KoL… VAMOS?
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Lúcio Ribeiro

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Falta pouco mais de um mês para acontecer a edição 2012 do Planeta Terra, festival que caiu para valer no gosto da galerinha do indie e apresenta como uma de suas maiores novidades a mudança de local: saiu o Playcenter (em reformas), entrou o Jockey Club, recém descoberto para shows depois da boa recepção do Lollapalooza.

O Planeta Terra acontece dia 20 de outubro e terá 13 shows distribuídos em dois palcos. Estão no line up – que a gente adorou – nomes como Kings Of Leon, Garbage, Kasabian, Gossip, The Drums, Azealia Banks, Madrid, Banda Uó, Suede e Best Coast.

Como a Popload é sempre camarada com seus prezados leitores, vão para sorteio 3 PARES DE INGRESSOS para o festival. Seu “esforço” tem que ser aquele de sempre: coloque nome completo, cidade e email nos comentários deste post. E, óbvio, torça.

Combinado?

* O line up completo do Terra:


A inadequação do Tame Impala ao mundo. E outra faixa do álbum do ano, que ainda não saiu
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Lúcio Ribeiro

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* Então é assim. Dia 5 de outubro agora em alguns lugares, dia 6 em outros, chega às lojas o disco do ano: “Lonerism”, da jovem banda australiana Tame Impala, que já vazou à internet, mas que, dizem, não é a cópia final. Seja como for, vamos “brincar” que de “lonerism” só se conheçam duas músicas oficiais-oficiais. Três, com a deste post.

Por que se fala aqui, então, do “disco do ano”, num ano de muitos discos bons? Ou um dos dois melhores? Ou um dos três mais importantes?
Porque o Tame Impala, vamos dizer, é uma banda diferente. Primeiro porque não é banda: é coisa da cabeça de um cara só, o ainda moleque Kevin Parker, talentosíssimo e bem esquisito. Esquisito de tão normal. Porque o resto da banda, um tecladista bom, um baterista incrível e tal, é meramente acessórios de Parker e não apitam em nada. Porque as músicas do Tame Impala, ou de Kevin Parker, uma música psicodélica indie sonhadora, é diferente. Porque o primeiro disco dele, “Innerspeaker” (2010), é uma conjuntura de ideias velhas com uma impressionante cara de nova, atualiza uma geração “do agora” com passagens fundamentais do rock, tem uns três singles incríveis, as letras são boas, a capa do disco é bonita, o show é espetacular (ainda estou em 2010/2011 e a banda tem um disco só). De novo, Kevin Parker é um moleque com uma casa na praia de Perth, na Austrália. Nem da agitadinha Sydney ele é.

Daí que Kevin Parker, que se tranca sozinho nessa casa de praia, grava todos os instrumentos, escreve, canta, produz o disco sozinho (cria a arte, monitora o site) e sai com ele pronto, como foi com o primeiro e é agora com este segundo, “Lonerism”, tem 25 anos. E, de “Lonerism”, pelo pouco que a gente ouviu agora, três canções (com esta “Endors Toi”, abaixo) e sem escutar as outras, já está facilmente credenciado a ser um dos melhores do ano, sangue velho-novo, diferente.

Mas estou fissurado nessa paranoia da solidão de Parker. As histórias são tantas, e desembocam em suas últimas entrevistas e no título do álbum a ser lançado: “Lonerism”.
“Lonerism”, em inglês, é exatamente isso. O estado de ser um solitário, seja você um cara esquisito, outsider, um monge do Tibet, um que odeia ter gente na cola, um geek, sei lá. E o que Kevin Parker anda fazendo é muito isso.

Mas, pelo que a gente viu no pouco de convivência com a banda quando tocaram no Brasil, no Popload Gig, é que Parker é super na boa, se relaciona bem com a banda, atende todo mundo bem, tem tocado nos principais festivais do mundo (cof! cof!), conhecido gente de todo tipo, sendo até, num nível indie, adorado, ele se considera um “Total Loser”, como disse em várias entrevistas recentes. Veja, é um cara na flor da idade, num aparente auge criativo, explodindo na cena. Mas é um solitário. E parece estar bem assim. Achei impressionante uma entrevista que ele deu para o semanário inglês “New Musical Express”, nas bancas desta semana, dizendo que “os solitários rejeitam o mundo, porque o mundo rejeita os solitários”. Mas talvez não tenham muitos caras na música independente hoje tão NADA rejeitados como Parker. A entrevista foi em Paris, onde Parker está, obviamente sozinho (mandou a banda de volta para a Austrália). Pelo que entendi na reportagem, ele escolheu Paris porque pode “desligar”, já que é uma terra onde ele mal sabe o que significa “Oui”. O menino é difícil.

Enfim, a gente vai acompanhar Kevin Parker e seu lonerism em “Lonerism” direto. A gente tem certeza que essa banda é especial. Talvez como Strokes e Arctic Monkeys foram um dia. O tempo vai dizer.

Por ora, deixamos o “corte final”, então, de “Endors Toi” aqui embaixo. E o grupo tocando “Elephant” no Popload Gig, que rolou no Cine Joia em agosto. Ambas de “Lonerism”.


Popload Gig com Nouvelle Vague é amanhã. Um recado importante sobre ingressos
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Lúcio Ribeiro

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Amanhã, 15, o Cine Joia será palco de mais uma noite histórica do Popload Gig, festival tentáculo deste blog, que traz ao país o luxuoso espetáculo “Dawn Of Innocence”, da banda francesa Nouvelle Vague. O show tem direção do estilista franco-marroquino Jean-Charles de Castelbajac, que consiste em 18 músicas dos 80’s “ilustradas”. A banda é conhecida do público brasileiro por suas versões intimistas de clássicos do punk-rock, post-rock e new wave.

Ainda restam ingressos para a apresentação. Mas cabe informar que, no momento, o site do Cine Joia enfrenta problemas técnicos. A manutenção devida e os reparos já estão sendo feitos. Quem quiser adquirir ingressos para amanhã tem outras duas opções enquanto o site não volta ao ar: (1) ir diretamente até a bilheteira do Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82) ou (2) enviar email para leilaguimaraes@cinejoia.tv.

* Falando em ingressos, a Popload aproveita para informar que Flávia de Moraes foi a ganhadora do par de ingressos da promoção deste espaço.

* A edição com o Nouvelle Vague será a de número 16 do Popload Gig, festival que já trouxe ao país shows inesquecíveis de Of Montreal, Tame Impala, The Kills, Primal Scream e um dos últimos ever do LCD Soundystem. Em outubro, acontece a primeira edição do Popload Gig Residências com a cantora Feist, dias 22 e 23. Novos anúncios serão feitos em breve. Stay tuned!


Jair Naves pronto para morrer
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Lúcio Ribeiro

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* Ele canta igual ao Hamilton Leithauser, do Walkmen. Com a veia do pescoço aparecendo. O músico paulista Jair Naves, desde os tempos do grande Ludovic, dificilmente erra no drama. É um dos poucos cantores da cena indie nacional que realmente interpreta suas letras boas. Que sente o que está cantando. Música boa, letra boa, vídeo bom. Jair Naves e sua “Pronto para Morrer (O Poder de uma Mentira Dita Mil Vezes)”. Jair “means it”.

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Em tempos como estes, o Foo Fighters toca para a Apple
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Lúcio Ribeiro

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* Pela primeira vez num desses eventos da Apple, mais esperados que o pronunciamento do Obama depois da morte do Bin Laden e até que o Melhor do Twitter às sextas na Popload, a musicalmente revolucionária empresa de computadores botou uma banda para tocar ao vivo. Aconteceu ontem na Califórnia, no lançamento dos novos iPhones, iPod nano e touch e da nova versão do iTunes.

Para o tamanho de um desses eventos da Apple, nada melhor que uma das mais famosas bandas em ação no planeta hoje. O grupo Foo Fighters, comandado por Dave Grohl, tocou uma sintomática “Times Like These” acústica. Em entrevista, Grohl disse mais ou menos que a Apple é uma tipo o Little Richard, Tom Petty, Jimmy Page, elementos que mudaram o futuro da música, cada um a seu tempo e modo.

Veja o Foo Fighters na Apple.

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Para ver e ouvir: Grizzly Bear na WNYC
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Lúcio Ribeiro

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O-b-a [2]. O Grizzly Bear, maior banda pequena do Brooklyn, bota na praça terça-feira que vem o seu ótimo disco novo “Shields”, quarto de sua carreira, que deve alçar o grupo para status de “banda maior” agora, já que o álbum é assunto em tudo quanto é lugar.

Eles gravaram nesta semana uma session para o programa Soundcheck da rádio WNYC, de Nova York, e destacaram quatro sons do “Shields”, entre elas a ótima “Yet Again”, uma das minhas preferidas. Eles tocaram também “Sleeping Ute”, “Simple Answer” e “Speak In Rounds”.

Vamos?


Para ver e ouvir: The xx na KEXP
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Lúcio Ribeiro

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O-b-a. O cultuado trio inglês The xx gravou faz um tempinho uma session para a maravilhosa KEXP Radio, um dos orgulhos de Seattle. No setlist, quatro músicas do ótimo novo álbum “Coexist”, que chegou às lojas no início da semana: “Fiction”, “Reunion”, “Sunset” e “Angels”.

Incrível como o The xx ao vivo soa tão bom quanto no disco. Ou melhor, até.


Popload Gig com Nouvelle Vague, sábado, Cine Joia. Vamos?
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Lúcio Ribeiro

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No próximo sábado, 15, o Nouvelle Vague apresentará no Popload Gig o show especial “Dawn Of Innocence”, musical dirigido pelo estilista franco-marroquino Jean-Charles de Castelbajac, que consiste em 18 músicas dos 80’s “ilustradas”. Tudo isso nas vozes das belas cantoras Mareva Galanter e Liset Alea, que serão acompanhadas pelo guitar hero francês Cédrid Le Roux e um grupo de dançarinos, que inclui Zula Zazou, do famoso cabaré parisiense Crazy Horse.

E você não quer ficar de fora, quer? Por isso, a Popload, em seu esforço de sempre em não deixar você perder as melhores baladas, bota para sorteio um par de ingressos para o show que vai marcar mais uma noite histórica no Cine Joia.

Para concorrer, deixe seu nome completo, email e cidade nos comentários deste post.

* AINDA tem alguns ingressos sobrando no site do Cine Joia. Se eu fosse você, não deixava para comprar de última hora…

* Mais informações sobre o Popload Gig aqui. Lembrando que em outubro tem a estreia do Popload Gig Residências com a FEIST. E em novembro tem…


Captain Murphy: quem é? De onde vem? Onde vive?
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Lúcio Ribeiro

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Estas são algumas perguntas básicas que começam a bagunçar a cabeça e atiçar a curiosidade de muita gente pela blogosfera. Até a bíblia Pitchfork não sabe de quem se trata Captain Murphy, nome do novo rap que já vem chamando a atenção sem ter lançado um único EP pelo menos.

Ainda não se sabe ao certo se ele é só um, se ele já “existia” antes e se trata de um alter ego, se é um combo, se é o Tyler the Creator, o Earl Sweatshirt, um brasileiro. São inúmeras apostas. A verdade é que desde que foi lançado pelo Flying Lotus em “Between Friends” há dois meses, Captain Murphy começa a dar o que falar.

Após soltar três faixas em seu canal no YouTube nas últimas semanas, hoje ele divulgou a soturna “The Killing Joke”, com dois minutos de duração, sampleada com “Ave Lúcifer”, clássico da banda brasileira Os Mutantes.

Junto com o sample, Captain Murphy emenda linhas como: “Speculating my identity / Good luck, you’ll never find me”; “I never wanna rule the world / I only wanna watch it burn”.

Tenso.


A história passando diante de nossos ouvidos: mais de 400 programas de John Peel vazam na internet
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Lúcio Ribeiro

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Não é exagero dizer que a internet é uma das maiores e mais abençoadas invenções da história da humanidade. Quando você acha que não será mais surpreendido, aparece alguma coisa e…

Apareceu no Soundcloud uma verdadeira reserva moral e histórica da cultura pop. Alguma alma abençoada digitalizou e postou cerca de 400 programas do lendário radialista britânico John Peel, reverenciado pelos ingleses como se fosse um beatle, responsável direto pelo sucesso de bandas grandes, médias, pequenas, independentes e tudo mais.

John Peel faleceu em 2004, com um infarto fulminante, quando passava férias com a família no Peru. A história de Peel se confunde com a da música britânica. Desde os anos 60, o radialista era uma das principais fontes de procura por música boa. Sua brilhante carreira foi marcada especialmente pelas suas Peel Sessions, nas quais bandas incríveis faziam apresentações exclusivas incríveis dentro dos seus programas na BBC. Hoje em dia ele empresta seu cultuado nome para um dos palcos principais do gigante festival Glastonbury. Tem o John Peel Day, também.

Lembro que quando morei na Inglaterra, eu gravava praticamente todos os programas dele. Ainda tenho várias fitas cassete da época e nunca sequer mencionei jogar fora.

Conheci pessoalmente o John Peel em um dia marcante, mas não essencialmente por causa (só) dele. No final dos anos 90, fui escalado para fazer uma entrevista com os irmãos-casca-grossa Reid, do Jesus And Mary Chain. A tal entrevista foi marcada para acontecer nos camarins do famoso Royal Albert Hall, onde a banda seria uma das atrações de um festival promovido pela BBC/Peel. Quando eu estava conversando com o Jim, vocalista, o William chegou dando bico em tudo que via pela frente no camarim porque tinha acabado de descobrir que uma de suas guitarras favoritas havia sumido numa viagem recente da banda para a Áustria. E ele levou todo esse descontentamento para o palco, o que fez o show ser um caos, óbvio.

Nestes mais de 400 registros históricos do John Peel no Soundcloud, tem sessions imperdíveis de Bob Marley, Joy Division, Future Sound Of London, Happy Mondays. Ouve só.